The hero of the world escrita por Ismar


Capítulo 6
Capítulo Especial: Parte III


Notas iniciais do capítulo

Oe, desculpem a demora. Eu tive minhas provas do 4° bimestre, minhas recuperações paralelas e ainda falta concluir as finais... não tá facil. Quero agradecer as recomendações do "Otonashi Tachibana", "Naruto senpai" e do "Eu sou Lenda", vocês são demais caras. Quero também agradecer aos comentários da Bel, do Otonashi Tachibana, do Naruto senpai, do Eu sou a Lenda, da Capitã Sparrow, da Drica, da A sua Mai, do UchihaGeiçon, da LorenaMarceli, da Jornalista de Boteco, da Anne Stark, do Singed, do Lucas Mazakenji e da Ying-Yang!! VOCÊS SÃO MUITO ZIKAS DUDES!! E sobre o capítulo... fãs de NaruHina, não me matem ;-; Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553264/chapter/6

Já fazia certo tempo que eu estava lá, somente observando aqueles nukennins. Era minha primeira missão desde que acordei e também minha primeira missão como Anbu, certamente seria bom acabar com aqueles bastardos. Eram ao total doze ninjas foragidos que vinham causando o caos em pequenos vilarejos. A “paz” não era totalmente real, as vilas menores ainda sofriam com a miséria e com algumas lutas... ainda faltava muito para alcançar a paz entre todos os homens. Se eu realmente quero a paz, vou ter que lutar por ela com todas as minhas forças, e isso inclui matar bastardos como esses... eu finalmente cheguei a conclusão que para a paz ser alcançada alguns sacrifícios vão ser necessários, e uma desses sacrifícios é a morte de pessoas sem salvação. O mundo vai ser limpo, seja por bem ou por mal... agora vai ser do meu jeito de fazer as coisas, e esse jeito não vai ser nada bom para meus inimigos. Acho que estava na hora de acabar com isso. Usei um shushin e apareci no meio dos foragidos chamando a atenção deles.

– Ei, quem é você?! - Perguntou um deles assim que me viu, não me prestei a responder... não era necessário.

– Um ninja de Konoha? Pelo visto ele não tem noção do perigo, logo vai estar chorando por piedade, certo rapazes? - Disse um outro rindo, mas sua risada parecia mais um porco guinchando.

– Não vai responder? Então acho que vou ter que tirar sua máscara para descobrir quem é você. - Disse se aproximando de minha máscara e se preparando para retirar ela. - Vamos lá, quero saber quem vamos ma... - Não deixei ele completar, em uma rápida investida cortei seu pescoço com uma ninja – to, minha lâmina deslizou em seu pescoço como faca quente na manteiga.

– MALDITO!! Homens, matem – no!! - Brandiu outro deles e logo em seguida avançando contra mim,um tolo se dirigindo para a morte.

Somente observei eles enquanto avançavam contra mim, esperei o momento certo pra ir pra cima. Quando o primeiro se aproximou sequer teve chance de pensar ao ser acertado por um Rasengan no rosto. O segundo veio por trás tentando me surpreender, usei um Jutsu de substituição e apareci em suas costas transpassando a minha espada carregada em Chakra Fuuton por seu corpo e cortando ele no meio. Logo todos vieram pra cima de uma vez, agora seria a melhor parte.

Fui cortando cada um com destreza, a cada vez que minha lâmina passava por alguém um sentimento de prazer passava por mim. Comecei a cortar eles lentamente, membro por membro, somente pra prolongar esse momento. Meu lado “ruim” já se manifestava, e eu gostava daquilo... como se aquele fosse meu real lado, eu não estava mais sendo controlado, eu fazia aquilo tudo por simples e total prazer. Por baixo da máscara um sorriso enfeitava minha face, um sorriso cruel e maldoso, e uma pergunta rondava minha mente... Qual é o meu verdadeiro lado?

