Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 29
Capítulo 29 - Conflito de pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo galera! Espero que gostem, e se gostarem deixem um comentário :)



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Alex acordou. Ele se encontrava deitado no chão de um cubículo de aparentemente 70 centímetros de comprimento por 80 centímetros de largura. Ele se levantou pondo a mão na cabeça que latejava de dor, o agente realmente o acertara com força, Alex se perguntava se haviam feito o mesmo com Chris e Sarah.

“Chris e Sarah!” pensou Alex. Eles foram capturados, assim como ele, Alex tinha que acha-los. O garoto voltou o olhar para a porta de metal polido que tinha contraste nas paredes encardidas. Não havia maçaneta e nem outra forma de sair. O garoto forçou a porta, aquele lugar apertado já estava o deixando nervoso, porém ela não abriu. Ele começou a bater na porta gritando por socorro, mas ninguém o ouvia.

Ele se sentou em posição fetal, não havia nada que ele pudesse fazer, ele havia falhado, todos seus amigos iriam ter a memória apagada, ou pior, eles poderiam... Poderiam...

Alex não queria pensar nessa possibilidade, mas o desespero tomou conta da sua mente e ele pôs-se a chorar.

O silêncio daquele cubículo deixava Alex cada vez mais em pânico. Horas pareciam passar, Alex ficou apenas ali, absorvido no silêncio que o fazia enlouquecer. Ele já havia parado de chorar, sua mente tinha esvaziado. O silêncio daquele lugar logo foi quebrado por uma voz que falava com a mesma voz de Alex de dentro de sua cabeça:

Com medo de que, bebezão?

Alex se assustou sentindo um frio na espinha.

– Quem é você? – perguntou Alex à voz que parecia rir dele em deboche.

Sou aquele a quem pertence esse corpo: eu sou você!

Alex não compreendia.

Claro que ele não compreende! Ele é fraco demais para entender.

– Saia... Saia da minha cabeça!! – Alex gritava sentindo sua dor de cabeça piorar cada vez mais.

Não! Você é quem vai sair! Você já cumpriu seu dever, agora deixe com os profissionais.

A mão de Alex se moveu ficando na frente do seu rosto sem o seu comando. Ela lhe deu um tapa no rosto. Alex fechou os olhos pela dor e disse gritando outra vez, porém com mais convicção:

– Saia... Daqui... AGORA!!!

A voz não respondeu, dando a presumir que tinha ido embora. Logo a dor de cabeça passou, mas não o desespero por estar naquele cubículo.

Um barulho foi escutado por Alex vindo do outro lado da porta, um bip foi escutado e logo a porta se abriu. Alex nem se importou em Jason estar do lado de fora, ele pulou para fora do cubículo respirando rapidamente aliviado por ter saído de lá.

O garoto olhou ao redor e viu uma espécie de pátio não muito amplo com portas de metal como a do cubículo onde Alex estava em todas as paredes. Alex olhou para Jason com um olhar de raiva.

– Não me olhe assim – disse o homem.

– Você nos traiu, seu filho de uma...

– Alex, eu...

– Cala a boca!! Não acredito que você fez isso! Então era tudo mentira? Você estava nos enganando esse tempo todo? VAI PRO INFERNO SEU VERME, SEU...

– Pare com isso!! – disse Jason e Alex se calou – Não temos tempo para isso, temos que sair daqui.

– Sair? Do que você...

– Escute, eu não menti para vocês, tudo que falei era verdade, é só que... Eu disse que os caras da Organização me perseguiam há tempos, com medo que eu contasse sobre o que eles faziam, logo eles garantiam em fazer a minha vida um inferno. Ele prometeram que me deixariam em paz de uma vez por todas se eu atraísse vocês até aqui para serem capturados.

– Então você não é parente do Douglas? Mas como ele...

– Tem um negócio que me ensinaram, alguns gestos que podem influenciar pessoas que perderam a memória. Pegar no ombro da pessoa, por exemplo. Usei isso em Douglas e funcionou, também tive que usar em Chris para convencê-lo.

Quando Jason disse isso, Alex pensou em uma coisa, mas balançou a cabeça para espantar esses pensamentos.

– E agora? Por que quer me ajudar? – Alex perguntou.

Jason olhava para os lados e falava com cautela, talvez pensando que alguém pudesse estar os escutando ou que alguém pudesse entrar pela porta que levava à saída do pátio.

– Olha, eu percebi que o que fiz foi errado, A Organização merece morrer, mas não posso fazer isso sozinho, preciso da ajuda de vocês.

– E como posso saber que você não vai nos trair de novo?

– Bem... Acho que você não tem como saber.

Alex refletiu por um momento e enfim chegou a uma conclusão.

– Certo, vou lhe ajudar, mas temos que encontrar Chris e Sarah.

– Ótimo, tem razão.

– Eles devem estar em um desses cubículos...

– Não, não estão, eu vi os agentes levando cada um de você para um setor diferente, há pelo menos três setores com umas quarenta pessoas em cada onde eles colocam as cobaias para os experimentos nessas condições precárias.

– Céus, isso é horrível, ter que ficar assim 24 horas por dia... – logo Alex pensou em algo – Espera, isso quer dizer que os outros agentes da S.I.O.R.C. estão aqui?

– Sim, isso mesmo.

– Então o que estamos esperando? Vamos libertar eles.

– Não dá, cada porta tem um código para ser aberto, eu vi o código da sua cela e dos seus amigos quando os colocaram aí, então quando dois guardas me escoltavam para fora da sede eu os nocauteei e vim para o primeiro setor que vi: o seu.

– Entendo, mas é que não consigo pensar que eles estão aqui, tão perto e não podemos ajuda-los.

– Se seguirmos o plano o sistema que controla as portas será desativado.

– Então o plano era sério? Existe mesmo uma fonte de energia que alimenta a Organização?

– Eu avisei que não tinha mentido pra vocês – Jason deu um sorriso – mas temos que libertar seus amigos primeiro, digamos que dependemos de todos para manusear o mecanismo.

– Certo, entendi.

– Mas temos que ser rápidos, logo vão perceber que você e eu escapamos. Se nos separarmos iremos mais rápido.

Jason tirou do bolso do seu sobretudo uma folha de papel.

– Aqui, a planta desse andar, eu peguei antes de sair de casa, use para se guiar. Eu vou buscar no setor B, e você vai para o setor C. Não sei em qual setor está cada um dos seus amigos, mas as senhas são essas... – Jason anotou elas em um pedaço de papel que tirara do bolso e entregou a Alex.

– Certo – Alex fez uma pausa – obrigado por nos ajudar Jason.

– Não me agradeça, sobreviva primeiro.

Logo os dois saíram do pátio passando pela porta que dava para um corredor, os dois se despediram e seguiram em direções opostas.


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Notas finais do capítulo

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