–Está com a Granger? Espera, a Granger, sangue-ruim, Grifinória e amiguinha do Potter e do Weasley?

–Sim, a mesma.Não sei por que tive a "brilhante" ideia de dividir o livro com ela.Se eu não fizesse isso ela poderia me matar naquele bairro trouxa, ninguém iria me procura lá !

–Bairro trouxa?-Blás perguntou.

–Sim, a livraria é na rua da Granger.

–Mas ela aceitou? Ela te odeia!Espera, não me diz que a Granger esta apaixonada por você?

–Cala boca!-Falei e Blás riu.

–Então Draco Malfoy, a pessoa mais preconceituosa que tem no mundo, dividiu algo com uma sangue-ruim e foi em um bairro trouxa?

–Qualquer coisa é melhor do que ficar na minha casa.

–Percebi!-Blás falou sentando.

Ficamos conversando à madrugada toda e depois fomos dormir.

–Alguém pode explicar que poção é essa e como funciona?-Granger levantou mão, então comecei a prestar atenção no que ela estava falando.

–...Por exemplo, eu sinto cheiro de perfume amadeirado, livros e pasta de menta.

A aula passou, devagar todos estavam muito apresados e concentrados em fazer a poção perfeita, eu precisava muito ganhar a poção Felix Felicis, mas Potter ganhou o que é interessante pois Potter nunca foi muito bom em poções.Olhei para o Cicatriz que estava comemorando com seus amigos e Granger que estava ao seu lado, parecia estar muito nervosa o que combinava com o seu cabelo bagunçado.

–Ei Draco! O cabelo da sua Granger esta tão bonito!-Blás falou.

–Ela não é minha, seu id...

–Opa! Lembra da nossa aposta.

–Aposta-Falei bagunçando meu cabelo.-Por que eu fiz isso?

–Então Draco eu tenho que te perguntar algo muito importante hoje de ma...

–Draquinho o que você sente quando cheira a poção do amor?-Pansy perguntou interrompendo Blás.

–Não sei, eu não cheirei, ei Goyle vem aqui-Falei correndo até Goyle.

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–Ei Blás, aonde você estava?-Draco perguntou.

–Fui ao dormitório.

–Blás, no próximo horário livre, você pode fazer o favor de mandar a Granger me dar meu livro?

–Eu? O que? Por que?-Perguntei.

–Eu não quero falar com ela!

–Mas...-Ele não deixou eu continuar e falou.

–É só pedir o livro!-Concordei indisposto e fomos para as próximas aulas.No almoço encontrei Granger sozinha, lendo um livro no jardim ao seu lado tinha um potinho com uma maça verde intacta.

–Ei Granger.-Falei, me aproximando.

–Zabini -Falou e então olhou para algo atrás de mim, fiz o mesmo e vi que era Draco, bem longe nos olhando com os braços cruzados.

–Ignora!-Falei.

–Sempre faço isso!-Hermione Granger falou se levantando e ficando em minha frente.

–Seu cabelo esta lindo!

–Não! Mais um para me atormentar?-Falou com as bochechas vermelhas.

–Eu não estou brincando!-Falei indiferente-Que seja, Draco me pediu para buscar o livro dele!

–O livro não é só dele! É meu também!

–Eu sei disso!

–Diga a ele que eu não acabei de ler!

–Eu não sou uma coruja para ficar mandando recado! Você vai dar o livro ou não?-Perguntei sentando na grama já sabendo a resposta.

–Não! Se seu amigo quer tanto o livro, mandê ele mesmo vir pegar.

–Eu tentei, mas ele me ignorou, não me escutou e me interrompeu!

–Espera, Draco mandou você vir aqui? Ele ao menos te pediu por favor?

–Dessa vez, por mais incrível que pareça, sim!

–Como assim "dessa vez"?-Granger perguntou sentando com os joelhos dobrados, em minha frente.

–Draco não é do tipo "educado" sabe?-Falei olhando para onde Draco deveria estar, mas ele não estava mais lá.

–Mas que garoto folgado, ele trata os próprios amigos assim?! E você deixa!

–Só estou fazendo meu papel de amigo!-Justifiquei sem saber o por que.Quem é ela para falar com tanta intimidade?

–Zabini eu sei que você é esperto! Você deveria saber que, uma amizade tem que ter pesos iguais nos dois lados.-Ela falou mexendo o cabelo e as mãos ao mesmo tempo.

–Você esta certa!-Falei levantando com os punhos cerrados, ela esta certa-Draco nunca fez nada por mim!Ele deve pensar que eu sou igual a Crabbe e Goyle, elfos domésticos em formato de humanos, feitos para servir.

–Na verdade Elfos Domésticos não foram feitos para...-Não deixei Granger terminar pois corri a procura de Draco.

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Como, pessoas que nunca conversaram, conseguem encontrar algum assunto?

Desisti de esperar Blás e fui para meu dormitório.Maldita aposta! Não sei por que aceitei, ficar sem xingar as pessoas! O que eu tinha na cabeça? Não vou poder xingar ele.

Alguns minutos depois que cheguei ao dormitório, Blás entrou com uma aparência nada amigável, então perguntei.

–Por que você demorou tanto?-Olhei suas mãos-Onde está o livro?

–Você é mesmo um idiota!-Falou jogando sua mochila na cama e saindo do quarto.

–O que? Onde você vai?-Perguntei levantando

–Vou almoçar, eu posso? Por que claro, se você não deixar eu fico aqui sentado na cama esperanto você me autorizar a comer.A não, esqueci que você não faz nada pelos amigos, me deixaria aqui morrendo de fome.-Blás falou e bateu a porta indo embora.Granger!

Fui correndo até o jardim e lá estava ela, em pé olhando para o rio.

–O que você falou para o Blás?-Gritei com o tom de voz tão agressivo que fez Granger tremer e se virar, ficando em minha frente-O que você falou para ele, sangue-ruim? Por que ele chegou todo nervosinho falando coisas sobre amizades e comida? Granger se você inventou algo para Blás, eu juro...

–Você é mesmo baixo em Malfoy, faz jus as pessoas de seu sobrenome!-Falou e começou a se afastar, então eu a puxei pelo pulso, fazendo-a ficar em minha frente.

–Não ouse falar assim comigo sua criaturinha de sangue-ruim, sem sobrenome e sangue!-Falei segurando seu pulso, sem fazer força.

–Me solta Malfoy-Falou com os olhos brilhante de raiva e, dor?

–Esse graveto trouxa? Claro!-Falei soltando, na hora ela passou a mão no pulso, este que estava muito vermelho, quase roxo e eu não tinha feito força alguma.-Eu não fiz isso!-Falei jogando meus braços para o cima.

–Não foi você! Esquece!-Falou e foi embora rápido, me deixando sem respostas e com mais perguntas.

–Granger!-Gritei, mas ela ignorou.