O que o futuro reserva para nós! escrita por Ana


Capítulo 6
Minha irmã e melhor amiga.


Notas iniciais do capítulo

Agora vocês perguntam: "O que eu faço a essa hora da manhã?'', simples, eu não estava com sono e então decidir acabar de escrever esse capitulo para vocês ;)
Sei que falei que iria postar agora apenas de sábado ou domingo, mas é que como estou sem aula essa semana resolvi antecipar um capitulo :).
Desculpem qualquer erro é que eu tive que escrever meio a pressa e me avisem caso verem um ^-^.
Então boa leitura!.



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Pov Anna.

— Mais rápido. – Gritava Ares ao meu pé do ouvido. — Anda pirralha não temos o dia todo não.

Era a décima vez que eu corria pulando sobre os pneus, alem de eu já ter feito abdominais, pulado corda, desviado das diversas bolas que ele mesmo tacava em mim, e por fim tive que fazer isso 90 vezes cada um.

Já estava morta de exaustão, não conseguia nem andar direito. Desde que ele tinha dito que meu inferno iria apenas começar, eu pensava que ele estava apenas zoando com a minha cara, más agora não posso nem ao menos pensar como antes.

— Fala sério Ares, pra que tudo isso? Quando é que nós vamos começar o treinamento de verdade? Reclamei ofegante a ele. — Isso tudo aqui é desnecessário!

— Mais uma hora de treinamento, só porque você reclamou. – Disse dando o seu habitual sorriso de lado.

— Pera ai, mais uma hora? Quíron não vai gostar disso! Se eu tiver mais uma hora treinamento desse jeito eu não vou nem conseguir chegar a tempo pro jantar. – Reclamei mais ainda.

— Duas horas há mais de treinamento. — Agora vamos sua lesma, temos muito ainda o que fazer. – Voltou a gritar.

Ares havia imposto uma regra estúpida a mim durante os nossos treinamentos, e essa regra não era mais do que eu não poder reclamar, pois se caso reclamasse ou questionasse seja lá do que ele fazia, eu ganharia mais uma hora de treino junto a ele, e como eu era o tipo de pessoa respondona, claro que eu sempre ganhava algumas horas a mais.

— Ta bom, ta bom. Mas ainda falta muito? Pois já era para nós termos começado o treinamento de verdade há muito tempo!

— Três horas a mais. Sim, falta muito, você ainda tem que correr todo o acampamento e só depois vamos começar a lutar.

— O quê? Mais três horas?! Ainda não entendi pra que tudo isso e como assim eu ainda vou ter que correr todo o acampamento? – Reclamei de novo.

— Não será mais três horas, agora serão QUATRO horas a mais. – Respondeu já entediado com as minhas reclamações. — E você precisa ganhar resistência, filhote de ferreiro, todos precisam de resistência em uma luta e isso vai lhe ajudar. – Continuou, agora dando uma risada abafada por ter-me visto caindo com tudo no chão.

— Ahhhh. Já chega ! Eu não vou ficar aqui nem mais um segundo sequer. Eu to morrendo de fome, pois você nem me deixou almoçar e nem tomar sequer um lanchinho da tarde, alem de que já me machuquei mais do que o normal e estou fendendo igual a um gambá. Então se me você me der à maldita da licença eu vou voltar pro meu chalé, tomar um banho decente, descansar um pouco e depois vou ir jantar. Até nunca mais Ares. – Gritei raivosa a ele, enquanto me levantava do chão sujo que estava.

Ares por fim riu da minha repentina crise de surto. Sentia o seu olhar em minha costa enquanto saia toda desengonçada de lá por diversas dores em meu corpo, que por sinal era devido aos vários tombos e as varias boladas que eu havia recebido com muita força dele.

— Hey pirralha, não pensa que você vai sair daqui assim sem mais nem menos, amanhã essas seis horas vão ser recompensadas em seu treino. – Gritou da onde estava.

— Seis horas? Como assim? Eram apenas quatro horas! – Exclamei.

— Pois é, más ninguém mandou você dar esse pequeno surto e depois sair andando sem ao menos terminar o nosso treinamento. – Retrucou rindo do nervosismo que eu já me encontrava.

