November rain escrita por DarkLady


Capítulo 17
Cada dia era de uma cor


Notas iniciais do capítulo

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—Me solta! –Pansy gritou puxando o braço.

—Me escuta.

—Eu não quero e não vou te escutar!

—Você é ótima em fingir que me odeia. –Falei dando um sorriso de lado e recebendo um tapa na cara, quer dizer, outro tapa na cara. –Faz uma semana e você ainda não deixou eu te explicar.

—Eu sei que você está com a Chang então não tem o que explicar.

—Por favor me escuta. –Falei olhando em seus olhos. –Naquele mesmo dia Weasley, você falou que me amava.

—Olhe por onde anda, Weasley. –Parkinson falou quando caiu no chão depois de trombar comigo.

—Sua beleza ofuscou minha visão. –Falei ajudando ela a levantar.

—Cantada horrível essa. –Pansy Parkinson falou sorrindo enquanto me puxava para uma sala qualquer e tentava me beijar mas eu não deixei. –O que foi?

—Antes de você me beijar eu quero que você prometa que não vai mais beijar o Malfoy!

—Por que isso agora? –Perguntou rindo e colocando os braços em volta do meu pescoço.

—Prometa. -Falei colocando as mãos em sua cintura.

—Eu prometo, mas não precisava disso faz eu tempinho que eu não beijo mais ele, da última vez eu precisava me distrair mas ele estava muito distraído então, sabe não foi bom.

—Dá próxima vez que você precisar se distrair me chame. –Falei mordendo de leve os lábios dela e a beijando.

—Por que essa possessão toda? –Falou no meio de um beijo.

—Por um único motivo. –Falei e beijei ela novamente puxando-a para nosso corpo ficar mais colado. –Eu te amo Pansy Parkinson, sua Sonserina irritante. –Ela deu um enorme sorriso me beijo e falou:

—Eu também te amo sua Cenoura Ambulante.

—Mas eu te amo.

—Você sabe que eu não sou burra, sabe que eu não vou acreditar em nenhuma palavra sua.

—Mas eu não estou com a Chang! Você viu que seu amigo estava perguntando seu ela e eu estávamos juntos não afirmando que nós estávamos juntos. –Ela eu uma risada irritada.

—Seria tão mais fácil se você não mentisse, para de mentir Weasley eu sei que vocês estão juntos não só por causa do Blás sei por outra pessoa, então me solta pois estou com fome.

—Quem te falou isso? Como assim não foi só por causa do Zabini. –Ela só poderia estar mentindo, ninguém sabe da Cho e eu.

—Eu não devo respostas a você. –Pansy falou puxando o branco com força suficiente para se soltar, soquei a parede.

—Ai! Isso dói. –Falei passando a mão na minha mão agora machucada. Pansy não estava mentido, outra pessoa tinha feito ela descobrir sem ser o Zabini, mas quem sabe sobre a Cho e eu?

Claro! Própria Cho pode ter falado para Pansy, do jeito que ela está brava comigo. Talvez ela não tenha acreditado na minha história, tinha falado que a Pansy vivia me seguindo e era louca por mim desde o quarto ano e que ela achava que nós estávamos juntos, é uma boa desculpa! Ou não já que ela não fala comigo desde a semana passada.

—Meninas! Por que são difíceis?

—Falando sozinho Uon-Uon?

—Que susto Lilá!

—Oi Ron. –Falou dando um sorrisinho. –Como foi seu dia?

—Péssimo, preciso resolver algumas coisas Lilá tchau. –Me despedi rápido da Lilá e fui procurar Cho. Em um momento você tem duas namoradas no outro nenhuma, eu tenho que resolver isso.

—_______________________________________Draco Malfoy______

—Sra. Malfoy o Dr. FitzWilliam está a sua espera. –Sra. Magda chamou minha mãe e a acompanhou para fora da sala. Soltei um suspiro de alivio.

—O que sua mãe está fazendo aqui? –Granger perguntou.

