Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 25
Capítulo 25 - Caçados - Parte final


Notas iniciais do capítulo

Quase uma semana sem postar, que vacilo, mas não se preocupem que isso não acontecerá de novo, confiem em mim, okay? Beleza :)



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Alex andava pelo corredor do supermercado. Os quatro jovens haviam parado em uma loja para comprar uns suprimentos. Eles já haviam parado para almoçar e perceberam que a comida que Lara, a mãe de Douglas, dera a eles não era tanta assim, portanto eles decidiram completar seu estoque de comida antes de partirem.

Douglas ainda não dissera quem era a pessoa que iria os ajudar, ele se recusava a dizer e em certo ponto disse que não se lembrava mais. Era uma memória passageira, Alex deduziu, mas Douglas ainda se lembrava da suposta localização da pessoa, ela ficava um pouco mais ao leste da rota deles até A Organização, mas não iria atrapalha-los muito. E mesmo estando bem perto do local, segundo Douglas, eles decidiram serem rápidos no supermercado, pois não queriam se atrasar mais do que o necessário.

Alex foi na seção de enlatados para ver o que encontrava. Ele viu milho enlatado, feijão enlatado, azeitona enlatada, pera enlatada, ervilha enlatada, cenoura enlatada, enlatado, enlatado e enlatado... Era tanta coisa enlatada que só faltava ter lata enlatada. O garoto olhava pelo corredor em busca de algo comestível até ver um homem a três metros de distância dele. Ele vestia um sobretudo preto e um chapéu. Alex não prestou muita atenção nele e ficou de costas para ele, mas logo o garoto sentiu um calafrio a espinha e ao se virar percebeu que o homem havia sumido.

– Procurando alguma coisa? – disse uma voz ao lado de Alex.

Alex levou um susto e quase gritou, porém viu que quem falava com ele era o homem que ele vira ao seu lado segundos atrás. Ao olhar direito para ele, Alex pode ver que ele aparentava ter uns cinquenta ou quarenta anos de idade, pois tinha rugas pelo rosto, mas não o suficiente para parecer um velho, apenas uma pessoa “vivida”.

– Err... – disse Alex – não, não senhor.

– Não me chame de senhor, garoto – disse o homem estendendo a mão para Alex – meu nome é Stan, Jason Stan.

Alex apertou a mão do desconhecido por educação e então se tocou.

– Stan? Você por acaso é...

– Sim, sou parente de Douglas Stan, e também a pessoa a quem você procuram para chegarem à Organização.

Nesse momento os outros três; Sarah, Chris e Douglas; entraram no corredor com um pequeno carrinho de compras e ao verem Alex falando com um homem eles olharam desconfiados para este.

– Errm... Alex, quem é esse? – perguntou Chris.

– Podem me chamar de Jason – disse o homem com aqueles olhos estreitos e com olheiras – sou o primo da mãe de Douglas, e portanto, seu primo de segundo grau.

– Doug? – perguntou Alex.

O garoto se aproximou do homem e por um momento pareceu confuso, mas o homem colocou a mão no ombro de Doug e ambos sorriram.

– Sim é verdade, era ele a quem procurávamos.

– Espera – disse Sarah – e como ele supostamente pode nos levar até A Organização?

– Simples – disse Jason – porque eu já trabalhei lá.

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Jason explicou que havia visto os jovens há algumas quadras atrás e ouviu-os mencionarem sobre alguém que sabia a localização da Organização que morava por ali, e logo ele presumiu que era ele mesmo.

– Bem, mas porque vocês querem chegar até lá?

– Vamos destruir a Organização – disse Chris com convicção.

Jason olhou para Chris com uma cara de “ficou maluco?”.

– O que houve? – Perguntou o rapaz.

– Nada, nada. É só que... dezenas de homens treinados e armados contra quatro crianças não parece uma luta muito justa.

– É por isso que estávamos lhe procurando – disse Alex meio sentido por Jason tê-lo chamado de criança – Douglas disse que você podia nos ajudar.

