A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

N/A: Muito obrigada pelos comentários que tenho recebido! Eu fico feliz de saber que vocês estão curtindo a fanfic! Espero que continue assim, afinal, temos muito chão pela frente... hahaha

Uma das coisas que me aconteceu enquanto eu escrevia essa fanfic foi me apaixonar pelo Boromir e agora eu estou meio indecisa sobre o que fazer com ele... Hum...

Vamos ao que interessa!



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–Quer saber? Esquece essa coisa toda e vamos voltar pra Nárnia. Eles estão nesse problema por serem burros. Não merecem nossa ajuda. –Edmund declarou, cruzando os braços.

Susan riu.

–Você está exagerando, Eddie. –ela falou com calma, guardando algo em sua bolsa –Sim, eles são terríveis e nada educados, mas lembre-se de que, em primeiro lugar, eu tenho que estar aqui. E segundo, essa guerra irá cruzar o mar se nós não tomarmos cuidado.

–Você tem razão. –Edmund suspirou –Melhor lutar aqui do que Nárnia.

–Edmund! –Susan bronqueou –Esse pensamento não foi nada caridoso.

–Bom, você não me vê preocupado, vê? –ele falou com um sorriso.

Susan revirou os olhos.

–Nós partimos amanhã. Você vai ficar aqui? –ela perguntou ao irmão.

–Vou. –ele respondeu –Eu imagino que Peter vá chegar aqui.

Os dois se olharam em silêncio por um longo minuto.

–Sue...

–Não fique assim, Eddie. –ela pediu tocando o rosto dele –Nós nos veremos de novo. Em breve.

–Promete?

–Por Nárnia.

XxX

–Eu não me sinto confortável com a ideia de levar essa menina na jornada. –Gandalf estava falando para Elrond.

–Normalmente eu concordaria com você, Mithrandir, mas isso foi previsto. –Elrond falou balançando a cabeça –Nárnia estará nessa guerra ao nosso lado. Sem eles nós vamos cair.

–Ela não precisa estar na jornada para estar na guerra! –Gandalf exclamou –Ela pode muito bem ficar aqui...

–Aqui? –Elrond replicou –Por que aqui?

–Com licença.

Os dois homens pararam na hora de discutir para olhar para Aragorn. O guardião parecia divertido pela situação.

–Eu espero não estar interrompendo nada. –ele falou com um sorriso educado.

–Eu estava falando para Mestre Elrond que seria melhor que a Rainha Susan ficasse aqui. –Gandalf falou –Não importa o que os narnianos digam. Ela é muito nova.

Aragorn suspirou.

–Eu achei que essa questão ja tinha sido resolvida, Gandalf. –ele falou –Ela virá conosco. Se ela não souber lutar... Bom, você não precisa tomar nenhuma flechada por ela.

Gandalf ainda não parecia feliz.

–Os hobbits estão encantados por ela. –Aragorn falou.

–Meus guardas estão encantados por ela. –Elrond resmungou –Essa menina sorri e todos eles agem como crianças.

–Ela é muito bonita. –Aragorn comentou.

–Você não, Aragorn! –Gandalf protestou –Alguém tem que pensar claramente nessa jornada toda. Ja vai ser difícil com um elfo e um anão brigando o tempo todo, quatro hobbits sem experiência e um rato!

–Você não tem que se preocupar comigo, meu amigo. –Aragorn assegurou –Ela pode ser uma bela garota, mas é só uma garota.

O mago pareceu assegurado, mas agora era Elrond que estava olhando com desaprovação. Devia ser porque sabia exatamente porque uma garota como a rainha não atrairia Aragorn e, provavelmente, desejando que ele mudasse de ideia.

XxX

–Nós nos veremos em breve. –Susan assegurou Jared.

–Eu não me sinto bem com minha Rainha saindo por ai sem mim. –o cavalo retrucou.

–Reepichip vai cuidar de mim. E quando Peter vier você pode se unir ao exército e vir me encontrar. –ela assegurou.

–Como minha Rainha comandar. –Jared falou por fim.

Susan abraçou seu irmão mais uma vez. Era hora de partir.

Ela mal dera cinco passos quando deu de cara com o elfo. Legolas.

–Majestade. –ele falou inclinando a cabeça. Vindo dele, o título estava parecendo uma provacação.

–Elfo. –ela retrucou e fez menção de continuar andando.

Ele a bloqueou mais uma vez.

–Muitos acham imprudente deixar uma jovem como você nos acompanhar na jornada. –ele disse –Mas eu conheço muitas mulheres que lutam melhor e mais ferozmente do que homens.

Ela não respondeu nada. Não ia encoraja-lo mais.

–Eles só precisam ser assegurados que você sabe se cuidar. –ele falou –Eu vejo que você prefere o arco, como eu. –continuou, lançando um olhar para a arma presa as costas dela –Que tal um aposta? Quem acertar aquela pinha... –apontou para uma árvore distante –Vence.

