O Médico e o Monstro - Johnlock escrita por Charlotte


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Mais um cap pra vocês! Beijos para Redbeard, Rigoli e Sherlocked Cumberbatch. Boa leitura :)



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Mycroft sentiu o celular vibrar no bolso do paletó. Era Anthea.

–- John Watson acaba de sair do hospital, senhor.

–- Como assim?

–- As imagens de três câmeras da W Smithfield, EC1A 7BE acabaram de mostra-lo pegando um táxi.

Mycroft praguejou.

–- Captaram a placa do veículo?

–- Um momento, senhor. – Anthea ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo voltou à linha. – Sim, a placa do táxi LY53NZA, nesse exato momento indo para Baker Street, 221B.

Mas que merda!

–- Certo, mantenha-me informado.

–- Sim, senhor. – Anthea disse, e desligou.

O destino e suas piadinhas de mau gosto, o homem pensou. Depois de todo o esforço que estava fazendo para que aqueles dois se encontrassem, as possibilidades fugiam-lhe como areia escorrendo pelos dedos.

Agora não tinha mais uma desculpa decente para explicar o porquê de estar conduzindo Sherlock para o necrotério, e não para o consultório. E quando ele soubesse, ah, ia infernizá-lo até o dia de sua morte...

–- Podemos ir ao andar certo, ou você vai ficar inventando desculpas para explicar por que o “doutor” não está mais lá?

Ah, maravilha.

–- Vá resolver seus assuntos, então, Mr. British Government.

Mycroft apenas o ignorou, e continuou andando em direção ao necrotério.

–- Vá ao consultório no andar de baixo.

–- Não, eu vou voltar para Baker Street.

Mycroft ainda estava em choque, e resolveu ignorar o comentário do irmão. Continuou andando decidido, até entrar no recinto, onde Molly terminava uma xícara de café, digitando fervorosamente algo no MacBook.

–- Molly. – Mycroft chamou, e a garota o fitou.

–- Oi, Mycroft. – ela respondeu, um pouco mal-humorada.

–- Molly, eu sei que você está um pouco chateada com a minha invasão de privacidade, mas é meu dever como...

–- Como o que, Mycroft? Como membro do Governo? O que eu tenho a ver com isso?

–-... meu dever também como irmão. – ele disse a última palavra com certa mágoa. – Eu estou preocupado com Sherlock. Mantenho-me informado por pessoas que são próximas dele, e sei que a situação está ficando crítica.

Molly o fitou. Ele não parecia estar falando de Sherlock.

–- Conversei com Dominatrix... Parece incrivelmente familiar...

–-Você também... Parece que ela está entrando nos sonhos de todo mundo que conhece Sherlock.

Mycroft fez uma careta desaprovadora.

–- Mas indo direto ao ponto: a onda de homicídios dolosos não só no Reino Unido, mas também como em todo o planeta, vem aumentando cada vez mais. Em uma semana, exatamente o mesmo tempo em que John está em Londres, e que o ponto fixo não ocorreu. E quando a situação de toda uma população está em jogo, eu não posso simplesmente assistir. Além disso, Sherlock está envolvido, e é meu irmão mais novo. Por mais odiável que seja, eu nunca permitiria que ele definhasse bem na frente dos meus olhos, sendo que eu posso resolver isso.

–- Você está preocupado com seu cargo. Sherlock é um adicional. – Molly disse, em tom repreensivo. – E quem disse que você é quem vai resolver?

Mycroft exibiu seu sorriso falso, mostrando claramente sua irritação.

–- Eu posso. A única coisa que devemos fazer é juntá-los.

–- Se fosse tão simples assim, não acha que já teria se resolvido? – Molly disse, exasperada. – Pense, Mycroft. Dominatrix disse que o Universo está se ajustando. Talvez, para dar certo, tenha que ser num lugar exato, num momento exato... Nós não temos como saber!

Mycroft trocou o peso dos pés, apoiando-se no guarda-chuva.

–- De qualquer forma. A situação toda tomou proporções mundiais, Molly. E agora, é o meu trabalho tentar resolver isso. Passar bem.

O homem se dirigiu para fora do recinto, deixando uma Molly indignada e preocupada para trás.

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Mike Stamford receberia alta ao meio dia.

Os últimos resquícios de remédios para dormir saíam vagarosamente de seu corpo, mas ainda assim sentia-se sonolento. O relógio marcava onze e cinco, e os ponteiros se recusavam a passar mais rápido. O tique-taque era entediante.

Sem perceber, suas pálpebras se fecharam. E de repente, uma mulher extremamente bonita aparece em sua frente, vestida em um tradicional vestido branco social, e os cabelos presos em um delicado penteado à moda antiga. Seu rosto era levemente iluminado por uma maquiagem suave, que fazia com que todo o conjunto se tornasse mais harmonioso impossível.

Estou morto, pensou. Mortinho da Silva, com todas as letras.

–- Eu estou no céu? – perguntou, com um sorriso bobo nos lábios.

A mulher revirou os olhos.

–- Não, Mike, você está sonhando.

Ela sabe meu nome... Uma deusa dessas sabe o meu nome!

–- Q-quem é você? – Mike perguntou, ainda atordoado pela beleza arrebatadora da mulher em sua frente.

–- Pode me chamar de Dominatrix. Mas isso não é importante. Você tem um papel a desempenhar, Mr. Stamford. Como o homem mais importante de toda a criação.

–- Eu tenho um o que...? – o homem gordo não tinha ouvido uma palavra sequer do que ela tinha dito, só a última parte.

Ela me elogiou? O homem mais importante de toda a criação?

Antes que Mike pudesse balançar sugestivamente as sobrancelhas, como de costume em seus flertes, Dominatrix o cortou.

–- Escute, eu não tenho tempo para flertes! O destino do curso do Universo depende única e exclusivamente de você agora.

–- Como é que é?

–- Você deveria ter apresentado John a Sherlock. Mas sofreu um acidente nesse meio tempo. E por sua causa, um ponto fixo no espaço-tempo deixou de acontecer, alterando todo o curso do Universo, e causando problemas para a população mundial. Mais um pouco, e a notícia se espalha, e outros homens que se julgam importantes vão querer interferir, sendo que você é o único responsável por isso, e é você quem tem que resolver.

Wow, Mike pensou, atônito. O que tem de bonita, tem de assustadora.

–- Oy! Mas eu não pedi para ser atropelado, tá legal? – Mike soou ofendido. – Eu não tenho culpa!

–- Detalhes, detalhes. O que importa é que esse acidente causou uma grandessíssima confusão.

Mike se sentia arrependido por algo que supostamente não tinha culpa. Mas por ter sido atropelado por aquele carro, alterou todo o curso natural das coisas. Como aquilo era possível?

–- Mas como é que eu vou consertar isso?

Dominatrix olhou para seu relógio de pulso.

–- Você terá dez minutos para se trocar, e sair em disparada em direção à Baker Street. Faça de tudo, e leve Sherlock de volta ao laboratório. Ligue para John. Eu te guiarei.

–- Tenho que impedir Sherlock de chegar à Baker Street?

–- Eles deveriam ter se conhecido no laboratório do St. Barts. E tudo deverá acontecer nas mesmas circunstâncias. Você, os apresentando, no laboratório. É essencial que tudo esteja nos conformes. Antes disso, eles não podem se encontrar. Boa sorte.

Dominatrix estalou os dedos, e Mike acordou de volta no quarto de hospital.

Toda a criação dependia do que faria dali a dez minutos.

Mike Stamford tinha uma bomba relógio nas mãos.


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Notas finais do capítulo

Não me matem² , hahaha
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