Our Secret! escrita por Ponyo, Nemarun


Capítulo 19
Quinze anos, Lysandre: Morte


Notas iniciais do capítulo

Quer uma dica antes de ler o capitulo? Abra uma janela com o Google tradutor XD
Vai por mim, isso vai ser útil.



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Quinze anos, Lysandre: Morte.

Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
Figurado: Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.

(...)

Eu passei muito tempo procurando os seus avós nesse ano, mas quem diria que Desire é um sobrenome famoso na França? Era quase impossível de se achar pelo menos uma unica pista.

Eu tinha tentado facilitar a busca e procurar documentos da sua mãe, mas era como se Marie tivesse cortado todas as ligações com sua família. Não havia certidão de nascimento, histórico escolar, testamento... Nada.
Era como se Marie jamais tivesse tido uma mãe ou pai. Eu não faço ideia de como ela consegui-o esconder tudo aquilo, mas foi muito bem feito.

Eu precisava juntar as peças, e precisava da ajuda de uma pessoa a qual eu não via a muito tempo.

Por mais que me doesse ter que vê-la naquele estado, teria que falar com Marie.

(...)

Eu lembro de ter batido na porta do quarto onde Marie estava e ter sentindo um frio na espinha. As meninas já tinham ido para a escola e você também, era apenas eu e ela.

Eu bati novamente na porta e ninguém tinha aparecido ainda, fiquei cansado de esperar e entrei logo. O quarto estava escuro sem nenhuma fonte de luz a não ser a janela. Tinha cheiro de poeira e todos os moveis estavam cobertos com ela.

Marie estava sentada em uma cadeira de frente para a janela segurando dois bonecos. Era assustador.

–Tenho visitas hoje? - Ela disse sem se virar. Eu fiquei tentando me aproximar o mais devagar possível.

–Sim, lembra de mim dona Marie? Lysandre, o russo que brincava com sua filha.

–Lysandre? A quanto tempo! Aproxime-se querido, faz muito tempo que eu não e vejo! - Eu fiquei em seu lado e percebi o estado lastimável em que ela se encontrava. Usava um vestido cinza sujo, seus cabelos ressecados e presos de qualquer forma, vários ferimentos por sua pele e principalmente por seus lábios. Seus olhos não tinham mais o brilho dourado. - Vejo que se tornou um homem! Quantos anos tem?

–Quase dezesseis... Marie, se importaria se eu fazer algumas perguntas?
–Claro que não querido!- Ela fitou os bonecos que segurava e os apertou fortemente.- Querido... Querido... A quanto tempo eu não falo essa palavra... Querido... Você é uma linda rosa... Pare meu amor, veja no que você está se tornando... Querido...

–Você se lembra de algo sobre seus pais? - Interrompi Marie, você tinha me avisado que ela tinha esses momentos de loucura e que só parava quando alguém falava com ela.

–Meus pais? Eram velhos que não entendiam nada... "Não faça isso", "Você é um monstro!", "Como pode?". O hospital era muito grande e eu estava desesperada! Meus bebês...

–Você ao menos se lembra dos nomes deles?

–EU ESTAVA DESESPERADA! -Marie gritou e jogou os bonecos no chão. Era muito triste ver alguém a qual você amava nessa situação.- Ivan descobriu, ele não gostou. Ele não parava de me chatear, ele não parava! Eu tinha que faze-lo parar... A faca estava próxima a mim.

–Marie, por favor, você se lembra do nome dos seus pais?

–Eu queria ter filhos Lysandre, muitos filhos. Eles não queriam.

–E você teve, quatro lindos filhos... -Me levantei, sabia que não iria conseguir o que queria. Não consegui nem ficar mais um minto perto dela.

–Não querido, eu tive seis.

–Seis?

–Eles morreram querido. Uma mãe que teve que enterrar três filhos... Sabe o quanto isso doí? Eu era jovem Lysandre...

–Por que você nunca contou que teve mais dois filhos?

–Ivan descobriu e não gostou...

–Você não precisa ficar assim Marie! Você tem a mim, Amélia, Ambre e Andrea!

–Amélia... Era um bebê tão bonito e se parecia tanto comigo! Foi amor a primeira vista! Eu a amei dos do primeiro momento em que pus meus olhos nela... Amélia... Uma linda flor... - Ela levantou e pegou as bonecas de volta. - Os bebês estavam gelados quando nasceram, eles não choravam querido. Ivan falou que ia ficar tudo bem... Ivan... Eu queria o meu querido de volta nos meus braços, eu queria sentir novamente os beijos deles, seus abraços... Ele era o meu querido... Mon amour, mon sucré amour.

–Você tem mais algo que queria me contar?

–La femme se mit à pleurer, ne voulait ... Elle voulait Pollyanna et Paul, mais je voulais aimer Amélia et Nathaniel. Je l'aime Ivan, il est mon chanteur de jazz et je suis sa princesse.

