Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 30
Capítulo 30 - A verdade


Notas iniciais do capítulo

E aí galera! Um aviso: eu passei de ano!! XD e como prometido vou tentar postar os capítulos todos os dias, beleza? Gostaria tembém de agradecer às nossas novas leitoras: Nick Lopes e Justanoterbookreader (espero ter escrito certo) que estão nos acompanhando. Obrigado pelos comentários, espero que gostem do que virá a seguir na fic :) bem, vamos a mais um capítulo: tam-dam! (eu sei, esse "tam-dam" foi desnecessário :/)



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Alex parou para olhar a planta do andar, se ela estivesse certa ele deveria dobrar à esquerda no próximo corredor. O garoto chegou a uma bifurcação e dobrou no corredor, mas ao olhar para trás ele percebeu que tinha dobrado para o lado direito e não esquerdo. Talvez o nervosismo estivesse o deixando meio distraído.

O garoto deu meia volta, mas parou bem na entrada do corredor da esquerda. Ele não sabia o Porquê dele ter parado, era como se ele tivesse que ir pela direita, ou melhor, como se ele lá no fundo ele quisesse.

Você não vai a lugar algum.

Alex mais uma vez se espantou ao ouvir a voz em sua cabeça. O garoto sabia que era a sua própria voz, mas era como se ela tivesse pensamentos distintos. Estaria ele ficando louco?

– Por que... Como você... – Alex balbuciou.

Eu já lhe disse, esse corpo pertence a mim, você já acabou com a sua missão, logo, você não tem mais utilidade.

Alex sentiu seu corpo tremer, a voz estava lutando pelo controle do seu corpo.

– Não! Eu não vou deixar! – disse Alex.

O garoto fechou os olhos e se concentrou. Ele sentia sua cabeça doer e sua mente ficar turva, ele sentia suas lembranças se desvanecendo, ele sentia tudo indo embora, seus pais, seus amigos, a S.I.O.R.C., Paul, Chris, Sarah... Jennifer.

“Não!” Alex pensou “não vou deixar você tomar o controle, eu estou no controle!”

Você nunca esteve no controle Alex, quer ver só? Abra os olhos.

Alex o fez e ao abrir os olhos ele se sentiu estranho. Não era como se ele estivesse vendo, mas sim como se ele visse a visão de outra pessoa.

É, até que foi fácil. He, he.

Alex não podia acreditar, a voz havia tomado o controle. O seu corpo se moveu, mas Alex não havia feito isso, tinha sido aquela maldita voz, o garoto sequer sentia seu corpo, ele se sentia a deriva.

Ele tentou gritar, mas sua voz não saía.

“Não! NÃO!!” Alex gritava em sua cabeça “O QUE VOCÊ FEZ?? SAIA DAQUI!!”

Seja lá quem estivesse no controle do corpo de Alex, esta pessoa não respondeu o garoto. “Ei! Me escuta seu merda!” dizia Alex em sua mente, mas a pessoa não respondia nem por pensamento, logo Alex deduziu que ele não sabia que o garoto ainda tinha consciência dentro da cabeça dele. O corpo de Alex se dirigia pelos corredores até uma porta. Ao abrir ela, Alex pôde ver que eles estavam em um pátio não muito diferente do que Alex estava, só estava um pouco mais limpo.

O rapaz se dirigiu a uma porta, mas não havia ninguém lá, era apenas um depósito... De armas! O corpo de Alex pegou uma faca e o garoto pôde ouvir a voz dizer em sua cabeça:

Aquele garoto já era.

Alex compreendeu o que a voz ia fazer: ele ia matar Chris!

Não! Alex não iria deixar! Ele se concentrou para fazer sua mão largar a faca, mas não adiantava, ele não estava mais no controle. Alex tentou outra vez, ele não ia desistir de jeito nenhum, era a vida de seus amigos que estavam em jogo, ele não deixaria nada de ruim acontecer com eles.

A mão largou a faca. Alex pôde sentir a surpresa que seu inquilino tivera ao ver aquilo.