Aos poucos todos eles iam morrendo, no final lá estava eu totalmente manchado de sangue e rodeado de corpos, onze pra ser mais exato... e isso queria dizer que ainda faltava um deles. Pelo visto o covarde fugiu quando teve chance, isso deixava tudo ainda mais divertido. Não foi difícil encontrar ele, sua ingenuidade foi muita em achar que eu não conseguiria encontrar ele. Ele estava numa casinha abandonada, possivelmente o esconderijo deles. Ao entrar lá logo encontrei o nukennin que estava faltando, ele era bem menor e mais novo que os anteriores anteriores... aparentava ter de quinze anos, pelo visto também era o mais medroso deles. Os outros pelo menos morreram lutando, enquanto esse se escondeu e fugiu da luta, covardes não são bem – vindos no mundo ninja. Ao me perceber ele acabou se amedrontando ainda mais.

– PARA TRÁS!! - Gritou ele se afastando ao máximo de mim, seu corpo tremia mais que uma corda bamba, deve ter visto o que eu fiz lá fora.

– Fugir do campo de batalha é um grave erro, porque eu deveria ter piedade de você? - Questionei a ele, queria ver até ele iria para salvar a própria pela.

– E-Eu não fazia aquilo por prazer ou essas coisas, eu precisava de dinheiro... - Disse com um fio de voz e com os olhos atentos a tudo. - Minha irmã mais nova... ela está doente, e o única método de conseguir dinheiro é roubando!! Eu nunca quis fazer nada disso, mas não tive direito de escolha. Desde que a guerra ninja acabou as vilas menores tem sofrido com a pobreza e com a fome. - Argumentou ele tentando se justificar, pude sentir que ele falava a verdade.

– Eu vejo que você fala a verdade, e não posso matar você por tentar sobreviver... - Ele pareceu se aliviar um pouco com aquilo, mas continuava bastante tenso com minha presença. - Eu sou Uzumaki Naruto, e vou ajudar você. - Disse me apresentando a ele, e logo percebi que o mesmo me reconheceu com o herói do mundo shinobi.

– Pensei que o mesmo iria ter medo de mim, mas ele me surpreendeu com um abraço e ao começar a chorar sob meus pés me agradecendo. Aquele gesto me deixou um pouco... feliz. Fazia tempo que ninguém me reconhecia como um herói, e isso poderia significar que somente as cinco nações que me odiavam... eu não tirei nada das pequenas vilas, afinal de contas.

– Obrigado!! Muito obrigado mesmo Naruto – sama!! Você é realmente o herói que salvou o mundo de Uchiha Madara e Uchiha Sasuke. - Continuava a me agradecer, era bom ter algum reconhecimento.

– Agora levante – se, vou mostrar a ajudar que darei a você. - Disse puxando ele e fazendo ele ficar de pé. - Você sabe onde está o dinheiro roubado? - Perguntei e ele acenou em afirmação. - Pegue aquele dinheiro e fique pra você, trate da sua irmã e vá viver uma nova vida!! - Expliquei para ele. - E tome isso também. - Invoquei um pequeno pergaminho e de lá tirei uma grande quantia de dinheiro, eu recebi todo o dinheiro que meu Pai e minha Mãe deixaram para mim, além das economias do Ero – Sennin, eu podia dizer que era “rico”.

– Pra que tudo isso? Isso é muito... não sei se posso aceitar tanta bondade do senhor. - Falou ele surpreso com todo aquele dinheiro, o cada vez mais eu sentia vontade de ajudar o garoto.

– Você pode, e vai!! Eu estou tentando encontrar uma pequena pureza ou bondade no mundo, e você é um dos que ainda não foi corrompido. Agora vá e cuide de sua irmã, tente recomeçar!! - Propus a ele, eu estava limpando o mundo, mas isso não queria dizer que eu não iria encontrar uma pequena parcela de bondade dentro dele. E ao ver aquele garoto indo embora pode sentir que nem tudo estava perdido, que mesmo entre tanta maldade espalhada ainda existia uma parcela de esperança, era como renovar seus princípios e tudo aquilo por o que eu luto e sempre vou lutar.

Depois daquilo me dirigi a um riacho ali perto, eu estava totalmente sujo de sangue... um banho era uma necessidade. Aquela não era minha primeira missão de assassinato, depois que aquilo ocorreu três meses atrás, eu simplesmente comecei a preferir esse tipo de missão. Eu lembro claramente que quando matei alguém pela primeira vez uma enorme culpa me consumiu, eu sentia nojo de mim mesmo, achei que tinha me tornado tudo que eu sempre tentei evitar me transformar. Até mesmo tentei colocar a culpa no meu lado ruim, mas eu sabia que tinha feito aquilo por puro e espontânea vontade.

