His Big Chance escrita por Thaís Romes


Capítulo 8
Eu pensei que você fosse a pessoa certa em minha vida, agora não tenho mais tanta certeza.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia povo!
Primeiro quero agradecer aos comentários de cada um em especial a Cat que sugeriu o casal do capítulo de hoje, que foi muito legal!
E agora peço desculpas pelo capítulo ter ficado tão grande, mas precisei fazê-lo assim.
Boa leitura!



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Desculpa: Eu pensei que você fosse à pessoa da minha vida, agora já não tenho tanta certeza.

Tradução: Você não era assim tão gordo quando nos conhecemos.

A semana passou agitada, eu estava com uma demanda enorme de trabalho na SGC. Acabei tendo problemas com a Rochev, que tentou entrar em contato com Merlin, mesmo após todas as minhas advertências. Como eu já sabia que não adiantaria conversar com ela novamente, fui obrigada a desviar todas as chamadas de números registrados em seu nome que fossem destinadas ao ex. E como se isso não fosse o suficiente, ainda havia todo o trabalho dos preparativos do casamento dos meus amigos, que seria realizado em três meses.

Oliver precisou viajar a Central City com Diggle, a negócios, então passamos muito tempo sem nos ver. Ele daria uma festa na mansão nesse fim de semana, que seria quando voltaria para Starlling City. Apesar de nos falarmos várias vezes ao dia, eu ainda não consegui contar a verdade a ele, não foi por falta de tentativas, pois eu tentei várias vezes, mas sempre eu terminava derretida em seus braços, e em minha defesa, depois que ele viajou fiquei de mãos atadas, isso não é conversa para se ter ao telefone!

OITAVA ETAPA DO INFERNO DO TÉRMINO DE NAMORO: RECAÍDA.

–Íris, ela está ai há muito tempo? –pergunto, assim que chego à cafeteria, mais atrasada do que o normal. Barry derrubou café, bem em cima da ficha da cliente, e para meu azar, acabou apagando o sobrenome da garota.

–Há quinze minutos. –responde com um sorriso cúmplice. –Mas eu disse que você tinha ligado, e estava atrasada por problemas no escritório.

–Eu te amo! –sussurro, me inclinando para dar um beijo em seu rosto.

–Então, o que ela vai ser? –Iris questiona animada.

–Um mocha grande, desnatado e com canela. –respondo, fazendo com que minha amiga, praticamente desse pulinhos. –E eu quero o de sempre.

–Adoro as “mochas”, elas são as mais duronas! –comemora, me dando um beijo no rosto antes de sair. Ando calmamente até a bela mulher loura, que estava sentada na mesma mesa de sempre, lendo uma revista despreocupadamente.

–Sara? –rezo para que ela não se sinta ofendida, por estar sendo tratada intimamente por uma estranha.

–Oi! –sorri animada, se levantando para me cumprimentar. –Você deve ser Felicity?

–Sim. –impossível não retribuir seu sorriso. Eu adoro quando elas são mochas. –Nyssa Al Ghul, me pediu para conversar com você. –começo a dizer séria, indicando a cadeira, e voltamos a nos acomodar.

–Aconteceu alguma coisa? –parece preocupada, Íris chega com nossas bebidas e um sorriso enorme no rosto. Agradecemos e ela que se retira em silêncio.

–Não exatamente. –volto a explicar a Sara. –Ela apenas acredita que a vida de vocês tomou um rumo diferente, tão diferente, que acredita que será melhor cada uma seguir o caminho que escolheu, assim as duas continuarão felizes.

–Graças a Deus! –Sara solta de súbito, com um sorriso de alívio no rosto.

–O que? –questiono confusa.

–Eu pensei de verdade que fosse gay. –começa a explicar, em tom de desabafo. –Mas com o tempo, percebi que não era exatamente isso, eu sinto atração por Nyssa, muita, só que também sinto por homens. Não me entenda mal, eu a amo muito Nyssa, e dedicaria minha vida a ela, mas não seria totalmente feliz. –assume com as bochechas coradas.

