O que o futuro reserva para nós! escrita por Ana


Capítulo 20
Vamos a Lisboa!


Notas iniciais do capítulo

Oi oi Gente! Como estão??

Esse capitulo era para ter saído no Sábado passado, porem quando eu finalmente consegui entrar no PC, minha mãe acabou me lembrou que eu tinha casamento para ir e que se eu não me arrumar logo eu iria perde a carona -_-
No Domingo ao ler o capitulo novamente eu tive que fazer algumas mudanças e corrigi algumas parte, sendo assim eu passei praticamente o Domingo inteiro fazendo isso.
Já na Segunda eu fiquei tentando criar os looks para as personagens na Polyvore, porem a net estava muito ruim então demorou para criar cada look.

Enfim, já explicado a demora do capitulo, vou parar de enrolação e deixar você lerem.

Boa Leitura e me desculpa qualquer erro ^-^



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POV Annalisy:

6h:35min, Acampamento Meio-Sangue, Long Island.

Acordei com muita dores no corpo, não sei o que doía mais, as bicadas das malditas corujas de Atena ou as dores do meu lindo encontro ao chão da noite passada.

Finalmente havia chegado o dia em que eu finalmente me libertaria da maldita ditadura em que eu vivia nesse acampamento, hoje me livraria do Deus da Guerra e assim poderia-me ver também livre das malditas horas de cansaço, dores e hematomas dos treinos agonizantes em que Ares fazia questão de preparar para mim.

Levantei-me na cama indo logo fazer a minha higiene matinal, decidindo tomar um banho para assim aliviar toda a tensão e as dores que eu passei na noite passada. Assim que acabei o banho, peguei a primeira roupa que vi pela frente e troquei-me, decidi ir fazer uma visitinha ao filho de Hécata que me prometeu desfazer os efeitos do pó mágico da própria Deusa, aonde com ele eu tive um pequeno acidente dias atrás.

Caminhei até o chalé de Hécata praticamente me escondendo atrás de cada arbusto, arvore ou até mesmo chalés que eu via pela frente, quando finalmente cheguei ao meu destino nem precisei bater na porta, pois a mesma se abriu diante a mim e assim aparecendo um garoto, conhecido como Jack, apenas com uma toalha enrolada na cintura me olhando dos pés a cabeça.

— Se escondendo assim até aparece uma criminosa mirim nesse acampamento – sorri de lado me encarando. — Você não está com calor não? Ainda mais com toda essa roupa de frio...

— E estou, mas com essas coisas grudadas em mim é impossível andar com alguma roupa de calor – bufei. — Você conseguiu aquela parada lá?

— Sim. Entra – deu passagem para eu entrar.

Caminhou até a parte do seu quarto e começou a fuçar em alguns vidros e papeis que estavam espalhados em cima da escrivaninha ao lado de sua cama.

O chalé não era muito grande, mas também não era pequeno, digamos que era perfeito para a moradia de uma só pessoa.

— Deve ser legal ter o chalé somente para si – comentei tentando acabar com o silencio totalmente constrangedor que havia se formado ali.

— É legal, mas ao mesmo tempo também não é legal – falou pegando um pequeno frasco de vidro com um liquido azul dentro do mesmo. — Toma – jogou o frasco para mim e logo em seguida afastando um pouco da bagunça da escrivaninha e encostando-se na mesma. — Passei a noite inteira pesquisando varias feitiços e poções bizarras para conseguir achar alguma solução para o seu problema, e por fim depois de uma noite em claro e mal dormida eu finalmente consegui achar uma poção que conseguisse reverter esse feitiço – explicou massageando suas têmporas enquanto fazia uma cara de dor.

— Deixa eu adivinhar!? Esta com dores no corpo devido às corujas da noite passada.

— É, elas são muito cruéis quando irritadas – concordou caminhando até mim — alias, você vem andando muito junto como o Deus da Guerra nesses últimos dias, você por acaso sabe o que os Deuses Olimpianos estavam fazendo aqui? – perguntou parando na minha frente.

— Será que você poderia vestir uma roupa? – indaguei um tanto incomodada com o ser quase seminu da minha frente.