Você ainda está aí? Bem, bem, bem, você me deixou irritado, já é hora de acabar com isso.

A visão de Alex escureceu, o rapaz sentiu seu corpo cair e gritou de medo em sua mente. Ele caiu em uma superfície plana e macia, porém ao olhar para onde ele havia caído ele não viu nada, apenas uma escuridão para todos os lados em que ele olhava. Ele pôs a mão na frente do rosto e se surpreendeu ao conseguir ver ela. Por um momento Alex pensou ter se libertado e ganhado a posse do seu corpo de volta, mas no fundo ele sabia que ainda estava dentro da sua cabeça, incapaz de interagir com o mundo exterior.

O rapaz olho ao redor, ele não podia ver nada, mas conseguia enxergar o próprio corpo. Uma dor passou por debaixo de Alex e ele pôde ver que vinha de sua perna que havia levado um tiro e ainda estava enfaixada, porém fazia tempos que ela não doía.

Está doendo? – disse uma voz perto de Alex.

O rapaz voltou-se para a direção de onde vinha a voz, mas ele não viu nada. Pensando bem era como se a voz fosse um eco, logo Alex se virou e viu atrás dele uma pessoa parada um pouco distante o fitando.

Alex se espantou ao ver a figura, pois aquele à sua frente era ele mesmo! Os cabelos negros, os olhos azuis, o casaco cinza, a voz... A única coisa que havia de diferente era a perna direita dele, que diferente da de Alex, não estava enfaixada.

Ainda bem que não tenho esse problema – disse o outro Alex em uma gargalhada.

– Quem... – Alex gaguejou – Quem é você?

Céus... Porque tiveram que te fazer tão lento? Eu já lhe disse! Eu sou você!

– Não, impossível! Se você sou eu então... – Alex arfava, ele sentia a sua dor de cabeça voltar, mesmo que tecnicamente ele estivesse em sua cabeça - ... Então quem sou eu?

Você? Não passa de memórias que nunca existiram, não passa de uma casca que servia para me esconder, uma casca temporária... E tudo que é temporário acaba, assim como você!

– Eu não compreendo – mas no fundo Alex sabia muito bem o que ele queria dizer.

Não se faça de estúpido, você achou mesmo que tudo isso era real? Que você era real?! Não me faça rir!

Lágrimas brotavam no rosto de Alex, ele sentia uma dor no peito, como se seu tempo realmente estivesse acabando, assim como seu “xará” dissera.

Me diga Alex, quem é você?

O rapaz fez um esforço para não gritar por causa da dor que sentia no peito e respondeu:

– Sou... Sou Alexander Smith... Tenho 15 anos... Estou no primeiro ano do ensino médio, estudo no colégio James Grayson Highschool. Meus pais são... Clara Smith... E Edward Smith. Meu pai... – lágrimas escorreram pelo rosto do rapaz – meu pai morreu há dez anos atrás... Ele era militar e... Foi vítima dos experimentos da Organização! Ele foi... Manipulado por essa agência para levar ele e seus companheiros de trabalho à morte no campo de batalha.

Pronto, Alex havia contado seu segredo, o segredo que há tanto ele escondera, o segredo que omitiu de seus amigos quando eles revelaram os deles e exigiram o seu. Mas Alex no fundo sentia-se aliviado por ter tirado aquilo do peito... O peito que doía como se uma lança tivesse atravessado ele.

O outro Alex sorriu, ele parecia se divertir com aquilo.

Tsc – disse ele em desgosto – Tudo enrolação.

Alex olhou para seu outro eu sem o compreender.

– Não, – disse ele – é a verdade!

O outro Alex lentamente tirou o casaco cinza revelando por baixo um casaco no estilo militar com um emblema no peito esquerdo. Alex reconheceu o casaco, era o mesmo casaco que os agentes da organização usavam.

Bem, agora deixe eu me apresentar. Eu sou aquele que veio antes de você: sou David Spencer, agente da Organização e... Filho de Edward Spencer, o líder da Organização.


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Notas finais do capítulo

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