His Big Chance escrita por Thaís Romes


Capítulo 9
Eu quero o meu espaço.


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Como ninguém reclamou do ultimo capítulo estar muito grande eu resolvi fazer esse da mesma forma.
Ai gente obrigada por todos os comentários!
Eu coloquei pontos de vista diferentes nesse capítulo por mais que planejasse ficar apenas na Felicity, descobri que se não fizesse ficaria um buraco enorme na trama.
Boa Leitura!



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Desculpa: Eu quero o meu espaço.

Tradução: Eu quero transar com várias pessoas.

Três dias se passaram desde o incidente na festa. Passei cada segundo do primeiro dia tentando falar com Oliver, não queria que ele me aceitasse de volta ou que me perdoasse, eu sei que estou errada, eu causei todo aquele estardalhaço quando dei espaço para que ele entrasse em minha vida em primeiro lugar. Mas Oliver merecia a verdade, merecia conhecer toda a história, não por mim, mas por ele.

Barry assumiu meus casos no primeiro dia, afinal, depois de levar um pé na bunda do homem que você ama, se torna impossível fazer isso com qualquer outra pessoa. Mas hoje eu preciso abandonar o luto, e retomar minha dignidade. Levanto da cama e vou em direção ao banheiro tomar um bom banho, preciso me recompor.

Escolho um vestido azul escuro, seco os meus cabelos, os deixando soltos. Hoje eu obrigaria Oliver a falar comigo, e então seria o fim, nós simplesmente seguiríamos em frente, e eu conheço a pessoa perfeita para me ajudar com isso, claro se ele também não me odiar a essa altura.

Ligo para Barry e Íris primeiro, eu precisava honrar meus amigos e ajudá-los com os preparativos do casamento que estava a cada dia mais próximo, embora eles me assegurassem que entendiam o que eu estava passado, a verdade é que estou sendo uma péssima amiga, e essa é a primeira coisa que preciso consertar. Me sento em frente ao computador por alguns minutos, analisando a enorme lista de convidados dos dois, e resolvo o maior terror de qualquer noiva. Crio um programa que em menos de uma hora organiza o esquema das mesas para a recepção, poupando a maior parte do trabalho, agradeço a Deus por ser padrinho, ou teria que me sentar com uma tia distante de Íris, solteirona, que ninguém suporta e cheira a naftalina. Com o trabalho concluído encaminho o anexo com o esquema para o e-mail dos noivos. Agora começa a parte difícil. Disco o número dele, e espero. Sou atendida no segundo toque.

‘Felicity!’ Para minha surpresa sua voz é bastante animada.

–Diggle, desculpa te ligar dessa forma. –começo a falar insegura.

‘Que isso Felicity, eu não estou bravo com você, se é o que está pensando.’ Se apressa em colocar as cartas sobre a mesa, Diggle é mesmo incrível!

–Que bom. –respondo aliviada, ouvindo um riso baixo do outro lado da linha. –Por que eu preciso de um grande favor.

Explico para ele que precisava fazer com que Oliver me escutasse, que soubesse de toda a história, e Diggle prontamente arquiteta um plano. ‘O que acha de uma entrevista de emprego?’

Só preciso fazer mais uma ligação.

[...]

NONO ESTÁGIO DO INFERNO DO FIM DE UM RELACIONAMENTO: RETOMADA.

Agora aqui estou eu, aguardando do lado de fora da sala de Oliver na QC. Bom, a situação era muito simples, Oliver está contratando um novo supervisor para o departamento de TI da empresa, então tudo o que eu precisei fazer foi mandar meu currículo em anexo para o RH da QC, que quando foi analisado entraram em contato imediatamente. As entrevistas estavam sendo feitas pelo próprio Oliver, pois o motivo de sua viajem a Central City (informações concedidas por Diggle), foi consultar um especialista de TI qualificado, que pudesse explicar o grande rombo nas finanças da empresa que vinha acontecendo gradativamente nos últimos meses. E adivinhem quem estava roubando? Acertou quem disse que era o antigo supervisor, então Oliver percebeu o valor e a importância do departamento, resolvendo ele mesmo escolher o substituto do antigo supervisor.

Uma jovem bonita, de pele morena me chama, avisando que o Mr. Queen estava à minha espera. Enquanto caminho em direção a Oliver, que estava em sua mesa em um terno cinza, analisando uma porção de papeis sem parecer realmente interessado no que estava acontecendo, me dou conta de toda a saudade que sinto dele, e do quanto desejo de forma irracional tocá-lo. Ele parece cansado, eram visíveis as olheiras sob seus olhos e sua expressão fechada também não era favorável. Respiro fundo, tomando coragem.

–Mr. Queen. -chamo com a voz firme me anunciando.

Oliver ergue o olhar surpreso, por um segundo pensei que um sorriso ameaçou a se formar em seus lábios, enquanto ele me olha parecendo completamente perdido. Entrego a ele meu currículo, que analisa por algum tempo.

–O que você quer, afinal? –pergunta, depois de ler todo meu currículo atentamente.

–Quero me explicar. –respondo em um sussurro. –E não vou sair daqui enquanto você não me ouvir. –não sei de onde estava saindo tanta coragem, mas resolvo não questionar, e só pegar o embalo.

–E por que o currículo então? –ergue o papel, com uma expressão confusa no rosto. –Até onde eu sei, você tem um emprego. –seu sarcasmo, é como um soco em meu estômago.

–Você está certo. –concordo. –Eu tenho um emprego, e agora, quero que entenda como ele funciona. –me sento na cadeira a sua frente, dando a entender que estava decidida a ter uma conversa decente.

–Vá em frente. –diz fazendo pouco caso.