Não podia negar, Jack era muito lindo, porem não era o meu tipo, se bem que, nem mesmo eu sei qual é o meu tipo...

— Porque eu vestiria uma roupa?! – brincou se aproximando mais ao ver o quanto corada estava.

— Olha Jack, eu realmente tenho hora para vazar daqui – comuniquei a ele na esperança que se afasta-se de mim.

— Relaxa Annalisy, não quero nada com você... Se bem que com a Milene, sim...

— Bom saber, agora me da isso – tomei o frasco de suas mãos e comecei a caminhar as presas até a porta.

— Epa! – apareceu na minha frente impedindo-me de passar — Anna, Anna, Anna, as coisas não são de graça querida, você vai ter que pagar por isso – sorri e toma o frasco de minha mão.

— Ta bom, quanto você quer? Fala logo porque eu não tenho o dia todo!

— Eu não quero dinheiro.

— Então o que você quer? – perguntei começando a me estressar com aquilo.

— Um encontro com a sua Best Friend, no caso a Milene.

— O que? Você esta louco?! tem certeza que quer isso?! – indaguei ainda pasma com aquela confissão.

— Sim – Respondeu o mais sincero o possível.

— Olha eu não posso pagar por essa porção com isso – revirei os olhos indo embora dali — quer saber, vou indo...

— Espera! – exclamou correndo atrás de mim — eu realmente estou interessado na sua amiga.

— ... – franzi o cenho.

— É serio! Por favor Annalisy, só me de uma chance... Arranja-me só um encontrozinho com ela, e se ela não quiser saber de mim depois do encontro, tudo bem.

— Eu não posso fazer isso com ela, ela é minha melhor amiga e...

— Anna... – suplica com os olhos.

— Irei conversar com ela, mas se caso ela não quiser sair com você que se foda essa porção ou seja lá o que for.

— Obrigado.

Sai do chalé de Hécata às pressas, ainda sem a porção em minhas mãos fui correndo para o chalé de Ares. Chegando ao chalé 05, bati na porta já sendo atendida pela mesma pessoa de sempre.

— Ora, ora se não é Annalisy Black na minha humilde residência. – sorri Benjamin se encostando-se na porta.

— Por que será que sempre que eu venho aqui é sempre você que atende? – indaguei sínicamente enquanto revirava os olhos.

— Sinceramente, não sei minha cara elementar Annalisy, talvez seja obra do destino, ou, quem sabe de Afrodite – sorri de lado levantando levemente suas duas sobrancelhas.

— Aff, Ben vai chamar logo a Milene antes que eu perca a paciência com você.

— Ok, ok! Irei chamá-la, mas pense bem do que eu lhe disse antes – piscou para mim.

— Não sei o que você esta falando – fiz de desentendida.

— Sobre Afrodite, Anna, você tem que começar a perceber e entender os sinais dela dado a nós dois...

— Cala boca e anda logo – o cortei cruzando os braços.

— Ta bom! – fez sinal de redenção enquanto entrava em seu chalé já gritando o nome de Milene.

Depois de cinco minutos finalmente a margarida apareceu, com um olhar cansado e com um cabelo enorme enquanto reclamava do sono perdido.

— O que você quer Annalisy? – perguntou curta e grossa.

— Nossa que grosseria, é assim que você trata as suas visitas?! – fingi-me de magoada.

— Você nem visita mais é.

— Eu sei. Desculpa ter te acordado, mas preciso contar algo a você.

— Então conta.

Contei tudo a ela desde que eu acordei e a minha visitinha ao chalé de Hécata, por fim Milene apenas franziu as duas sobrancelhas enquanto exclama de puro ódio:

— Não acredito que aquele garoto fez aquilo! Quem ele pensa que é para ficar fazendo esse tipo de chantagem?!

— Calma Milene, ele apenas... Ele me pareceu sincero quando disse que estava afim de você – suspirei recostando em seu chalé.

— Mas... Mas ele ainda usou chantagem.

— É, ele usou, mas você não acha que ele merece nenhuma chancezinha para conseguir esse “jantar”?

— Não – respondeu curta e grossa.