–Uau! –fico completamente surpresa. –Isso foi fácil!

–Eu estou triste, pode acreditar. –tenta se justificar. –Mas ela também não seria completamente feliz ao meu lado, e quero que ela tenha tudo o que merece.

–Acredito em você. –falo rapidamente, evitando momentos embaraçosos desnecessário. –Eu estou com suas coisas. –entrego a sacola com seus pertences. –E você, pode mandar as coisas de Nyssa para esse endereço. –coloco um cartão da SGC em cima da mesa, a sua frente. –Agora, eu serei o contato entre vocês, se precisar de qualquer coisa Sara, é só me ligar. –sorrio compreensiva, e vejo os olhos de Sara marejados, ela estava realmente em um conflito interno. Toco sua mão com carinho. –Você vai ser feliz, Sara. Eu tenho certeza disso.

[...]

No dia da grande festa na mansão dos Queens eu estava uma pilha de nervos, quando Barry e Íris chegaram para me buscar. Ele usava um terno escuro, e ela um vestido amarelo e longo, que contrastava perfeitamente em sua pele morena. Eu usava um vestido azul claro, também longo, com um grande decote nas costas, nada vulgar, mas tenho certeza que após tantos dias sem ver Oliver, seria bom provocá-lo, só um pouquinho. Prendo meus cabelos em um coque solto.

–Está planejando matar o Oliver do coração, ou algo do tipo? –brinca Íris, entrando em minha casa ao lado de Barry.

–Está vulgar? –questiono insegura. –Acha que a mãe dele vai pensar que eu sou uma biscate?

–Claro que não Fel! –Barry dá risada. –Está perfeita, as duas estão.

–Ele tem razão, eu só estava brincando, por que depois de tanto tempo sem se verem, qualquer coisa vai ser capaz de enlouquecer o cara!

Barry oferece os braços, e cada uma se encaixou de um lado, enquanto caminhávamos em direção ao carro.

[...]

Nunca na minha vida tinha visto algo tão bonito quanto a mansão dos Queens em dia de festa. A casa estava iluminada com grandes castiçais, as pessoas pareciam um adereço a mais a decoração, em seus ternos e vestidos de gala colorindo o salão. Uma jovem, um pouco mais nova do que eu, se aproxima de nós com um grande sorriso nos lábios, e um belo rapaz a seu lado.

–Oi, eu sou Thea Queen! –se apresenta animada, me dando um abraço.

–Thea, a irmã do Oliver? –também me animo. –Uau! Eu sou Felicity. Felicity Smoak.

–Eu sei quem você é! –solta um riso musical. –Oliver não fala de outra coisa! É como se eu já te conhecesse. Esse é Roy Harper, meu namorado. –apresenta o rapaz a seu lado.

–Esses são meus melhores amigos, Barry Allen e Íris West. –gesticulo para o casal sorridente a meu lado.

–Onde está Oliver? –questiono ansiosa, o sorriso de Thea se alargou ainda mais em seu rosto.

–Louco para ver você. –suspira com os olhos brilhando, havia uma espécie de alegria a mais em suas palavras. –Roy, pode fazer companhia aos amigos de Felicity por alguns minutos? Quero levá-la ao Oliver.

–Claro! –Roy dá um selinho na namorada, e inicia uma conversa animada com meus amigos.

–Vem comigo Felicity! –Thea me puxa pela mão, me levando ao segundo andar da mansão. –Eu estou tão feliz em conhecer você. –fala enquanto caminhávamos por um corredor enorme, a passos largos.

–Eu também estou. –digo com simpatia. –Mas por que está me levando para um lugar isolado de sua casa? –não consigo evitar a pergunta, que a faz dar risada.

–Oliver ainda está se arrumando, ele ficou preso com alguns documentos na QC hoje, e acabou chegando a menos de uma hora, me fez prometer que receberia você e a levaria até ele assim que chegasse. –explica, parando em frente a uma porta de madeira. –E aqui está ele!

