Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 40
Capítulo 39 - Fim da linha




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– O que significa isso? – perguntou Edward.

A hacker controlou as telas e mudou elas para as imagens das celas e dos corredores da Organização. Pessoas andavam em direção à saída em uma algazarra e todos os agentes da Organização estavam sendo pegos pelos da S.I.O.R.C. que haviam se apossado das armas dos inimigos.

As imagens mudaram para o exterior do prédio da Organização. Helicópteros sobrevoavam o local e pegavam os presos que saíam do prédio. Afinal de contas, as árvores não eram tão altas quanto Jason havia dito a Alex.

Dos helicópteros também saíam mais agentes da S.I.O.R.C. e entravam os da Organização, porém algemados para serem levados á prisão.

Nesse momento ambos ouviram um barulho e Alex pôde identificar que eram hélices de helicóptero. Realmente logo apareceu um helicóptero preto com o logo da S.I.O.R.C. sobrevoando ao lado da parte quebrada da cúpula de vidro fazendo uma ventania enorme. Um grande holofote estava ligado e focado nos dois. Uma voz vinda de um megafone do veículo disse:

Edward Castle Spencer, renda-se! Você está preso por danos morais à humanidade, corrupção e pela realização pirata de experimentos genéticos não aprovados pelo governo. Este prédio, todos seus documentos e experimentos serão destruídos completamente. Renda-se agora ou teremos que usar a força.

O espanto ficou evidente no olhar de Edward, e essa foi a primeira expressão que Alex viu o homem demonstrar.

– Como... – ele balbuciava – Como?

Eu hackeei o sistema da Organização sem que você soubesse. Controlei as câmeras enquanto os agentes da S.I.O.R.C. faziam seu trabalho. – disse a Hacker.

– Mas como... – Edward tinha desespero em seu rosto - Como eles chegaram aqui?! Esse lugar é impossível de ser encontrado!

Alex lembrou-se da mensagem que a Hacker dera a ele na sala de segurança quando lhe deu o código de segurança das celas.

– Foi uma amiga minha, Sarah, lembra-se dela? – o rapaz deu um sorriso.

O homem olhava para os lados, desnorteado.

Bem, parece que isso chegou ao fim, senhor Spencer.

Alex voltou-se para uma câmera de segurança que ficava no canto da sala, ele sabia que a Hacker o observava de lá. Ele sorriu outra vez e disse:

– Bem, Edward, parece que...

Mas antes que Alex terminasse de falar, Edward avançou nele o agarrando e se jogando junto do rapaz da passarela, caindo no chão em cima de uma mesa, que se quebrou com o impacto dos dois.

Alex tentou levantar-se, mas seu corpo todo começou a doer. Ele tentou mais uma vez e ao conseguir ficar de pé ainda meio grogue, ele pôde ver Edward no painel principal da sala. Uma barra de carregamento aparecia na tela com o dizer: Backup de todos os arquivos em 58%.

– Não vou deixar vocês pegarem minha pesquisa – dizia o homem a si mesmo – não vou deixar você pegarem minha vida!

Porém o andamento do Backup parou aos oitenta por cento.

– O que? – disse Edward mais uma vez confuso.

Nesse momento todas as luzes se pagaram, porém após um segundo reacenderam. Mas agora a tela dizia:

Arquivos perdidos permanentemente.

– Não... Não, não, NÃO, NÃÃOO!!!

Edward apertou vários comandos no painel de controle, mas a tela continuava a mesma.

– Não... – enfim disse ele, derrotado – Isso quer dizer que...

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Enquanto isso, alguns minutos antes.

Jason corria junto de Sarah, ele havia encontrado a garota em sua cela, e ao liberta-la os dois correram ao seu objetivo.

Enquanto iam pelos corredores eles viram que as celas foram abertas, e agora os agentes da S.I.O.R.C. estavam dando uma lição nos da Organização, assim os dois podiam correr.

Nem Jason e nem Sarah sabiam como os agentes haviam sido libertos, e muito menos os próprios agentes, mas isso pouco importava, eles tinham que chegar o mais rápido possível ao gerador, era possível que Alex e Chris já tivessem chegado lá e estivessem precisando deles.

Enfim os dois chegaram ao seu objetivo, mas não havia nenhum sinal de Chris e Alex.

– Droga! – disse Jason – Onde estão aqueles dois??

– Espere, Jason – falou Sarah – acho que podemos tomar conta do recado.

– O que? Como assim?

Sarah aproximou-se da máquina de aproximadamente um metro e meio e apontou para as alavancas, que ficavam duas em cada lado com aproximadamente um metro de distância entre eles.

– Cada alavanca fica bem perto uma da outra, cada um de nós podem puxar duas de uma vez.

– Boa ideia, Sarah – disse Jason – err... Olha, queria me desculpar por lhe chamar de criança antes...

