Chamem os Bombeiros escrita por Juliana Rizzutinho


Capítulo 39
Isso é pôquer, baby!


Notas iniciais do capítulo

Oh, pontualidade britânica. Bora para mais um capítulo?



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Sugestão de trilha: Rodney Yates – David Holmes

Quando vejo o Décio chegar esbaforido dentro da padaria, te juro, percebo que minha respiração é quase falha.

— Orra, moleque! Você quer me matar do coração?

— E eu, então? Sem contar que paguei 45 reais por um café da manhã.

— Cacetada, tudo isso? – indago enquanto ele se senta e percebo o suor escorrendo pela testa.

— Tudo! E ainda nem comi direito. – reclama.

— Fica frio, cara! Vou pedir algo para gente comer. O que prefere?

Vejo seus olhos correrem pelo cardápio e aí ele me vira e indaga:

— Será que rola churrasco, Murilo?

— Vai, então! Hoje você merece, mas antes...

Ele arqueia as sobrancelhas e nem é preciso terminar a frase para que o fotógrafo entenda que preciso e rápido o celular da Melissa.

— Cara, é preciso ser ligeiro. – aviso.

— Mas relaxa! Ela ficou presa no banheiro!

— É verdade, se combinássemos não sairia tão bem.

Enquanto o Décio me entrega o celular, aviso o garçom para nos atender. Um rapaz que nem tem 20 anos vem pegar os pedidos.

— Dois churrascos, por favor!

O garçom arregala os olhos, como quem dissesse: “A essa hora da manhã?”.

— Estamos com fome! – avisa o fotógrafo.

— E pressa! – completo.

— E dois sucos de laranja? – o Décio diz olhando para mim, como quem procurasse a minha afirmação.

— Cacetada! Que mania é essa hora de brincar toda hora de Jailson Mendes? – indago quase num sussurro.

Ele arqueia os ombros e o garçom espera a minha resposta.

— Vai! Dois sucos de laranja.

Assim que o rapaz sai, começo o trabalho em cima do aparelho. Primeiro, instalo um rastreador no Android do celular. E nem vamos precisar utilizar internet.

— Hum, e aí?

— Esse que estou instalando vai dar a posição exata da nossa investigada, chamadas, mensagens de SMS e por aí vai.

— Ah, é?

— Hum, hum! E ele é pago, mas o preço é bem baixo.

— Pago? Mas vale a pena...

Nem o deixo terminar a pergunta, e respondo:

— Claro! Além da localização, é só mandar uma mensagem para esse celular, e ele ligará para mim. E daí, posso captar todo e qualquer som ao redor do aparelho.

Chegam nossos sucos. Quando o Décio me passa os envelopes de açúcar, recuso.

— Não uso açúcar em suco.

— Não? Mas, por quê?

— Tira o gosto da fruta. Bom, continuando...

— Mas, assim, não tem como ela descobrir que está sendo rastreada? – questiona.

— Não. Esse serviço têm dois meios de ser usado: o grátis e o pago. Esse último tem o modo escondido. E é praticamente impossível, ela descobrir.

— Hum, legal!

Tudo certo, testado e aí chegam nossos lanches. Inicio a instalação do rastreador do whatsApp.

— Caraca, outro?

— Hum, hum! Esse, meu caro, Décio, nos dará todas as conversas via whatsApp, as suas ligações e reforça o rastreamento.

— Cara, você é o gênio do crime! – o fotógrafo fala com a boca cheia.

— Ah, meu caro! Você não sabe nem o que sou capaz.

— Mas como você descobriu...

O celular da Melissa toca e nos assusta.

— Caralho! E agora?

Empurro o aparelho e digo:

— Atende, ué?

— O que falo?

— Alô?

— Mas se não for ela?

— Bem, diga... bem, diga...

E o aparelho toca insistentemente. E que mania é essa que as pessoas têm de colocarem um toque que vai aumentando o som conforme o tempo?

— ATENDE, PORRA!

Trêmulo e indeciso, o Décio atende:

— Alô?

— Você está com meu celular, né, seu gordo escroto?

Olha, nem precisa de viva-voz e nem rastreador, a Melissa é bem polida ao celular, como você pode perceber.

****

E cá estou eu, com meu amigo, Dudu, seguindo o Alan. Gente, o que nós não fazemos pelos amigos, né? Mas está sendo divertido.