– Eu realmente precisava disso... - Disse ao entrar na água e sentir a mesma bater nos meus músculos, fazendo uma corrente elétrica percorrer meu corpo graças ao frio. Eu adorava um banho frio, era uma das poucas coisas que me fazia sentir algum prazer em viver, pelo menos desde que voltei a ser odiado, isso sem contar ela.

Eu me sentia desanimado em saber que teria que voltar para Konoha. Eu não conseguia chamar aquele lugar de casa, e acho que nenhum outro lugar... eu disse uma vez que o lugar onde pensam em você é o lugar para onde você deve voltar... mas eu não via mais como alguém de Konoha, depois daquilo o preconceito somente aumentou... até mesmo aqueles que me “admiravam” começaram a mudar de opinião, pelo visto eram um bando de traidores, apesar disso me entristecer bastante não seria isso que iria me derrubar, eu ainda iria conquistar a paz e depois disso sumir no mundo, viajar pelos países assim como meu mestre Jiraya fazia.

Depois do prazer proporcionado pelo banho comecei a me dirigir para Konoha, seria uma viagem rápida, no máximo duas horas. Eu aproveitei esse tempo para pensar, como um tempo só para mim. Eu planejava pegar outra missão assim que eu chegar em Konoha, mas dificilmente a Oba-chan iria permitir isso, ela se tornou bem mais presente em minha vida... talvez pra me proteger, talvez porque se sentisse culpada por não ter como evitar o meu sofrimento. Independente disso eu sabia que ainda existiam pessoas que se importam comigo, e é por essas pessoas que eu luto atualmente.

Cheguei em Konoha em uma hora e meia, esse era um novo recorde, pelo menos sem usar o chakra da Kurama. Fui pulando de prédio em prédio até chegar ao edifício da Hokage, ele tinha sido expandido depois da guerra e estava bem maior que o anterior, parecia até uma nova construção. Me dirigi até a sala da Hokage e lá estava a Vovó Tsunade dormindo com a cara em diversos documentos, ela nunca muda...

– Que coisa feia em Oba-chan, dormindo no trabalho. - Disse fazendo ela acordar assustada e tentar disfarçar de forma inútil o fato de que estava dormindo.

– O que você quer aqui Naruto? Não podia bater antes? - Resmungou ela

– Vim reportar a minha missão, ou você dormiu tanto que esqueceu que sai hoje pela manhã? - Disse rindo, a Vovó era uma das pessoas que sempre me fazia voltar ao normal um pouco.

– Ah claro, você voltou mais rápido do que eu esperava. Então vamos lá, me diga como foi sua missão. - Mandou ela, e rapidamente comecei a contar tudo para ela, que somente escutava tudo atentamente. Não demorou muito e logo já tinha explicado tudo para ela.

– Eficiente como sempre, agora tenho certeza de que não errei na minha decisão de promover você para caçador Anbu. - Disse com certo orgulho. - Agora vá pra casa, você precisa de um descanso. - Falou ela com autoridade, e aquela decisão não me agradou...

– Oba-chan, eu não preciso de uma folga. Eu quero uma outra missão, e de preferência uma que dure mais que a última. - Pedi pra ela, eu não suportava passar muito tempo na vila. Era entendiante e passou a me dar certo desgosto.

– Pedido negado. Você precisa de um tempo pra você, será que não entende isso? Você completou vinte e duas missões rank-s nas últimas duas semanas, e todas eram de assassinato!! - Disse ela tentando me repreender.

– E o que isso tem mais? Eu sou um ninja, tenho que cumprir esse tipo de missão!! Ou a senhora se esqueceu que isso que faz um ninja? - Perguntei com irritação, não via problema nenhum em passar algum tempo longe da vila.

– Você não passa mais tempo na vila e quando passa já quer sair. Eu sei que aquilo abalou sua mente bastante, mas tem vezes que eu não consigo enxergar aquele Naruto. Você tem que dar um descanso a si mesmo, acho que você tem que... esquecer um pouco aquilo que aconteceu.- Aquele pedido foi a gota d'água pra mim, me irritou profundamente.