– Sem problemas – disse Sarah com um sorriso por enfim ser reconhecida – vamos ao trabalho.

O homem postou-se ao lado direito da máquina enquanto Sarah ficou do lado esquerdo. Ambos seguraram as alavancas e Jason disse:

– Está pronta?

– Sim – respondeu Sarah.

– Olha, nós temos que puxar exatamente ao mesmo tempo. Se não fizermos isso teremos que esperar cinco minutos para tentar de novo, e vamos acabar perdendo tempo, entendeu? Temos que ser sincronizados.

– Sim, entendi.

– Okay, então. Ao meu sinal: um... Dois... Três... Agora!

Os dois puxaram as alavancas ao mesmo tempo e logo todas as luzes se pagaram, sendo acesas poucos segundos depois.

– Funcionou? – perguntou Sarah.

– Rezemos para que tenha – respondeu Jason.

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– Quer dizer que... – balbuciou Edward.

– Isso mesmo, seu gerador foi sobrecarregado. Cortesia de Sarah e Jason – disse Alex.

– Jason? Aquele maldito! Eu vou...

– Você não vai fazer nada, Edward! – falou Alex, colocando autoridade na voz – Acabou! Você perdeu!

O homem abaixou a cabeça e caiu de joelhos no chão.

Ele está derrotado. – disse a Hacker – Deixe-o, Alex. Os agentes da S.I.O.R.C. estão vindo captura-lo.

O rapaz aproximou-se de Edward mancando. Sua perna voltara a doer devido a queda.

– Quero que saiba de uma coisa – disse Alex – você me manipulou, achou que tinha tudo sobre controle, mas cometeu seu maior erro: você me criou. David Spencer não existe mais, e na verdade eu acho que fiz um favor a ele. Você também o manipulou, ao invés de trata-lo como um filho, o tratou como uma ferramenta para esse seu plano hediondo. Você é uma pessoa sem coração, um monstro, e espero que apodreça na prisão. Você não é meu pai, e muito menos pai de David, você só o filho da puta de um manipulador, um cara que acha que pode me controlar como se eu fosse uma soldado sob as ordens do comandante, pois saiba agora que você foi... Rebaixado.

Ao dizer isso um estouro foi escutado, como o disparo de uma arma, e logo Alex sentiu uma dor nas costas. O garoto arqueou o corpo e caiu para trás agoniando na dor do tiro.

ALEX! – gritou a Hacker e logo ele pôde ouvir ela murmurar algo para alguém próximo dela (onde quer que ela estivesse).

Alex tentou enxergar quem havia atirado nele, e ao voltar-se para a porta da sala viu um agente da Organização parado na frente da porta. Alex o reconheceu, era o amigo do homem que Alex havia matado na floresta da S.I.O.R.C., como era o nome dele? Carl, era esse o nome, e o falecido tinha o nome de Jack.

O homem deu um sorriso ao ver o garoto sangrar, mas logo ele cambaleou para frente ao sentir um impacto na cabeça.

Ele virou-se para trás a tempo de ver um punho acerta-lo na cabeça fazendo-o cair desmaiado. Alex tentou ver quem acertara o agente e após forçar a vista conseguiu identifica-lo.

Era Chris.

O amigo do garoto passava a mão no punho direito ao mesmo tempo em que dois agentes da S.I.O.R.C. entraram na sala atrás dele.

– Cara, esse daí era cabeça dura – disse Chris.

Alex tentou chamar o amigo, mas a dor era tanta que ele não conseguia. Ele sentia o caminho que a bala havia feito das suas costas às suas entranhas arder e doer ao mesmo tempo.

Chris rapidamente aproximou-se do rapaz.

– Droga Alex, no que você se meteu?

– Chris... – Alex conseguiu dizer, porém com muito esforço – Você... Me... Desculpa...

– Deixa disso, herói. A sua amiga, “a Hacker”, me mostrou a sua épica batalha pelas telas da sala de segurança depois que eu acordei. Não se preocupa, Alex... Alex? Ei, Alex??

O garoto lentamente fechou os olhos sentindo a dor antes agoniante do tiro e das facadas passar e o mundo se dissipar em um clarão em branco. Várias imagens passaram em sua cabeça, dentre elas a imagem de sua mãe estava lá com aquele sorriso dela que sempre o deixava feliz. Lentamente o garoto foi perdendo a consciência.

Alex deduziu, antes de perder toda a consciência em meio aos gritos de Chris tentando acorda-lo, que se aquela era a morte, não parecia tão ruim assim.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, talvez o próximo capítulo já seja o último, foi bom enquanto durou, mas não vamos nos despedir antes da hora, né? Talvez o próximo capítulo atrase, porque as minhas aulas vão voltar, mas não se preocupem, darei um jeito de postar. Comentem o que estão achando e o que acharam da fic, significa muito para mim :)

Próximo capítulo em breve!