—Como ou vou saber, mas não é totalmente estranho já que Dr. FitzWilliam é o medibruxo da minha mãe.

—Por Merlin Malfoy! –Granger xingou com dor na voz quando deu uma pequena escorregada que fez minha mão deslizar por sua cintura e tocar na mancha da sua costa.

—Sua culpa! –Falei já que ela que tinha escorregado.

—Não a culpa é sua por não ter me soltado ainda. –Analisei a nossa posição, ainda estávamos agachados atrás do sofá e eu ainda estava segurando a Granger.

—Minha culpa. –Falei soltando ela rápido e levantando. –Pelo jeito Dr. FiztWilliam está meio ocupado agora.

—Sério Malfoy? Eu não sabia disso. –Granger falou irônica.

—Cala boca. –Falei nervoso, como ela é irritante. –Vamos para nossa sala, esperamos um tempo e depois eu vejo se minha mãe já foi embora.

—Nossa sala? Desde quando algo é nosso?

—Cala boca e pega o travesseiro do chão.

—Vou pegar seu chato, mas não porque você mandou e sim porque eu quero.

—Eu vou na frente. –Falei passando na frente dela depois que ela pegou o travesseiro.

—A claro ai você acha sua mãe no caminho e fala oi mãe fugi de Hogwarts.

—Se você for na frente ela pode te ver também.

—Duas coisas, primeiro ela não é minha mãe.

—Ainda bem. –Falei dando um risadinha e Granger fingiu que não me escutou.

—Segundo, ela não me conhece!

—Claro que conhece!

—Como?

—Eu já falei de você para ela. –Falei e pensei no que falei. –Quer dizer você é amiga do Potter, Harry Potter o bestinha querido.

—Vou ignorar o que você falou.

—Boa ideia, vamos antes que ela volte. –Falei me apressando e Granger fez o mesmo, fomos o mais rápido possível para sala, Granger segurava o travesseiro alto para tampar o nosso rosto caso minha mãe passasse pelo corredor que estávamos, quando finalmente chegamos na sala Granger abriu a porta e entrou rápido, fiz o mesmo e fechei a porta.

—Isso foi tão infantil. –Ela falou rindo e não sei porque eu também ri. –Você está rindo! Que risada estranha. –Falou caindo na gargalhada, ai xingar ela mas quando olhei para ela rindo não consegui, tudo que conseguir foi rir mais ainda.

—Eu sou mais alto que você meu cabelo e minha testa estava todo a mostra.

—Mas eu estava esticando os braços!

—Pior foi quando você quase caiu e aquela medibruxa passou por nós.

—A culpa foi sua! Você que pisou na minha capa.

—Ia ser um belo tombo. –Falei jogando mais um feijãozinho de todos os sabores na minha boca.

—Ia mesmo. –Falou rindo e cruzando as perna encima da poltrona/sofá, eu estava sentado no braço da poltrona comendo os feijãozinho que tinha encima da mesinha azul.

—Você está mais enxadinha, voltou a comer?

—Não sinto fome. –Falou parando de rir.

—Mas você está mais enxadinha, isso é bom. –Falei sorrindo. –Vou ver se minha mãe já foi embora. –Falei levantando e colocando minha cabeça para fora da sala para ver se tinha alguém (minha mãe) no corredor, quando vi que estava livre sai da sala fechando a porta.

O que está acontecendo? Granger e eu estávamos até agora rindo e conversando amigavelmente, eu converso e rio com a Granger, me preocupo se ela está bem se ela comeu. Na noite passada eu tive um sonho, começou com Granger, Dr. FitzWilliam e eu.

Nós estamos no mesmo lugar que o Dr. FitzWilliam falou o que a Granger tinha, Granger e eu sentados em frente a sala que ela fez o exame com o nome estranho e FitzWilliam saindo da sala com um pergaminho na mão, o pergaminho era preto, ele olhou para nós e balanço a cabeça negativamente e a cena acabou indo para outra onde eu estava em um lugar frio sozinho e então a Granger apareceu sorrindo quando eu sorri de volta o sorriso dela sumiu e ela desmaiou, peguei ela antes de atingir o chão mas dessa vez ela não acordou, o coração dela não batia.

