Tomorrow Heroes — The Heirs of Avengers escrita por Lady Twice


Capítulo 18
Chapter XVII-Henry Pym


Notas iniciais do capítulo

Beeeellooooo! Quase um mês, eu sei, mas estamos tendo algumas complicações por falta de sincronia. Vai se resolver em breve, garanto.
Então, bom, conheçam meu baby Pym ♥



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Papai nunca havia me deixado sequer tocar nas partículas Pym depois da morte de mamãe. Elas ficavam guardadas em seu cofre- cuja senha eu conhecia, Janet–, que ficava na prateleira mais alta de seu laboratório. Eu nunca entendi o motivo disso, especialmente porque eu poderia simplesmente me encolher e voar até lá.

Enfim. Ele nunca havia me deixado nem mesmo pensar nelas, e eu desconfiava que minha irmã mais nova, Ângela, nem sabia de sua existência. No dia do meu aniversário de 21 anos, porém, o pote com a substância verde podia ser encontrado em cima de meu criado-mudo. Estendo a mão para ele e encontro um bilhete de meu pai. Não é muito detalhado. NA verdade, só carrega as palavras ‘vá salvar o mundo, Henry. É hora de crescer. Com amor, papai (e mamãe)’.

Tomo o pote em minhas mãos novamente, já sentado na cama, e o abro. Sinto as partículas que modificaram a estrutura molecular do meu pai borbulhando, seu calor atravessando o pote e fazendo cócegas em meus dedos. Num movimento brusco, derramo o pouco que resta sobre minha cabeça.

Legado. É tudo sobre legado. E já é hora do mundo conhecer o legado dos Pym.

–x-x-x-

Quando procuro meus amigos, para contar-lhes a novidade, descubro por Ângela que eles sumiram no dia anterior. Digo à ela que estou indo para a Torre Stark, ela devolve que papai levou minhas chaves consigo. Afundo o rosto nas mãos, sentando-me ao seu lado na mesa.

–E aí?- ela morde sua torrada -O que vai fazer?

–Kath- digo, pegando meu telefone atrapalhadamente ao ter a ideia –Vou ligar pra Kath.

–Hey, Hen- minha amiga não se demora em atender –Suponho que a essa hora tenha recebido as notícias.

–Recebi, mas estou mais preocupado em encontrar vocês no momento.

–Estamos indo pra casa dos Banner, fomos despachados da Torre- ela explica rapidamente –Você mora mais perto deles, se sair agora é capaz de chegar lá junto conosco.

–Perfeito, fora o fato de que meu pai furtou as chaves do meu carro.

–Ah, ótimo. Henry está sem carro- ela anuncia para quem está com ela –Alguém conhece um jeito rápido e prático de leva-los até a casa dos Banner?

–Eu sei como- diz uma voz que eu não identifico. Ela continua a dizer coisas, mas eu não entendo mais do que palavras estranhas e desconexas.

–Certo- Kath responde, e parece se voltar para mim –Liz disse que é pra você esperar na portaria do seu prédio. Sua carona chega em cinco minutos estourando.

–E a Angie?- pergunto.

–Pode trazer el-

–Traz a Angel, Henry!- ouço alguém, que presumo ser Victor, gritar.

–Certo- rio do desespero do garoto.

–Quatro minutos- diz Katherine, e posso sentir um sorriso brotando em seus lábios. Sorrio também.

–Faço em três- e desligo –Angie, vou encontrar o pessoal- ela vira a cabeça bruscamente para mim, e abre a boca para fazer uma pergunta. Eu já a conheço, felizmente, e a corto –Sim, o Victor vai estar lá. Mas temos três minutos para chegar na portaria.

–Minha bolsa!- ela grita e corre pra pegá-la, deixando leite cair no chão. Reviro os olhos.

