A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, mas eu voltei!!!

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior.

Agora vamos nos preparar para mais aventura e romance, porque temos um certo elfo engraçadinho a solta.



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Susan estava enfrentando dois orcs quando um exército de... Céus, o que era aquilo? Se eles fossem reforços de Sauron estavam todos perdidos!

Pareciam fantasmas e estavam varrendo o campo! Foi quando ela percebeu: eles estavam atacando os orcs.

Aragorn! Ele conseguira!

Viu Gimli a distância, mas não havia tempo para procurar os demais. A batalha ainda estava feroz ao seu redor.

—Majestade! –Reepicheep pulou em seu ombros –Eles conseguiram!

—Finalmente uma boa notícia para nós. –ela concordou, despachando mais três orcs com suas flechas.

—Mestre Gimli! –Reep chamou ao ver o anão aproximar-se –Bom ve-lo vivo.

—Eu digo o mesmo. –o anão falou animado, derrubando mais um orc com seu machado. Então algo pareceu chamar sua atenção –Elfo exibido.

Susan virou-se para ver o que ele olhava e encontrou Legolas escalando uma das criaturas. Sozinho ele derrubou o ninho sobre as costas do animal e, com repetidas flechadas, fez a criatura cair, antes de deslizar graciosamente por sua tromba e pousar no chão.

—Ainda assim, só conta como um! –Gimli protestou.

—Elfo! –Susan bradou, algo irado em sua presença.

Legolas ficou parado em choque, enquanto ela avançou até ele em passos decididos, derrubando sem hesitar ou parar os loucos que tentaram entrar em seu caminho. Quando ela finalmente alcançou-o Susan agarrou Legolas pela gola de sua camisa.

—Eu quero o que você roubou de volta. –ela declarou antes de puxa-lo mais e colar seus lábios aos dele.

Foi como se todo o barulho de batalha ao redor deles parasse de repente e sós os dois estivessem ali agora.

Então os dois se separaram e ficaram se encarando em silêncio. Sem quebrar o olhar mataram os dois orcs que vieram na direção deles.

—Agora está tudo certo? –ela desafiou, arqueando a sobrancelha.

—Acho que eu vou roubar mais um para dar sorte. –ele declarou antes de inclinar-se e beija-la rapidamente.

Legolas saiu dali antes que Susan conseguisse acerta-lo com seu arco. A Rainha respirou fundo.

—Hora de voltar a batalha. –ela declarou para ninguem em particular.

xXx

Susan viu ao longe Eowyn matar o Nazgul. Ela tinha certeza de que a mulher estaria ali, enfiada no meio da batalha. Théoden (como a maioria dos homens no poder) fora muito tolo ao achar que a mulher simplesmente voltaria para casa.

As forças deles tinham sobrepujado as forças de Mordor e a maioria dos orcs se preparava para bater em retirada, mas alguns ainda insistiam em lutar. Fora isso eles estavam decididos a destruir todos os orcs, porque se eles corressem livres, cedo ou tarde trariam mais problemas.

Susan estava enfrentando um quando olhou e viu Aragorn lutando contra outro. Ele estava saindo-se melhor, mas um segundo apareceu atrás dele, espada preparada para um golpe.

Susan empurrou o orc que a enfrentava com toda sua força.

—Aragorn! –ela gritou, mas ja tinha uma flecha voando pelo ar.

Aragorn virou ao mesmo tempo em que a flecha atingiu o orc. Ele lançou um olhar agradecido a Susan, mas de repente seus olhos se arregalaram.

O orc que Susan empurrara voltou para ataca-la. Ela mal teve tempo de levantar seu arco para bloquear o golpe quando um segundo orc apareceu, espada em mãos. Ela nunca ia conseguir defender os dois dessa forma.

Ela ouviu a voz de Aragorn gritar ao fundo, ao mesmo tempo que sentiu a lâmina afundar-se em sua barriga. Quando Boromir apareceu e matou os dois, ela ja tinha caído no chão.

