Como Acabar Com Hogwarts escrita por Cat Valdez


Capítulo 27
O Concurso de Beleza dos Pudins


Notas iniciais do capítulo

Heeey povo! Mais um cap pra vocês!



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LUKE

–Não acredito que a porcaria do bilhete fez a gente perder o ônibus! - reclamou Cat.

–O que a gente faz agora? - Sammy perguntou.

–Acho que temos que fazer o que o Barry faria...

–Que seria...?

–Sei lá... ir andando pra escola?

–Oooooou podemos nos trancar em um armário perfeitamente seguro e comer nutella o dia todo - sugeriu Cat.

E então nós esperamos a mãe do Barry sair, voltamos para dentro, pegamos nutella e fomos para o armário [N/Cat: Essa frase não ficou legal não...]. Quieta.

–Então... quem vocês acham que ia ganhar em uma disputa entre o Gandalf e Dumbledore? - perguntou Sammy.

–Gandalf.

–Dumbledore.

E então começamos um debate sobre isso.

–Ainda aposto no... ei, vocês ouviram isso? - perguntou Cat.

–Isso o que? - perguntei.

E então eu ouvi um som parecido com um tambor, só que de metal.

–Devemos ir ver o que é? - perguntei.

–Ficou maluco? Nunca assistiu filme de terror não? Quando alguém ouve um barulho suspeito e vai olhar o que é, geralmente essa pessoa morre - lembrou Sammy.

–Criatura você esqueceu que isso aqui é um desenho? - perguntou Cat.

–Ah é.

–A gente vai ou não vai ver o que é? - perguntei.

–A gente vai! - disse Cat.

Ela abriu a porta e saiu.

–Vem. - disse Sammy.

–Não podemos ficar aqui?

Ela revirou os olhos e saiu. Fui atrás das duas.

Cat tinha pegado um travesseiro e uma luminária e estava usando os dois como espada e escudo. Sammy empunhava um cabide ameaçadoramente. Revirei os olhos para as duas e as segui para o andar de baixo.

O barulho foi ficando mais alto enquanto nos aproximávamos da cozinha.

Cat parou e se escondeu atrás de uma planta. Ela saiu de lá e fez uma série de gestos com a mão. Sammy e eu balançamos a cabeça pra ela. Ela revirou os olhos e sussurrou "No três a gente entra com estilo!" e parou perto da porta.

Ela ergueu os dedos: um, dois, três!

Pulamos para dentro da cozinha em poses ninjas.

Vimos um pudim muito batendo com uma colher em uma forma. Toda vez que o pudim batia a colher no fundo da forma, fazia aquele barulho.

Como posso descrever aquele pudim? Imagine um homem palito de noventa centímetros. Agora deixe ele da cor de um pudim. Troque a cabeça dele por um pudim com olhos, boca e muita maquiagem. Agora imagine que ele está usando um vestido vermelho e batendo com uma colher no fundo de uma forma. Se você não conseguiu imaginar ainda, aqui vai algo que talvez ajude: o pudim em questão parecia mais um daqueles pokemons super criativos (olha o sarcasmo) que surgem quando os caras que fazem pokemons têm ideias do tipo: "Hey, se eu colocar olhos nessa pinha e inventar um nome posso dizer que é um pokemom novo e ir pra casa mais cedo, certo?"

Ok, eu já vi muita coisa estranha nessa vida. Mas essa definitivamente atingiu um novo patamar na escala de estranheza.

O pudim parecia estar muito ocupado batendo no fundo da forma para notar nossa presença. Ele bateu na forma mais umas cinco vezes e então um monte de pudim caiu no chão. O monte de pudim começou a crescer, até ficar quase igual ao primeiro (A diferença é que esse tinha um vestido azul). Os dois pudins se abraçaram. O pudim de vermelho saiu pela porta dos fundos enquanto o pudim de azul batia com a colher em outra forma.

–O que diabo é isso? - perguntou Sammy.

O pudim parou e se virou para nós. Ele rosnou e fez um barulho muito estranho.