Susan sabia que ele estava provocando-a, primeiramente porque elfos enxergavam muito além dos humanos comuns.

–Ganha o que? –ela quis saber.

–O vencedor escolhe.

Um pequeno sorriso apareceu no rosto dela.

–Eu não preciso provar nada para eles. –ela falou, então começou a andar e parou ao lado dele –Muito menos para você. –e afastou-se.

–Mais sorte na próxima, princípe encantado. –Reepicheep riu divertido, passando pelo elfo.

Sim, porque com certeza haveria uma “próxima”.

XxX

Susan ouviu as palavras de Elrond, embora seus olhos estivessem em Edmund. Seu irmão parecia tão preocupado. Odiava as linhas na testa dele. Edmund era jovem demais. Todos eles eram jovens demais...

Quando a Sociedade virou-se para sair, ela viu Aragorn virar-se uma última vez. A curiosidade fez com que ela seguisse o olhar do guardião. Ele estava olhando para Arwen.

Quando ele finalmente virou o rosto e saiu, o olhar de Arwen encontrou o de Susan. A elfa deu um sorriso triste para a garota. Susan apenas assentiu com a cabeça.

Ela ia cuidar de Aragorn por Arwen. Por que aquele olhar? Era de alguém que amava muito e sem esperanças.

XxX

A maior parte do tempo eles andavam em silêncio. Os hobbits falavam muito entre si, principalmente Merry e Pippin, que adoravam contar a ela histórias sobre o Condado e as pessoas de la.

Legolas e Gimli as vezes trocavam insultos, embora o elfo fosse bem mais sutil que o anão. Gandalf continuava sendo um velho rabujento.

As vezes ela ficava olhando Frodo. O hobbit parecia estar sofrendo, como se o Anel em volta de seu pescoço pesasse mais que um cavalo. Queria muito poder fazer algo para aliviar o sofrimento dele, mas não sabia o que.

–Continuaremos nessa trilha a oeste das Montanhas Nebulosas por quarenta dias. Com sorte, o Desfiladeiro de Rohan ainda estará aberto para nós. De la viraremos para o leste até Mordor. –Gandalf estava explicando.

Ao longe Boromir estava treinando Merry e Pippin, ensinando-os a manejar espadas, com encorajamentos e conselhos de Aragorn e Reepicheep.

–Se alguém perguntasse a minha opinião, o que eu sei que não farão, eu diria que estamos tomando o caminho mais longo. –Gimli falou, fazendo o mago revirar os olhos -Gandalf, podíamos passar pelas Minas de Moria. Meu primo Balin nos receberia como reis.

–Não, Gimli. –Gandalf foi firme -Não tomarei o caminho para Moria enquanto eu puder evitar.

Susan não conhecia esses lugares, então estava quieta. Mesmo porque, tinha a impressão de que se desse uma opinião Gandalf faria o contrário.

Olhou para os hobbits bem a tempo de ve-los derrubar Boromir e então Aragorn. Estava sorrindo, quando ouviu a voz de Sam.

–O que é aquilo?

Ele estava olhando para uma mancha preta no céu.

–Nada, é só uma nuvenzinha. –Gimli retrucou.

–Está se movendo depressa. –Boromir falou sério -E contra o vento.

–Crebain da Terra Parda! –Legolas gritou, fazendo todos entrarem em ação,

–Escondam-se! –Aragorn mandou.

Susan não estava entendendo nada, mas a urgência dos demais a fez entrar em ação. Todos recolheram suas coisas, alguem apagou o fogo.

Ela foi puxada para trás de uma moita e deu de cara com Boromir.

–Majestade. –ele falou, limpando a garganta.

–Capitão. –ela ofereceu no mesmo tom.

Reepicheep surgiu entre os dois.

–Não tão perto de minha Rainha, humano! –ele exigiu, antes de Susan tapar a boca do rato.

Eles aguardaram em silêncio carregado enquanto as aves sobrevoavam a área que estava. Mal ousavam respirar.

Quando os animais finalmente se foram, Boromir ajudou-a a levantar-se.

–Espiões de Saruman. –Gandalf falou levantando-se -A passagem ao sul está sendo vigiada. Precisamos ir pela passagem das Caradhras.

Todos olharam para as montanhas. Aquilo não ia ser agradável.

XxX

Não, não era nada agradável.

A neve não ajudava na caminhada e ainda deixava a roupa deles molhada, o ar era difícil de respirar e o vento cortava a pele.

Susan não estava indo muito bem e sabia que os hobbits também não estavam. Reepicheep estava em seu ombro, porque o pobre rato não podia com a neve. Ele ficava lhe pedindo desculpas e murmurando encorajamentos.

Porque tinham que continuar. Eles tinham que passar por la.

