Londres, 1º de agosto de 1992.

Oi, Mione!

Você já começou a carta falando de estudo. Não tem nada melhor para fazer, não? Estamos de FÉRIAS!!!

Não precisava me dar uma bronca! Depois diz que sou muito chato. Você, sim, é MUITO CHATA!!! Não tenho obrigação de gostar de escrever. Além do mais, você não tem do que reclamar. Estou respondendo a todas as suas cartas!

O quê?! Você me pedindo para explicar alguma coisa? Quase caí para trás. Mas vamos lá. Berrador é uma espécie de carta, só que a gente não precisa ler porque, quando abre o envelope, escuta a pessoa berrando a mensagem. Claro que não é uma mensagem gentil, é sempre desaforada. Ninguém gosta de receber um berrador. Mamãe vive enviando para Fred e Jorge, que aprontam todas.

Pode me explicar sobre a televisão e o telefone depois. Não sou tão interessado nos artefatos trouxas como o meu pai.

Mandei a Errol, a nossa velha coruja que agora é sua conhecida, levar um cartão e o presente de Harry ontem, mas ela voltou sem fazer a entrega. Achei muito estranho...

Papai acaba de chegar com notícias do Harry. Caramba! O cara recebeu uma advertência oficial por usar mágica na frente de trouxas!!!

Não se desespera, Mione! Se até segunda-feira Harry não der notícias, irei atrás dele! Fred e Jorge dizem que têm um plano para resgatá-lo, caso esteja mesmo sendo trancado em casa pelos tios, e o trazer para A Toca.

Sobre aqueles outros assuntos que você falou nas cartas anteriores e eu disse que ia comentar depois... Vamos deixar para quando estivermos em Hogwarts, pode ser?

Minha mão já voltou a doer. Acho que vou ficar com um calo. Terminei.

Saudações!

Ron