– Ah, entendo, nesse caso...

– Esperem! – disse Sarah – o que vocês estão fazendo?

– Do que você está falando? – perguntou Chris meio confuso.

– Ele trabalhava para A Organização, oras! – explicou ela – quem não garante que ele é um informante?

Alex sentiu um embrulho no estômago, como ele não havia pensado nisso? Como pôde ser tão descuidado? Mas no momento em que olhou para Jason ele viu que o homem olhava fixamente para a entrada do supermercado.

– Merda... – disse ele e os jovens seguiram o olhar dele e viram quatro homens com roupa militar, mas sem armas, parados na frente da loja – agentes da Organização! Se escondam!

Os quatro correram, porém os inimigos os viram e começaram a os perseguir passando por cima da mesa dos caixas. Alex olhou para trás, Jason havia derrubado uma prateleira para impedir a passagem dos perseguidores.

– Não pare! – Disse Jason – Vamos nos separar, assim fica mais difícil de nos encontrarem!

Alex e os outros obedeceram, cada um foi em direções opostas. Alex foi para o setor de calçados, e antes que pudesse dizer não a um vendedor que oferecia um par de tênis horrível, um dos agentes da Organização viu o garoto e começou a correr atrás dele. Alex correu derrubando caixas de sapato das prateleiras para atrasar o perseguidor, porém não parecia funcionar, logo ele tentou uma nova tática. Ele entrou na área onde ficava os provadores com um par de sapatos na mão. Alex olhou para trás, o homem havia sido barrado por um vendedor que dizia que ele só podia entrar com algo para provar, mas o homem não estava dando a mínima, ele empurrou o vendedor fazendo-o cair no chão e continuou a perseguir Alex.

“Droga!”, pensou Alex, ele tinha que pensar em outra coisa.

O garoto viu um guarda parado e passou apressadamente por ele dizendo:

– Socorro! Aquele homem está me perseguindo!

O guarda olhou para o perseguidor, porém este mostrou uma carteira para o guarda e este o deixou em paz. “Ótimo, ele também tem uma carteira de autoridade falsificada”, pensou Alex.

O rapaz já estava sem alternativas, só restava a ele correr, e foi o que ele fez até olhar para trás e ver que ninguém o perseguia mais. Alex parou e suspirou, mas seu alivio durou pouco, pois logo ele ouviu alguém dizer:

– Te peguei!

Alex olhou para frente de novo, seu perseguidor estava lá com as mãos prontas para lhe dar um soco, mas ao invés de golpear Alex, ele caiu e Alex viu que Chris havia golpeado a cabeça dele com um extintor de incêndio.

– Vamos – disse Chris – ainda restam três.

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Os dois adolescentes andaram pela loja toda até encontrarem Sarah, que estava desmaiada e estava sendo arrastada por dois agentes da Organização.

– Droga! – disse Chris escondido atrás de uma prateleira junto de Alex – porque todo mundo só está olhando e não ajuda ela?

Realmente, os clientes na loja só olhavam a cena, mas não pareciam se incomodar.

– Eles tem carteiras de autoridade falsificadas, que nem a nossa, talvez eles tenham dado alguma desculpa com isso como que ela era uma ladra ou...

– Não quero saber – disse Chris impaciente por ver Sarah sendo sequestrada e não poder fazer nada – só quero saber como nós faremos para livra-la disso.

Alex olhou ao redor e teve uma ideia.

– Aqui, pegue isso – disse ele a Chris dando-lhe um bumerangue.

– O que você quer que eu... – disse Chris – ah, entendi.

Os dois começaram a jogar vários bumerangues nos agentes e conseguiram chamar a atenção deles.

– Ei! Nós estamos aqui! – disse Alex.

– É! Venham nos pegar seus babacas!

“Babacas? Não tinha um xingamento melhor, Chris?” pensou Alex, mas isso não importava, eles haviam conseguido o que queriam. Os homens largaram Sarah e começaram a andar em direção dos dois rapazes.

