November rain escrita por DarkLady


Capítulo 26
Cada Lado


Notas iniciais do capítulo

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— Eu adoraria falar com você Pansy, mas eu realmente tenho que fazer minha ronda. —  Falei tentando fazer ela soltar meu braço.   

— Mas eu preciso falar com você, é rapidinho Draco!  

— Tá, seja rápida. — Falei impaciente e fui em direção ao banco mais próximo e escuro.   

— Não fica me olhando com essa cara! — Pansy, falou sentando ao meu lado.   

— Você quer eu te olhe como? — Perguntei irritando e impaciente, pois já não bastava o que eu tinha feito com a Granger não sair da minha cabeça, ainda teria que escutar a Pansy.   

— A Draquinho! Quer dizer, Draco. — Falou quando percebeu minha careta. — Quem tem que ficar bravo comigo é o Blás, não você! Na verdade eu tenho notado você agindo de uma forma bem estranha em relação a Granger...  

— Sobre o que você queria falar Pansy? — Falei cortando ela.   

— É sobre o Blás, mais necessariamente sobre o aniversário dele.   

— A não acredito! — Falei estressado. —  Você ainda vai fazer isso?   

— Claro que sim, é uma forma de me desculpar, só fiz o que fiz para irritar e ensinar uma lição ao Weasley.   

— Não me fale do Weasley, ou eu realmente saio daqui!  

— Mas que péssimo humor Draco Malfoy!  

— Estou mesmo, então não me irrite mais com esse papo de festinha. — Falei me movimentado para levantar, mas Pansy não deixou e puxou meu braço.   

— Me escuta!— Falou nervosa me segurando. — Eu amo o Blás, então sim eu vou fazer a festa e sim você vai me escutar, preciso conversar com alguém!   

— Fala. — Murmurei cansado.   

— Eu preciso de um lugar.  

— Fácil, na sala da Sonserina.   

— Um lugar que possa ir pessoas de outras casas. — Falou gesticulando com as mãos.   

— Por que? — Perguntei.  

— Vou convidar alguns amigos dele de outras casas, e também por causa da Granger.  

— Mas o que? — Perguntei totalmente espantado. — Por que você vai convidar ela?   

— Porque ela é a namorada dele! — Pansy, respondeu como se fosse a coisa mais óbiva do mundo.  

— Mas...  

— Tudo bem que eu não sei né, não sei como eles estão depois do que eu fiz, eu ouvi falar que ela está ruim, meio doente sabe, já que eu não vi ela em nenhuma aula, nem no jantar.  

— Eu sei por quem você ouviu falar. — Falei irritado. —  Weasley!  

— Como você sabe? — Perguntou espantada.  

— Eu escutei você e o Weasley.   

— Draco Malfoy, você estava me seguindo? — Pansy, fez uma cara de raiva e felicidade ao mesmo tempo.   

— Não! Nem sonhe com isso Pansy! — Falei e ela deu de ombros. — Estava andando e acabei escutando vocês em uma sala, e francamente Pansy, o Weasley, sério? Você perdoou ele? Esperava muito mais de você. — Então ela começou a rir. — O que foi?   

— Você não escutou até o final, não escutou eu falando que eu não tinha perdoado ele e que como eu já falei, só queria irritar ele e ensinar uma lição, além de que eu adoro implicar com os leões. — Falou rindo.   

— Que alivio! Mas você colocou o Blás no meio!  

— Não entendo todo esse drama seu e dele, ele e a Sabe Tudo realmente namoram, eles tinham mesmo que assumir logo, só falei que era uma aposta para irritar mais ela, mostrar para o Weasley que tudo aquilo tinha acontecido por culpa dele e porque aparentemente a Granger e o Blás realmente querem guardar segredo e eu não acho isso uma boa.   

— Pansy! — Não sabia o que falar, ela estava de alguma forma certa.  

— Qual é? Sério, esse drama? O Blás tão bravo e você também, tem alguma coisa acontecendo e vocês não estão falado.   

— Se você percebeu que eles querem segredo, por que você vai convidar ela?  

