Our Secret! escrita por Ponyo, Nemarun


Capítulo 8
Quinze anos, Ponyo: Talvez você esteja certa


Notas iniciais do capítulo

Quem poder ler e ouvir essa musiquinha subimpa, eu agradeceria muito, pois é a música tema da Fic :D

http://www.vagalume.com.br/miley-cyrus/maybe-youre-right-traducao.html



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553607/chapter/8

Quinze anos - Talvez você esteja certa.

Querido Diário.

19 de novembro.

Já faz um bom tempo desde que Lysandre começou as buscas pelos meus avós. O Resultado era óbvio. Nada.

Eu não culpo o Lys, afinal a única coisa que sabemos deles é o sobrenome. Deve ser bem difícil procurar uma pessoa apenas com isso.

E falando nele (Eu acho que eu nunca devo ter parado de falar), a nossa relação está a mesma coisa de sempre, nos ignoramos completamente. Ele só vem falar comigo uma vez ao mês para falar como está indo a pesquisa. Fora isso, ainda somos dois desconhecidos que moram um do lado do outro. É melhor assim.

Quem estou tentando enganar, está uma merda.

Eu me sinto extremamente sozinha. Eu sei que tenho Ambre e Andrea, mas meninas de oito anos não dão bons conselhos amorosos. Charlotte é uma boa amiga, mas um tanto fútil. E eu e Kim não somos tão intimas assim.

Quero o Kentin de volta, aquele filho da puta que não me mandou nenhuma única carta. Será que ele está bravo comigo? Mas eu não me lembro de ter feito nada...

E antes que eu me esqueça, sabe o jardim de roseiras que eu estava criando? Hoje saiu uma florzinha minúscula! Não é ótimo?

Obrigada por me ouvir, diário.

(...)

Sei que parece um tanto obvio, mas espinhos de rosas machucam, e muito. Mas felizmente já retirei a ultima erva daninha, o jardim pode voltar a ser radiante como antes.

–Ponyo, preciso da sua ajuda. - Me virei e vi um Lysandre ofegante, com os olhos um pouco arregalados. Me virei de volta e simplesmente o ignorei. - Por favor Ponyo, é a Giovanna, ela não está bem.

Levantei e segui Lys para a casa dele, me deparei com ela deitada no chão da cozinha. Corri em sua direção e me ajoelhei perto dela.

–Eu passei a noite na casa de uma amiga e Lívia na casa do namorado dela. Já liguei e ela está a caminho. - Pousei minha mão sobre o pescoço de Giovanna, estava gelada. Tentei sentir o pulso e o coração, mas não havia nada para sentir. -Ela está bem, certo?

–Lys... Ela está morta.

(...)

O enterro acabou faz cinco horas, e quase todos que a conheciam estavam lá, inclusive minha mãe, que em um momento raro de sensatez apenas se despediu e foi embora. Lívia também, mas foi embora para a Alemanha. Seus pais vieram lhe buscar, e por incrível que pareça, vou sentir falta dela.

Lysandre ficou ao lado dela durante o velório até colocarem todas as flores sobre o tumulo. Eu e ele fomos os últimos a sair do cemitério.

Estamos deitados em sua da sua cama, está chovendo forte lá fora e por mais que o Lys não admitisse, sei que ainda tem medo de trovões. Seus cabelos não tinham mais brilho, parecia que ele não dormia fazia dias.

Ele estava idêntico ao dia em que seus pais morreram.

Estávamos de frente para a outro, Lys com as mãos em meus cabelos e eu em volta da cintura, ele esta com a respiração pesada e não parece disposto a dormir.

–Está melhor?

–Um pouco. - Ele beijou meus cabelos e ficou mais próximo a mim. - Vou sentir falta dela.

–Me lembro de quando ela te ensinou a desenhar, pintar e fotografar. Você era péssimo. - Lys soltou uma risada baixa e segurou forte minha mão.

–Ela me ensinou tudo que eu sei, até mesmo sobre a vida. Foi engraçado quando tentou me ensinar sobre sexo e drogas. Não tenho uma única lembrança ruim dela, ela foi minha segunda mãe.

–Você quer que eu fique com você até amanhecer?

–Quero. - A chuva começou a diminuir e a respiração do Lys ficou mais calma. - Já são uma hora da manhã, hoje é meu aniversário.

–Dezesseis anos de puro esquecimento.

–Você quis dizer "Dezesseis anos de pura delicia". Ou eu posso querer dizer "Dezesseis anos de pura safadeza". - Lys sorriu e me beijou na bochecha, bem próximo da boca. - Você deve achar que eu sou louco, que estou perdido e sou tolo por ter de deixado você pra trás. Talvez você esteja certa.

–Acho que é tarde demais para nós tentarmos ficar apaixonados um pelo outro.

–Podíamos ao menos tentar. Estamos sendo hipócritas em dizer que tudo que sentimos pelo outro é pura amizade.

–Eu não gostei de ter ficado esses anos sem sua companhia.

–É eu também não. Me senti perdido. -Lys encostou de leve seus lábios nos meus e falou - A primeira página que escrevemos juntos não deu certo, quer tentar a próxima?

O puxei para perto e o beijei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, eu sei. É bem curto, não? Antes que me matem, isso foi proposital. Aos quinze anos foi um anos sem graça e com poucos acontecimentos, as coisas só vão voltar a ativa aos 17 :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Our Secret!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.