— Ta bom, disse a ele se você não quisesse sair com ele eu nem o procuraria mais.

— Annalisy...

— Annalisy nada, se você não quer sair com ele, eu não vou ficar suplicando a você para me ajudar com os meus problemas, a escolha é sua e não minha. Quer saber, que se foda aquela porção! – Sorrio e vou para perto dela — arrume suas malas que daqui algumas horas temos que ir até a cidade para pegarmos o ônibus para New York.

— Ta bom...

— Ah, e não se esqueça de se despedir dos seus irmãos, na ultima vez que você saiu sem ao menos se despedi deles, fiquei horas ouvindo que você nem mais pode ser considerada uma filha de Ares por minha causa – resmunguei já saindo dali.

Caminhei mais alguns minutinhos e me dirigi para o meu chalé. Entrei logo dando de cara com todos os meus irmãos acordados.

— Você acordou cedo – disse Bryan.

— E...

— Você não é de acordar cedo – boceja e se dirige para o banheiro.

— Nossa era só isso que você ia dizer – reviro os olhos e vou direto arrumar minhas malas.

— Era, digo, você sempre é a ultima a acordar alem de ser a mais preguiçosa, então... – gritou do banheiro.

— Nossa nunca me senti tão útil com as suas palavras. – resmunguei começando a separar as roupas.

— Vai sair? – perguntou Liam aparecendo ao meu lado e se sentando em minha cama.

— Ah, droga! É mesmo – amaldiçoei-me lembrando-me que havia me esquecido de avisar a eles que iria passar alguns dias ou até mesmo meses com a Katy — me desculpa, mas me esqueci de avisá-los que eu irei visitar a Katy em Lisboa.

— Nossa quanta consideração com seus irmãos que a tanto ama – fingiu-se de magoado.

— Devia pelo menos ter avisado ontem à noite sobre essa viagem – falou Josh bebendo um copo de água.

— Como disse antes, eu me esqueci – suspirei acabando de arrumar a mala.

Não era uma garota maníaca por roupas e nem mesmo gostava de sair para fazer compras, tanto que era Katy que sempre me arrastava para comprar roupas novas e até mesmo sapatos e maquiagens, portanto não tinha muita coisa a arrumar.

— Vai partir que hora? – perguntou Bryan com a boca cheia de pasta.

— Daqui a duas horas, tempo suficiente para me despedi de todos – sorrio fechando a mala. — Vamos? Pois daqui a pouquinho já será o horário do café.

Saímos todos do chalé se dirigindo ao pavilhão do refeitório. Chegando lá sentamo-nos na mesa de Hefesto e comemos.

Conversamos bastante antes de dar o horário de parti, tanto que a conversa fluiu tão bem que quando percebi já havia dado o horário de me despedir deles e encontrar com Milene.

Quebra de tempo:

— Se cuida hem! – abraçava-me Bryan negando me solta.

— Anda logo Bryan, nós também temos que nos despedi – reclama Liam o fazendo me solta e bufar.

Já estávamos todos em frente da entrada do acampamento, no momento naquele lugar só havia eu, Milene, Ben, Josh, Liam, Bryan, Quíron e por fim Sr.D.

— Quando chegarem lá fala para... Ah, esqueci! – resmunga Sr.D já voltando a casa grande.

— Pode deixar Sr.D iremos avisá-la que sente saudades dela – grita Milene o fazendo bufar e voltar a caminhar.

— Dionísio não muda mesmo – ri Quíron — ele sabe que esta com saudades da filha, mas não da o braço a torce quando se trata de dizer isso a alguém.

— Sei como é, Katy também é assim quando o assunto é o pai – concorda Milene.

— Quíron, sei que não devia estar pedido isso a você, mas será que você poderia avisar a Ares sobre a minha viagem? Sabe, ele é meu “treinador” e também no dia da festa com toda aquela confusão não deu para eu avisá-lo – fingi estar preocupada com os treinamentos dado por ele, mas por dentro estava pulando de felicidade com acontecido.

Tinha certeza de que quando ele soubesse dessa minha viagem tão repentina, ele com certeza ficaria furioso em perder seu brinquedinho de distração desse acampamento, mas quem disse que eu to ligando?!

