A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

EDIT: GENTE O BICHO TA MAIS LOUCO QUE O BATMAN!!! POSTEI CAPÍTULO REPETIDO T.T

Obrigada pelo aviso! Agora ta arrumado.

MINHA NOSSA SENHORA DE GONDOR!

Eu juro que não abandonei essa história! A prova está aqui!!!!! Jesus amado.

A boa notícia é que está terminando. Eu juro. Só mais alguns capítulo e muito amor!

Espero que vocês gostem!



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Eles chegariam nos Portões Negros na manhã seguinte. Susan sempre foi a irmã lógica, a que gostava de pensar com clareza em decisões antes de toma-las.

Isso não queria dizer que ela não tinha fé ou não acreditava nas pessoas que tinha ao seu lado. Entretanto sempre se sentiu melhor se lógica acompanhasse essa fé.

O problema era que agora não havia lógica alguma que ajudasse. Não havia absolutamente nada que eles pudessem fazer para essa próxima batalha. Era muito provável que todos eles morressem na manhã seguinte.

Os orcs eram inúmeros, eles apenas os poucos que sobreviveram a batalha em Minas Tirith. Susan sobrevivera antes, quando tudo parecia perdido, inclusive a batalha do Abismo de Helm recentemente, mas essa...

Havia medo em seu coração, havia dúvida, embora tivesse vergonha de admitir. A dúvida não era porque duvidava das pessoas que lutariam ao seu lado. Muito pelo contrário: se fosse só por essas pessoas, sabia que venceriam.

Tinha medo porque todos os números estavam contra eles: soldados, armas, probabilidades. Tinha dúvidas porque Frodo e Sam estavam sozinhos enfrentando uma força tóxica Tinha medo de nunca mais ver seus irmãos, tinha medo de nunca mais ver Nárnia.

Susan não queria ter medo, mas tinha assim mesmo e isso a deixava envergonhada.

—Você está quieta. –Legolas falou, sentando-se ao lado dela.

—Não há muito o que ser dito a essa altura. –ela falou num suspiro.

—Eu discordo. –ele falou gentilmente –Esse é o momento no qual as coisas devem ser ditas, antes que seja tarde demais. É a hora de abraçar seus irmãos e dizer que os ama, pedir perdão por coisas grandes e pequenas... Talvez não haja outra hora, então esse é o melhor momento.

Susan virou-se para ela e arqueou uma sobrancelha.

—Isso tudo é só uma desculpa esfarrapada sua para vir aqui falar das suas supostas intenções? –ela perguntou.

Legolas riu baixo.

—Você ja sabe muito bem quais são minhas intenções. –ele indicou –Eu te informei de todas elas. Na verdade eu ainda estou esperando para saber quais são as suas. Aliás, eu estou começando a sentir-me usado.

—Usado? –Susan repetiu incrédula.

—Obviamente. –Legolas respondeu sério –Afinal, você não tem problema algum em me beijar em alguns momentos, quanto ao resto... Eu já não tenho tanta certeza.

Susan ainda estava olhando para ele em choque quando percebeu o sorriso no canto dos lábios dele.

Então ela riu.

—Tudo bem. –ela falou por fim –Minhas intenções são... –sorriu para ele –Ver o fim dessa guerra, assim poderei conhecer Mirkwood. Depois você pode viajar até Nárnia comigo, porque em Cair Paravel nós temos o Salão das Estrelas, onde nós podemos dançar na frente de uma multidão e sob um céu estrelado ao mesmo tempo. Quero contar tudo sobre mim e ouvir tudo sobre você, porque eu sei que você já viveu muitas vidas. Quero ver nós dois sorrindo mais e quero ouvir outras canções na sua voz. E eu tenho todas as intenções de te beijar de novo.

Legolas reconheceu as palavras que ela dissera, ouviu suas próprias intenções refletidas na voz dela e isso, mas do que qualquer outra coisa, encheu seu coração, já preenchido pelo amor que sentia por ela.

—Eu gosto da suas intenções. –ele falou, sorrindo para ela.

