P.O.V Autora

Águas salgadas do mar, se debatiam contra os rochedos altos, os ventos fortes erguiam ondas enormes, que uma pessoa ao entrar se afogaria no primeiro bote.

A Ilha do Norte, conhecida como a maior do arquipélago, foi pega numa tempestade logo cedo, para o povoado do norte era apenas uma manhã qualquer, faltava apenas dois meses para a primavera chegar, então trabalhavam com vigor a espera de um tempo bom.

Do outro lado, podemos ver um grande vasto nevoeiro, cobrindo tudo que seus olhos permitiam ver, ninguém nunca se atreveu a entrar na floresta, pois não conseguia se ver nada e nunca entendiam o por quê de tanta neblina.

Uma casa grande e imponente, poderia ser vista ver além da floresta, olhando de perto era como ver um lindo castelo antigo emergir do nada.

Dentro da casa uma empregada subia as escadas de mármore, seus passos iam em direção ao quarto principal, onde seu mestre repousava.

Abrindo as portas com cuidado, se esgueirou pras janelas e abriu as cortinas.

'' Eu mandei você me acordar cedo por acaso ? ''.

A voz rouca e grogue foi ouvida de baixo das cobertas, o homem irritado se cobriu mais.

'' Peço perdão mestre, no entanto, você pediu sim ''. A empregada o respondeu calmamente, mais com uma pitada de divertimento.

'' Então como não me lembro disso... ''. Ele se sentou com as mãos nos olhos e a cabeça latejando de dor.

'' Eu lhe disse para não beber tanto Hidromel, como sempre o senhor não me ouviu ''. Ela respondeu com um sorriso secreto enquanto lhe entregava um copo de água.

O Homem lhe deu um olhar frio, e tomou tudo num gole só.

'' Vou preparar seu banho, em seguida alimentar Banguela pra você ''. A mulher se dirigiu a área de banho, assim que voltou ele a parou.

'' Deixe pra alimenta-lo mais tarde, está muito teimoso para o meu gosto, aviso quando for pra dar comida a ele... ''. disse amargamente.

'' Como quiser senhor ''. Com um suspiro ela se retirou, logo ele já estava na banheira.

Seu nome era Soluço Spantasicus Strondus III, seu rosto másculo e forte lhe deu a aparência de mais velho, entretanto ele tinha 21 anos, sua íris era um verde claro, magro com músculos, alto e com cabelos castanhos que quase caiam nos olhos.

Soluço era um homem muito esperto pra sua idade, e como alguém tão jovem como ele, tinha a riqueza que ele continha ...?

Ele não era filho de nenhum rei, e não tinha herança alguma, pelo contrário, nasceu pobre com uma família humilde, mas não o impediu de tentar conseguir algo na vida.

Soluço era dono do mercado negro de dragões, ele nunca quis, mas seu passado o levou a isso, a anos Soluço vendia dragões em cativeiro e treinados para quem quisesse comprar, era um trabalho árduo, mas com muitos lucros, então... um dia tudo isso mudou...

A dois anos, aconteceu o golpe de misericórdia, uma guerreira da ilha de Berk, fez a maior diferença da história Viking, mudando uma tradição praticamente inquebrável, trazendo a paz entre humanos e dragões, o que de certa forma, complicou a vida de Soluço.

Na opinião de Soluço, se não fosse a idiota que resolveu dar uma de heroína ele não teria que se esconder atrás de uma ilha, Soluço não via razão pra parar seu negócio, ele conhecia muitas pessoas que jamais aceitariam dragões em suas vidas e viriam até ele.

O propósito de Soluço ter Banguela era bem simples, ele o capturou numa noite estrelada, vendo como o animal era raro e impossível de domar, seria interessante se seus compradores o vissem com essa criatura magnífica, além disso, sentia uma forte conexão, como se Banguela fosse capaz de entender suas razões, assim eles teriam tempos bons e maus.

Banguela não precisava ser humano para ver o quanto Soluço sofreu e também para querer ajuda-lo, por mais difícil que é acreditar, eles tinham um vínculo.