Como Acabar Com Hogwarts escrita por Cat Valdez


Capítulo 41
Bônus: How I Met Your Mother


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooi! Sim, eu interrompi a batalha final com um capítulo bônus. Foi mal, é que eu queria muito escrever esse capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551926/chapter/41

ETHAN

–Paaaaaai, conta uma história? - Astrid pediu.

–Que história? - perguntei.

–Conta pra gente como você conheceu a mamãe?

–Já sabemos como eles conheceram. Foi quando eles estavam tentando impedir a guerra entre zebras e lhamas. - Isaac disse, revirando.

–Na verdade, essa é a história de como nós viramos amigos. Nós nos conhecemos no segundo ano, mas só nos falamos de novo quando impedimos a guerra.

–Conta a história!

–Não! - Isaac reclamou. -Essa é melosa! Quero uma história com sangue, morte e destruição!

Eu ri.

–Olha se tem uma coisa que essa história não é, é melosa.

–É?

–É. Na verdade ela tem até umas explosões...

–Conta! - Pediram os dois.

–Tudo bem, eu conto.

~~~

Eu estava sentado perto do lago, tentando não dormir em cima do meu dever de poções. Era um dia tranquilo, tudo corria bem e eu estava morrendo de tédio. Resolvi terminar a lição na biblioteca. Me levantei, mas alguém bateu em mim com tudo e eu caí no chão.

–Ai! Olha por onde anda! - Reclamou a garota que tinha trombado em mim.

–Foi você que tombou em mim! - Reclamei.

–Foi você que ficou parado aí que nem um idiota.

Bufei e peguei meus livros que tinham caído.

–Ah, droga! - Ela se escondeu atrás de uma árvore.

–O que você tá fazen...?

Ela me puxou para trás da árvore.

–Ei!

–Shhh!

Alguns minutos depois, ela espiou o que estava acontecendo e saiu de trás da árvore. Fui atrás dela.

–Essa foi por pouco.

–O que tá acontecendo?

Ela me olhou como se estivesse tentando decidir entre me contar e me jogar no lago.

–Eu estou em uma missão.

–Pra quê?

–Para explodir uma base dos patos.

Olhei pra ela, tentando decidir se era verdade, se ela estava rindo da minha cara ou se ela era só uma doida mesmo.

–Oook...

Ela bufou.

–Você não acredita, né?

–Hã... nem um pouco.

Ela deu de ombros.

–Achei que você ia poder me ajudar, mas acho que me enganei. Você é normal.

–Você fala como se isso fosse ruim.

–Isso é ruim.

Por algum motivo, aquilo me ofendeu.

–Ah é? Pois eu não sou normal. Eu topo.

Ela ergueu a sobrancelha.

–Tem certeza? Você não tem o preparo necessário pra isso.

–Eu posso aprender.

–Bom, considerando que Sammy está de detenção e Luke está na enfermaria... Posso te ensinar o básico.

Ela pegou uma roupa de ninja de uma mochila na qual eu ainda não tinha reparado e mandou eu ir me trocar. Quando voltei, ela me entregou uma granada.

–Isso é uma granada. Quando eu mandar, você puxa o pino e joga. Enquanto estivermos lá, você vai fazer o que eu disser, sem questionar. Se eu disser pra correr, você corre, se eu disser pra se esconder, você se esconde, se eu disser pra você ir sem mim e se salvar, você volta e me ajuda. Entendeu tudo?

–Eu... acho que sim

–Ótimo. Vamos.

–Espera, isso é tudo?

Ela deu de ombros.

–Eu disse que ia te ensinar o básico. Isso é o básico.

Ela começou a andar. Continuei parado.

–Você vem ou não?

Balancei a cabeça, me perguntei o que eu estava fazendo da vida e fui atrás dela.

A base ficava fora de Hogwarts, mas não era muito longe.

A garota virou pra mim.

–Muito bem. Eis o plano: você vai jogar algumas granadas no lado oeste da base, enquanto eu posiciono a bomba que vai mandar a base inteira para o outro lado do oceano.

–E se eu for pego?

Ela deu de ombros.

–Talvez eu te ajude.

–Uau. Me sinto muito seguro agora.

Ela revirou os olhos.

–Vai logo.

Ela me deu um walkie talkie e me empurrou na direção da base. Fui para o lado que ela tinha dito que era o oeste.

Tentei ser o mais ninja possível, mas eu não tinha muita experiência na coisa. Pra minha sorte, o lugar onde eu deveria ficar estava vazio.

–Está em posição?

–Aham.

–Ótimo. Pode jogar.

Puxei o pino de uma granada e joguei. Alarmes começaram a soar. Fiz isso mais duas vezes antes que os patos aparecerem. Eu sabia que era uma base dos patos, mas ainda assim fiquei surpreso quando um esquadrão de patos armados apareceu. Joguei uma granada neles.

–Já coloquei a bomba. Pode correr.

Fiz o que ela disse, mas tropecei e caí (malditos clichês inúteis que aparecem nas piores horas). Um pato apontou uma arma pra mim. Não acredito que vou ser morto por um pato. Devia ter ficado fazendo dever. Lembrete para vidas futuras: não acompanhar garotas desconhecidas em missões para explodir bases de animais armados.

Antes de o pato atirar, alguém o atingiu. Olhei para o lado e vi a menina com uma arma que ela provavelmente roubou de algum pato.

–Tá esperando o quê? Levanta daí!

Levantei e nós dois corremos para o ponto de onde ela ia explodir a base. Observei enquanto ela digitava alguma coisa em um dispositivo. Segundos depois, a base toda explodiu.

–Hora de voltar. - ela disse.

Voltamos para Hogwarts.

–Então... Valeu pela ajuda.

Ela foi embora. Percebi que não tinha perguntado o nome dela. Percebi também que a experiência tinha me deixado meio retardado, mas por algum motivo eu não achei isso ruim. Acho que eu sempre fui assim.

~~~

–Um tempo depois, conheci seu tio Luke em uma loja de paçoca. O resto vocês já sabem. - Terminei.

Os dois ficaram de boca aberta. Revirei os olhos.

–Ah, até parece que essa foi a história mais estranha sobre meu tempo de escola que vocês já ouviram.

Isaac deu de ombros.

–É, nós já ouvimos coisa mais estranha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentar não arranca pedaço u.u