– Esquecer? - Perguntei pausadamente... - Como você pode falar em esquecer? Esquecer a traição, a ingratidão, o ódio? NÃO BRINQUE COMIGO!! Eu lutei por todos, pra salvar essa droga desse mundo, e pedi algo em troca? Não!! Só pedi reconhecimento, mas tudo que tive foi desprezo. Então não me peça pra esquecer aquilo, pois é impossível fazer isso!! - Soltei tudo que estava dentro de mim faz tempo, era tudo que eu sentia e precisava dizer. Posso até ter sido rude com a Vovó, mas não tinha como falar isso de nenhuma outra forma. - Agora estou indo embora, espero que a senhora pense melhor aquilo que disse.

– Naruto, você entendeu errado!! Deixe eu explicar, por favor. - Pediu ela, mas eu não estava com cabeça pra isso...

– Outra hora, agora eu não to com vontade de escutar nada. Até mais Vovó, e pense no que eu disse... acho que vou aceitar suas férias. - Disse indo embora.

Eu estava meio estressado com o Baa – chan pelo que ela tinha dito, eu não poderia esquecer tudo que a vila fez comigo de uma hora pra outra, é algo que acho que nunca vou esquecer. Posso até ter sido um pouco rude demais com ela, mas foi algo do momento. Espero que ela entenda isso. Fui indo até a minha atual casa, até a antiga moradia de meus pais. Ela ficava bem perto de uma floresta, numa parte mais isolada da vila. Era parte da minha herança que só vim receber agora.

Ao entrar na casa senti um cheiro bom vindo da cozinha, isso significava que ela estava aqui. Fui até lá e dei de cara com a bela mulher de cabelos loiros cozinhando para mim, eu nunca sequer imaginei que Ino sabia cozinhar, fiquei somente olhando ela andar para lá e para cá enquanto pegava os ingredientes certos. Depois de um tempinho ela acabou me percebendo e sem nenhum aviso prévio se jogou em meus braços para em seguida me beijar, eu nunca me cansava disso.

– Quando você voltou? - Perguntou depois de me beijar, eu nunca pensei que algum dia teria esse tipo de relação com Yamanaka Ino.

– Faz alguns minutos, espero não ter feito você me esperar muito.. - Disse para ela que ainda me agarrava.

– Não, eu cheguei aqui quase agora, e como hoje não tenho turno no hospital... acho que podemos aproveitar o dia todo, tudo bem? - Perguntou me beijando novamente, era impossível dizer não assim.

– Tudo bem, mas eu acho que não vou ficar muito tempo na vila... devo sair em missão em breve. - Ela pareceu meio decepcionada com tal notícia, mas não tinha nada que eu pudesse fazer sobre isso. E seria menos tempo, se eu não tivesse aceitado as férias da Vovó.

– Então, vamos comer? - Perguntou ela voltando a sorrir, eu amava aquele sorriso.

Eu até agora como Ino podia ter se interessado por mim e nem mesmo sabia desde quando ela nutria tais sentimentos por mim, não era um namoro e nem nada do tipo. Ela gostava de mim, e eu tinha uma certa atração por ela, e essa atração veio evoluindo. Minha mente estava confusa, eu sentia algo por Hinata, mas Ino estava fazendo algo brotar em meu peito... a vida devia ser mais simples. Minha relação começou pouco depois do incidente, eu estava vagando pela vila e encontrei ela, triste e chorando... não podia ignorar aquilo. Ela perdeu o Pai na guerra, tenho certeza que é algo que ainda e sempre vai deixar ela triste, eu dei meu apoio a ela e ela me apoio ao mesmo tempo... e antes que eu visse já estávamos dessa forma.

– Então como foi a missão? - Perguntou enquanto servia o almoço, ela fez o melhor prato do mundo... ramén.

– Rápida, os nukennins eram fracos demais pra me apresentar algum perigo. - Disse começando a comer, eu amava ramém mais que minha própria vida, e aquele que Ino fazia era simplesmente delicioso.