–Até lá embaixo-devolvo, colocando o celular no bolso, e ativo os poderes de minha mãe. Em questão de um piscar de olhos estou do tamanho de uma vespa e com as asas de uma. Pessoas normais com poderes de encolhimento não poderiam estar vestidas ainda, mas eu sou mais que isso: sou filho de Janet Pym. Se alguém nesse mundo algum dia soube fazer roupas mágicas, foi ela.

Alço voo, passando pelo buraco da maçaneta e descendo três andares. Antes de cruzar a porta, volto ao tamanho normal- crescer no saguão deu bem errado da última vez –e espero algo como trinta segundos até que Angie me alcance. Ela me olha com uma careta estranha.

–Você parece mais alto do que ontem.

–Deve ser meu último surto de crescimento.

–Não, Junior. Você parece tipo, seis centímetros mais alto.

–Pareço?

–Parece.

–Impressão sua.

–Mentiroso. Eu sinto o cheiro das Partículas daqui- ela acusou –Por que não me contou?

A ignoro e dou um passo a frente. Meu telefone treme assim que entramos no saguão, indicando uma mensagem. É Lizzie.

Blusa branca, cabelos negros, olhos azuis. Talvez cheire à...- Angie para a leitura em voz alta, surpresa, e um menino como o descrito brota à nossa frente.

–Enxofre?- ele pergunta, e eu assinto –Sou o seu cara. E o que eu vou fazer agora será nosso segredinho.

–Mas que m-

–Ah, ah, ah- ele me repreende –Olha a boca, Pym. E pelo amor de Deus, não vomitem nos sapatos. São novos.

Ele segura nossos ombros e, depois do que me pareceu uma dose rápida e efetiva de enjoo marítmo, vejo à porta dos Banner à nossa frente. O garoto larga nossos ombros e eu me curvo sobre minha barriga enquanto Ângela descarrega seu café no arbusto mais próximo. Ele ri.

–É sempre assim- explica –Mas, depois disso, tenho de ir pessoal.

–Espera- ajeito a postura, engolindo a ânsia de vômito –Muito obrigado, garo... Qual é o seu nome mesmo?

–Troy Wagner. Mas podem me chamar só de Troy- seu celular bipa, e ele o pega no bolso –Opa. Minha deixa, Pyms.

E, com algo como uma tirada de chapéu, ele desaparece em uma nuvem azul fedida à enxofre. Dez segundos depois dois carros entram na rua e param à nossa frente. Todos nossos amigos menos os Stark, os Parker, Rogers e Alyss descem. Enquanto Angie corre pra falar com o Banner do meio, Joshua me dá um tapinha nas costas e Kath me abraça com um pouco de força demais. Minha amiga estala seus lábios em minha bochecha.

–Feliz aniversário, Hen!- ela grita, ignorando o fato de que sua boca está bem ao lado de meu ouvido.

–Mesmo que você não beba, você legalmente já pode- Josh brinca, e eu rio –Parabéns, cara.

Só então Kath me larga(bruscamente, devo acrescer) e os outros me cumprimentam e congratulam. Lizzie passa mais rápida, Victor e Angie em seus calcanhares, para abrir a casa. Eu e Josh, após um longo olhar desconfiado de Katherine(um do melhor tipo não façam besteira enquanto estão sem mim), ficamos sozinhos do lado de fora da casa. Ele pega uma caixinha em seu bolso e me estende ela.

–Não é muito, mas é meu e de Kath- abro a embalagem e admiro a pulseira de couro enquanto meu amigo fala.

–Eu adorei- coloco-a em me bolso, já que meu casaco de neve me impede de prendê-la no braço –Valeu, Josh. E agradeça à Kath por mim.

–Não é nada- ele diz, e começa a entrar. Ainda pensando no presente, acabo ficando alguns passos atrás de meu amigo –Mas, cara, só pra constar: eu conheço Katherine Barton de outros carnavais. Ela tá tão na sua.