— Porque existe a probabilidade deles revelarem para todo mundo agora que meio que os forcei. E mesmo que eu não goste nem um pouco dela  e que eles sejam o casal mais estranho e que não se tocam de todos os tempos, eu adoro o Blás.   

— Acho uma péssima ideia, mas faça o que você quiser, ela também vai achar uma péssima ideia.   

— Também acho que ela não vai querer, por isso eu vou tentar, não quero ela!— Falou sorrindo atrevidamente.   

— Você é tão Pansy!— Falei balançando a cabeça, lembrando de como as coisas eram mais fáceis antes da doença da Granger, quando o que mais me deixava irritado era a Pansy, falando Dranquinho e tentando me beijar o tempo todo.   

— Falando nisso Draco. — Falou se levantando e sentando novamente, mas nessa vez no meu colo, colocando uma perna de cada lado do meu corpo. — Como anda os seus relacionamentos? — Falou segurando meu pescoço com as duas mãos.   

— Honestamente Pansy. — Falei e segurei sua cintura. — Esta em um misto de um nada com muito desejo de tudo, de tudo com desejo de mais, de uma briga muito saborosa onde o ódio é a pior sensação do melhor êxtase, sem ao menos chegar no "mais".   

— Uau! E quem é a sortuda. — Falou me dando um selinho.   

— Saiba que não é você, Pansy! — Falei dando um beijo na testa dela, e a tirando do meu colo com cuidado. — Quer que eu te acompanhe até o salão comunal? Ainda tenho que fazer minha ronda. — Falei oferecendo minha mão para ela, que mesmo meio perplexa com a rejeição aceitou.   

— Draquinho, sorte sua que eu acho que tenho um novo alvo. — Falou sorrindo e abraçando meu braço enquanto andávamos para a sala comunal da Sonserina.   

— Nunca vai ser melhor que eu!  

— Convencido.   

—____________________________Ron  Weasley____________________________________  

— O que está acontecendo? — Harry, perguntou quando entramos no salão da Grifinória. — Onde vocês estavam?   

— Eu tenho que voltar para fazer minha ronda daqui a pouco e a Mione estava comendo com o Malfoy.  

— O que? — Harry, perguntou confuso.   

— Espera. — Mione, falou sentando no sofá. — Harry, o que você está fazendo acordado até essa hora, você tem aula e treino amanhã!  

— Estava preocupado com você, as meninas me falaram que você não estava no seu dormitório, mas o que aconteceu? Você está bem? — Harry perguntou sentando ao lado dela, sentei no chão em frente a eles e me encostei em uma poltrona.  

— O Malfoy! — Falei nervoso.   

— Ronald! — Mione, falou nervosa.  

— O que ele te fez? — Harry, perguntou nervoso.  

— Foi sem querer! — Mione, começou mas eu a interropi.   

— A Mione, mas mesmo assim! Harry, você não sabe como foi estranho.   

— Não estou entendendo nada!  

— Eu encontrei o Malfoy, carregando a Hermione, ele tinha derrubado ela.  

— Eu esbarrei nele e me machuquei.   

— E ele estava te ajudando? — Harry, perguntou mais confuso.   

— Viu! Falei que aquilo foi estranho. — Falei apontando para reação do Harry.   

— Vocês dois ! — Mione, falou irritada.  

— Enfim. — Contei tudo o que tinha acontecido para o Harry.   

— Mas o que ele fez depois que jogou o garfo na Mione?   

— Ele não jogou o garfo em mim! — Mione corrigiu impaciente.   

— Essa foi a parte estranha! Ele ficou desesperado, não sabia se saia correndo ou ajudava a Hermione. E olha que ela estava falando para ele ficar calmo, então eu notei o mais estranho, primeiro que o garfo nem tinha machucado ela direito, o pijama tinha protegido ela, ele só percebeu depois que fez aquele drama sem motivo. E eu notei enquanto vinhamos para cá, que os dois realmente usam essa fita no pulso, como Lilá já tinha me contado.   

— Ron, já te expliquei isso!   