–Je l'espère un jour vous revenez à nous. Au revoir Marie. -Sai o mais rápido que pude daquele maldito quarto. O desespero começou a tomar conta de mim, e se eu não pudesse te ajudar?

(...)

Era um dia de verão aqui no Brasil, o natal já estava chegando e faltava muito pouco para o meu aniversário. Eu tinha acabado de chegar da casa da Miyu, ambos tínhamos ido comprar presentes de natal.

Eu me lembro te ter entrado na sala e de ir na cozinha buscar um sorvete na geladeira, quando vi o corpo e Giovanna deitado no chão. Seus olhos estavam abertos sem vida e olhando para o nada, havia um copo quebrado do seu lado com água derramada no chão.

Eu já tinha visto olhos assim antes, eram iguais aos olhos da minha família no dia do acidente. Liguei para Livía o mais rápido que consegui e para a ambulância.

Eu não consegui me mover para mais perto dela, eu não queria sentir seu pulso e saber que não haveria nada. Eu corri para a unica pessoa que poderia me ajudar em uma hora dessa assim como sempre vez.

–Ponyo, preciso da sua ajuda. - Você estava cuidando do seu pequeno jardim e simplesmente me ignorou . - Por favor Ponyo, é a Giovanna, ela não está bem.
Você arregalou os olhos e se levantou o mais rápido possível e me seguiu para a minha casa.

–Eu passei a noite na casa de uma amiga e Lívia na casa do namorado dela. Já liguei e ela está a caminho. - Você pousou a mão em cima do pescoço dela e depois tentou sentir o pulso e o coração. Você delicadamente fechou os olhos dela e respirou profundamente. - Ela está bem, certo?

Eu sabia o que iria acontecer depois, por mais que eu não quisesse ouvir.
–Lys... Ela está morta.


(...)

Já tinha se passado uma semana e o enterro já tinha acabado, todos que eu conhecia compareceram. Fiquei ao lado dela durante o velório até colocarem todas as flores sobre o tumulo. Eu e você fomos os últimos a sair do cemitério.

Depois fomos para a minha casa e deitamos em cima da minha cama, querendo ou não, sempre que algo acontecia íamos para lá. Está chovendo forte lá fora e eu estava morrendo de sono, não dormia a muito tempo. Mas eu realmente não queria.

Iria acontecer o mesmo de quando os meus pais morreram. Eu iria ter um dos meus piores pesadelos.

Estávamos de frente para a outro, eu com minhas mãos em seus cabelos e você em volta da cintura.

–Está melhor?

–Um pouco... Vou sentir falta dela.

–Me lembro de quando ela te ensinou a desenhar, pintar e fotografar. Você era péssimo.

–Ela me ensinou tudo que eu sei, até mesmo sobre a vida. Foi engraçado quando tentou me ensinar sobre sexo e drogas. Não tenho nenhuma unica lembrança ruim dela, ela foi minha segunda mãe.

–Você quer que eu fique com você até amanhecer?

–Quero. -A chuva começou a diminuir e eu por algum motivo mais calmo. Olhei no relógio ao lado da minha cama, marcava 01h09min.

–Já são uma hora da manhã, hoje é meu aniversário.

–Dezesseis anos de puro esquecimento.

–Você quis dizer "Dezesseis anos de pura delicia".

–Ou eu posso querer dizer "Dezesseis anos de pura safadeza". - Sorri e beijei a sua bochecha, bem próximo da boca. Não era exatamente um beijo de luxuria ou algo assim, era apenas um beijo de agradecimento por estar me ajudando. Mas ainda era estranho ficar tão próxima de você novamente Amélia.- Você deve achar que eu sou louco, que estou perdido e sou tolo por ter de deixando você pra trás.

Talvez você esteja certa.

–Acho que é tarde demais para nós tentarmos ficar apaixonados um pelo outro.

–Podíamos ao menos tentar. Estamos sendo hipócritas em dizer que tudo que sentimos pelo outro é pura amizade. - Parasse que estou tentando me exibir, mas sabia que você já sentiu por mim algo além de "Amizade", senão jamais teria sentido minha falta ou ter retribuído o beijo.

–Eu não gostei de ter ficado esses anos sem sua companhia.

–É eu também não. Me senti perdido. - Era bom saber que eu não era o único. Alguma coisa falava dentro de mim que eu jamais teria outra oportunidade pra te ter de volta, e eu não me importava como. Aproximei meus lábios do seu rosto, iria beijar sua testa mas você juntou nossos lábios.

– A primeira página que escrevemos juntos não deu certo, quer tentar a próxima?

Você não me deixou responder, me puxou para perto e me beijou.


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Notas finais do capítulo

Agora é que a fic começa a ficar cabulosa u-u
Alguém já conseguiu sacar alguma das minhas dicas na parte da "Marie"? Se sim, mande por review õ/



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