De repente Alex teve uma ideia. Ele jogou o bumerangue em um dos agentes, porém este desviou e deu um sorriso zombeteiro.

– Olhe para trás – disse Alex sorrindo.

O agente olhou para trás e lá estava o bumerangue voltando – pois afinal, era um bumerangue – que acabou acertando o olho dele. O homem pôs a mão no rosto dando um grito nada másculo e inclinando o corpo. Nesse momento Sarah acordou e aproveitou a distração do agente que olhava o companheiro que havia sido acertado para pegar um cinto pendurado em uma vitrine ao lado dela e pegou o homem por trás enforcando ele com o cinto.

– Ninguém, eu disse NINGUÉM, bate em mim, seu bruto, vai bater na sua mãe seu otário! – disse ela até que o homem desmaiou.

O outro agente olhou para Sarah com o olho bom e avançou para cima dela. Chris se apressou e pegou uma haste de metal para pendurar chapéus e acertou a cabeça do homem com o objeto fazendo-o cair desmaiado.

Sarah olhou para Chris sorrindo e disse:

– Obrigada.

– De nada – disse ele também sorrindo.

– Err, Sarah? – falou Alex apontando para o homem que a garota enforcara.

Ela pôs a mão sobre o rosto dele e disse.

– Ainda respira, vai viver, mas com uma terrível dor no pescoço.

Logo Sarah pôs a mão no lado da cabeça fazendo uma careta e Chris disse:

– Você se machucou?

– Não foi nada, foi só esses canalhas que bateram em mim. Eles não têm dó de bater em uma menina.

Sarah deu um chute bem dado nas costas do homem a quem ela sufocara e este se contorceu de dor dando um gemido baixinho.

– Espera – disse Alex – e Douglas e Jason?

– Droga – disse Chris – tinha me esquecido deles.

– Vamos, antes que seja tarde! – falou Sarah e os três saíram correndo pelos corredores do supermercado.

Não demorou muito para acharem Douglas, ele estava no setor de música encolhido na frente de um dos agentes dizendo:

– Por favor, não me machuque!

Porém uma figura apareceu atrás do agente e o pegou pelo ombro, este se virou e logo levou um soco na cara. Era Jason.

– Jason! – disseram Douglas e Alex em uníssono.

O homem olhou para os quatro disse:

– Para trás! Isso é entre eu e...

Porém ele foi interrompido quando o agente da Organização seu um chute nas costas dele fazendo-o cambalear para frente. Jason se virou e avançou no homem. A seguir os dois laçaram uma série de socos e chutes desnecessários até que Alex disse a Chris:

– Vamos acabar com isso?

– Vamos – respondeu ele.

Alex se esgueirou para de trás do agente da Organização e cutucou seu ombro, este se virou e Alex, que havia pego uma corneta, tocou bem na sua frente fazendo-o cambalear para trás. Atrás dele estava Chris, que deu um chute em seus joelhos fazendo-o cair. Logo chegou Jason, que deu um chute na cara do agente fazendo-o desmaiar.

– Bem – disse ele – parece que terminamos por aqui.

Os jovens olharam ao redor vendo a bagunça que haviam feito e quantas pessoas os olhavam como se eles fossem loucos. Logo vieram os guardas da loja para pegar os cinco e Alex disse:

– Sarah, você ainda tem a carteira de autoridade?

– Acho que eu deixei cair em algum lugar... – disse ela.

– Bem, então ferrou.

Eles foram levados pelos guardas, mas apenas pegaram uma multa pelos danos – que Douglas e Jason pagaram, pois eram os únicos com dinheiro – e foram expulsos da loja.

– Bem – disse Jason – já que isso já acabou eu acho que é uma boa hora para mostrar a vocês meu plano, mas falaremos isso na minha casa, não é longe daqui, sigam-me.

E eles o seguiram.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí pessoal! O que custa comentar? Nada! Isso mesmo :)

Próximo capítulo já disponível!



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