Desafio em dose Dupla escrita por Sweet Marie


Capítulo 1
Meu erro foi tentar ser feliz.


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas leitoras doce de leite, cá estou eu compartilhando com vocês mais uma de minhas fanfics do interior de minha cabeça. E meu coração maluco espera que agrade a todos, ou até pelo menos a maioria.Por isso... Comentem, e façam valer a pena. Comentem oque acham, o que pensam, favoritem, recomendem, mostrem que se importam!
E LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552901/chapter/1

Capítulo um. Meu erro foi tentar ser feliz.

Eu tenho todos os motivos do mundo, para odiar a vida, odiar o destino, ou até mesmo desejar nunca ter nascido. Afinal, era isso que meus pais diziam para mim, que não era para eu ter nascido. Nunca.

Vim ao mundo quando as coisas para eles não estavam boas, eles repetiam isso pra mim sempre. Minha mãe na maioria das vezes me ignorava, como se eu não morasse em casa, mas eu não me importava. Nunca falei uma só palavra, se eu sabia falar? Sabia. Mas falar pra que? Eles queriam realmente me escutar?

Amadureci rápido demais, já muito nova eu já me virava sozinha, acordava cedo, arrumava meu ‘quarto’ que na verdade era o sótão, mas era o que eu tinha, eu mesmo arrumei. Minha cama era um colchão, consegui um dos travesseiros de apoio do sofá. E eu ia assim, me virando.

A única boneca que eu tinha, era uma que meu Tio Phill me deu. Ele era irmão da mamãe, ele gostava de mim de verdade, e meus pais me tratavam melhor na frente dele. Tudo para encobrir os pais miseráveis que eles eram. Minha felicidade acabava quando meu Tio voltava para Jacksonville, onde ele morava com a esposa e sua filha Rose. Minha prima.

Mas as coisas só foram piorando cada vez mais, quando eu tinha quatorze anos, minha mãe fugiu com um amante, deixando a mim e meu pai pra trás. E meu pai vivia me culpando por isso, dizia que ela só se foi porque não me aguentava mais.

E foi ai que o verdadeiro inferno começou.

Ele me batia constantemente, sempre que podia me xingava, fazia questão de me humilhar, na escola eu era obrigada a esconder as marcas que ele deixava. Eu estava no nono ano do ensino fundamental, uma das alunas invisíveis. Eu não tinha amigos, sentava excluída na sala. Nunca fiquei no refeitório para o intervalo, sempre sentei lá fora, e quando chovia, eu ficava na biblioteca mesmo.

Mas eu enfrentei tudo, lutando sozinha. Eu não era louca de pedir ajuda ao tio Phill, meu pai poderia fazer mal a ele, ou a qualquer um das poucas pessoas que eu amava.

As férias de verão haviam acabado. Meu primeiro ano no colegial, uma escola nova, mas que diferença fazia? Eu poderia ficar mais invisível do que eu já era? O que poderia piorar?

Mas foi nesse ano, que eu aprendi uma lição importante sobre minha vida. Se tudo já está ruim, piora.

Em uma das noites de patrulha de Charlie, meu pai. Ele chegou tarde em casa, completamente bêbado. E aquela foi a pior noite da minha vida.

Ele gritava me batia, e eu não falava nada. Como nunca falei. Até ele me arrastar para o seu quarto, me jogar de forma bruta na cama, e foi ali que eu descobri como era falar. Quando percebi a intenção suja de seus atos, eu implorei para que ele me deixasse ir.

Mas a bebida o deixou mais louco ainda.

Eu me sentia suja, percebi que aquilo não era vida, o que eu estaria fazendo nesse mundo de verdade? Eu sofri a vida toda, sofri calada! Aceitei que me xingassem, que me batessem, mas eu deveria aceitar esse tipo de coisa?

Eu já chorava descontroladamente, eu tentava me soltar, tentava bater nele, mas em uma dessas investidas ele segurou meu pulso com força, e ficou fitando meus olhos assustados.

–Reneé?- Ele murmurou em um sussurro. Eu não era ela, aquela mulher que o mundo infelizmente colocou como minha mãe havia nos deixado há muito tempo. – Vo... Você não é ela! VOCÊ NÃO É ELA!- Senti o ardor em minha face após a tapa.

Não! Eu não merecia tudo aquilo, eu posso ter chegado de penetra, ter atrapalhado uma vida, mas não há mal algum que justifique tudo isso!

Sai de lá correndo e me tranquei no meu quarto, ele veio logo depois, bateu insistentemente em minha porta, me joguei em minha cama e fingi não ouvir tudo aquilo. Chorei, chorei por tudo o que já vivi, chorei por tudo o que não vivi. Chorei por mim, e por ele!

Chorei muito até ele cansar de bater, e eu cansar de ficar ativa, o sono veio e eu dei as boas vindas. Eu só precisava dormir.

No dia seguinte, esperei ele sair para trabalhar como sempre fazia me arrumei, e desci as escadas em direção à cozinha. Tomei café lentamente, e logo sai. Mas não sai em direção à escola como sempre fazia. Eu iria à casa de meu padrinho, Tio Billy. Chega de sentir medo.

