A Senhora de Nárnia escrita por Madame Baggio


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Vamos la...



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PARTE 1 – A Sociedade Do Anel

Prólogo

Rainha Susan de Nárnia, também conhecida como a Rainha Gentil, deixou seu olhar vagar para além do horizonte, onde céu e mar fundiam-se num incrível espetáculo de cor. O mar em Nárnia parecia uma joia por si só, brilhando reluzente sob o sol.

A rainha suspirou, perguntando-se, não pela primeira vez, quando voltaria a ver tal beleza. Se é que voltaria.

Alguém bateu a porta.

-Entre. –ela comandou a de forma suave.

Rei Peter, o Magnífico, Grande Rei de Nárnia, Imperador das Ilhas Solitárias, Senhor de Cair Paravel, Chefe da Mais Nobre Ordem do Leão, também conhecido como irmão mais velho de Susan, entrou na sala.

Susan sorriu ao ver o irmão. Peter se tornara um homem belo. Perdera aquela maciez da infância e se tornara cheio de ângulos afiados, queixo proeminente, olhos azuis que não perdiam nada, além do cabelo cor de trigo que agora chegava a seus ombros. Sim, ele se tornara um belo homem.

-Você está pronta para partir, Sue? –ele quis saber.

Não. Era o que ela queria dizer. Mas Susan não era nada se não uma boa moça.

-Sim, eu estou. –falou –Onde está o Edmund?

-No salão com Lucy, esperando por você.

Susan assentiu, mas quando foi passar pelo irmão esse se colocou em seu caminho.

-Você tem certeza de que quer fazer isso, Sue? –ele perguntou, pela primeira vez deixando cair a máscara de tranquilidade e mostrando-se o irmão preocupado que Susan tanto amava. As vezes.

-Sim, eu tenho certeza, Peter. –ela falou de forma firme –Nós podemos nos enganar e dizer que Nárnia nada tem a ver com a guerra que acontece além das nossas costas, mas estaríamos mentindo. Cedo ou tarde, se esse Mal triunfar, ele virá por nós.

Peter respirou fundo.

-Sim, vocês está certa. Como sempre. –ele cedeu um sorriso –Vamos então. Lucy está a beira das lágrimas.

Nisso Susan podia acreditar.

Juntos os dois irmãos desceram as escadas em direção ao salão do castelo, onde a delegação de Nárnia esperava por eles, formada por12 soldados mais Susan e Edmund.

Assim que Susan pôs os pés no salão a Rainha Lucy, a Destemida, abraçou-a com os olhos molhados por lágrimas. Sua irmã mais nova já não parecia assim tão destemida.

-Lucy, está tudo bem. –Susan garantiu, porque sabia exatamente quais eram os medos de sua irmã.

-Você tem certeza de que deve ir? –a mais jovem insistiu –Edmund poderia ir sozinho.

-Ei! –Rei Edmund, o Justo, protestou.

Susan sorriu diante dos atos de seus irmãos. Edmund e Lucy eram os caçulas da família, ambos mal saindo da adolescência e juntos os quatro já governavam Nárnia há dez anos.

-Edmund não pode ir sozinho, porque é meu destino não o dele. –Susan falou de forma firme –Cada um de nós tem um papel a cumprir nessa vida, Lucy e o meu está sendo revelado agora.

Lucy mordeu o lábio inferior para segurar as lágrimas.

-Promete se cuidar? –ela pediu.

-Vou dar o meu melhor. –Susan prometeu, mesmo porque não tinha intenção alguma de morrer.

-E você vai levar a sua trompa! –isso já pareceu mais um comando da garota –E vai assoprar com toda a sua força se precisar de ajuda. –ela continuou.

Susan riu.

-Eu não iria a lugar algum sem a trompa. –garantiu.

-Certo. –Lucy respirou fundo e tirou algo do bolso –Acho que você também devia levar isso.

Susan arregalou os olhos ao ver a garrafinha, que era tão importante para Lucy.

-Não. –dessa vez foi firme –Você deve manter isso com você. Esse presente é seu, Lucy. Eu não vou tira-lo de você.

-Mas... Mas... E se você se machucar? E se...

Susan segurou as mãos da irmã e olhou em seus olhos.

-Lucy, nosso reino precisa de você e você tem que ser forte por eles. O que eles farão se houver uma praga, doença? –sabia que estava jogando pesado, mas precisava fazer Lucy entender.

-Eu vou sentir saudades. –Lucy falou após um momento de silêncio.

Susan abraçou-a.

-Eu também vou.

-Três meses. –Peter avisou –Três meses e nós iremos para la.

Edmund e Susan assentiram.

-Prontos, Majestades? –uma voz poderosa e reconfortante chamou.

-Aslan. –Susan virou-se para o grande Leão e curvou-se graciosamente.

-Eu vim desejar uma boa viagem a vocês. –ele disse, então virou seu olhar para Susan. Ele era tão grande que podia olhar diretamente nos olhos dela –E você, minha jovem, espero que encontre o que busca, que encontre seu destino.

-Assim espero, Aslan. –falou sincera.

-Aproximem-se os dois. –ele comandou –Eu darei meu sopro a vocês, para desejar que sua viagem seja segura.

Susan fechou os olhos e sentiu Edmund parar ao seu lado. Levou as bênçãos de Aslan para seu coração e pensou na jornada que começava. Pensou em Rivendell.


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Notas finais do capítulo

Sejam gentis, mas não deixem de dizer o que pensaram!

Sabádo tem mais um capítulo!

Comentários, please!

B-jão



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