—Eu imaginei que você gostaria, Legolas. –ela sorriu de volta.

Então levou a mão ao rosto dele e inclinou-se para beija-lo. Esse sim era um beijo diferente, não movido pelo calor da batalha, pelo alívio de estarem vivos. Era um beijo de começo, um que marcava o ínicio de algo que poderia inspirar canções e histórias, lendas de amor e poesias que seriam recitadas por gerações.

Esse era o beijo que mudaria tudo.

Quando os dois se separaram, longos segundos depois, ambos estavam sorrindo, ambos estavam com o coração leve.

Legolas passou o dedo delicadamente pela curva do lábio inferior da Rainha.

—Isso... –ele falou, pressionando o dedo gentilmente sobre os lábios dela –É o que eu vou levar amanhã para a batalha e, aconteça o que acontecer, será o que eu vou levar para sempre.

Susan pegou as mãos dele entre as suas.

—Eu também.

Isso era uma promessa.

XxX

—Majestade.

Lucy virou-se e sorriu levemente para Amrothos.

—Onde está o seu irmão? –ele perguntou.

—Edmund está conversando com nossos mensageiros, nós estamos decidindo se mandamos ordens para Nárnia agora ou se realmente esperamos pela batalha. –ela explicou.

—Porque se você não esperar pela batalha é como se você ja estivesse convencida de que todos eles vão morrer. –Amrothos terminou o pensamento que Lucy não ousaria completar.

—Sim. –ela confirmou mesmo assim –Sua família também partiu para a batalha?

—Sim. Meu pai e meus irmãos. Eu fiquei aqui com Lothiriel.

—Pelo mesmo motivo que eu estou aqui, Faramir e Eowyn. –ela suspirou –Nós estamos aqui para que a esperança permaneça, caso tudo dê errado na próxima batalha, nós garantiremos a próxima.

—Com que força? –ele perguntou, sua voz exausta –Nós não temos mais exércitos para mandar.

—Que bom que Nárnia tem.

Amrothos olhou para a Rainha com confusão.

—Nós temos um vasto exército. –Lucy explicou –Caspian e Cor também.

—Vocês arriscariam seus exércitos por uma luta que é nossa? –ele perguntou em choque.

—Essa luta não é só de vocês. –Lucy corrigiu o rapaz –Esse tipo de escuridão consome tudo e continua buscando por mais coisas para devorar. Um dia ele vai decidir que quer Nárnia. Seria egoísmo nosso nos escondermos agora quando podemos fazer algo.

Amrothos estava olhando para ela com admiração, então balançou a cabeça e soltou uma risada rouca.

—Cuidado, Majestade, ou eu vou acabar me apaixonando de verdade.

Lucy revirou os olhos.

—Cuidado, Alteza, porque eu posso não estar nada interessada.

—E você pode estar muito interessada também. –ele retrucou com um sorriso divertido.

Lucy teve que lutar contra um sorriso.

—Eu adoraria visitar Nárnia quando tudo isso tiver terminado. –ele falou de repente.

—Bom, pelo jeito nós vamos levar metade de Gondor para la, porque Boromir vai obviamente vir, então temos você, sua irmã, o elfo...

—Espere. –ele pediu –Minha irmã? –perguntou em choque.

—A própria. –Lucy confirmou com um sorriso divertido –E para sua informação, se eu tiver que escolher um de vocês, quem vai é ela.

A Rainha deu um tapinha amigável no ombro do princípe ao passar por ele. Talvez se tivesse ficado mais um pouco ela teria visto o sorriso no rosto dele.

XxX

Lá estavam eles: frente a frente com um exército que parecia infinitamente maior que o que tinham.

O discurso de Aragorn tinha reascendido a coragem no coração dos homens, mas eles estavam cercados. Não havia mais nada que pudesse ser feito. A única esperança deles era Frodo e um ser horrível ja lhes dissera que o hobbit estava morto.

Aragorn recusava-se a acreditar e Susan também.

—Minha Senhora.

Ela olhou para Boromir.