Ao chegar lá fui recebida com caras interrogativas, eu nunca os visitei apesar deles morarem tão perto de casa. A Família Resumia-se em Tio Billy, Tia Sue e Jacob, meu primo, filho do casal. Ele era apenas dois anos mais velho que eu.

Sentei com eles, e já com lágrimas nos olhos expliquei a situação, tudo o que vivi, porque nunca falava, e o ocorrido de ontem à noite. Apesar deles não serem meus parentes de sangue, a única coisa boa que meu pai fez, foi ter colocado Billy e Sue como meus padrinhos.

E como imaginei eles ficaram horrorizados, mas me consolaram como podia, e comigo foram à delegacia, eu explicaria tudo ao juiz e colocaria meu pai atrás das grades!

Os meses que se seguiram foram só alivio. Houve a audiência, os depoimentos, e com certeza o meu foi o mais chocante. Porém meu pai negou até a morte, mas havia relatos dos vizinhos que ouviram meus gritos naquela noite, e que desde que eu era menor meu pai e minha mãe brigavam, tanto comigo, quanto entre eles.

Logo eu estava livre dele, e com uma família nova! Tio Billy pediu minha guarda e algumas semanas depois eu já morava com eles. Era uma nova fase! Tio Phill foi me visitar com a tia Elisabeth, e a Rose, eu nunca havia visto Rosalie, uma baita loirinha.

Mal eu sabia que vinha vida escolar também seria afetada. Eu tinha mais confiança em mim mesma, eu levantava a mão na sala de aula, fazia leitura compartilhada quando necessário, mas ainda sim, invisível. Mas como anteriormente, eu não me importava.

No meio do ano letivo, três novos alunos chegam à escola, segundo as muitas fofocas daquela escola, a Família Cullen. Vindos de Darthmouth, novos na cidade.

Na semana seguinte ao chegar à escola com a carona de Jacob, meu mais novo ‘irmão’ que sempre me trazia, na garagem da escola mesmo eu os vi. Uma baixinha dos cabelos espetados, delicada e fashion. Um garoto grande, com os cabelos negros, e pouco comportados, que fazia a baixinha rir. E por fim, outro garoto, dos cabelos cor de cobre, e aparentemente olhos verdes.

E sem querer eles roubaram a atenção da escola toda que não parava de olhar para eles, reparavam em tudo o que faziam e comentavam entre si. Mas eles nem notavam, ou fingiam não notar.

Bom, eu não estava nem aí, peguei minha bolsa e a joguei no ombro e fui em direção a minha primeira aula. Biologia, eu não tinha dupla, mas eu não ligava, eu focava na minha atividade, e tirava uma boa nota. Era simples.

Mas tudo muda, quando o garoto dos olhos verdes e cabelo cor de cobre surge na porta, e como não havia mais carteiras disponíveis, fui obrigada a fazer dupla com ele. Não que seja ruim, mas eu nunca fui dupla de alguém.

Eu podia ver as meninas suspirando descaradamente, ou se jogando pra cima do garoto. Que putas hein?

– Oi. - O Garoto disse.

– Fa... Falou comigo?- Porque está gaguejando Isabella? Ah tá, lembrei. NINGUÉM, nunca falou comigo naquela escola.

–Sim. - Ele disse soltando uma risada angelical. - Prazer, Edward Cullen.

–Isabella Swan. - Respondi.

– É normal o professor transpirar desse jeito? – Edward perguntou fitando-me.

– Acredite, há dias em que o queixo dele chega a pingar. É nojento. - Rimos.

–Algum problema Sr. Cullen e Srta. Swan?- O Professor Honie perguntou erguendo uma sobrancelha. A sala toda nos fitou.

–Não Senhor. - Respondemos juntos, e logo o professor seguiu com a aula.

–Novo na Cidade? – Perguntei.

–Sim, vim com minha família pra cá. Morávamos em Darthmouth, mas meu pai conseguiu uma oportunidade de emprego aqui, então viemos todos. Eu e meus Irmãos. Alice e Emmett. Que também estão estudando aqui.

–Oh. – Falei simplesmente.

E o resto da aula seguiu assim, amena, e logo todas passaram voadas. Eu nem acredito no quão pode ser bom conversar com alguém assim, na escola. É algo novo pra mim.

Logo Edward me chamou pra sentar no intervalo com ele e seus irmãos, eu deveria aceitar? Que se dane, aceitei mesmo! E acreditem que quiser? Tenho três novos amigos. Alice é uma baixinha viciada em moda, mas de ótimo coração. Emmett só tem tamanho, adora fazer piadinhas bobas.

Nos próximos dias nós três não nos desgrudávamos mais. Consequências? Fofocas e mais fofocas, sobre a isolada da escola estar junto com os Cullen. O que há de mal nisso? Povo invejoso!

[...]

Mas é ai que a história começa a mudar, de repente, eu tinha necessidade em estar perto de Edward, sentia ciúmes quando ele falava com outra garota ou algo do tipo. E então, começa a virar aqueles filmes adolescentes onde a mais excluída namorava o mais alto, dos inalcançáveis garotos da escola.

