A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários!

A coisa está ficando séria e estamos perto de uma batalha feroz. O que será que vem agora?



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–As coisas estão piorando aqui. –Caspian comentou.

–Claro que estão. –Edmund bufou –O Regente deles é louco, todos estão morrendo de medo. O povo não tem força ou esperança. Se algo não acontecer logo eles perderão essa batalha antes mesmo que ela comece.

–Seus irmãos precisam vir logo. –Caspian falou.

–Mesmo que eles cheguem. –Lucy bufou –Nós somos apenas dois mil. O Princípe Imrahil diz ter trazido seis mil homens, mas ele os leverá a batalha? Se Denethor o proibir, será que ele irá lutar?

–Irá. –Edmund falou decidido –Os filhos dele estão na cidade. Se nada, Imrahil não irá coloca-los em risco.

Lucy passou a mão pelo rosto.

–Eu não sei o que fazer. –admitiu.

–Nenhum de nós sabe. –Edmund falou –Se essa terra fosse nós seria diferente, aqui nós só podemos ajudar até certo ponto. Mais do que isso é intrusão e não será bem vindo.

–Bom, talvez nós não devêssemos ligar. –Lucy protestou –Nossas vidas e a dos nossos irmãos também estão em jogo. Eu não vou deixar que pessoas se machuquem porque Denethor está louco.

–Você está certa. –Caspian falou por fim –Nós precisamos de mais ajuda. Gandalf está do nosso lado, mas ele não tem um exército.

–Imrahil tem. –Edmund observou.

–Devemos tomar cuidado com o Princípe. Ele pode achar que está traindo seu Regente. –Lucy falou –Talvez seja melhor... Contorna-lo.

–E falar com quem? –Caspian perguntou confuso.

–Um dos filhos.

–Lady Lucy! –uma das empregadas do palácio invadiu o quarto correndo, sem sequer bater na porta.

Caspian abriu a boca para censura-la, mas Lucy sabia que nenhuma delas faria algo assim por capricho.

–O que houve? –ela perguntou segurando a garota pelos ombros.

–O Regente... –ela falou, lágrimas nos olhos –Ele ordenou que seus soldados recuperam Osgiliath.

–O que? –Lucy perguntou chocada.

–Ele ordenou Lorde Faramir que juntasse os soldados que deixaram a cidade e tentasse retoma-la. –ela explicou em meio as lágrimas.

–Esse homem perdeu a razão completamente! –Caspian falou –Alguem tem que para-lo.

–Eles ja partiram? –Lucy quis saber.

–Estão indo para o portão agora.

–Caspian, fique com ela. Edmund, encontre um dos filhos de Imrahil! –Lucy ordenou, deixando a sala.

Tinha que dar tempo.

XxX

Eles finalmente alcançaram o ponto de encontro dos cavaleiros de Rohan. Porém não eram boas as notícias.

–Seis mil lanças. –Théoden falou –Menos da metade do que eu esperava.

Ele estava lado a lado com Aragorn, Susan e Peter.

–Seis mil não serão suficientes para passar pelas linhas de Mordor. –Aragorn falou –Nem com os mil que Nárnia traz.

–Mais virão. –Théoden falou com uma certeza que Aragorn parecia não partilhar.

–A derrota de Gondor se acelera a cada hora que passa. –Aragorn falou –Nós temos até o alvorecer, então devemos partir.

Todos podiam ver o medo, o nervosismo nos olhos de Aragorn. Théoden pôs a mão sobre o ombro do rapaz.

Todos se viraram ao ouvir o som dos cavalos relinchando impacientes, assustados, quase em pânico.

–Os cavalos estão inquietos. –Legolas comentou com Éomer, que estava próximo –E os homens calados.

–Eles ficam nervosos na sombra da montanha. –Éomer falou.

Ele virou o rosto para indicar a montanha e Legolas e Gimli viram uma entrada nela.

–Aquela estrada, para onde leva? –o anão quis saber.

–É a estrada para Dimholt, a porta sob a montanha. –Legolas respondeu.

–Ninguém que tomou esse caminho voltou. –Éomer falou –Aquela montanha é maligna.

–Soa assustador.

Os três praticamente pularam com a voz de Susan.

–Majestade. –Éomer curvou-se.

–Eu ja falei que Susan basta, Éomer. –ela sorriu para o homem.

–Minha Senhora. –Jared aproximou-se de sua Rainha –Ouça o conselho do cavaleiro. Aquele lugar... Eu não desejaria ver minha Senhora entrando ali.

–Você também sente? –ela quis saber –O Mal.

–Sim. –o cavalo respondeu de forma curta –E eu não desejaria bater de frente com ele.

Susan tocou o focinho do cavalo.

–Não tema, Jared. Nosso caminho não nos leva para a montanha. –ela assegurou –Ele nos leva os meus irmãos.

XxX

Lucy chegou tarde demais ao portão. Faramir ja tinha partido. Eles seriam massacrados, era loucura.

–Majestade! –Gandalf chamou aproximando-se –Você ficou sabendo.

–Gandalf...

–Eu tentei para-lo. –o mago suspirou –Mas Faramir sempre foi um rapaz desesperado pela aprovação de seu pai.

–O que nós vamos fazer? –ela quis saber.

–A coragem dos soldados está por um fio e Denethor não está tomando medida alguma para previnir que a cidade seja tomada. –Gandalf comentou –Eu estou tentando manter a moral deles, mas não é fácil.

–Eu vou trazer meu exército para a cidade. –Lucy falou decidida –Podemos ser poucos, mas ele precisam ver mais alguem pronto para lutar e defender Gondor. Na verdade, eu estava querendo falar com...

