Violet

Saímos e fomos caminhando até a praia que é perto do local da festa. Chegando lá sentamos na areia e ficamos observando o mar, quando Tate falou:

– Quando eu quero fugir é pra cá que eu venho, na época que eu era pequeno vinha passar as férias aqui ás vezes, e eu sempre gostei dessa praia, sempre vinha pra cá quando as coisas ficavam loucas.

– Não devia ter me contado isso...

– Por que não?

– Porque quando você quiser fugir de mim eu sei onde te encontrar. – Respondo.

– Eu nunca vou querer fugir de você. - Tate fala colocando sua mão em meu rosto e me puxando para perto do seu, quando nossos lábios estavam quase colados escuto uma voz vinda de longe falando:

– EI! AQUI É PROPRIEDADE PRIVADA!

– Droga. - Tate fala levantando e me puxando pela mão. Saímos correndo, porque dois guardas estavam atrás da gente fomos até uma parede, os guardas seguiram correndo.

– Agora sim. - Tate fala me encostando na parede, colocando sua mão direita em minha cintura e a outra em meu rosto e finalmente me beijando, não foi um daqueles beijos com pressa nem nada assim, foi perfeito e teve até uma variação de pressão que foi diferente de todos os beijos que eu já tinha dado, parecia até mágico... Quando nos afastamos, Tate olhou nos meus olhos, sorriu docemente e falou:

– Acho melhor irmos, não quero que seja presa por invasão de propriedade na primeira vez que saímos. – Tate faz uma careta.

– Okay. - Respondo e rio. Vamos correndo até chegar ao estacionamento da escola, onde estava o carro de Tate.

Entramos no carro.

– Acho que devemos ir pra casa já são meia- noite, eu quero passar uma boa impressão aos seus pais. – Tate fala ligando o carro.

Tate colocou November Rain do Guns N’ Roses, que por caso é uma de minhas músicas favoritas.

– Sabe na época que eu era pequeno e ia lá, não era privado. - Tate comenta.

– Ah, eu já estava pensando que você era um pequeno marginal que invadia locais privados quando tinha oito anos. – Falo e rimos.

– Mas não quer dizer que eu não era.

Rimos. Chegamos em frente a minha casa, eu nunca sei como me despedir quando a carona acaba, ainda mais agora que nos beijamos, eu devo beijar ele antes de sair do carro?

– Eu me diverti muito hoje. – Falo.

– Eu também. - Tate responde. - Me desculpe de eu fiz algo que te deixou envergonhada...

– Não, foi tudo perfeito. – Respondo. Aproximo-me de Tate e dou um beijo em sua bochecha, não quero que ele pense que sou atirada e nem que eu não gostei de ter beijado ele, porque eu acho que é impossível não gostar do beijo dele.

– Te vejo amanhã. – Tate Fala.

Sorrio e saio do carro, bato a porta do carro e vou caminhando, mas Tate abaixa o vidro do carro e fala:

– Ei, quer carona para ir à escola amanhã?

– Claro.

– Até lá.

– Até. – Falo acenando, Tate vai para sua casa e eu vou caminhando até a porta de casa.

– Olha só chegou quinze minutos antes do combinado, ele esta de parabéns. – Minha mãe fala, logo depois de eu entrar em casa.

– É. –Falo. – E o pai?

– Ele esta dormindo.

– Ahn, vou dormir também, tenho aula amanhã. - Falo.

– Ta bom filha. - Minha mãe me dá um beijo na bochecha e eu subo as escadas até o meu quarto.

Troco de roupa e me jogo na cama.

Essa noite me deixou muito confusa, sei lá estamos namorando agora ou foi só um beijo sem significado?