Londres, 24 de agosto de 1992.

Querido Ron,

Você diz que não tem assunto, mas, depois que começou a carta, até que escreveu bastante... E olha que nem contou como estão sendo esses dias de férias com o Harry.

Está achando que vou mandar você estudar? Ficou irritado à toa. Não vou repetir isso outra vez. Cansei! Mas a responsabilidade é sua se não tirar boas notas!

Gostei bastante de conversar com a sua mãe. Ela é bem legal. Aliás, seus pais são muito legais. Amo os meus pais, mas acho tudo seria mais fácil se eles também fossem bruxos. Papai resolveu encrencar porque fico grande parte do dia trancada no quarto estudando. Disse que ler esses livros de magia o tempo todo não pode fazer bem.

Ron, eu já me diverti e relaxei bastante na França! Agora preciso estudar para conseguir acompanhar as aulas. Para você, que nasceu bruxo, tudo é mais fácil. Eu devo entrar em um mundo muito diferente do meu, que estou amando, por sinal!

Não precisa me agradecer por defender o seu pai. Já falei que admiro a sua família. Os Weasley não se acham melhor que ninguém por serem uma família bruxa tradicional.

Estou tão feliz em saber que daqui a oito dias vamos estar embarcando no Expresso de Hogwarts! Sinto muita falta da escola, das aulas, da Grifinória... e de você e Harry também, mesmo se me dão muito trabalho!

Sabe, eu ganhei um pequeno baú branco decorado com flores rosa da minha avó materna. Não tinha ideia do que colocar ali e agora estou guardando as suas cartas. Você não jogou fora as cartas que mandei para você, jogou?! Seria a maior falta de consideração!!!

Com carinho,

Mione