— Essa seria a maior coincidência do mundo!  

— Espera, vocês dois usam essa fita? Por que?   

— Eu uso porque eu comprei em uma loja no Beco Diagonal. talvez ele comprou a dele na mesma loja.  

— Não faz sentido! Por que você usaria uma fita? Por que ele usaria uma fita? — Harry perguntou e eu concordei.   

— Eu não sei! Perguntem para ele! — Hermione falou abraçando uma almofada, nervosa.  

— Não faz sentido! — Falei.   

— Não tem que não fazer ou fazer sentido, ele é o Draco Malfoy! O que vocês estão pensam? Não tem o que pensar.   

— Não mesmo! — Falei e Harry concordou.   

— Uma coisa é positiva, estamos reunidos e conversando. — Mione, falou sorrindo. — Mas você Ronald Weasley!  

— Eu sei. — Falei abaixando a cabeça. — Eu fiz muitas coisas erradas só nesses dois primeiros meses de aula, fiz mais do que vocês imaginam e eu ainda não consertei tudo, ainda não acredito que eu te dei um soco!  

— Eu também não. — Harry e Hermione, falaram ao mesmo tempo.   

— Meninos, por mais que realmente queira conversar com vocês e consertar tudo o que temos que consertar, eu estou com muito sono, e bem dolorida.   

— Claro Mione! — Harry, passando a mão na bochecha dela. — Hermione, o que é isso? Essas marcas no seu pescoço?   

— Não é nada Harry! — Falou colocando as mãos no pescoço e levantando rápido do sofá. — Você sabe, que caí e me machuquei, quando eu tombei com o Malfoy. — Falou ao mesmo tempo que se afastava na direção dos dormitórios. — Boa noite meninos, amanhã eu tenho que estudar muito, vocês sabem. — Então sumiu.   

— Aquilo era o que eu estou achando que era? — Harry me perguntou totalmente perplexo.   

— Não! Impossível! De forma alguma aquilo era... será Harry? — Perguntei também perplexo.   

—___________________________Draco Malfoy ____________________________________  

— Granger, não precisava ser maquiar só porque nós nos beijamos ontem. — Sussurrei no ouvido dela enquanto entravamos na aula do Slughorn. — Você sabe, como sempre não significou nada.   

— Dá próxima vez quando acontecer algo tão insignificante, faça o favor de não deixar nenhuma marca, ou melhor, não vai ter próxima vez, então volta com o péssimo humor de ontem a noite depois que você me deu uma garfada. — Sussurrou o mais baixo possível.  

— Você que sabe! — Falei sorrindo de lado e derrubando os livros dela. — Aproposito adorei a touca.   

— Malfoy! — Falou nervosa, e eu fui para o meu lugar, longe do tumulto de pessoas que estávamos.  

— Então Draco, o que aconteceu ontem depois que você fechou a porta na minha cara? — Blás falou quando eu cheguei no balcão que ele estava.  

— Verdade você estava lá! — Falei lembrando que não tinha deixado o Blás entrar na sala.  

— Não, você não deixou. Vocês têm que me explicar o que está acontecendo! O que ela tem, o que vocês conversaram depois que eu fui expulso?  

— Pergunta para sua namorada. — Falei rindo.  

— Que namorada? — Perguntou confuso. — A claro, minha sua namorada.

— Ela não é minha namorada!  

— Ela está olhando para você.— Blás, falou olhando na direção da Granger, que realmente está me olhando mas desviou o olhar quando percebeu que nós estávamos olhando. — Pelo jeito minha namorada gosta do meu melhor amigo.  

— Ela não gosta de mim! — Falei ainda olhando para Granger, que prestava atenção no que o professor falava. — Na verdade eu não sei de nada, ontem nós nos beijamos.  

— Merlin, e eu ainda tenho que ouvir que não acontece nada entre vocês!  

— Blás, só estou te contando isso porque eu realmente preciso conversar sobre isso com  alguém. — Blás, balançou a cabeça concordando. — Não sei como te explicar, nós... que   

— Sr.Malfoy, estou interrompendo alguma coisa. — Perguntou Professor Slughorn.  