Esse sonho não saia da minha cabeça, eu deveria estar feliz em sonhar com a morte da Granger, seria uma solução para quase tudo. Potter não aguentaria a perda da amiga e ficaria totalmente vulnerável, Voldemort iria esquecer do plano de fazer eu matar Dumbledore, ele iria aproveitar a vulnerabilidade da Hogwarts inteira e pronto Potter está morto.

Eu sei que o Potter não é o “suposto” Eleito mas sim que ele é O Eleito, mas mesmo assim eu não quero ver a Granger morta de jeito nenhum e que a morte do Potter mataria ela, ou seja, em que parte do mundo eu estou? Por que eu não quero ver a Granger morta a ponto de não querer ver o Potter morto por ela.

—Por ela. –Sussurrei e bati em algo, já que eu estava olhando para o chão.

—Draco. –Levantei a cabeça. –O que você está fazendo aqui? Sua mãe está aqui hoje, volta para sala que quando eu terminar de resolver algumas eu mando o Dr. FitzWilliam ir lá, vai rápido sua mãe pode te ver. –Sr. Magda falou tudo rápido me empurrando de volta a sala.

—Nossa você foi relativamente rápido. –Granger falou me olhando de cima a baixo quando entrei na sala. –O que aconteceu sua mãe te viu?

—Não mas eu pensei que era ela quando a Sr. Magda falou comigo. –Falei indo até o “sofá” que ela estava deitada, dessa vez com um travesseiro. –Onde eu vou sentar?

—Vai lá fora pegar uma cadeira. –Falou se acomodando mais no travesseiro e sorrindo.

—Já estou lá. –Falei cruzando os braços.

—Como você é bipolar! –Falou sentando e segurando o travesseiro.

—Viu como ser bipolar resolve as coisas. –Falei sentando. –Ah não! –Falei quando ela colocou o travesseiro na minha coxa e deitou.

—O que foi? É tão mais confortável e legal, porque você fica todo sem graça e desconfortável e outra, você falou para eu faz o que eu quiser fazer.

—E você quer deitar em mim? –Perguntei sorrindo em tom de brincadeira fazendo ela “corar”, ela está muito pálida para corar de verdade.

—Senhores. –Dr. FizWilliam falou entrando na sala fazendo Granger sentar rápido. –Receio que você já saibam que a Sr.Malfoy está aqui hoje.

—Sim nós sabemos. –Granger falou.

—O que ela está fazendo aqui? Está doente ou algo do tipo? –Perguntei sério.

—O que seria “algo do tipo” relacionado? –Granger pergunto virando para mim.

—Não sei meio doente, quase doente a sei lá!

—Posso continuar? Obrigada, como eu estava dizendo ela está aqui para uma visita rotineira e marcar um Banho Espiritual. –Assenti lembrando que minha mãe ama esses Banhos Medibruxos para relaxar. –Por isso não fiquem andando para lá e para cá como na última sessão. –Falou com todo reprovação devido a briga que Granger tivemos na última sessão, onde Dr. FitzWilliam queria colocar uma “agulha” mais grossa na Granger e ela não queria deixar mesmo ela falando que ia fazer um feitiço para não doer. No final Granger saiu “correndo” da sala e eu tive que pegar ela a força no colo, e eu ficava com fome e saia da sala toda hora para pegar as comidinhas da mesa da Sr. Magda.

—Agora eu entendi porque tem comida na mesa hoje. –Falei balançando a cabeça e olhando para mesa azul.