— Ele me surpreendeu, hein, Bee? – fala o Dudu assim que vê o Alan.

— Né? Mas não sei... ele me cheira à porta de cadeia.

— Ah, mas você o faria? – me pergunta.

Estamos falando de quem? Do Alan, né? O boy lembra o Jared Leto, depois de uma pneumonia. Mas enfim.

— Para ser sincero? Não!

— Não? – ele me pergunta horrorizado.

— Bicha, isso porque você não viu o Murilo.

— Ah, é? – me indaga todo interessado. – E como ele é?

— Bem, imagina o Thiago...

— Fragoso?

— Bicha! Tu tá parecendo a Giovanna! Deus do céu!

— Ah, a amapô que tá sofrendo pelo boy magia?

— Exato! So... Imagina o Thiago Lacerda.

— Uaaaaaaauuuuuuu!

E por pouco ele não perde a direção.

— Bicha! Desculpe! – diz todo tímido.

— Tá louca? Imagina se esse estrupício...

— Hein? Ele tá parando em uma casa de câmbio?

— Estaciona lá! Estaciona lá que tem árvore. – aponto.

E assim que meu amigo encosta, saco meu binóculo para seguir os passos do Alan.

— Bicha, tu pensa que é a Maria Antonieta no recital de ópera? – debocha.

Abaixo meu binóculo e me volto para ele.

— Vou te mostrar logo mais quem é a Maria Antonieta, viu?

— Calma, bem!

Passam-se alguns bons minutos e estranho que o táxi dá duas voltas no quarteirão, sendo que nessa segunda vez, ele para em frente à casa de câmbio.

— O que tá rolando que o povo já tá jogando dinheiro a rodo?

— Né? Isso me lembra o Leonardo Di Caprio em Lobo de Wall Street jogando dinheiro para o nada. – ironiza o Dudu.

— Ai, Bee! Não me distrai com aquele lourinho...

E atento com o binóculo, vejo o Alan saindo com uma cara feia.

— Algo deu errado! – digo enquanto mantenho a minha vigilância.

— Definitivamente.

— E como você sabe? – abaixo o meu binóculo e me volto para o meu amigo ursinho.

E ele só me aponta com a cabeça. E não é que o meu instrumento é dispensável? O meu amigo estava assistindo a cena perfeitamente sem binóculo algum.

Assim que o Alan entra no táxi e ordeno o Dudu:

— Bicha, quieta! E siga aquele carro!

****

Caminho em direção à sede do jornal, cabisbaixa. O dia está nublado e com cara que vai chover. Ou não... Sei lá, só sei que sinto um vazio muito profundo no meu peito. O que será de mim, sem o Júlio?

Não! Não posso pensar nesse maldito! Mas... sinto tanta falta dele que dá vontade de chorar. Conforme aproximo do jornal, avisto o Décio e o Murilo conversando com uma Melissa exaltada. Truqueiros! Eles estão debandando para o lado dela?

Pior que os dois parecem se desculpar com a periguete, que grita com o celular na mão. Por que isso? Me encosto em um dos pilares para que eles não me vejam.

Ela entra no jornal e eles acenam para a sapato cheiroso com sorrisos amarelos. E não param de fazer tchau! Que coisa ridícula é essa? Depois vejo o Murilo dar uma cotovelada e indicar o lado direito com a cabeça e do nada, eles saem correndo. Mas que isso? Não tem lógica! Isso está parecendo algum episódio do Monty Python.

Assim que eles saem, paro na porta do jornal, encaro lá dentro. Me viro para direita e não os avisto mais. Ressabiada entro no meu lugar de trabalho, cumprimento as recepcionistas e me dirijo ao elevador.

Assim que chego no andar da redação, vejo a Bárbara com os braços cruzados falando com a Juliana:

— O que rola?

Ela só encolhe os ombros.

— Bom-dia. – digo.

— Oi, Gi! – me cumprimenta a Bárbara. E a Juliana me oferece um sorriso.

— Está melhor? – a redatora me pergunta.

— Dentro do possível...

E ao longe vejo a Melissa dar gargalhadas com um dos fotógrafos. Espremo os olhos para ver se é ... Se for o Júlio? Que se...

— Gi? – a Ju me traz à realidade.

— Estou bem! Estou bem!