— Desculpa Prf. Slughorn. — Respondi sem humor o professor barrigudo. E fiquei em silêncio o resto da aula. Já estava na hora do almoço quando eu finalmente encontrei um tempo para falar com o Blás, pois teríamos uma aula vaga logo em seguida.  

— Você não sabia como explicar. — Blás relembrou onde eu tinha parado.  

— Continuo não sabendo. — Falei rindo, então olhei para entrada percebendo que a Granger, estava entrando com o Potter e o Weasley. — Ela me deixa louco, em todos os sentido, nos ruins e nos bons. Olha lá, você não nota como ela está pálida, e com um rosto realmente doentio?   

— Bom, honestamente, tem que prestar muita atenção para notar, ontem a noite deu para notar mais.   

— Ela está maquiada, algum feitiço muito bom que ela faz todos os dias, mesmo com ele, eu ainda não entendo como ninguém mais nota.   

— Talvez você presta mais atenção nela do que os outros.   

— O Potter, está perto dela quase o dia inteiro.   

— Draco, você sabe que eu não estou entendendo nada né? Porque você não me explicou o que ela tem, não explicou o que você sente por ela e não explicou o que aconteceu ontem.   

— Como eu já falei, nós nos beijamos, na verdade eu beijei ela. — Falei olhando para ela, que conversava disfarçadamente com Neville, que a escutava sério. — Blás, pensa bem, se de alguma forma louca eu estiver gostando dela, mais do que só uma atração, e eu realmente espero que seja só isso, você pode planejar meu enterro.   

— Então você admite que alguma coisa está acontecendo entre vocês? — Blás falou sorrindo.   

— Por que está perguntando isso? Você já não afirma o tempo todo?   

— Sim, mas uma coisa é eu afirmar, outra é você admitir. — Falou e bebeu um pouco de suco.   

— Muita coisa acontece entre nós, não só no sentido que você está pensando, isso é o que menos acontece. — Falei e ele riu. — Isso é tão errado e sem sentido! Eu, Draco Malfoy, conversando com você sobre a Hermione Granger. — Falei e olhei para ela mais uma vez.  

— Como se fosse a primeira vez. — Falou e eu o olhei confuso. — Lembra do quarto ano? Depois do baile de inverno, que você tentou xingar ela de todas as formas, mas não conseguiu achar nenhum xingamento e depois no dormitório ficou reclamando que "É impossível uma 'sangue-ruim' ficar bonita daquele jeito, isso não deveria ser permitido, como que eu vou xingar ela?". — Falou imitando minha voz. — Sem contar que foi o mesmo discurso durante a noite inteira.   

— Isso foi diferente, em um tempo diferente e com circunstâncias diferentes. — Resmunguei lembrando daquela noite e daquele ano terrível. — Hoje é diferente! Você não sabe, na verdade você sabe sim porque você beijou ela.   

— Aquilo não foi nada. — Falou se defendendo.  

— Eu sei. — Falei dando de ombros. — Mas ela é tão... beija tão... tudo é tão...   

— Tão? — Blás, falou sorrindo e fazendo gestos com as mãos para eu continuar.  

— Incrível. — Falei soltando a respiração que eu não sabia que estava prendendo. — Sabe quando você beija, por exemplo, a Pansy...  

— Não, eu não sei. — Falou rindo.   

— Nossa, dessa eu não sabia. — Falei realmente surpreso. — Voltando, a Pansy, ou qualquer outra garota, é legal, bom e até gostoso, mas não é assim com a Granger, eu odeio tanto a perfeição dela, eu não sei como explicar.  

— Acho que eu vou ter que planejar seu enterro. — Falou sorrindo de leve. — E o dela.   

— O que?! — Perguntei confuso e assustando.   

— Da mesma forma que seu pai ou sei lá quem, te mataria por gostar dela, ele mataria ela. — Blás, falou um pouco sério e então eu voltei a olhar para ela, que ainda conversava com o Neville, e então tudo parou e eu percebi que o Blás estava certo. Aquela garota que estava sentada na mesa em frente a minha, que usava um touca preta, que eu estava fazendo de tudo para salvar, estava sendo ameçada não só pela doença, eu estava ameaçando ela.   