— Tudo bem Annalisy, avisarei ele sobre a sua viagem e pedirei para cancelar o seu castigo por caso disso.

Abro um sorriso de orelha a orelha porem sendo logo impedida de continuar a sorrir assim que escuto a voz de quem eu menos gostaria de ouvir naquele dia.

— Avisar o que?

— Bom dia Lorde Ares – cumprimenta Quíron. — Annalisy e eu conversávamos sobre o que fazer em relação aos treinamentos dela.

— Eles continuaram os mesmo, não pretendo mudar nada se é isso que querem fazer – sorri se aproximando mais de nos. — Porque todas essas malas?

— Milene não te contou? – indaga Benjamin.

— Contou o que?

— Sobre a viagem dela a Lisboa.

— Você vai viajar e eu sendo o seu pai sou o ultimo a saber disso? – bufa Ares olhando diretamente a sua filha.

Milene apenas engole o seco e diz:

— Eu esqueci, foi mal!

— Tudo bem só porque eu sou um pai compreensivo eu irei perdoá-la – fala ele cheio de si. — E você – Olha para mim — vamos que temos muito ainda o que fazer.

— Não vamos a lugar nenhum Ares – sorrio para o mesmo ao ver sua cara de confusão.

— Como assim?

— Não sei se você percebeu, mas eu tenho ao meu lado uma mala e uma mochila em minhas costas, portanto eu também irei viajar.

— Não, você não ira! Você tem um castigo a ser cumprido – rosna ele me olhando com um olhar de puro ódio.

— Me desculpa, mas eu não posso desmarcar esse compromisso, portanto, tchau Bryan, Liam, Josh, Quíron e Ben. Vamos Milene! – a puxo para fora da entrada do acampamento. — Ah, Quíron manda um beijo para o Lorde Apolo e diz que eu sinto muito por não ter o avisado sobre a viagem antes, é que ele me ajudou no acampamento nos dias que esteve aqui e então eu me sinto meio culpada sobre não se despedi dele – grito poucos metros dali.

— O mesmo acontece comigo – grita Milene também. — Tchau – acena para eles.

— Hey! Você...– grita Ares já ponhando um pé para fora da barreira porem sendo impedido pelo centauro, que diz:

— Lorde Ares você não pode sair do acampamento.

8:00h, Jonh F. Kennedy International Airport, New York.

— Então... – falou Milene.

— Vamos a Lisboa – a pego pela mão e a puxo em direção a entrada do Aeroporto.

Pagamos nossas passagens e sentamos para esperar o horário de embarca.

— Ainda não acredito que você deixou o meu pai falando sozinho – corto o silencio.

— Ele mereceu – disse ainda sem tirar os meus olhos do meu celular.

— Annalisy, você não pode fazer esse tipo de coisas com alguém de nível elevado ao nosso, ainda mais com um Deus.

— Eu sei, mas como disse antes, ele mereceu. Olha, o nosso voo já vai sair – informei — vamos!

16h:06min Aeroporto da Portela, Lisboa.

— Finalmente em casa – suspirou Milene.

— Vamos que a Katy já deve estar esperando – falei indo em direção a saída.

Pegamos um táxi que mesmo com pouco dinheiro em mãos deu para pagar até o nosso destino. No meio do caminho senti algo a vibrar e Bridgit Mendler – Hurricane começar a toca.

— Quem é? – pergunta Milene.

— Ninguém, é só o meu despertador.

— Despertador? Por que diabos você colocou o celular pra despertar a essa hora?! – exclama franzino o cenho.

— Ah, não enche Milene.

— E não vai desliga isso não? – indaga.

— Eu vou, mas só quando passar a minha parte favorita. – respondi enquanto cantava o refrão da musica.


I'm boarding up the windows

Locking up my heart

It's like every time the wind blows

I feel it tearing us apart

Every time he smiles

I let him in again

Everything is fine

When you're standing in the eye of the hurricane

Here comes the sun, here comes the rain

Standing in the eye of the hurricane

Here comes the sun, here comes the rain

Standing in the eye of the hurricane…


Enquanto cantava parte da musica pude ver o motorista me olhando estranho como se eu tivesse possuída e Milene com uma cara de incrédula.