—SUSAN! NÃO! –o capitão gritou, mãos indo para o ferimento, tentando estancar o sangue –Susan! –ele levou uma mão ao colar em volta do pescoço dela –Sua mágica!

—Só tinha uma gota e ele era sua. –ela sorriu suavemente, então levantou a mão e tocou o rosto dele –Acalme-se, Boromir.

—Majestade! –Reep apareceu correndo –Rainha Lucy está na cidade! –ele lembrou de repente –Ela poderá salva-la. Mas temos que leva-la antes que...

Susan sentiu sua cabeça começar a flutuar e estava ficando frio. Sabia que não eram bons sinais, mas ater-se as coisas a sua volta ficava cada vez mais díficil. Sabia que Aragorn estava ali também, mas não entendia mais que isso.

—SUSAN! –Peter chegou correndo –Precisamos leva-la até Lucy.

—Ela nunca vai conseguir chegar a tempo! –Aragorn falou frustrado.

Peter assobiou impossivelmente alto. Uma sombra passou por eles antes de um animal como eles nunca viram antes pousar bem ao lado deles.

—Sekhmet, leve Susan até Lucy imediatamente. –o Rei exigiu.

Boromir ja estava pegando Susan no colo.

—Suba, cavaleiro. –a fera praticamente rosnou para Boromir. O capitão montou no animal, segurando Susan em seus braços –Segure-se firme.

A criatura levantou vôo aparentemente sem esforço algum. O exército de fantasmas ja tinha varrido a cidade de orcs e os cavaleiros de Gondor começavam a aparecer. Boromir nem teve tempo de olhar para a destruição da cidade, antes de Sekhmet estar pousando.

Viu ao longe uma jovem de cabelos escuros, vestida em armadura dando algo para os soldados caídos no chão.

—Majestade! –Sekhmet chamou com urgência.

Lucy virou-se ao ser chamada, então seus olhos foram parar em Boromir e quem ele trazia em seus braços e se arregalaram.

—SUSAN! –gritou desesperada, correndo até a irmã.

—Ela não está abrindo os olhos. –Boromir falou em desespero, deitando-a no chão.

—Não, não, não! –Lucy abriu a boca da irmã e derrubou uma gota de sua poção ali.

—Boromir! –Faramir aproximou-se do irmão –O que...

Boromir abraçou o irmão caçula, apertando-o contra si.

—Você está vivo. –ele murmurou aliviado.

—Eu posso dizer o mesmo. –Faramir retribuiu o gesto –Essa é...

—Ela não está abrindo os olhos. –Lucy falou, lágrimas grossas escapando de seus olhos.

—É minha culpa. –Boromir falou, um peso em seu estômago –Se ela não tivesse usado o que tinha para me salvar...

—Quem ia cuidar de mim? –Susan murmorou de forma fraca, olhos ainda fechados.

—Susan! –Lucy debruçou-se sobre a irmã, abraçando-a de forma desajeitada –Louvado seja.

—Minha Rainha. –Boromir caiu de joelhos ao lado dela e pegou sua mão –Você está bem?

—Estou. –ela assegurou, finalmente abrindo seus olhos –E acho bom você parar de se culpar. Está tudo bem.

Boromir deixou um beijo reverente na mão da Rainha.

—Sim, Majestade.

Faramir estava olhando em choque para seu irmão. O jeito que Boromir estava tratando Susan não era como o de alguem que deseja uma mulher, mas sim como alguém que segue um líder.

Gondor perdera seu Regente para Mordor e estava para perder seu Capitão para Nárnia. Ele mal podia acreditar.

xXx

Lucy estava ajudando com os feridos e a ordem era levar todos os que não corriam risco imediato de morte para as Casas de Cura enquanto ela administrava sua poção primeiro para os casos graves. Pessoas não paravam de entrar na cidade e logo eles teriam que descer aos campos e ver como estava a situação la fora.