— Blás, eu tenho que treinar. — Falei levantando rápido e saindo do salão, percebia que olhar da Granger estava me seguindo. Fui andando pelo castelo, peguei minha vassoura e fui para fora do castelo , eu só teria treino no dia seguinte, mas eu precisava sair do castelo e voar um pouco.  

Cheguei no campo e por sorte não tinha ninguém, então montei na minha vassoura, a tarde estava extremamente fria por causa da neve, que tinha caído durante a noite. Comecei a voar devagar e com os olhos fechados, pensando em como em menos de dois meses minha vida tinha mudado completamente, como eu estava enganado quando eu pensei que a pior e mais difícil parte do ano seria a missão dada por Voldemort, quando na verdade a pior coisa que eu sentia era ver a Granger doente daquela forma. Essa era a primeira vez que eu tinha admitido isso para eu mesmo.

Minha vida mudou a ponto de eu me acostumar com a presença dela, do rosto dela perto do meu, dela chamando meu sobrenome, conseguia até escutar a voz dela gritando.  

— Malfoy, Malfoy, Draco Malfoy. — Abri os olhos e percebi que eu realmente estava escutando meu nome, olhei para baixo procurando ela, quando notei que eu tinha subido muito, inclinei a vassoura para frente para poder descer, então encontrei ela sentada em uma arquibancada.   

— O que você esta fazendo aqui Granger? — Perguntei parando do lado dela e sentando.  

— Eu vi você saindo e fiquei pensando, esse garoto esta mais estranho do que o normal, não para de me olhar. — Falou dobrando as pernas na arquibancada. — Então eu pensei, onde será que ele foi? Claro, como eu sou esperta demais e ótima para ler bocas, consegui entender completamente você  gesticulando, "treina", e como o Harry já tinha me falado todos os dias marcados pela Sonserina para treinar, eu sabia que você estaria aqui sozinho.   

— E você veio atrás de mim. — Falei rindo.   

— Exatamente. — Concordou.   

— E eu posso saber o por quê? — Perguntei apoiando meu queixo na minha mão.  

— Eu realmente não sei. — Falou sorrindo. — Talvez porque eu estou me sentindo péssima e com dor de cabeça depois da grande conversa com o Neville.   

— Eu vi vocês conversando, explicou tudo para ele? — Perguntei curioso.   

— Não falei o que eu tenho, se é o que você está pensando, mas eu expliquei que eu estou doente e que você esta me ajudando. Resumindo, expliquei quase tudo só que sem detalhes como a quimioterapia. Menti bastante para ele, pedi que não contasse para ninguém, porque tudo já estava quase resolvido e eu já estava ficando melhor.   

— Mentiu mesmo. — Falei balançando a cabeça negativamente.   

— Não tanto, mas ele prometeu que não vai falar para ninguém, acho que consigo segurar ele por um tempo.   

— Até quando? Até quando você vai guardar esse segredo de todo mundo?   

— Até quando eu conseguir e você está conseguindo piorar tudo. — Falou um pouco nervosa. — Da próxima vez que eu desaparecer das aulas por somente um dia, ou dois, não vá atrás de mim! Eu estou mandando! — Falou autoritária.   

— Também não fiquei nada feliz de ter corrido atrás de você. — Falei esticando os braços.   

— Vou fingir que acredito, e deixa eu deitar porque eu não estou me sentido nada bem. — Falou já deitando nas minhas pernas.   

— Você não sabe como eu fico bravo comigo mesmo por deixar você fazer isso. — Falei olhando para o rosto dela que ria do meu.   

— Claro que sei, fico o dia inteiro me perguntando porque eu aceitei sua ajuda na primeira vez.   

— Primeiro porque você não tinha opção, estava desmaiada, segundo porque você sabia que iria morrer se não fizesse. — Falei sorrindo para eu mesmo.   