O almoço foi descontraído e divertido, era bom passar um tempo com ela... Ino era uma garota divertida e diferente do que pensava, sempre pensei nela como uma garota superficial e sem maiores interesses, triste engano. Ela era inteligente, forte e carismática, a personalidade perfeita para um Kunoichi, pelo menos a que ela necessitava para me interessar. E acho que sou um tipo estranho de imã... as duas garotas que gostam são belas e eu não vejo nenhum motivo pra elas gostarem de mim, eu não tenho quase nenhum atributo positivo, além da beleza herdada dos meus Pais.

Eu decidi pegar três dias de folga, usaria esses dias pra curtir um tempo com a loirinha. Ela é uma das poucas que vejo com frequência, todos os nosso outros amigos estão muito ocupados em tarefas de seus clãs ou missões, enquanto ela somente trabalhava meio expediente no hospital geral. Nosso três dias juntos foram feitos de passeios alternativos, fizemos um pique-nique perto da minha casa, aproveitamos a companhia um do outro, fomos até o lago Hikari, que assim como o nome sugere tem bastante luz, luzes surgem de suas águas misteriosamente... é um fenômeno que nunca chegou a ser explicado, mas ainda assim era lindo de ser visto, e poucos conheciam isso, tornando o passeio ainda melhor.

– Esses dias estão sendo perfeitos, é bom passar um tempinho com você... - Disse ela. Estavámos deitados no sófa da minha, já estava começando a escurecer e a hora da minha surpresa pra ela se aproximava.

– E vai ficar ainda melhor... - Disse em seu ouvido observando ela se arrepiar com isso. - Vá se arrumar que daqui a pouco vamos sair.

– Para onde? - Questionou ela, acho que vou atiçar ainda mais sua curiosidade.

– Segredo, logo você vai ver. Acho melhor você ir logo, já está quase na hora. - E após isso ela subiu sem mais perguntas, confesso que estava ansioso para ver qual seria a reação dela ao ver minha surpresa.

Me arrumei em uma dos quartos da casa e depois de meia hora ela finalmente chegou. Deslumbrante, essa certamente era a palavra certa. Um vestido roxo moldava seu belo corpo ainda mais, ele tinha um leve decote que valorizava seus seios e era aberto nos pelos lados. Seus lábios brilhavam em vermelho, tornando - a ainda mais sexy... Uma pequena franja cobria um de seus lindos olhos azuis.

– Como estou? - Perguntou dando uma voltinha e me fazendo babar ainda mais, ela estava tentando me enlouquecer com tanta beleza?

– Mais linda que o normal. Me daria a honra, bela dama? - Disse estendendo o braço para ela, decidi agir como um cavalheiro.

– Seria um prazer, gentil rapaz. - Segurei em seu braço e me preparei para usar o Hiraishin e irmos até o local. Era uma antiga construção que servia para monitoramento da vila, estava abandonada a algum tempo. Usei alguns clones para fazer uma pequenas modificações no local e transformar ele em um mirante, era capaz de ver a vila toda de lá

– Que lindo!! Como você encontrou esse lugar? A vista daqui é muito bonita. - Falava ela totalmente maravilhada, e olha que aquela nem era a melhor parte.

Lá tinha uma mesa e duas cadeiras, na mesa tinha um jantar preparado por mim. Tive que treinar bastante para fazer aquilo e eu esperava que sinceramente que ela gostasse. Continuei agindo com um cavalheiro e puxei a cadeira para ela sentar. Eu tinha mais ou menos uma hora até o evento principal. Nós jantamos em silêncio, somente aproveitando a companhia um do outro. Após o jantar ela foi a primeira a falar.

– Naruto... eu estou impressionada com tudo isso. Tudo isso é perfeito, e você fez tudo isso pra mim. Eu tenho que lhe agradecer, e dizer que minha vida se torna ainda melhor quando estou você, eu nem sei como agradecer tudo isso. - Declarou ela com o mais belo dos sorrisos enfeitando sua face.

– Se alguém aqui é pra agradecer, esse alguém sou eu. Você se tornou meu porto seguro, começou a dominar meus pensamentos e encheu meu coração de amor quando eu mais precisei. Isso é algo que não sei se vou poder retribuir isso algum dia, mas quero pelo menos fazer isso por você. - Fui sincero, eu sei que meus amigos estão sempre ali para me ajudar, mas acho que se não fosse por Ino... talvez eu tivesse me deixado dominar totalmente pelo meu lado ruim. Já estava na hora... - Agora está na hora do evento principal, feche os olhos e venha comigo. - Pedi para ela que me obedeceu sem questionar.