A Lilian passa por nós reclamando baixinho:

— Inferno! Tudo eu! Tudo eu!

— Bom-dia, Lilian! Né? – brinca a Juliana.

Ela se vira para trás e depara com nós esperando um cumprimento.

—Ah! Oi, meninas! Bora para pauta!

— Ué? E os outros? – pergunta a Bárbara.

— Que outros? – ela indaga arrumando os óculos.

— O Murilo, o Décio... – a minha colega começa a enumerar os integrantes.

— E o Felipe? Não vêm! – responde categórica e enfezada.

— Não vêm? – a Juliana repete a pergunta.

—É! Não sei o que tá rolando nessa redação, viu? E o Alan...

— O que tem o Alan? – indaga curiosa a redatora.

— Também não vem!

— Orra! É greve ou férias coletivas? – brinca a Bárbara.

— E vou saber? – responde a Lilian. – Só sei que estamos desfalcados e o que pior... Até o chefe não virá.

Escuto tudo pensativa e sem querer meu cenho franzido me denuncia. E a redatora que é bastante observadora, me pergunta:

— O que foi, Gi?

— Hum... Nada!

— Nada, é?

— Bem, vocês vão ficar paradas aí? Bora para a pauta. – ordena a secretária.

Começamos a segui-la e minha cabeça trabalha. Então, o que esses dois idiotas estavam fazendo lá embaixo? E... por que mentiram? Aí, tem!

****

Sugestão de trilha: Diamond Location – Ocean’s Thirteen Soundtrack

Taí uma coisa que sempre quis falar:

— Siga aquele carro!

— É para já! – fala o Dudu.

Como a ruazinha é de rosca e movimentada, por bem pouco, bem pouquinho mesmo quase perdemos o Jared Leto do mal.

— Bicha! Ou ele tem muita grana...

— Tá louca? – retruco. – Você viu o predinho que ele mora, né? Pode parar!

— Tem treta?

— Tem!

De um bairro para outro o seguimos e o táxi entra na garagem de um banco.

— Hum? – o Dudu exclama assustado.

— Viado do céu! Você precisa entrar lá! – ordeno para o meu amigo.

— Entrar na garagem?

— Não, cão! Você entrar no banco e bisbilhotar!

— Mas por que eu?

— Bicha, não me deixa perder a paciência! Porque ele me conhece! E pare naquele estacionamento. – aponto.

— Mas será que ele demora?

— Eu pago! Aliás, receberemos por esse job.

— Oi?

Job! Trabalho! Labuta! Entendeu?

— Ah, sim!

O Dudu estaciona o carro e segue bem discreto para o banco. Abaixo o vidro e grito:

— Dudu!

Ele se vira e volta.

— Me manda um whats para qualquer movimento suspeito.

Ele fecha os olhinhos e joga um beijinho.

— Pode deixar!

E se afasta. O moço do estacionamento me olha torto. Mas nem confiança, vou ficar no carro, sim! E nesse meio tempo, envio mensagens para meus comparsas de trabalho. Porque, né? Preciso estar informado.

“E aí, minhas flores? Novidades?”

Demora só um pouquinho e ...

“Positivo! Já estamos rastreando o celular da Melissa. E você?” – quem me manda é o Murilo.

“Bicha, que tudo! Bem, aqui o Jared ‘Estropiado’ Leto entrou no banco. E o meu amigo foi lá inspecionar”.

“Banco? Mas... O que ele fez nesse meio tempo?”, quem me indaga é o Décio.

“Gente! Eu avisei! Ele foi para uma casa de câmbio!”.

“Casa de câmbio? O que ele foi fazer lá?”, agora é o Murilo.

“Não sei, mas que...”

Mal consigo terminar de redigir uma mensagem e recebo uma do Dudu:

Sugestão de trilha: La Caution – Thé à la Menthe – Ocean’s Twelve Soundtrack

“Bicha, abafa! Ele tá louco aqui com a gerente porque voltou um cheque 10 mil reais!!”.

— O QUÊ?

Minha vontade é de sair do carro e ver, ouvir, assistir ao vivo e a cores o barraco. E aí mando a mensagem para o whats do Dudu.

“Me explica isso direito!”

“Bem, pelo que parece o cheque é de terceiros e parece que não tem fundo porque voltou. E não conseguem entrar em contato com a pessoa.”

“Mas bicha do céu! Quem é essa criatura ?”.