–Primeiro aquela história do meu noivado fracassado é real, e foi esse o motivo de aceitar esse trabalho. –Oliver parece um pouco mais interessado. –Eu fui humilhada Sr. Queen, tratada como lixo. –meus olhos se encheram de lágrimas, que eu reprimo decidida. –E por pior que seja a imagem que tem de mim nesse momento, eu faria novamente. –ele me encara surpreso. -Por que eu dei a muitas pessoas a dignidade que não recebi, as tratei como seres humanos, quando a outra parte não fazia questão nem mesmo de terminar o relacionamento pessoalmente.

–Você me enganou. –fala normalmente, como se contasse que acabou de comprar um novo par de óculos.

–E como exatamente eu fiz isso? –franzo o rosto, com certa petulância nos olhos. –Quando eu disse que não poderia me envolver com você? Quando recusei te falar meu sobrenome ou te dar meu telefone? Ou, já sei! –finjo entusiasmo. –Quando eu disse que não era quem você pensava! –solto repleta de sarcasmo.

–Você poderia ter contado, em vários momentos! –acusa com o maxilar travado, falando muito baixo.

–E eu tentei! –me defendo. –Mas eu... –queria dizer que eu já o amava e que não conseguia mais abrir mão dele, só que me obriguei a me calar. –Você está certo!

–O que? –a máscara de arrogância se vai por um instante, revelando o homem que eu amo.

–Não vim te pedir perdão Sr. Queen, ou pedir que volte para mim. –digo me levantando. –Só acho que você tem o direito de saber. Não quero que a dúvida se torne o “Grande SE” de sua vida. –me viro, seguindo em direção a porta, com meu coração totalmente despedaçado.

–Felicity. –chama com a voz suave, e sinto meu coração falhar uma batida, até mesmo puxar o ar se torna difícil, fecho meus olhos, morrendo de saudades daquele som.

–Sim. –continuo parada de costas para ele, limpando as lágrimas que escorreram teimosas sem que ele permita.

–Foi você quem escreveu aquela carta? –sua voz continua doce, até mesmo carinhosa, o que me machuca ainda mais.

–Sim. –respondo novamente, antes de sair pela porta sem olhar para trás.

[...]

OLIVER QUEEN

Acabo de deixá-la partir. Permaneço olhando para porta por onde ela saiu a alguns segundos, tentando pensar claramente. Queria estar bravo, era mais fácil estar bravo do que sentir o vazio que estava em meu peito, ou a felicidade absurda que senti ao ouvir sua voz mais cedo. Abro a gaveta da minha mesa, pegando a carta que até então eu pensará ter sido escrita por Laurel, e começo a ler.

Querido Oliver,

Durante todos esses anos ao seu lado pude descobrir quem eu sou, descobrir o que quero ser, e foi você quem me deu forças para isso. Obrigada por todo o tempo que dedicou a nós dois, quero deixar claro nessas linhas a pessoa maravilhosa que você é, e o quanto significou em minha vida. Obrigada. Mas eu mudei assim como você, e por te querer tão bem não posso mais prender sua vida a minha, pois não te amo mais, não como antes. Estou sendo sincera, e desejo que retome sua vida, não espere por mim, não tenha esperanças, por que eu não vou voltar. Estarei sonhando com sua felicidade todos os dias.

Laurel.

Então me lembro do que Felicity disse no dia em que nos conhecemos.

‘Espero que perceba o quanto é maravilhoso.’ Me lembro do quanto essa frase a deixou envergonhada. Estava tudo em minha cara o tempo todo. Laurel jamais escreveria essas palavras, ela já não era carinhosa assim há muito tempo, e de certa forma acreditar que fora ela quem escreveu me ajudou a superar. Felicity estava certa, ela realmente acrescentou dignidade a meu termino com Laurel.

–Mr. Queen. –escuto a voz de Jully, minha secretária que me traz de volta ao presente. –Tem uma mulher chamada Sara, que deseja te ver.

–Autorize, por favor. –forço um sorriso educado para a moça, que assente, saindo em seguida.

Passo a mão por minha face, tentando me recompor para receber minha amiga. Alguns minutos depois Sara entra em minha sala com um sorriso no rosto. –Oi Ollie. –cumprimenta animada, me dando um abraço.

–Sara quanto tempo! Por favor, sente-se. –aponto para o sofá no meio do escritório, e ela se senta a meu lado. –Quer uma água, ou café?

–Não, estou bem. Só preciso te contar uma coisa. –me diz séria.

–Pode falar.

–Preciso te dizer como realmente conheci a Felicity. –suspiro cansado. –É sério Ollie, você vai querer ouvir, pois acho que cometeu uma injustiça com ela.

FELICITY SMOAK

Estava sentada com Barry na cafeteria onde Íris trabalha, esperando que ela terminasse seu expediente.

–Então, como foi à conversa? –Barry pergunta interessado.

–Eu prefiro contar para vocês dois ao mesmo tempo, e não precisar nunca mais tocar nesse maldito assunto. –sussurro com desanimo, me sentindo desamparada.

–Okay. –esse é o motivo de eu amar tão profundamente meus amigos. –Aliás, obrigado por resolver nossa vida com o esquema de lugares! –Barry sorri agradecido.

–Não por isso meu amigo.

–Ei Fel, que tal dormir na nossa casa hoje? -Íris sugere, assim que se junta a nós, Barry concorda com um sorriso animado. –Podemos assistir a uma maratona de Friends!

–E pedir pizza. –acrescento aceitando a ideia, sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos. Tudo o que eu mais preciso nesse momento é uma boa noite, com meus melhores amigos.


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Notas finais do capítulo

Pois é,eu não acho que Felicity errou com Oliver, ela o avisou o tempo todo.
Me digam se concordam e o que acharam do capítulo!
Bjnhos