P.O.V Autora 

Os ventos congelantes queimavam o corpo de Soluço, o frio era tanto, que ele se encontrava agachado, colocando seu corpo mais perto de Banguela para se esquentar.

Banguela voava numa altura próxima ao chão, pois Soluço tremia muito e nestas circunstâncias, ele achava que Soluço não suportaria por muito mais tempo.

Atravessando pelo nevoeiro, logo avistaram a casa, Soluço percebeu nenhum navio no Porto. Estava muito frio e a noite caía sem cessar, e o melhor de tudo, uma bela mulher logo logo estaria residindo em sua casa.

Soluço queria conversa com Astrid, queria mostrar pra ela um lado que ele só permitiu Jhon e sua família ver, e claro, contar sobre seu passado, estava decido, se era para criar um futuro com Astrid, a verdade precisa ser dita.

Pousando na porta, ele refletia sobre os seus sobrinhos, e os momentos maravilhosos que passaram. Eram tão inocentes e tão cheios de vidas, que se perguntava, como ele era desonesto a ponto de mentir tão descaradamente sobre sua vida escura e olhar em seus olhos...

Empurrando os pensamentos pro lado, Soluço sabia que não era o momento certo de pensar e se sentir culpado, ele fez o que fez por vingança, mágoa e muita raiva.

No entanto, olhando para o Banguela, que apesar de todos os gritos, ofensas e agressões, sempre estava presente, nunca fugiu, nunca o atacou era com certeza seu melhor amigo.

Um soar de sapatos o tirou de seu desvaneio.

'' Bem Vindo de Volta Senhor Strondus, seu banho está pronto, o jantar será servido em breve, e agora se permitir vou alimentar Banguela e depois servir Astrid. '' Viollete se virou para se retirar.

'' Hanh, Viollete ! Espere... ''. ele a chamou.

'' Senhor ...''. 

'' Viollete, leve meu jantar junto com de Astrid, vou comer com ela, e capriche no jantar de Banguela, ele merece ''. Soluço esfregou sua cabeça e Banguela ronronou alegremente.

Viollete acenou e Banguela a seguiu contente.

Soluço foi para seu quarto, retirou sua armadura e entrou em seu banho, 20 minutos depois, colocou uma roupa confortável quando ouviu uma batida na porta.

'' Entre ''. disse ele.

'' Peso desculpas, Soluço, mais Brutos queria lhe mostrar a revisão das vendas ''. Ela lhe deu os papéis.

Soluço meio irritado pegou os papéis e seus olhos avaliaram.

Mais de 25 dragões vendidos a preços absurdos, ás vezes ele ficava cansado de ver isso.

'' Brutos também disse que os dragões de hoje eram os últimos no estoque, e que está impressionado que o Senhor deixou isso acontecer, você naturalmente nunca deixa o estoque morrer. '' Ela o avaliou com os olhos confusos.

Soluço apenas sentou-se em sua mesa e evitou seu olhar.

'' Enfim, precisam sair e começar uma nova remessa ''. Viollete dobrava algumas roupas do quarto.

'' Amanhã eu quero uma reunião bem cedo com todos os trabalhadores, hoje, eu não quero saber de nada relacionado a isso...'' ele esfregava os olhos cansados.

'' Tudo bem, mas e Astrid Hofferson ?, você quer saber dela, não é mesmo ?! ''. Viollete lutava contra um sorriso.

'' Humph, isso não vem ao caso e além do mais, muitas coisas iram mudar a partir de agora '' Soluço se levantou corando um pouco.

'' Já não mudaram ?, pra mim você mudou completamente, está até mais feliz ! Devia dizer a ela que está apaixonado e não se esconder ''. ela lhe deu um grande sorriso malícia.

'' Da mesma forma como você e Brutos nunca admitiram seus sentimentos um pelo outro ? '' ele levantou uma sobrancelha.

Viollete corou até ficar um morango, ela pensava que ninguém iria perceber sua queda pelo cara grande, bruto, forte, rabugento que ás vezes era doce e-

'' Como assim um pelo outro ! ... Brutos gosta de mim...? ''. ela arregalou os olhos.

'' Por favor Viollete, não vai me dizer você nunca percebeu ? '' Soluço a olhou de soslaio.

'' Bem..eh..quer dizer... eu não acho que ele olharia pra alguém como eu, com certeza ele prefere as filhas dos homens que compram dragões, mais esbeltas, com ótimas roupas e mais bonitas....''. Viollete suspirou melancólica.

Ele deu a Viollete um olhar de compaixão, conhecia Viollete a bastante tempo, ele ainda tinha a lembrança viva de quando achou ela. Naquela época, quando a contratou, ele precisava de alguém que comandasse a limpeza da casa e de seus assuntos particulares... alguém de confiança.

Flashback 3 anos atrás...

Continua...