Sim, eu namorava Edward Cullen, conheci sua família antes do namoro, e posso dizer que amei Esme e Carlisle, e eles gostaram de mim também. Jacob fazia parte do nosso grupinho fantástico, Billy e Sue aprovavam nosso namoro. Estava tudo em seu Lugar. Ou pelo menos eu achei que estava...

[...]

Eu via a inveja no olhar daquelas garotas da escola, meu namoro com Edward era rodeado de inveja. Todas as meninas daquela escola praguejavam nosso Namoro, chegava a ser insuportável. Mas eu fazia como eu fiz desde que nasci. Ignorava.

Mas pra tudo há a gota d’água.

Eu por ser a melhor aluna na aula de Biologia, era convidada para diversos eventos. Eu comparecia em todos, eu os adorava, era cheio de coisas interessantes, eu me fascinava.

Recebi pelo Professor Honie a notícia de que haveria um novo avento no sábado. Bem no sábado que eu iria passar à tarde com Edward, mas ele entendeu, e me liberou a saída.

Ainda na escola, um dos alunos chega a mim e diz que veio mandado pelo professor Honie para me avisar de que o evento havia sido trocado de lugar. E eu boba do jeito que era, acreditei.

Chegando ao lugar que me disseram, não era um pavilhão ou um salão como todos os outros, era nada mais nada menos que uma praça! Lá, um garoto chamado Daniel chegou me dizendo que havia recebido o mesmo convite. Provavelmente foi uma brincadeira boba e nos enganaram! Sentamos em um banco de praça e fomos conversar logo ele foi comprar uma água para nós dois.

Mal eu sabia o que havia naquela água. Em apenas algumas goladas, o calmante fez efeito, e eu apaguei!

Acordei em um quarto diferente, levantei de solavanco, me vi de lingerie, e o Daniel ao meu lado, nu da silva! Enquanto eu raciocinava o que diabos havia acontecido, Edward entra no quarto. Seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.

Ele gritava e eu gritava junto, Daniel acordou fazendo falsas acusações sobre um suposto ‘caso’ que eu tinha com ele. Eu já chorava mais ainda.

–Edward... Escuta-me, me enganaram, eu não fiz nada com ele, eu nem o conhecia!- Eu gritava.

–COMO NÃO BELLA? Desmarcou nossa tarde juntos pra sair com ele. - Edward me jogou fotos, todas minhas com o Daniel naquela praça, sentados no banco conversando.

– Edward, eu já lhe disse, isso não é verdade! ACREDITE EM MINHA POXA!- Eu gritava em meio ao choro.

Mas nada do que eu lhe falei ele realmente escutou, me julgou sem saber. E alguém estava por trás disso tudo. No outro dia na escola, fui chamada de Puta, Vadia, dentre outros nomes. Como se bastasse, na saída, bem ali no meio da garagem, colocaram o pé na minha frente, fazendo com que eu tropeçasse e virasse a piada da escola.

Não sabia até onde Emmett ou Alice sabiam daquilo, mas Tio Billy e tia Sue sabiam da verdade, Jacob também sabia. Mas de nada adiantava, eu não suportaria tudo aquilo que me fizeram na escola mais uma vez. Eu não suportaria.

Pedi para ficar em casa no dia seguinte, meus tios Permitiram, e finalmente quando eu estava sozinha em casa, arrumei minhas malas, e peguei um papel e uma caneta deixando o recado para Jacob, que eu iria re-recomeçar minha vida.

Mas antes, fiz uma carta em especial.

“Querida Alice

O que me leva a fazer essa carta hoje é a certeza que eu não perderia a única amiga que eu já tive na minha vida. Por muito tempo eu desacreditei no amor, ou na amizade. Mas com você e o resto dos Cullen eu finalmente pude enxergar o verdadeiro significado.

Infelizmente meu imã de tragédias é mais forte, junto com a inveja alheia. Gostaria que soubesse que nada, nada daquilo que parece, é! Eu jamais trairia seu irmão, fui realmente enganada, gostaria que ele acreditasse em mim.

O que vivi ontem naquela escola foi a gota d’água, não vou deixar que falem de mim daquela forma, mas não tenho coragem para revidar, então vou fazer o que qualquer covarde faria... Fugir.

Não estou indo com medo, muito pelo contrário, vou com a consciência limpa, vou tentar recomeçar, do zero, outra vez. Tentar ver onde errei.

Pois até agora o que eu vejo, é que meu único erro foi tentar ser feliz.

Isabella Swan.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaria de deixar claro que a fanfic está dando pulinhos, temos que ter ela adiantado até o próximo capítulo, pois a partir do terceiro as nossas garotinhas já tem que estar grande. E agora eu venho aqui fazer um apelo, eu já tenho o nome de uma de nossas gêmeas, 'Anna Sofia', mas falta a outra, quem quiser dar dicas ou opiniões de um nome legal, eu aceito.Lembrando que pode ser um nome solo como 'Sofia' ou composto como 'Anna Sofia' mas não pode ser 'Renesmee' ok? Já tenho planos pra esse nome :)Comentem!