Our Secret! escrita por Ponyo, Nemarun


Capítulo 5
Doze anos, Ponyo: Poses, café e chuva.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que é chato ficar falando isso, mas sempre que puderem me mandem reviews Okay? É importante sempre saber a opiniões de vocês, é que no último cap. Eu não recebi nenhuma, e não sei se ele ficou ruim... ;w;



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Doze Anos

Querido Diário.

11 de junho.

Acabei de fazer um bolo de café com chocolate amargo, sem cobertura, sem recheio.

O preferido do Lysandre.

Olha, não é como se eu gostasse dele nem nada, mas amanhã é o dia dos namorados e eu sei que ele vai ganhar vários doces das suas "Fãs", mas como todas são tapadas e não sabem que o Lys não gosta de doces, vou fazer um que ele goste.

Falando nele, várias garotas de outros anos estão demostrando interesse nele, inclusive a Lívia... vaca.

Charlotte também disse que ele é "Bonitinho" e Kim... Bem, a Kim apenas fez cara de nojo e valou "Nem em um bilhão de anos", é bem a cara dela mesmo.

Obrigada por me ouvir Diário.

(...)

–Ponyo! Está me ouvindo? - Disse Lys tacando uma bolinha de papel na minha cabeça.

–Hei! - Taco a bolinha de volta, mas é obvio que eu erro. - Desculpe, estava pensando em outra coisa. O que você disse?

–Eu disse para você ficar quieta, como vou conseguir de desenhar com você sonhando acordada com cara de baiacu?

–Eu não tenho cara de baiacu! - Ele simplesmente me ignorou e voltou a me ajeitar em uma pose que o agrade. Estamos de baixo da árvore, ele na minha frente desenhando e eu com um vestido estranho preto cheio de flores verdes e com uma nos meus cabelos. E se não fosse o suficiente, ele ainda me obrigou a passar maquiagem para "Ficar mais bonitinha". Era sempre assim, Lys resolvia desenhar e eu era sempre obrigada a ser sua "Modelo", ou ele não me deixava em paz.

Ele ficou durante muito tempo totalmente concentrado, quase não piscava ou desviava o olhar. Ele ficava lindo quando estava assim, seu cabelo que já esta bem longo caia sobre seus olhos, o fazendo colocar uma mecha para trás quase toda hora. Suas mãos ficavam firmes e precisas, ele mordia o próprio lábio para tentar ficar focado. Ele realmente ficava lindo.

–Quando você vai parar de desenhar poses. hein? Já te vi desenhar eu deitada, idosos abraçados, meninos correndo... Já não tá bom?

–Não, falta essa que é "Ao vento", uma de alguém de beijando e uma de... - Ele ficou um pouco corado, o que eu particularmente acho uma graça. - E uma de duas pessoas fazendo aquilo.

–E pra que raios você quer uma pose assim? Sempre soube que você era um tarado pervertido.

–Eu sei que você tamb... Terminei! Quer ver? - Ele não esperou minha resposta e foi correndo na minha direção animado. - O que achou?

–É lindo, mas não se parece muito comigo... Não sou tão bonita assim.

–Do que está falando? Modesta a parte, mas está idêntico.

–Quer dizer que eu sou bonita? - Disse me aproximando e o encarando. Não quero nada com isso, mas era muito legal o ver vermelho e sem jeito.

Mas não foi isso o que aconteceu, ele foi para mais perto e ficou me encarando, e eu que fiquei vermelha e sem jeito.

–E se eu estiver? - Ele foi chegando mais perto e eu fui tentando ir para mais longe, até que a árvore me traiu e eu encontrei em seu tronco.

–L-Lys, já está f-ficando tarde, acho que t-tendo que ir... Obrigada por me desenhar, ficou muito legal e...

Seus lábios macios encontram nos meus, e eu parei de ligar para o sol que estava se pondo, para as flores da árvore caindo em cima de nos, eu parei de ligar para o mundo.

Eu, sinceramente, já quis beijar o Lys. Ele é a unica pessoa a qual imagino dando meu primeiro beijo. Mas jamais imaginei que ele teria tomado a iniciativa. E jamais pensei que eu iria adorar tanto.

(...)

Já é 9:00 da manhã e hoje é o Dia dos Namorados. E eu não consigo parar de lamber meus lábios.

Nunca imaginei que um beijo poderia ser tão bom. Eu não me lembro quanto tempo ficamos ali em baixo do Ipê, só sei que quando nos separamos, a lua já estava alto do céu.

Claro que depois eu dei um tapa em seu rosto e sai correndo. Fiquei na minha cama olhando para o nada como uma boba apaixonada, até Lysandre chegar pela passagem e começarmos tudo de novo. Não eram amassos selvagens ou algo assim, eram doces e intensos. Doces... O doce do Lys!

Levanto da cama em um pulo e me arrumo para tentar ficar "Apresentável" mas não muito forçado. Vou até a cozinha e pego o bolo, ele está dentro de um potinho fofo com forma de morango, corro para a passagem e vou até o quarto de Lysandre.

Eu devia ter batido.

Lysandre estava em beijando a Charlotte. Não era como o nosso beijo, parecia bem íntimo se a vontade com a situação. Passei pela passagem em silêncio para não me notarem e fui deitar novamente na cama, como se eu nunca tivesse levantado dela.

Nesse dia, o bolo de café foi parar no lixo.

(...)

Sabe aquela sensação de que você está caindo quando sonha? Eu estou tendo ela agora, só que acordada.

Eu não entendo por que ele fez isso comigo, ele sabia que era meu primeiro beijo, ele sabia que era importante para mim. O pior de tudo, é que era mais que obvio que não era o primeiro beijo dele. Em quanto eu estava tentando ao máximo não errar, ele estava sendo preciso e intenso, coisa que jamais faria caso nunca tivesse feito isso antes.

Eu estou com uma louca vontade de socar Lysandre até ele cair. Ouvi uma batida no armário, era ele.

–Entra. - Coloquei um sorriso falso no rosto e sentei na cama. Eu tinha esquecido que eu e ele marcamos de estudar matemática.

–Desculpe o atraso, Castiel queria minha opinião sobre uma música que ele tinha feito.

–Lys, eu realmente não estou a fim de estudar matemática. - Respirei fundo - O que meu beijo foi para você?

Lysandre pareceu pensativo e depois de dez segundos abriu a boca para falar algo que eu não queria ouvir.

–Nada, eu só queria ver a sensação. - Ai, essa doeu, e muito.

–Então p....

–Ponyo, você sabe que eu não sou um cara romântico e não ligo para essas coisas. Podemos simplesmente esquecer o que fizemos? Olha, eu vou para casa e quando você se sentir melhor, a gente volta a conversar, Okay? - Sem esperar minha resposta, ele simplesmente foi embora.

Ele iria esquecer, eu não. Deitei na cama e fiquei olhando a chuva da janela.

É incrível que toda vez que eu começo a chorar, a chuva chega.


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