Susan, que já estava de pé e pronta para outra, estava ajudando a irmã, Faramir e Edmund a separar os casos. Era doloroso ver quantas pessoas foram perdidas, quantas vidas destruídas. Guerras eram terríveis.

Pippin tinha descido até o campo com Boromir para ver o que podia ser feito la e, logicamente, para procurar Merry.

Eles tinham improvisado um centro de atendimento no pátio da Árvore Branca, mas havia muitas pessoas ali.

Susan viu Aragorn chegar, cercado por cavaleiros de Rohan e os demais. Éomer estava carregando Éowyn nos braços, seu rosto torcido em desespero, molhado por lágrimas. O cavaleiro nem olhou para o lado, antes de carregar a irmã para ser cuidada.

—Aragorn! –Susan chamou.

O guardião seguiu a voz dela e seu rosto iluminou-se de alívio ao vê-la ali. Legolas saiu de trás dele e congelou ao ver Susan de pé.

Então o elfo caminhou na direção dela, passos decididos e Susan sentiu uma leve vontade de sair correndo, porque a expressão dele era séria como a Rainha nunca vira antes.

—Eu estou... –ela começou a dizer, apenas para ser interrompida quando ele laçou-a pela cintura.

A mão esquerda dele afundou-se no cabelo de Susan, puxando o rosto dela para o seu. Essa era a terceira vez que ele a beijava, mas isso era totalmente diferente das leves provocações de antes, da brincadeira.

Isso era sério, era um beijo com propósito, com intenção. Era a primeira vez que ela tinha o corpo colado contra o de alguem de forma tão íntima e, embora as mãos dele estivessem em lugares apropriados, havia algo totalmente excitante correndo pelo corpo dela.

Tinha a ver com o sabor dele, com o calor da pele dele, com a boca dele se abrindo contra a dela e a maciez dos cabelos dele nas mãos dela.

Susan empurrou-o gentilmente.

—Isso não está virando um hábito. -ela alertou.

Legolas abriu a boca, mas ela cobriu os lábios dele com seus dedos.

—Eu e você vamos ter uma longa conversa. –ela informou –Depois disso nós discutiremos essa história de beijos. Ainda há muito o que ser feito.

Legolas respirou fundo antes de solta-la e dar um passo para trás.

—Você tem razão. –ele assentiu por fim.

—Ótimo. –ela abriu um enorme sorriso –Aliás, meus irmãos estão logo atrás de você. Boa sorte.

Ela afastou-se rapidamente e Legolas virou-se, dando de cara com os dois Reis de Nárnia, que não pareciam nada impressionados com ele. E Reep estava ali, espada empunhada.

—Eu posso explicar. –ele falou na hora, totalmente calmo.

—Eu vou adorar ouvir você tentar. –Peter respondeu seco.

Homens têm costumes estranhos, o elfo decidiu-se.

xXx

—Aragorn. –Susan aproximou-se do homem.

Todas as pessoas que estavam em condições de se mover estavam ajudando a organizar a cidade, arrumar alimento e água, enterrar os mortos.

—Susan. –ele abraçou a rainha –Eu não tive chance de dizer mais cedo, você estava ocupada... –o sorriso dele era divertido –Mas vê-la viva é uma bênção.

Susan sentiu seu rosto corar.

—Não tem graça. –ela avisou, então seu rosto suavizou-se –Como você está?

—Exausto. Perdido. –ele admitiu –Não tenho certeza do que deveríamos fazer agora.

—O quer que tenha que ser feito, será feito por todos nós, Aragorn. –ela pegou o rosto dele entre suas mãos –Pare de tomar responsabilidade por tudo, você não está sozinho.

—Eu já devia ter aprendido a lição, hum? –ele provocou de leve.

—Sim, você devia. Essa só é a milésima vez que eu te digo isso.

Os dois compartilharam um sorriso.

—Susan! –Lucy entrou correndo no salão, seu rosto em pânico –Éowyn! Eu não sei o que ela tem, mas eu não consigo cura-la!