—Lutar ao seu lado foi a maior honra que eu tive. –ele falou.

—Eu posso dizer o mesmo, Boromir. –ela sorriu para ele.

Reepichip subiu até o ombro da Rainha.

—Majestade. –ele tocou o rosto dela suavemente com sua pata.

—A sua presença é reconfortante, Reep. –ela falou.

—Nós estaremos aqui com você até o fim, Minha Senhora. –ele assegurou-a.

Aragorn deu alguns passos a frente, sua espada abaixando momentaneamente. Susan sentiu seu coração perder uma batida, preocupada com o que poderia estar acontecendo com ele, passando-se em sua cabeça.

Então Aragorn virou-se para eles.

—Por Frodo. –ele murmurou, lágrimas em seus olhos.

Aragorn foi o primeiro a levantar sua espada e avançar contra o exército de Mordor. Pippin e Merry seguiram o rei.

Susan trocou um sorriso com seu irmão e fez o mesmo.

Por Frodo.

XxX

Era como estar num barco que afundava e ter apenas um balde na mão: não importa quanto esforço fosse usado para jogar água pra fora, ela nunca parava de entrar.

Era como se os orcs fossem a água e o exército deles o balde: podiam lutar até a exasutão, mas os números do inimigo eram superiores. Eles podiam derrubar cem orcs cada, mas mais viriam.

Ainda estavam lutando, fingindo não sentir o cansaço, ignorando as dores e o sangue.

Os dedos de Susan estavam sangrando e a mão dela estava tremendo e puxar a corda do arco estava ficando cada vez mais difícil. Ela ainda era apenas humana e sua força estava cada vez menor.

Quando os Nazgul apareceram foi como se uma nuvem cobrisse tudo.

—As Águias estão aqui! –Pippin gritou.

E elas estavam mesmo, voando por sobre eles, atacando as terríveis criaturas, protegendo-os do céu.

Susan procurou pelo irmão e viu que Peter estava lutando, mas tinha um corte na testa que sangrava. Escutou um rugido e viu Aslan derrubando mais orcs. Cor também estava enfrentando inimigos, homens de sua guarda ao seu lado.

—Aragorn!

Susan virou-se ao ouvir o grito de Legolas. O homem tinha sido derrubado por um troll e o elfo estava tentando chegar até ele, sem sucesso algum.

Susan tentou levantar o seu arco, mas não conseguia parar de lutar os orcs ao seu redor o suficiente para atirar.

Foi então que todos ouviram o grito. Ou pelo menos algo que pareica um grito.

Era como se um animal tivesse sido atingido por uma flecha e soltado um último choro cheio de angústia. A batalha parou diante do barulho, ninguém mais se moveu um centímetro.

Então o chão tremeu. Eles podiam ver de onde estavam a Torre desmanchando, o Olho apagando-se.

—FRODO! –Merry gritou comemorando.

Sim, ele tinha cosenguido. Frodo fizera uma milagre: salvara a todos.

O tremor se espalhou e os orcs correram, enquanto o exército dos Homens ficou ali. A terra começou a cair, destruindo os campos malditos que ficavam para trás do Portão Negro.

Sauron estava destruído. Tudo tinha terminado.

Então o vulcão explodiu, soltando lava e fumaça negra. A comemoração terminou ali, porque todos entendiam o que estava acontecendo: Frodo e Sam ainda estavma ali. Eles não tinham como escapar do vulcão sozinhos.

—Não. –as pernas de Susan falharam pela primeira vez desde que tudo começara, talvez porque agora fosse o fim.

Ela não chegou a cair, porque Peter estava la. O irmão a pegou nos braços, trazendo-a para si. Susan afundou seu rosto no pescoço dele, tentando fingir que não ouvia o barulho de explosões ou sentia a fumaça queimar o seu nariz.

—Não. Isso não vai terminar assim. –Gandalf prometeu

Ainda não era o fim.


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Notas finais do capítulo

Família está aí pra todas as tretas; até pra enfrentar os exércitos das Trevas ;)

COMENTEM!

B-jão



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