Então Frodo tropeçou e começou a rolar pelo caminho, até ser parado por Aragorn. Quando ele levantou-se passou a mão pelo pescoço e não encontrou o Anel

Este estava caído e Boromir foi o primeiro a pega-lo. Todos ficaram tensos.

–Boromir. –Aragor chamou, sua voz séria e firme.

Mas o homem não pareceu ouvi-lo.

–É um destino estranho que devamos sofrer tanto medo e aflição por uma coisa tão pequena. –Boromir murmurou, seus olhos fixos no Anel -Uma coisa tão pequenina...

–Boromir! –Aragorn estava bem mais sério agora.

–Boromir. –Susan se aproximou e pôs a mão no braço do homem -Dê o Anel para Frodo. –ela pediu suavemente.

Foi como se o Capitão despertasse de um sonho. Ele balançou a cabeça e andou na direção dos dois. Aragorn não parecia nada feliz e Frodo estava assustado.

–Como quiser. Não me importo. –ele falou, esticando a corrente para o hobbit.

Frodo tomou o Anel de volta e Boromir sorriu de forma forçada, bagunçando o cabelo do hobbit.

–Vamos. –Susan chamou estendendo a mão para ele –Nós podemos andar juntos. –ela lançou um olhar a Reepicheep, que pulou de seu ombro e foi pendurar-se no capacete de Gimli.

Boromir voltou para perto da Rainha, aceitando a mão que lhe era oferecida. Susan sorriu para ele de forma encorajadora e começou a andar.

Manter o passo do capitão seria difícil para ela, mas tinha medo de soltar a mão dele e ve-lo se perder.

XxX

Uma tempestade de ventos e neve tinha atingido a Sociedade em certo ponto e até agora não parara. Eles estavam andando com neve até a cintura. Aragorn estava carregando Sam e Frodo, enquanto Boromir carregava Merry e Pippin. Se não fosse por Gimli lhe dando apoio e ajudando, Susan provavelmente teria ficado muito para trás.

Podia ter travado batalhas, mas não lembrava-se de um frio tão desesperador desde o reinado da Feiticeira Branca.

O maldito elfo, no entanto, não estava tendo problemas algum. De algum jeito ele conseguia caminhar por sobre da neve.

Ele tomou a frente do grupo.

–Há uma voz torpe no ar. –Legolas avisou.

–É Saruman. –Gandalf gritou.

–Ele está tentando fazer a montanha vir a baixo. –Aragorn gritou -Gandalf, precisamos voltar!

–Não! –Gandalf bradou.

Então ele levantou-se com a ajuda de Legolas e começou a entoar palavras estranhas, provavelmente algum feitiço para ir contra o do outro mago.

Porém seu esforço foi inútil. Um raio atingiu o topo da montanha, fazendo mais neve cair sobre eles, soterrando-os.

Susan lutou até conseguir sentir o ar novamente, seus pulmões queimando.

–Você está bem, Majestade? –Reepicheep, que estivera em volta do seu pescoço, dentro do seu gorro, perguntou preocupado.

–Nós precisamos sair da montanha! –Boromir estava falando para Gandalf -Vamos para os Desfiladeiros de Rohan! Vamos até minha cidade pelo Folde Ocidental!

–O Desfiladeiro de Rohan nos deixará perto demais de Isengard. –Aragorn contra-argumentou.

–Se não podemos passar por cima da montanha, vamos por baixo dela! Vamos pelas Minas de Moria. –Gimli jogou.

–Que o Portador do Anel decida. –Gandalf decidiu -Frodo?

–Nós não podemos ficar aqui! Isso será a morte dos hobbits! –Boromir estava protestando.

–Frodo? –Gandalf pressionou.

–Nós iremos pelas Minas. –o hobbit decidiu.

–Que assim seja. –Gandalf aceitou a decisão como quem escuta uma setença de morte.

XxX

Descer a montanha tinha sido quase pior do que subir e quanto mais eles desciam mais depressivo ficava o caminho.

Tudo era cinza e coberto por uma bruma que parecia quase suja. Aquele lugar estava deixando Susan nervosa.

Viu Gandalf chamar Frodo para perto de si e trocarem palavras.

A cena com Boromir tinha deixado todos preocupados. O capitão estava fraquejando, o peso das responsabilidades, o medo de desapontar o pai, as inseguranças da posição de comando estavam começando a atingi-lo.

Medo era uma coisa perigosa.

De repente Gimli apontou para algo.

–As muralhas de Moria. –ele declarou maravilhado.

Eles tinham finalmente chegado.


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Notas finais do capítulo

N/A: E fechamos mais um capítulo!

Espero que tenham curtindo. Não esqueçam de comentar.

A cena do Legolas com a Susan foi um aceninho bem de leve em direção a cena deletada de "Crônicas de Nárnia: Princípe Caspian", da Susan com o Caspian.

Toni daqui dois dias!

B-jão