—O que? –Aragorn adiantou-se para a jovem Rainha.

—Ela tinha um braço quebrado, que eu ja curei, mas há uma mancha negra nele e ela continua se esvaindo. –Lucy estava quase a beira das lágrimas –Os curandeiros não sabem o que fazer!

Susan e Aragorn correram atrás dela até as Casas de Cura. Éomer estava ao lado da irmã, olhos fixos na forma dela.

Éowyn sempre foi pálida, mas agora parecia que a morte pairava sobre ela, a pele de seu braço negra.

—O que é isso? –Susan perguntou em choque.

—Sopro Negro. –Aragorn falou arregaçando as mangas –Alguem me traga Athelas! –ele gritou para os curandeiros –É comum em quem fica muito próximo de um Nâzgul. Frodo foi afetado pela mesma coisa.

—E agora? –Lucy perguntou preocupada.

—Eu posso ajuda-la. –Aragorn garantiu, molhando um pano e colocando-o contra a testa de Eowyn. Ele lançou um olhar a Susan –Tire Éomer daqui. Faça-o comer algo. Ele não saiu do lado dela para nada desde que a trouxeram.

—Deixe comigo. –a rainha falou acenando.

Ela pegou a mão de Éomer e o puxou. Por um minuto o cavaleiro a seguiu, até perceber que ela o levava para longe de sua irmã.

—Não, eu preciso ficar com Éowyn. –ele falou puxando sua mão.

—Aragorn precisa de espaço para trabalhar nela. –Susan mentiu descaradamente –E você precisa comer. –ela olhou em volta, até ver uma das curandeiras –Você poderia me trazer algo para ele comer?

A jovem de cabelos negros e olhos acinzentados acenou rapidamente com a cabeça.

—Éowyn...

—Aragorn vai ajuda-la. –Susan falou mais uma vez, empurrando-o delicadamente para sentar-se –Você não pode ajudar sua irmã ou seus homens se desabar de cansaço.

Éomer levantou-se num pulo.

—Eu exijo ficar ao lado da minha irmã! –ele bradou para ninguem em particular –Eu exijo...

—Pois eu exijo que você se cale agora mesmo! –a curandeira para quem Susan pedira a comida falou aproximando-se. O olhar dela era congelante. –Isso é um lugar de cura e as pessoas aqui precisam de silêncio para trabalhar e para se recuperarem. Você vai respeitar isso ou eu farei te jogarem para fora daqui, você sendo o temido Leão de Rohan ou não. Entedido? –ela colocou o prato na mão dele –Agora coma em silêncio até Lorde Aragorn chama-lo para ficar ao lado de sua irmã de novo.

Dito isso ela virou as costas e saiu dali.

Éomer ficou parado em choque, o prato de comida em suas mãos. Lentamente ele sentou-se e começou a comer de forma mecânica, ainda surpreso.

Susan estava tentando não rir.

—Quem é essa? –ela perguntou a Lucy.

—Princesa Lothiriel de Dol Amroth. –a jovem respondeu –Ela é irmã de Amrothos.

—O princípe que não tira os olhos de você? –Susan arqueou a sobrancelha.

Lucy corou fortemente.

—Eu não sei do que você está falando. –ela falou rapidamente, antes de sair dali também.

Susan viu Éomer observando a tal princesa.

Hum...

xXx

Susan passou as mãos pelos cabelos e respirou fundo. Estava exausta.

Passara o dia ajudando Lucy, Lothiriel e as demais pessoas na Casa de Cura. Sua irmã finalmente conseguira administrar seu remédio a todos que precisavam e a única coisa que fizera-se necessária fora terminar de arrumar a Casa. Éowyn era agora a única ocupante do lugar, porque curar-se de Sopro Negro levava tempo e cuidado. Éomer voltara a postar-se ao lado da irmã.

Susan passou a mão pelo cabelo mais uma vez, soltando-os apenas para começar a trança-los mais uma vez.

—Rainha Susan.