–Lucy!

Os dois viraram-se para ver Edmund aproximando-se com dois rapazes, obviamente nobres. Os dois tinham cabelos negros e os olhos cinza, algo que lembrava em muito Imrahil.

–Esses são os Princípes Elphir e Amrothos de Dol Amroth. –Edmund indicou os dois rapazes –Essa é minha irmã, Rainha Lucy.

–Majestade. –os dois falaram curvando-se.

–Nós precisamos fazer alguma coisa. –ela falou de forma firme –Eu vou falar com Denethr sobre o exército...

–Vocês têm um exército? –Princípe Elphir falou confuso.

–Claro que temos. –Edmund falou impaciente –Denethor nos fez esconde-los, mas Lucy está certa. Chega de diplomacia. O tio de vocês está louco, com todo respeito.

–Finalmente alguem que tem coragem de falar isso alto. –Amrothos falou num suspiro.

–Amrothos! –Elphir bronqueou.

–É verdade e você sabe. –o outro falou –Elphir, ele mandou Faramir para sua morte, numa batalha desnecessária.

Elphir respirou fundo.

–Eu falarei com nosso pai. –ele prometeu.

–Eu vou falar com Denethor. –Lucy decidiu –Vou tentar resolver a situação do exército de forma política, mas do contrário...

–Majestade! –um soldado aproximou-se deles correndo –Rainha Lucy, eu vim informa-la o mais rápido possível! Lorde Treymane foi atingido por uma flecha.

–Quem é Lorde Treymane? –Elphir perguntou confuso.

–Ele está bem? –Lucy perguntou preocupada.

–Seus homens dizem que você pode cura-lo, então viemos busca-la. –o homem informou.

–Eu vou com você imediatamente. –ela falou.

–Eu vou com você. –Amrothos falou –Depois que acudirmos seu amigo podemos ir falar com meu tio. Eu costumava ser o sobrinho preferido dele.

Elphir revirou os olhos.

–Não suma, Amrothos. –ele alertou.

–Nem sonharia com isso, irmão. –ele falou com um enorme sorriso.

Nada assegurador.

XxX

Denethor tinha praticamente forçado os narnianos numa caverna. Minas Tirith era uma cidade que tinha sido construída na sombra de uma montanha e havia vários túneis e caminhos que levavam á cavernas gigantescas.

Onde os narnianos estavam até então era um salão que dava entrada para uma dessas cavernas. Porém quando Lucy entrou ali seguida de Amrothos e os demais soldados os narnianos não estavam ali.

–Onde estão meus soldados? –ela exigiu.

–Lorde Denethor pediu para eles se recolherem para a caverna. –um dos homens respondeu.

–Como? –ela exigiu furiosa –Ele prendeu meus soldados?

–Foi para o bem deles, Majestade. –um homem apressou-se em dizer.

–Eu terei que falar seriamente com seu regente. –Lucy falou por entre os dentes, mas continuou em direção as pesadas portas.

Três homens abriram e Lucy adentrou a sala. Lorde Treymane estava estendido no chão, suas asas abertas com Trumpkin ao seu lado.

O som das portas abrindo-se atraiu a atenção de todos ali e os olhos de Trumpkin se arregalaram em pânico ao vê-la.

–Não, Majestade! –ele gritou.

Mas era tarde demais. O guarda que estava logo atrás dela empurrou-a para trás.

–O que você pensa que está fazendo? –Amrothos exigiu.

Um segundo guarda sacou sua espada e acertou a cabeça do princípe com a empunhadeira dela. Aproveitando-se do fato de Amrothos estar desnorteado empurrou o rapaz para dentro. A porta foi fechada.

Lucy voltou-se para ela e bateu contra a madeira.

–Tire-nos daqui! –ela exigiu.

–Majestade. –Tumpkin apareceu ao lado dela.

–O que está acontecendo? –ela quis saber.

–Eles nos trouxeram aqui ontem. Disseram que havia armamentos e mantimentos e que devíamos nos preparar aqui. –ele falou –Então eles trancaram as portas. Agora pouco atiraram Treymane e Caspian aqui.

–Treymane! –Lucy correu para o falcão que tinha uma parte de sua asa ferida e envolvida em uma atadura improvisade.

Ela tirou rapidamente o frasco de sua cintura e pingou uma gota ali, curando imediatamente o ferimento.

–Onde está Caspian? –ela quis saber.

–Aqui. –o rapaz apareceu. Seu rosto mostrava sinais de combate.

–O que deu em Denethor? –Lucy perguntou chocada, cuidando dos ferimentos dele.

–Eu não tenho ideia. –ele falou –Eu acho que ele finalmente decidiu que interferimos demais.

–Nós já buscamos a caverna toda. –um centauro informou –Não há saída.

–Rainha Lucy?

–Oh meus deus. –ela voltou-se rapidamente para onde Amrothos estava, com um corte nas testa que sangrava intensamente –Você está bem? Deixe-me ver isso.

Ele deixou ela curar o ferimento, seu rosto maravilhado ao ver a magia.

–Eu não acredito que te envolveram nisso. –ela falou –Eu sinto muito.

–Que princípe galante eu seria se não pulasse para resolver uma injustiça? –ele falou levemente irônico –Você está bem?

–Eles não me machucaram. –ela garantiu –Nós temos que sair daqui.

–Como?

–Boa pergunta.


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Notas finais do capítulo

É, Denethor surtou de vez e a coisa ficou feia agora.

O que será que vai acontecer com Lucy e os Narnianos presos?

Espero que vocês tenham gostado de todos os posts.

Nos vemos ano que vem ;)

B-jão



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