— O que foi?

— Nada – respondeu escondendo o rosto.

— Ah qual é?! É Bridgit Mendler!

— Eu sei, mas não precisa da uma da Shakira no táxi!

— Humm...

40 minutos depois:

Em algum lugar no Bairro da Graça, Lisboa.

— Lar doce lar – suspirei parada em frente ao prédio de 5 andares tirando terraço.

O prédio não era lá tão grande, em cada apartamento possuia uma sacada, sacada essa não muito grande porem não tão pequena, mas dava uma boa visão da rua calma e tranquila do bairro de onde morávamos, pelo menos durante o dia porque à noite a rua lotava,sendo que era nesses horários que os restaurantes, bares e lanchonetes locais estavam abertos.

— Vamos?

— Vamos – respondeu — ah, antes que eu me esqueça – Pegou um pequeno frasco de sua mala — toma – me entrega.

— Mas... Como... Por quê?

— Fica quieta e vê se toma isso antes do jantar – resmunga já adentrando o prédio.

—... Ta bom.

Entramos e caminhamos até o elevador, que infelizmente no mesmo estava uma placa escrito “manutenção”.

— Isso só pode estar de sacanagem com gente!

— Fala sério – a loira bate os pés impaciente. — Bom, o que agora só nos restou foi as escadas, ainda bem que moramos no quarto andar porque se não...

Fomos até as escadas que ficava perto da porta da entrada começando a subi-las em silencio. Quando finalmente acabamos de subir três lances de escadas fomos em direção a porta do nosso apartamento.

Cada andar do prédio era composto por quatro apartamentos, um na frente do outro, dois de um lado e os outros dois do outro lado. O primeiro andar não possui nenhum apartamento, sendo lá o Lobby do prédio. Pouco sabíamos do moradores do prédio sendo que raramente os víamos, a única coisa que me lembrava e conhecia era dos inquilinos do 4° andar. O Sr. Cardez do apartamento 4C a frente do nosso, ele era um homem um tanto depressivo e sempre estava andando para lá e para cá com a sua sanfona, além de que o mesmo era professor de uma escola local. A Sra Montana do apartamento 4B ao nosso lado é uma senhora de idade que mora junto com o seu pequeno Chihuahua, Pitty, que sinceramente eu não vou muito com a cara daquele cachorro e pelo que me parece nem ele vai com a minha cara. O Sr. e a Sra. Fontes do apartamento 4D ao lado do apartamento 4C, são um casal australianos que se mudaram a 5 meses atrás junto com o seu filhinho de 7 anos chamado Nicolas, o casal geralmente estão no apartamento, porem pode se ver Nicolas sempre depois do meio dia em seu apartamento junto com a sua baba, Helen.

— Você não vai mesmo falar o do porque ter voltado em sua decisão de hoje cedo neh? – indaguei ao pararmos em frente à porta.

— Não quero falar sobre isso agora, podemos ter essa conversa mais tarde? – perguntou começando a me olhar diretamente.

Acenei com a cabeça em sinal de tudo bem. Toquei a campainha escutando um já vai vindo de dentro e logo vendo a porta do mesmo sendo aberta, dando a finalmente a visão de alguém que pouco tempo não víamos.

— E ai? – perguntei sorrindo recebendo logo em seguida um bocejo da mesma.

— Ah, já chegaram – falou o ser descabelado em minha frente.

Katy parecia que havia sido atropelado pelo um caminhão, seu cabelos estava todo desarrumado, já a sua cara podia se ver grandes olheiras em baixo de seus olhos, a mesma também possuía uma cara de cansaço que minuto em minuto parava para bocejar, e por fim havia uma garrafa de uísque em sua mão direita.

