Destination escrita por Sah, Mary Kazuto


Capítulo 6
Documentário


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, estamos trazendo mais um cap recém criado, espero que gostem.









{capítulo reescrito :3}



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Ruivas de olhos violetas, onde vivem? O que comem? Como se reproduzem? Por que elas têm tanto azar na vida?
Descubram hoje às hs19: 00 no Globo Repórter.
Não, pera...
Acho que exagerei, mas, ainda acho que o meu caso precisa ser estudado pela NASA, quem sabe as forças especiais, o exército, a marinha... Talvez eu possa até vir a ser usada como uma arma secreta do governo para parar ataques extraterrestres salvando o mundo e virando uma heroína.
O meu nível de trouxa está muito alto ultimamente, eu sei que faz tempo que não vejo o Matt, mas acabei deixando minha guarda baixa demais e me permiti ser pega por um truque tão infantil, demorei uma hora debaixo do chuveiro pra tirar aquela pintura do meu rosto.
Ahhhhhhh, mais vai ter volta, nós sempre fomos de pregar peça uns nos outros.
Hoje vai ser a cerimônia de abertura para o novo período, vai ter uma palestra com os regentes e umas coisas mais.
Visto uma saia quadriculada, uma blusa branca e um blazer branco por cima com detalhes em preto e o emblema da escola.
Estou preparada psicologicamente para passar o resto desse fatídico ano sofrendo nas mãos de professores comedores de cérebro e destruidores de notas.
Depois de um daqueles discursos longos e cansativos de começo das aulas onde os professores trazem mil e uma propostas para proporcionar aulas melhores (que nós sabemos que só durará até o quarto dia), eu pude finalmente contemplar a minha sala (lê-se prisão) em que eu teria as melhores (lê-se apavorantes) experiências que eu levaria para resto da vida.
Assim que adentrei ao local, dei de cara com Matt, nos fuzilamos mutuamente com o olhar.
Você ainda não viu todo o esplendor da minha fúria sua besta loira que possui um ímã interno personalizado para atrair garotas, sério, o ano mal começou e já têm umas dez cadelas com os rabinhos em pé olhando pra ele.
Sentei-me o mais distante possível dele, o que implicou em uma das últimas cadeiras encostadas na parede, pelo menos tem janela e eu posso me distrair olhando a paisagem.
Assim que o professor chegou, antes que ele dissesse “oi turma” eu já senti um peso nos meus olhos.
Aqui vai minha filosofia de vida: Ter aula é como uma boa xícara de chá de maracujá, quando experimenta nem precisa de uma almofada, você é capaz de dormir até nas pedras.
Como hoje é o primeiro dia tivemos aquelas gincanas de interação (que os professores fazem atividades para aproximar os alunos e os tornarem amigos até a morte e a paz e o amor se instalam eternamente em nosso espírito, aí somos capazes de atingir o ápice de nossa capacidade cerebral e viramos alunos perfeitos) pena que isso não existe na vida real, acho que os professores devem ser proibidos de consumirem drogas.
Quando o sinal para a pausa soou pude ouvir o canto das sereias, fui libertada de minha prisão.
Oh, quão doce é o sabor da liberdade!
Comprei um salgado e me sentei em um banco perto da grama fresca, parece até cena de filme.
Tudo parece estar na perfeita harmonia, quando, de repente sou rodeada por um bando de falcões famintos, ou melhor, uns cinco idiotas praticamente me “comendo” com o olhar.
– Sério, eu sei que sou maravilhosa (só que não), mas isso já é um exagero, vão embora logo.
– Ah, ruivinha, não fala assim comigo, vamos lá no meu quarto assistir a um “filme” – falou um cara alto e moreno que se acha o “rei da cocada preta”.
– Vão parando por aí!! Ninguém toca na ruivinha e os seus futuros filhos sairão daqui sem nenhum arranhão! – Tinha que ser o Matt, ele é um amigo muito ciumento, embora, contudo, todavia, ele me proteja de qualquer marmanjo que tenta me tocar, parece até um segundo pai.
Os cachorrinhos foram embora com o rabo entre as pernas.
– Você nem falou comigo hoje na aula – falou ele manhoso.
– Desculpe não te vi – retruquei entediada.
– Mentirosa! Eu vi você me olhando quase a aula inteira.
– Nunca! Eu estava prestando atenção nas preciosas lições que nosso professor nos revelou.
– Preferia você quando era mais nova, não me ignorava nem mentia.
– Também, você era meu único amigo, e não venha com desculpa que eu sei muito bem o que você aprontou ontem, ainda estou de mal.
O ignorei pelo resto da aula, ou melhor, eu não tive tempo de prestar atenção em mais nada a não serem minhas ovelhinhas pulando o cercado nos lindos campos da França.
E mais uma vez, meu dia foi salvo graças ao toque da saída.
Me entusiasmei tanto que saí esbarrando em todo mundo e caí no chão.
– Kat? Jat? Você está viva? – pergunta Matt me salvando da manada desenfreada e enlouquecida.
Todo mundo me olhava estranho, como se eu fosse um alienígena ou uma serial killer, pelo que eu saiba tenho direito a um telefonema.
– Não liga pra eles, estão com ciúme por não terem um salvador e amigo tão maravilhoso.
– Quem? Só estou vendo você aqui.
– Sua... Você tem sorte de hoje eu estar de bom humor.
Passei o resto do dia em casa sem fazer nada até que Matt aparece e me chama pra tomar alguma coisa.
Fomos a uma lojinha, eu comprei uma coxinha e um copo enorme de suco de uva e Matt comprou uma torrada e suco de laranja.
Estávamos voltando para o dormitório quando eu vi uma cena quase que inacreditável, sabe quando os abutres ficam todos reunidos perto de uma carniça apodrecida? Acho que 90% das garotas do campus estavam se aglomerando em volta de um único ponto, será que é algum tipo de vendedor ambulante?
Quando consegui enxotar uma boa cota de peruas do caminho consegui ver o real motivo da algazarra, um garoto, não sei nem por que ainda me impressiono.
Era da cor branco-papel, tinha cabelo preto e olhos azul-escuros, a personalidade dele parecia ser típica de um charlatão.
Percebi que Matt estava reclamando de alguma coisa comigo, mas não distingui direito por conta dos gritinhos eufóricos femininos.
Ele parecia estar analisando as possíveis oportunidades de arranjar uma nova cadelinha quando seus olhos pousaram diretamente em minha pessoa.
Sério, minha cota de desastres está cheia por hoje, e minha paciência também.
Ele foi chegando mais perto, mais perto, mais perto, até estar a um metro de distância de mim.
Hoje sinceramente não é o meu dia, mas, quem disse que eu não posso me divertir um pouco?
Aproximei-me dele e lancei um olhar provocante pra ele, cheguei mais perto e...
DERRAMEI COM TUDO O COPO COM SUCO QUE AINDA ESTAVA CHEIO NA CARA DELE.
– Arg! Olha o que você fez sua pomarola!
E essa foi a gota d’água, acho que minha lista negra acabou de aumentar.


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Notas finais do capítulo

Minna, um aviso: como as aulas estão chegando e eu e a May-chan moramos um pouco longe uma da outra fica um pouco difícil fazer os capítulos, então nós decidimos começar a postar quinzenalmente (um domingo sim, outro não), agradecemos a colaboração



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