E aí recebo a ligação do Dudu que me coloca no viva-voz.

— Quero falar com o gerente do banco central! Isso não é possível!!!

— Mas, senhor não podemos fazer nada!

— COMO NADA?

— Mas quem o emitiu?

— MELISSA TAVARES! TA-VA-RES!

E a ligação cai. Como que é? E por que a Melissa daria a modica quantia de 10 mil reais?

*****

Passeio com o Décio dentro de uma livraria na Vila Madalena. Isso porque é o local ideal para passar o tempo, fica longe do jornal e não levanta suspeitas. Subimos as escadas e fico olhando alguns livros de autoajuda.

— Alguma ajuda, senhor? – me pergunta o atendente muito simpático com mais de 40 anos. Seus cabelos parecem espetados, olhar vivo e curioso.

— Não, obrigado! Só estou...

O celular vibra no meu bolso.

— Se me der licença...

— Claro! – diz ele e fica de olho no meu celular. Será que estou tão suspeito assim?

Saco e vejo: a Melissa recebe a ligação do Alan.

— Décio! – o chamo como fosse gritar. Encaro o atendente que levanta a sobrancelha esquerda levemente como quem dissesse: “Aqui não!”.

O fotógrafo aparece na fileira de livros do fundo do corredor.

— Oi! – ele sussurra.

— A raposa saiu da toca!

Ele arregala os olhos e vem na minha direção.

— Como que é? – me indaga baixinho.

— Isso aí! – e mostro a ligação sendo recebida.

Vemos um, dois, três toques. E alguns mais, até cair. Nos olhamos e o Décio fala em tom baixo:

— Ela não atendeu por quê?

— Pode estar em campo!

— É. É uma possibilidade. – ele concorda. – Mas, se...Murilo, algo saiu errado nos planos dele. Afinal, por que o Felipe cortou nossa conversa? Ele deve ter pego uma nova informação. Mas, qual?

— Boa pergunta. – digo. E aí sugiro: - Que tal descermos e irmos no café no fundo da livraria?

— Boa!

Falar de comida para o Décio é o mesmo oferecer banana para macaco. Descemos as escadas e aceno para o atendente que retribui.

Outra vez o celular vibra. Volto a pega-lo e lá está: uma mensagem do whattsApp do Alan para a Melissa.

“Porra, Me! O cheque voltou! Você é foda, hein? Disse que era melhor a transferência, porra!!!”.

Mostro para o Décio que me encara e fala:

— Cheque?

— Pois é!

Mais uma mensagem e volto de novo para o celular. Desta vez:

“Você me deve 10 mil reais! E não quero nem saber! Quero hoje e nem que seja preciso busca-la no inferno!!”.

Não preciso nem mostrar para o Décio que se encontra empoleirado no meu ombro e solta:

— Cacetada! Tudo isso???

Uma senhora magra, de cabelos grisalhos faz um:

— Shuuuuuuuu!

Nos a olhamos e falamos ao mesmo tempo:

— Desculpe!

Nos dirigimos até o café, fazemos nossos pedidos e outra mensagem chega.

“Alan! Eu disse para você ser discreto! Qual é?”

Logo depois:

“Como se o cheque voltou?”

“Calma! Resolveremos isso hoje! Deixa só sair de campo. Aliás, o senhor não deveria ter faltado! Quer que fique muito na cara?”.

E enquanto é possível ver o Alan digitando uma mensagem, a Melissa recebe uma ligação. Mais que depressa procuro o foninho no meu bolso que separei. Me atrapalho, bato sem querer na mesa que chacoalha.

— Vai logo, Murilo! – me pede o Décio.

O número aparece como privado e aumenta ainda mais minha curiosidade. Mesmo no meio da confusão, consigo coloca-lo no aparelho e empresto um dos lados para o fotógrafo.

— E aí, Melissa? Quando vai sair àquela reportagem institucional do Haddad? Preciso montar o esquema que tenho nos bastidores para suja-lo! Você sabe que essa denúncia, entre aspas, poderá alavancar nossas vendas, não sabe?

Nos entreolhamos.

— Calma, chefe! Só preciso mais um pouquinho tempo!– responde a Melissa. E, diga-se de passagem, não é nosso chefe, o meu tio, Edgar. É o presidente do jornal concorrente, o Estado, Romero Mesquita.