Nos afastamos um pouco do local e finalmente chegamos até o ponto principal. Pedi para ela abrir seus olhos e pude perceber que ela ficou surpresa com o que viu. Pequenos pontos brilhantes desciam do céu em alta velocidade. Eram diversos e de várias cores.

– Chuva de meteoros... - Seus olhos brilhavam de felicidade, algum tempo atrás ela me disse que quando menor ela tinha o sonho de ver uma chuva de meteoros brilhante... e eu estava fazendo esse sonho se realizar.

– Chamam essa chuva de Shinjō, dizem que aqueles que a veem descobrem seus verdadeiros sentimentos. Espero que tenha gostado. - Disse pra ela que continuava maravilhada ao ver os meteoros.

– Se eu gostei? EU AMEI!! - E me beijou, um beijo quente e necessitado por ambas as partes. Era impossível descrever, diversas sensações passavam por mim ao mesmo tempo. - Eu te amo... não sei desde quando, mas sei que em algum momento da minha vida passei a te amar, sei que você não ama e ainda tem a Hinata... mas eu não vou desistir, vou fazer você me amar assim como eu te amo. - Declarou ela com seu nariz encostado no meu, seus olhos azuis me prendiam e me faziam viajar, e antes que eu pudesse falar algo, ela me beijou novamente.

Aquela noite foi especial tanto para Ino quanto para mim. Pela primeira vez ela realmente expôs seus sentimentos para mim, e mesmo sem eu ter falado nada tenho certeza que ela entendeu o quando é especial para mim. Mais tarde acabei levando ela para casa, pela manhã eu planejava sair em missão. Me lembro que naquela noite tive o sonhos mais realista da minha vida.

Eu estava em frente a um vila, ela parecia bastante mal - cuidada e alguns rostos conhecidos do bingo - book estavam lá, tinha dominado ela. Lembro de batalhar com alguns desses rostos e aparentemente eu estava com alguma dificuldade, nada muito grande. Por último eu me vi, segurando uma garotinha ruiva... a garota parecia ter no máximo 8 anos e estava totalmente ensanguentada, e enquanto isso eu estava gritando. Um grito cheio de dor.

Acordei assustado e suado, aquilo não tinha sido somente um sonho. Não tem como um sonho ser tão realista, e aquela última parte... parecia realmente importante. Isso não era um bom sinal.

– Não foi um sonho garoto. - Disse Kurama me surpreendendo, como pode não ter sido um sonho? – Aquilo foi uma visão, agradeça ao Rikudou por isso. – Aquele explicava bastante coisa.

– Então isso era culpa do velhote, tudo era culpa do velhote. - Comentei com certa insatisfação. - Então... isso certamente não é bom sinal, né? - Perguntei esperando estar errado.

– Sinto lhe decepcionar, mas não é não. Possivelmente isso vai acontecer em breve. Tome cuidado até lá. - Me avisou ela e após ficou em silêncio.

Bela forma de começar o dia. Devia ser por volta de cinco e meia da manhã, decidi ir até a sede da Anbu pegar uma missão. Tinha que me distrair após aquele péssimo sonho. Após tomar um café e me arrumar usei o Hirashin e logo fui até a sede. Cada Anbu tinha seu próprio armário, e não era raro você receber as informações da missão por um comunicado que era colocado nele. E lá estava, uma missão para mim. Eu teria que ir até o país do Trovão e ajudar uma vila que estava sendo constantemente saqueado e atacada. Não demorei muito e logo já estava na estrada, decidi usar o modo Kurama para ter mais velocidade.

Dois dias sem parar. Esse foi o tempo que eu corri. Eu não precisava me preocupar em me cansar e nem com a fome, então acabei chegando na vila. E não me surpreendi ao perceber que aquela era a vila do meu sonho, que minha visão iria começar a se realizar... e eu certamente iria mudar o destino daquela garota.

Fim do terceiro capítulo especial.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo ;D Comentem e me deem as opiniões de vocês sobre ele, e fantasmas... se manifestem ç_ç O próximo não deve demorar tanto, espero você lá. Até mais o/