E, depois de finalmente alcançar meus amigos no interior da casa, tenho de me acomodar no tapete da sala de estar, aos pés de Kath e ao lado de Gabrielle. Linha de fogo. Viva! (contém ironia)

–Então- eu digo, e aponto para a única pessoa que não conheço na sala. É um garoto loito, alto e musculoso, olhos azuis como o céu. Seus traços nórdicos deixam bem claro que ele não é daqui –Quem seria esse?

–Esse é Erik- Lizzie responde, entrando com seu laptop na sala –Não sabemos exatamente quem ele é ainda, só que ele é asgardiano e apareceu no lugar do pessoal.

–Eu sou Ângela, e esse é meu irmão Henry- minha irmã se adianta –Somos comumente referidos como os irmãos Pym.

–Angel, qual é a chance de ele saber o que isso significa?- a Ward pergunta, cética.

–Vale tentar- Angie dá de ombros, e o asgardiano se mostra pensativo.

–Pym... Tem algo a ver com formig-não, esquece. Eu devo ter enlouquecido de vez.

Queixos caem pela sala, e Josh é o primeiro a recuperar a fala.

–Na verdade, você vai se espantar ao ver o que o Henry aqui faz- ele toca meu ombro e pego a deixa, ficando do tamanho de uma vespa.

–Mas isso é uma abelha- ele protesta.

–Vespa- Angie me defende, a língua afiada –É porque só herdamos o poder de nossa mãe. Nosso pai, por outro lado, é conhecido como Homem-Formiga.

Depois da explicação de minha irmã, volto ao tamanho humanamente normal. Kath e Gabi nos põe a par da situação, ambas enfatizando a falta de memória de Erik e nos mostrando o pen drive. Então, sob o pretexto de comprar lanche no café da esquina, mandamos Erik, Angie e Victor para fora de casa. Lizzie coloca seu laptop na mesinha de centro e todos nos acomodamos em volta dela enquanto o drive roda.

–Ok, pessoal. O cara está com amnésia ou não?- eu pergunto, enquanto o file carrega.

–Até o momento em que a Angel falou seu sobrenome, uma bem séria- Lizzie rebateu.

–Talvez o nome tenha apertado o gatilho para as memórias- Logan pondera.

–Não seria incomum- Gabi o completa –Pacientes de amnésia normalmente se lembram em algum ponto. Soltar informações que lhe soam familiares deveria puxar algo lá no fundo, mas o que poderia ser familiar?

–Parece que soltar informações sobre o que aconteceu já foi tentado- Lizzie expõe, mostrando um vídeo de Johnson interrogando-o por rápidos quatro minutos. Como todo o mais, não surte efeito algum –E, segundo os registros, falhou.

–Qual é, pessoal? Coloquem as cabeças pra pensar- Kath diz –Esse é o procedimento padrão da S.H.I.E.L.D. Jogar informações soltas sobre a situação e mostrar que somos amigos é o que a S.H.I.E.L.D. faz com pacientes regulares de amnésia. Quão regular Erik é?

–Nada- Josh responde por nós –Vamos ter de criar aqui.

–Informações pessoais devem funcionar. Quero dizer, o sobrenome funcionou- arrisco, recebendo olho arregalados de Fitz-Simmons e Ward.

–Pym do céu...- Logan murmura.

–Tá louco, Henry? Não é assim que fazemos as coisas- Gabrielle balança a cabeça com força.

–Hipócritas- Kath atira, e eu sinto o tempo fechar –É só perguntarem aos seus pais, os melhores em trabalhar fora do sistema. Sua mãe não foi deixada de fora de um Quinjet por Melinda May por causa disso, Ward?

–Olha como fala, Barton- Gabi devolve, rangendo os dentes.

–A boca é minha.

–Ah, sua-

A mais nova já estava de punhos cerrados e Kath de músculos tensos quando Ângela cresce ao meu lado, me assustando. Minha irmã, ofegando pesadamente, só consegue dizer:

–Verde e amarelo, serpentes. Na esquina- ela faz uma pausa e golfa mais um pouco de ar –Querem levar o Erik.


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