Alguns segundos depois, a porta dos fundos foi arrebentada e mais pudins entraram.

–CORRE!

Antes que pudéssemos fazer isso eles estouraram uma bomba de fumaça e eu não consegui ver mais nada. Senti alguma coisa no meu pescoço. Olhei pro meu ombro e vi um pudim com uma seringa. E então eu fiz cosplay de Jason Grace e desmaiei.

* * *

Alguém me chamou.

–Só mais cinco minutos... - resmunguei.

Alguém bateu na minha cara.

–Ai! Mas o que...?

–Silêncio! - ordenou uma pudim.

–O que você...

Ela me deu um tapa na cara.

–Ai!

–Eu disse silêncio!

–Mas... Ai! Por que você... Ai! Para! Ai! Ok, eu calo a boca.

–Melhor assim. Venha. A líder quer falar com você.

–Que lí...

Parei de falar assim que vi ela levantar a mão. Para um pudim, ela era bem forte.

Seguimos andando até que ela me jogou para dentro de uma sala e fechou a porta.

Olhei em volta e vi que estava no que parecia ser a sala do trono da Barbie. Só que em vez da Barbie tinha uma pudim pokemon no trono.

–Olá jovem.

–Quem é você?

–A líder dos pudins. Dãh.

–Ceeeeerto.

–Sente-se.

Olhei em volta e não vi nenhuma cadeira além do trono.

–Pode sentar no chão mesmo.

–Que gentil da sua parte... - murmurei.

–Eu sei. Agora, vamos direto ao ponto.

–Ok.

–Eu sou a primeira dentre todas as pudins. Depois de um bom tempo vagando por aí eu resolvi que ia ser rainha. Infelizmente é bem chato ser rainha de nada, então eu criei o povo pudim. Cada pudim tem a missão de criar um novo pudim. E então eu virei a rainha deles. Mas acontece que tem algumas vadi... É... Súditas que duvidam da minha capacidade de liderança e querem usurpar meu lugar. Então, para acabar com as dúvidas resolvemos fazer a única coisa que pode ser feita para eleger um governante descente: um concurso de beleza.

Hã... era pra isso fazer algum sentido?

–E eu estou aqui por quê...?

–Porque precisamos de um jurado imparcial!

Merda.

–Olha não sei se eu sou a melhor pessoa para...

–Você vai ser o jurado e pronto.

–E se eu disser que não?

–Eu mato suas amigas. Elas estão inconscientes e sob a guarda das minhas guerreiras.

–Você não vai mata-las.

–Por que não?

–Porque... é... sabe... Aff, não tenho desculpa.

–Vou mandar trazerem a sua faixa.

* * *

Não era o fato de eu estar em um desenho, nem os pudins, nem as armas dos pudins, nem mesmo a overdose de bizarrices que ia me matar.

Era o tédio.

Eu estava sentado em uma mesa com uma faixa rosa escrita "jurado", observando o a uma candidata demonstrar seu talento (prender a respiração por 30 segundos).

–E essa foi a nossa última candidata, número 387! - anunciou o apresentador - E agora nosso jurado vai decidir a vencedora.

Me preparei para dizer um número aleatório entre 1 e 387 e acabar logo com aquilo. Alguém encostou uma arma na minha cabeça.

–Diga 136 ou eu atiro.

Outro pudim encostou uma arma do outro lado da minha cabeça.

–245, ou eu atiro.

E assim eu morri. Ou teria morrido, se Sammy e Cat não tivessem aparecido e atirado em todos os pudins.

–Como escaparam? - pergunteis.

–Pudins não são lá muito espertos - respondeu Sammy.

–E como...

E então o sol se pôs e tudo ficou escuro de novo.

Caímos de cara no chão da sala da Sammy.

–Passaram em mais um teste. Meus parabéns. - O cara da capa anunciou, antes de desaparecer de novo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem comentários porque não custa nada e me deixa feliz. Até o próximo capítulo. Tchau.