— Ahh, vai para o Tártaro que te parta! – Gritei voltando a caminhar.

— Agora você acabou de ganhar sete horas a mais. – O escutei gritar antes de sair de vez de lá.

–---''-------''-------

Ao chegar ao meu chalé, pude ver o infeliz estado que eu me encontrava, minha roupa estava toda suja e amassada, meu corpo estava com diversos roxos e ainda podia ver um filete de sangue escorrendo do canto da minha sobrancelha direita, e olha que aquilo era ainda o aquecimento como dizia o próprio. Quem olhasse pensaria que eu era uma pobre mendiga de rua, e pelo reflexo meu no espelho, nem eu duvidaria que fosse uma. Parei de me olhar no espelho e fui tomar um banho. Precisava relaxar depois desse dia infernal que eu tive com o Deus da guerra.

Meu treinamento havia começado ás dez da manhã e agora já eram três da tarde.

Fui ao pequeno banheiro que lá havia e tomei um demorado banho, tirando toda a sujeira e tensão que havia em mim. Depois do banho me vesti e fiquei por uma hora deitada na minha cama. Levantei-me e decidi dar uma volta, torcendo para não encontrar com um certo Deus da guerra. Andava tão distraída que nem sabia a onde estava até tropeçar em algo e cair de cara no chão.

— Nossa chão como você me ama. – Gemi de dor ainda caída no chão.

— Com certeza ele te ama, pois nunca vi uma garota tão atrapalhada como você. – Ouvi uma voz conhecida perto de mim.

— Milene? – Perguntei erguendo a cara ao ser que se encontrava em pé na minha frente.

— Não, sou Hera a rainha do Olímpio, e vim exterminar todos os semideuses aqui presentes nesse medíocre acampamento Muhahahaaaaa. – Disse a própria tentando dar uma risada maligna no final.

— Ha ha, muito engraçado dona Milene. Era pra ter graça?

— Era! Isso havia soado melhor na minha cabeça. – Falou me ajudando a levantar.

Milene Solarye ou Mih como a mesma gostava de ser chamada, era uma garota bastante bonita e filha do próprio Deus da guerra. Conhecíamos-nos desde que eramos recém nascidas. Ela era a única entre todos os seus irmãos que eu tinha um bom relacionamento. Na verdade Mih era minha irmã e minha melhor amiga.

— Desde quando você voltou? E porque não me avisou que estava voltando? Porque me ligou tão de repente as três da madrugada de ontem e desligou de repente na minha cara? Nossa o que aconteceu com você que ta parece um guaxinim? – Disparei várias perguntas a ela.

— Nossa vai com calma, respira. Então vamos lá, respondendo suas pergunta eu voltei hoje e cheguei agora pouco, e não te mandei uma MI porque tive um pequeno contra tempo com os meus dracmas, e eu não desliguei na tua cara ontem, foi maldita fúria que interrompeu nossa ligação, e por fim há poucas horas a trás fui atacada por um minotauro enquanto voltava pra cá. – Respondeu todas as minhas perguntas enquanto passava as mãos pela sua roupa toda amassada.

— Más vocês conseguiram achar a tal escova preciosa e favorita de Afrodite? – Perguntei a ela.

— Sim, estava com a Deusa da discórdia, Éris, na verdade ela só queria zoar um pouco com a cara da deusa, como você já sabe, elas não vão uma com a cara da outra, más no final tudo ocorreu bem e ela até devolveu essa tal escova pra nós sem ao menos nos atacar ou tentar algo contra nós. – Respondeu.

— Pera ai, como assim ela realmente devolveu essa tal escova de boa e sem ao menos tentar nada? – Perguntei novamente a ela, más agora meio surpresa pela revelação que ela havia feito a mim.

— Eu sei, é de se assustar. Normalmente Deuses ou Deusas não são tão compreensíveis assim, e o que é mais de se assustar é pelo fato de que foi a própria Deusa da discórdia que fez isso. – Disse enquanto caminhávamos pelo acampamento. — Céus porque de tanto hematomas em seu corpo? Alex ta pegando muito pesado com você e quando eu digo muito é muito mesmo! – Exclamou a mim.