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Notas finais do capítulo

Fala a verdade que esse capítulo é bem cabeludo? Duvido que você ficou: What??? Pois é! Bora para o glossário?
Glossário – Chamem os Bombeiros
“(...)Assim que o rapaz sai, começo o trabalho em cima do aparelho. Primeiro, instalo um rastreador no Android do celular. E nem vamos precisar utilizar internet. (...) — Claro! Além da localização, é só mandar uma mensagem para esse celular, e ele ligará para mim. E daí, posso captar todo e qualquer som ao redor do aparelho”. – Isso existe, mesmo, Juliana? Existe e há vídeos no Youtube ensinando como instala-los, tá? Alguns são pagos. Se eu direi os seus nomes? Como diria o Felipe: “Tá lôca?”.
“(...)— Hum, hum! Esse, meu caro, Décio, nos dará todas as conversas via whatsApp, as suas ligações e reforça o rastreamento(...)”. – A mesma explicação acima. Isso é sério mesmo e não estou brincando!
Maria Antonieta - Lembra da famosa frase: “Se o povo não tem pão, que comam brioches”? Pois é, a autoria é de Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena. Rainha da França até as portas da Revolução Francesa (1789). Morreu decapitada, junto com seu marido Luís XVI.
“(...)— Né? Isso me lembra o Leonardo Di Caprio em Lobo de Wall Street jogando dinheiro para o nada. – ironiza o Dudu.(...)”. – filme estadunidense, dirigido por Martin Scorsese, em 2013 e protagonizado por Leonardo Di Caprio. E essa cena é hilária.
Truqueiros – gente pilantra, picareta, cheia de truques.
Monty Python – grupo cômico britânico que protagonizou a série Monty Pytohn’s Flying Circus. Provavelmente você já ouviu falar dos filmes: “A Vida de Brain”, “Em busca do Cálice Sagrado”, “O Sentido da Vida”, entre outros. É interessante falar que o tipo de humor que esse grupo fazia tinha uma pegada social, nonsense e bastante surrealista.
“(...)ruazinha é de rosca(...)” – aquela rua que não você não tem muito escapatória para driblar ou evita-la.
E continua a seção Q & A – Chamem os Bombeiros!
Nosso convidado de hoje...
— Oiiiiiiiiiiiii, Beeeeeeeeeees!
Pois é, ele mesmo, Felipe D’Urso.
— Oi, minha autora! (três beijinhos).
— Fê, hoje você responde à pergunta da Raquel Nascimento, nossa leitora.
— Ai, que tu-do! O que manda, Bee?
“Se você pudesse fazer qualquer coisa contra a Melissa, qual seria sua maior vingança (aquela com salto 15 mesmo)?”.
— Hum... Deixe-me ver... Tenho vááááárias ideias.
— Diga uma delas!
— Rá, já sei! No dia do aniversário da infeliz daria uma Melissa de presente!
— Mas só isso?
— Não, Bee! (empurra a autora). Tá lôca? Compraria aquele modelo caaaaaaro do sapato cheiroso. Um Swarovski!
— Mas isso não é vingança?
— Escuta, cão! Você sabe que ele todo cheio dessas malditas pedrinhas, sim?
— É! E que eu saiba custa os olhos da cara!
— Pois bem... Compraria um modelo fake...
— Fake?
— Bicha, posso terminar?
— Pode! (autora sem graça).
— Compra uma imitação, assim sem nada, sabe? E aí, eu iria na 25 de março, comprava umas pedrinhas bem meia boca e colava tudo com aquelas colinhas escolares.
— Aquelas que se jogou água...
— Já era! Bicha, presta atenção! Se ela tomar chuva com a desgraça ou for numa balada com ela, o que acontece?
— Caem as pedrinhas!
— Muuuuuuuito bem! Ahazou, bicha!
— Ah, fraco!
— Como fraco? (indignada!!!). Jamais as vinganças de Felipe D’Urso são fracas! Vou explicar...
— Felipe!
— Posso falar?
— Fê!
— Pô, amapô, deixa falar!
— Acabou o tempo!
— Mas já!? Eu bem que falei que deveria ter um capítulo só meu (voz sumindo, alguém da produção o carregando)...
Bem, por hoje é só! E na semana que vem... Novas revelações! Muauahaaaaaah! Então, não se esqueça: Chamem os Bombeiros!



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