Susan olhou para o rapaz que vinha em sua direção. Ele era extremamente bonito, beirando no rídiculo. Não fossem as orelhas Susan ia achar que se tratava de um elfo.

—Eu sou Princípe Amrothos, de Dol Amroth. –ele curvou-se diante dela –É uma honra conhece-la.

Sim, ela sabia muito bem quem ele era, porque Edmund o apontara mais cedo e resmungara que ele não parava de olhar para Lucy. Vendo-o de perto –olhos cinzas e cabelos negros –Susan podia entender porque sua irmã não estava la muito incomodada.

—A honra é minha, Alteza. –Susan sorriu para o rapaz.

—Nós estamos muito agradecidos pela ajuda que os Narnianos trouxeram. –ele falou –Vocês têm sido faróis de esperança nesses tempos escuros.

—Eu agradeço, embora você esteja nos atribuindo demais. –ela falou graciosamente –Nós estamos apenas defendendo um mundo que também nos pertence.

Armothos sorriu para ela.

—Vamos, Princípe. –ela riu levemente –Não precisa me amolecer com elogios. O que realmente está em sua mente?

—Você me pegou. –ele deu uma risada sem graça –É que seus irmãos são assustadores e você é conhecida como a Rainha Gentil.

Susan viu-se encantada, mas resolveu guardar para si mesma.

—O que você quer saber da minha irmã caçula?

—Óbvio assim, hein? –ele não parecia envergonhado, muito pelo contrário –Eu nunca vi uma mulher como ela.

Sim, havia algo nos olhos dele que era extramente encantador.

—Se você veio pedir minha bênção, você ja tem. –Susan falou gentilmente –Se você veio pedir permissão para alguma coisa... Bom, Lucy resolve as coisas sozinha. Boa sorte. Você provavelmente vai precisar.

O sorriso de Amrothos era confiante e levemente arrogante quando ele se despediu e se foi. Susan teria pena dele se... Não, na verdade não tinha pena nenhuma dele. Ia adorar ver Lucy colocar o princípe para correr círculos.

—Se sua irmã é como você... -a voz de Legolas soou logo atrás de Susan –Eu quase tenho pena dele.

—Eu não tenho nem um pingo de pena. –ela declarou virando-se para Legolas.

—Seus irmãos exigiram saber minhas intenções. –ele arqueou uma sobrancelha –E Reep apontou aquela espada para o meu nariz o tempo todo.

—Eu também não tenho um pingo de pena de você. –ela informou.

—Eu não esperava nada diferente. –ele provocou de leve –Mas a pergunta permanece... E agora, Majestade?

—Bom, meus irmãos ja perguntaram quais suas intenções. O   que você respondeu a eles?

—Que eu não era louco de falar de você, sobre você, em um assunto tão referente a você sem a sua presença. –ele respondeu como se fosse óbvio.

—Aprendeu bem, elfo. –Susan falou com um sorriso satisfeito.

—Eu vivo para agrada-la, Majestade.

Os dois compartilharam um sorriso, até Legolas suspirar.

—Beijos em momentos de crise a parte, Susan... –ele falou sério –Como estamos?

—Bem, eu estou aqui agora e eu quero saber. Quais suas intenções? –ela cruzou os braços e levantou o queixo em desafio.

Legolas deu um passo para frente, seus olhos colados nos dela.

—Minhas intenções são: conhecer você cada vez melhor, porque eu tenho a impressão que ainda há muito a saber. –ele deu mais um passo para frente –Minhas intenções são conhecer a terra que você ama tanto e te mostrar o lugar de onde eu vim. –outro passo e poucos centímetros separavam os dois –Minhas inteções incluem ver o fim dessa guerra, porque eu quero te ver sorrindo mais. Eu quero tira-la para dançar em um salão cheio de pessoas ou sob um céu estrelado. Qualquer um dos dois é ideal para mim. –ele empurrou uma mecha de cabelo para trás da orelha dela –Eu quero ter mais chances de ouvir sua voz, nem que seja porque você está exasperada comigo. Eu quero estar mais perto de você, Susan... –ele inclinou-se na direção dela –Porque acima de tudo, eu tenho todas as intenções de te beijar agora.