— Ando bebendo de novo? – pergunta Milene revirando os olhos enquanto entrava na sala arrastando-me junto

O interior do apartamento não era tão grande, porem também não era tão pequeno. De cara logo que se entrava no mesmo podia se ver a sala de estar, com dois sofás cor de mel no centro da mesma junto a uma TV de 32 polegadas em cima de um pequeno Hack encostado na parede da sala virada de frente para os dois sofás, na frente do mesmo havia uma pequena mesinha de vidro em formato quadrado e em um canto da sala havia uma poltrona de um acento só para descanso, algumas paredes eram pintadas de um vermelho vinho enquanto as outras de um branco com leite, porem na mesma podia se encontra no centro uma faixa cor de vinho que fazia vários desenhos com o formato de videiras que dava um certo charme ao apartamento. No canto direito da sala ficava a cozinha, com um balcão não muito grande, e um pouco a frente do balcão havia uma pequena mesa com seis cadeiras, já no canto ficava o fogão, a geladeira e até mesmo o microondas que estava em cima de um pequeno balcão perto da geladeira, em cima do mesmo havia uma prateleira com comidas e tudo que precisaríamos para um ser humano sobreviver. Na sala se andássemos em linha reta em direção da TV e dos sofás, podia-se ver uma porta não muito extensa e nem larga dando acesso a sacada, que era decorada com varia plantas e flores. Perto do canto esquerdo da sala de estar havia um corredor que dava passagem aos dois quartos e o banheiro, que virando a esquerda no final do corredor encontravam-se os mesmos.

— Vocês chegaram que hora aqui em Lisboa? – pergunta Katy desanimada.

— Chegamos em torno das 16:00h – respondo tirando a garrafa de uísque de suas mãos. — Jura Katy?! Uísque?!

— Eu sei, eu sei – faz sinal de redenção — eu falei que iria parar de bebe, mas eu pensei melhor e vi que os filhos de Dionísio não se embebedam rápido de acordo com os mortais, então...

— Mas ainda sim se embebedam – repreendeu Milene.

— Mas não levando em conta ao tempo que os “mortais” ficam bêbados – revira os olhos.

— E daí que os filhos de Dionísio precisam de mais de cinco garrafas de Uísque para se embriagarem, mas ainda sim você falou que iria parar com isso. Será que a gente vai ter que esconder de novo todas as garrafas de uísques, vinhos e champanhes que tem aqui nessa casa?

— Ta bom, ta bom! Eu não vou mais beber, eu só bebi ontem... – levanto a garrafa de uísque em minhas mãos e balanço — e hoje. Não vamos mais discutir, vocês acabaram de chegar e devem estar cansadas. Vão tomar banho que pedirei uma pizza para a gente comer.

— Ótimo! Nada melhor do que pizza no jantar – sorrio começando a caminhar em direção ao banheiro. — Eu vou primeiro!

— Hey! Isso não é justo a mais velha vai primeira – exclamou Milene.

— Meninas sem brigas! – adverti Katy.

—Mas... – fez birra.

— Já era porque eu e já estou adentrando o corredor – corri indo em direção ao banheiro.

Assim que avistei o banheiro, que ficava quase a frente do quarto da Katy e do nosso (Milene e meu), abri a porta dizendo:

— Finalmente eu posso relaxar – suspirei já adentrando o local e tirando as roupas.

Apesar de ter tomado um banho demorado e com Milene reclamando da minha demora em minuto em minuto, foi calmo e relaxante. Quando finalmente acabei, me enrolei na toalha e fui direto ao meu quarto. Adentrei o quarto já olhando tudo em volta, não havia mudado nada desde que fomos para o acampamento meses atrás. As paredes brancas com detalhes em preto, as duas camas de solteiro uma ao lado da outra separada por um uma cabeceira, os pôster de bandas, filmes, atores/atrizes e cantores espalhados pelas paredes do quarto, o grande guarda roupa que Milene e eu dividíamos, metade de uma e a outra metade da outra.

Troquei-me e por fim lembrei-me do pequeno frasco em minha mala ainda não arrumada. Peguei o frasco já e olhando tal liquido dentro do mesmo.

— É... Seja o que os Deuses quiserem! – bebi de uma vez.

Em poucos segundos vi que a porção já estava dando efeito, as orelhas já haviam sumido e o rabo acabara de desaparecer.