— E quem disse que eu não vou morrer com sua ajuda.   

— Estava pensando nisso hoje, mas eu digo que não, pelo menos não pela doença.   

— A Malfoy! — Falou colocando as mãos cobertas pelas luvas, no próprio rosto. — Eu espero que você entenda o que esta passando pela minha cabeça sobre tudo isso, sobre como eu consigo te odiar todas as vezes que eu lembro de como você me tratava e como eu não entendo o motivo de eu não te odiar tanto agora.   

— Entendo você perfeitamente, na verdade você podia nos ajudar com isso, sabe. Se você tentasse ser mais feia.   

— Acabou de falar que sou bonita! — Falou rindo.   

— Posso até achar bonita mas... já sei! — Falei tendo uma ótima ideia. — Eu falo um coisa negativa sobre você e você sobre eu, então nós voltamos a nós odiar!   

— Ótima ideia. — Falou sorrindo e voltando a se sentar. — Eu primeiro.   

— Eu primeiro a ideia foi minha. — Falei e ela fechou a cara. — Você é bipolar.  

— Você é bipolar!  

— Muito estressada.   

— Muito loiro.   

— Muito grifinória.   

— Muito metido.   

— Muito sabe tudo.  

— Muito indeciso.   

— Você é amiga do Potter e do Weasley  

— Você é ciumento.  

— Você não é sexy.  

— Como assim eu não sou sexy?   

— Eu posso até te achar bonita, mas não te acho sexy.   

— Eu não preciso dá sua opinião se eu sou ou não, nem se eu quero ser ou não.   

— Concordo, você não precisa e não sabe ser.   

— Você não sabe se eu sei e nem saberá. — Falou arrumando o cachecol.  

—Você não está com frio?  

—Estou bem agasalhada, que dia nós vamos no Dr. FitzWilliam?  

— Quando o velhote do Dumbledore, desaparecer.  

— Não chama ele de velhote! Eu realmente preciso da poção para o meu cabelo. — Falou passando a mão na touca.  

— Tinha esquecido, deixa eu ver como está seu cabelo. — Falei esticando os braços para tirar a touca dela.  

— Claro que não! — Falou segurando para eu não arrancar.  

— Por favor Granger! — Falei rindo e soltando a cabeça dela.   

—  De forma alguma! — Falou dando passo para trás a medida que eu me aproximava.   

— Deixa eu ver! — Falei acelerando os passos quando Granger começou a se afastar mais rapidamente. — Só tem eu aqui.   

— Por isso mesmo! Não vou deixar. — Falou se virando para correr, mas eu logo a alcancei levantando ela e virando para minha frente. — Só quero rir um pouco.   

— Me solta Malfoy. — Falou rindo. — Não me obrigue a te socar novamente. — Falou agora gargalhando, talvez da minha cara emburrada,   

— AI! Aquilo foi péssimo! — Falei me lembrando daquele terrível episódio.   

— Foi ótimo! Você não vai me soltar?   

— Vou não. — Falei olhando rapidamente as minhas mãos que seguravam sua cintura. — Você que veio atrás de mim, e olha que ontem você não conseguia andar direito.  

— Verdade né? Eu estava tão péssima que eu pensei que iria morrer. — Fiz uma careta. — Mas hoje eu estou me sentido bem melhor.   

— Você sabe o motivo? — Perguntei e Granger balançou a cabeça negativamente. — Você comeu uma refeição descente inteira.   

— Verdade, pensei que evitaria a resposta para o Ron.   

— A pessoa que você beijou que realmente te ama! — Falei arregalando os olhos. — É o Potter!  

— É mas não...   

— Não! É o Potter e o Weasley entrando no campo. — Falei soltando a cintura da Granger e apontando para os dois patetas que estavam entrando no campo conversando.   

— O que? — Granger perguntou assustada olhando para a direção que eu estava apontando. Potter montava em sua vassoura.


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Notas finais do capítulo

Sem enrolar: Universidade + Iniciação científica + família = O que é tempo?
Únicas palavras que eu encontrei para me desculpar.
Sorry :(



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