—Exatamente. –Dr. FitzWilliam falou balançando a cabeça impaciente. –Vamos ao que interessa, vejo que seu corpo já está reagindo a quimioterapia Hermione, é normal inchar um pouco na verdade você vai ficar mais inchada, você vai fazer mais quatro ou cinco sessões de quimioterapia e depois vou marcar um Bruxo Mielograma, para saber a resposta ao tratamento, hoje eu vou colocar a mesma poção da última vez pois ela mostrou um resultado diferente da que eu usei nas duas primeiras. –Falou fazendo um feitiço no braço da Granger e colocando a “agulha”. –Viu não dói. –Falou sorrindo. –Agora eu preciso sair tenho outro paciente, boa noite. –Dr. FitzWilliam se despediu e saiu da sala.

—Por que ele é legal com você e comigo não? –Perguntei e Granger sorriu deitando.

—Porque eu sou legal e você não, porque eu estou morrendo e você não e porque ele tem uma quedinha por mim. –Tentei não rir.

—Vai sonhando.

—Essa nova coisa que ele está colocando em mim me deixa pior que a outra.

—É muito ruim?

—Muito, vai Malfoy!

—O que? –Perguntei confuso.

—Começa a passar a mão no meu cabelo. –Granger falou se acomodando e fechando os olhos.

—Não quero.

—Eu quero! –Ela falou e eu comecei a fazer cafune, sou um idiota. –Eu continuo te odiando.

—Eu também. –Falei e era verdade eu odeio a Granger.

Continuei a passar a mão no cabelo dela mas sem olhar para ela, fiquei lendo o que ela escreveu no quadro negro que tinha na parede na nossa frente.

1º dia na quimioterapia com o idiota do Malfoy.

2º dia de quimioterapia “dia em que ficamos quase totalmente quietos” Malfoy insuportável.

3º dia de quimioterapia “agulha grossa/Malfoy chato me pegando no colo/Malfoy chato com muita fome.

4º dia de quimioterapia fomos totalmente infantis, Malfoy riu muito, a risada dele é estranha.

Sorri, ela sempre anotava essas coisa cada dia era de uma cor e eu não sabia o porquê, o que não é novidade pois eu não sei o porquê de muitas coisas ultimamente. Desviei a minha atenção do quatro para Granger, esta que continuava quieta e com os olhos fechados. Passei mais uma vez a mão no cabelo dela dessa vez olhando para ele e então notei algo estranho, minha mão estava lotada de cabelo, cabelo da Granger.

—Granger, Granger, Granger. –Chamei ela sem parar.

—O que foi Malfoy? –Perguntou brava.

—Granger.

—Por Merlin o que foi? –Granger falou sentando e eu olhei para o travesseiro.

—Olha isso. –Falei devagar e assustado encarando o travesseiro.

—Por Merlin, por Melin, por Merlin, por... –Granger falou passando a mão no cabelo chocada.

—Fica calma Granger. –Falei tocando o ombro dela de leve.

—Como que eu vou ficar calma Malfoy? –Gritou. –Como que eu vou ficar calma Malfoy, como? Meu cabelo Malfoy, eu não acredito, não eu não acredito, não Malfoy por favor, por favor, por favor Malfoy. –Granger gritou e falou chorando e eu à abracei enquanto ela chorava histérica.

—Calma vai ficar tudo bem.

—Não vai. –Falou chorando e soluçando no meu ombro. –Não, não, eu não quero isso Malfoy, eu não quero, não quero, não quero por favor Malfoy por favor.

—Desculpa, desculpa. –Falei me segurando e passando a mão na costa dela.

—Por favor Malfoy, por favor.

—Eu não sei o que fazer. –Tentei mas não consegui me conter, eu também estava chorando, não igual a Granger é claro mas eu estava chorando pois eu não podia e não aguentava ver aquilo, não podia ver ela sofrendo daquela forma e eu não podia fazer nada pois sou um idiota.

—Eu não quero! –Granger deu um gritinho fino me abraçando mais e eu vi todo o seu rosto molhado e vermelho.-Eu não quero não, não, não, por favor Draco.


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Notas finais do capítulo

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