Thea abra a porta do acredito ser o quarto do Oliver. Aquilo é praticamente toda a minha casa, olho maravilhada ao redor, Thea pisca para mim, antes de fechar a porta me deixando sozinha. Devem ter se passado alguns poucos minutos antes de Oliver sair de uma porta lateral, a qual eu julgo ser o Closet, usando um smoking. Preciso me lembrar de como respirar, quando finalmente o vejo.

Oliver não parece assustado com minha presença a julgar pelo sorriso imenso em seu rosto. Ele se encosta no batente da porta, com as mãos nos bolsos da calça, me olhando com brilho nos olhos. Dou uma pequena voltinha para que ele possa me ver melhor, o que o faz soltar um riso divertido.

–Uau! –diz por fim. –Nunca te vi tão linda! –elogia, depois parece pensar melhor. –Consertando, nunca te vi tão linda, quando vestida! –diz com um sorriso malicioso nos lábios, caminhando em minha direção.

–Você também não está de se jogar fora! –brinco quando ele me dá um abraço apertado, cheio de saudades. –Senti sua falta. –sussurro em seu ouvido.

–Não mais do que eu senti a sua. –Oliver beija meus lábios intensamente. –Queria passar a noite nesse quarto com você, mas infelizmente, preciso marcar presença nessa bendita festa. –reclama com a voz rouca em meu ouvido.

–Talvez cinco minutos? –barganho, fazendo um riso de diversão sair de sua garganta.

–Te dou dez. –responde, tirando o paletó e o lançando em cima da cama.

–Acho que vai ser o bastante. –respondo, já tirando sua gravata e desabotoando sua camisa, enquanto suas mãos passeiam por minhas costas nuas.

Nós fizemos amor, apressados, escorados na parede, sem nem mesmo nos despirmos totalmente, pois a cama estava demasiadamente longe, devido ao tamanho de nossa urgência. Oliver me segura pelas pernas com o quadril encaixado ao meu, e meu vestido erguido até a cintura, quando atingimos o êxtase juntos, ele continua a me segurar em seus braços, parecendo que eu não pesava mais que alguns poucos quilos, enquanto me beija apaixonadamente.

–Não sei o que fiz para conseguir você Felicity, por que sem dúvida, você a melhor parte da minha vida. –Oliver declara em meu ouvido, fazendo minha respiração falhar, e meu corpo acender novamente.

–Eu amo você. –as palavras saem de meus lábios em uma confissão, da qual não estava pronta para fazer. Olho para Oliver, assustada por ter agido sem pensar. –Me desculpa. –peço encarando tensa, o seu semblante indecifrável.

Mas ele sorri, um sorriso de pura felicidade, e satisfação. –Graças a Deus que não sou só eu! -comemora aliviado, me beijando novamente. Olho para ele confusa, tentando entender o que estava acontecendo ali. Oliver correspondeu meu olhar intensamente o sorriso desaparecendo de seus lábios. –Eu amo você, Felicity Smoak. Estava apavorado com a possibilidade de você não me amar! –ele encosta sua testa na minha.

–Seria impossível, meu amor.

Nós nos arrumamos novamente, antes de descer para a festa abraçados. Encontramos os Diggle’s conversando animados com meus amigos, os quatro já pareciam íntimos uns dos outros. Pergunto a Layla sobre a Sarinha, o que gerou uma conversa animada entre nós, que resolvemos brincar com os possíveis nomes para os futuros filhos de Barry e Íris.

–Que tal Barrylle se for uma garota, e Ísores se for um garoto. –sugiro, enquanto meus amigos se curvavam de tanto rir.

–Felicity! –diz uma voz conhecida.

Me viro em direção a ela, com um sorriso que desaparece imediatamente. –Sara! –falo surpresa. Oliver se adianta a cumprimentando com um abraço amigável. -Vocês se conhecem? –questiono apreensiva.

–Nós crescemos juntos. –responde Oliver sorrindo. –Vejo que já conheceu minha namorada, Felicity. –Oliver me indica para Sara, sorrindo orgulhoso, antes de apresentar o restante do pessoal, olho para Íris apavorada e ela parecia tão nervosa quanto eu.