— Não é mais o Alex que me ajuda nos meus treinamentos, é outro alguém agora. – Respondi a ela ocultando de quem era que me treinava agora.

Continuamos a caminhar e botar o papo em dia. Mih me contava todos os detalhes da sua missão, até a sua súbita pergunta.

— Anna é verdade que meu pai está aqui no acampamento? Digo... É porque eu ouvir um boato por ai, nesses poucos minutos que eu estive aqui ...

— Infelizmente é verdade. Suspirei respondendo-a. Mih, teu pai é um pé no saco. – Disse a ela olhando em seus olhos.

— Como assim? Ele é tão chato assim? Não me fala que ele é igual ao Sr. D ! – Perguntou ela.

Aliás o que esse povo tinha contra o Sr. D?

— Para nossa alegria ele não é igual ao Sr. D que vive esquecendo os nossos nomes, más ele é insuportável pela minha visão. – Respondi bufando a ela.

— Ah Anna, claro que você não iria gostar dele, pois você é filha de Hefesto e ele é Ares o Deus da guerra, alias é até de surpreender que sejamos irmãs e melhores amigas. – Disse me abraçando de lado.

— Eu sei. – Falei sorrindo e tropeçando em algo novamente, fazendo assim eu cair novamente no chão.

— Pelos Deuses garota! Como é que você consegue ser tão atrapalhada assim?! – Falou rindo enquanto era acompanhado por outro alguém.

— Pelo que eu vejo alem da filhote de ferreiro ser péssima em lutas ainda é atrapalhada mesmo. – Disse esse outro alguém ainda rindo do acontecido.

Nem precisava perguntar quem era esse alguém, apenas pelo esse apelido estúpido que Ares havia dado a mim e a todos os meus irmãos, já pude o reconhecer.

— Filhote de ferreiro? – Perguntou Milene confusa com a situação.

— Deixa pra lá Mih, é uma longa história idiota. Disse a ela recebendo um olhar duro da mesma por não ter explicado àquela hora. — Te conto mais tarde.

— Ta bom. E quem é você? – Perguntou ela a Ares.

— Não reconhece mais o seu pai não? – Perguntou sorrindo a sua filha.

— Na verdade não, pois eu nunca o vi na minha vida. – Respondeu simplesmente Milene, me fazendo rir com a possível cara de decepção do Deus da guerra.

— Do que você ta rindo pirralha? – Rosnou ele a mim.

— Nada não. – Respondi ainda rindo.

— Então você é meu pai? Quando eu imaginei você eu havia imaginado outra coisa. – Sussurrava ela a si mesma.

— O que? – Perguntou Ares.

— Nada não. – Respondeu a mesma.

Ficamos um breve momento em silencio sem saber o que falar. Eu não queria ter encontrado ele novamente, meu plano era de conseguir passar o resto do dia sem vê-lo e nem falar com mesmo, más acabei de ver que meu plano acabou de ir à descarga a baixo.

— Minha filha Mary ...

— É Milene. – Corrigiu ela.

— Minha filha Milene, vejo que eu vou ter de proibi-la de andar com essa má influencia aqui. – Diz Ares se corrigindo e apontando pra mim

— Ah, cala boca! Ninguém aqui é má influência! A única má influência aqui é você! – Exclamei nervosa a ele.

— Calada ninguém te perguntou nada. – Retrucou o mesmo.

— Não vai dar. – Falou Milene do nada.

— O que não vai dar? – Perguntei a ela.

— Não vai dar de ele me proibir de andar com você. – Respondeu.

— Como assim não vai dar de eu te proibir de andar com ela? – Perguntou Ares, dizendo ela com uma certa repulsa

— Você não pode me proibir de andar com ela, pois eu e ela temos laços fortes. – Suspirou a mesma agora deixando um Ares confuso. — Ela é minha irmã e minha melhor amiga.

— O QUÊ? – Berrou o Deus da guerra a sua filha.


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Notas finais do capítulo

Capitulo bom ou ruim?.
Não deixem de comentar :D.
Bjss ;3 ...



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