—Você é mesmo muito atrevido, elfo. –Susan murmurou, a boca quase roçando na dele –E eu não disse que aceito suas intenções.

—Bem lembrado. Ela não concordou mesmo.

Susan revirou os olhos e virou o rosto o bastante para olhar para Lucy.

—Posso ajudar, Lucy? –ela perguntou.

—Não. –a jovem Rainha falou com um sorriso inocente –Eu só estava procurando minha querida irmã.

—Nós falamos de suas intenções depois, elfo. –Susan informou a Legolas –Assim eu posso te falar das minhas também.

Legolas arqueou a sobrancelha.

—E você tem intenções?

—Obviamente.

—E quando eu posso ouvi-las? –ele perguntou.

—Não vai ser agora, Princípe Encantado. –Lucy interferiu –Mas, só para você ficar sabendo, eu estou torcendo por você.

Legolas sorriu ao ver as duas irmãs se afastando, porém sua audição ainda pegou o último comentário de Lucy para Susan.

—O tal do Boromir, Reep falou de Éomer e agora o elfo, Susan? Sinceramente, você vai começar outra guerra aqui na Terra Média. Contenha-se.

O tom de Lucy não era acusatório, havia um pouco de exasperação e um pouco de divertimento, mas não foi o efeito que teve em Susan. Ela travou imediatamente.

Se Legolas tivesse que adivinhar ele diria que Susan nunca contou a irmã como as palavras dela a afetaram depois da guerra contra os Calormanos, então Lucy não sabia o que estava falando.

Bom, ele não queria ver Susan assim.

xXx

—Eu não gosto desse elfo. –foi a primeira coisa que Peter disse tão logo viu Susan.

—Que bom que não é você quem precisa gostar dele. –Susan cortou –Agora que isso está fora do caminho... –ela fez um gesto para Edmund continuar.

—Nós estamos pensando em enviar um pedido de mais tropas para Nárnia. –o irmão respondeu –Nós vamos ter um tempo agora, eu imagino e...

—Não, não teremos. –Aslan declarou entrando na sala onde os irmãos se encontravam.

—Aslan. –Peter levantou-se.

—Não haverá tempo para mandar chamar mais tropas. –Aslan falou sério –A tempestade chegou em seu ponto máximo, não há mais nada a fazer a não ser enfrenta-la.

—Mordor nos atacará logo? –Lucy quis saber.

—Não exatamente. –ele respondeu –Vocês devem ir a sala do trono. Os demais estão la para decidirem o próximo passo.

Os quatro irmãos assentiram e os dois mais novos saíram na frente, mas Peter e Susan pararam ao lado de Aslan.

—Eu odeio pedir isso de vocês, meus jovens. –Aslan suspirou.

—Não há nada errado com isso, Aslan, não é mais que bom senso. –Peeter falou sério –Não podemos todos estar na próxima batalha. Talvez não sejamos tão sortudos nela.

—Nós iremos e lutaremos. –Susan prometeu –Edmund e Lucy podem ficar para trás.

O Leão suspirou entristecido.

—É um fardo em meu coração que vocês tenham que reinar tão jovens por períodos tão difíceis. –ele falou.

—Nós não vemos assim, Aslan. –Susan falou com sinceridade –Nós estamos preparando um reino melhor, um mundo melhor para as gerações que virão, assim eles não terão que lutar como nós lutamos. Eles serão herdeiros de paz.

—Ah minha Rainha Gentil. –Aslan sorriu para ela –Que suas palavras ganhem forma e força.

—Claro que ganharão, Aslan. –Peter abriu um sorriso –Quando Susan fala, todos escutam.

—Que bom que vocês sabe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de todas as emoções desse capítulo!

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B-jão



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