–Ollie é meu ex cunhado. –Sara informa vendo meu semblante confuso.

–Espera. –chamo sua atenção. –Seu sobrenome é Lance?

–Sim, Sara Lance. –ela era incrivelmente simpática, e alheia a tensão que se estabeleceu entre mim e meus amigos. Lanço um olhar de advertência para Barry, afinal, ele quem derrubou café na ficha da mulher, me fazendo ficar às cegas. Nunca teria pego o caso se soubesse que ela é uma Lance.

–De onde se conhecem? –questiona Oliver interessado, com um sorriso nos lábios e a mão possessivamente em minha cintura.

Sara me olha por um segundo, analisando meu semblante assustado. –Em uma fila, eu estava comprando sapatos e acabei gostando dos que Felicity escolheu, ela me mostrou onde pegá-los e acabamos tomando um café depois, foi divertido. –inventa, com um sorriso angelical nos lábios. –Ela tem um dom, em saber como as outras pessoas preferem seu café. –pisca para mim, que sorrio com gratidão.

–É o super poder dela. –Iris brinca, um pouco mais calma.

–Uau! –exclama Oliver. Ele pareceu pensar um pouco. –Como não conhecia Sara? Com todo aquele tempo de amizade com Laurel, nunca conheceu a irmã dela?

–Oliver, não é por que você me conhece a anos, que reconheceria meus pais se os visse na rua. –Diggle intervém rapidamente, quase com urgência, e eu fico sem entender o porquê.

–Claro. Tem isso. –concluiu Oliver, soltando um riso nervoso e afagando minhas costas em um pedido silencioso de desculpas por sua desconfiança. -Que mundo pequeno!

–Pequeno mesmo! –diz outra voz, que me causa náuseas e arrepios ao mesmo tempo.

–Laurel. -cumprimenta Oliver, sem me soltar. –Não sabia que já havia retornado a cidade.

–Laurel, vamos ao banheiro comigo? –pede Sara, tentando tirar o olhar demoníaco da irmã de cima de mim.

–Você é grandinha, vai sozinha. –responde, sem parar de me encarar. –Eu não sabia que transar com o cara que te paguei para dispensar, estava incluso no pacote que escolhi. –solta seca, fazendo com que todos me encarassem.

Oliver se afasta de mim, como se tivesse levado um choque, olha de uma para outra, sem saber direito o que estava acontecendo. Eu não conseguia encontrar palavras para responder. Íris me puxa pelas mãos, me colocando entre ela e Barry, de forma protetora.

–Do que ela está falando, Felicity? –Oliver parece confuso, mas não consigo encontrar minha voz para responder.

–Não consegue falar, Cinderela? –debocha Laurel. –Então deixa que eu conte! –sorri com uma simpatia macabra.

–Chega Laurel! –repreende a irmã, tentando a puxar pelo braço. –Deixa o Ollie seguir a vida dele, assim como você seguiu com a sua.

–Que ele siga, mas não com ela! –Laurel me olha de cima, cheia de arrogância.

–Você não vai ficar aqui na minha casa, gritando com minha namorada! –Oliver defende com avidez. Íris e Barry apertaram minhas mãos, me incentivando a começar a fala.

–Ela está certa Oliver... Bom, não em tudo. –murmuro com pesar, e ele me olha chocado. –Eu realmente trabalho em uma empresa que termina namoro por outras pessoas, e Laurel pediu confidencialidade, então menti dizendo que éramos amigas, por essa razão não te disse meu sobrenome, ou quis deixar você se aproximar... –tento explicar, com lágrimas escorrendo por meus olhos.

–O que? –questiona em choque. –Você queria algo, queria se aproveitar?

–Não! –exclamo ofendida. –Claro que não! Eu nem mesmo queria me envolver com você. –minha voz se transforma em um sussurro, me sinto exposta e humilhada.

–Sai da minha casa. –diz seco. –Por favor. –acrescenta, com uma educação mecânica.

Barry e Íris me levaram para a saída, cada um de um lado, me abraçando de forma protetora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de comentar ok?
Por favorzinho!!!!
Bjs