Sorri ao ver aquilo e fui até a sala para agradecer Milene pensando em logo depois mandar uma mensagem de Iris agradecendo a Jack também.

— Olha só quem esta volta! Eu! Aeeee – dei uma voltinha mostrando a ela o que havia sumido de mim.

— Nossa, dizem que um bom banho é milagroso, mas nunca levei isso ao pé da letra – comentou Katy acabando de arrumar os pratos.

— Bom ver que aquela coisa deu o efeito que você queria – falou Milene dando um meio sorriso.

— Valeu – sussurrei sorrindo para mesma.

— De nada – piscou para mim.

— Bom, daqui a pouco o homem da pizza já esta chegando, portanto agora é só esperar – suspira Katy se jogando no sofá.

— Então enquanto isso vou tomar banho – fala Milene já caminhando em direção ao banheiro.

— Vou arrumar as roupas então – saiu dali deixando Katy assistindo TV.

Arrumo todas as minhas roupas no armário, vendo algo se mexer na minha mala.

— Hey gato que se parece com Mozart, fica quieto porque se não a Katy vai te descobrir – resmungo abrindo a mala e o tirando dali — você não sabe como foi um sacrifício te esconder no chalé com todos os meus irmão lá.

Coloco o no chão que sobe em minha cama e deita na mesma. Coloco uma coberta fina sobre ele torcendo para Milene nem reparar no animal dormindo em cima da cama. Saiu do quarto e vou novamente para sala ao ouvir a companhia tocar.

— Já chegou? – pergunto a Katy ainda no corredor.

— Sim – responde. — Meninas adivinhem que eu acabei de saber.

— O que? – indaga Milene curiosa de dentro do quarto.

— Vamos ter novos moradores no apartamento à frente.

— Novos moradores? O que houve com o Sr. Cardez? – pergunto já começando a me interessar no assunto.

— Parece que ele conseguiu um emprego novo como professor em uma universidade bastante gratificada em New York, se eu não me engano ele já queria dar aula lá há muito tempo, mas nunca conseguiu o emprego, pelo menos até agora.

— Estranho – franzi o cenho.

— Estranho o que Annalisy? – pergunta Milene vindo para a cozinha e já atacando uma fatia de pizza.

— Sei lá, estranho dessa coisa de ele conseguir assim do nada o emprego.

— Às vezes as pessoas têm algo chamado sorte, sabe aquela coisa que só aparece muito raramente para nós duas.

— Bom, chega desse assunto e vamos comer antes que a pizza esfrie – gesticula Katy atacando um pedaço de pizza.

10 minutos depois:

— Ahh. Estou cheia! – falo em voz alta.

— Também, com as duas pizzas que compramos você comeu quase as duas inteiras – provoca Milene.

— Ah, vai à merda Milene!

— Parem as duas – ordena Katy perto da porta. — Parece que os nossos novos vizinhos chegaram.

— Como você sabe?

— Ela esta escutando tudo atrás da porta não é cabeção!? – Dou um pedala Robinho na cabeça da loira devido à pergunta tão idiota feita por ela. — E daí que eles chegaram?

— Como assim e daí? É claro que vamos lá cumprimentarmos eles!

— Mas Katy! Ninguém mais age assim hoje em dia, essa coisa de cumprimentar o vizinho novo é coisa de época antiga – reclama Milene — hoje em dia cada um só quer saber de cuidar da sua própria vida e bem estar.

— Parem de reclamar! Nós como vizinhas educadas vamos sair desse apartamento e iremos até o apartamento vizinho cumprimentar eles.

— Ela só que ver quem é os novos vizinhos – sussurro a Milene.

— Eu escutei!

Quebra de tempo:

— Apesar de todos os nossos protestos, ela ainda quis vir – resmungo ao lado de Milene que segurava um prato com papel filme em volta do mesmo.

— Não acredito que ela esquentou quatro pedaço de pizza para trazer para eles – reclama Milene.

— Calem a boca as duas antes que eu fique muito zangada. – adverti a loira nos olhando mortalmente.

Assim que calamos a boca, Katy tocou a companhia e esperemos até a porta se abrisse. Quando finalmente a porta se abriu, mal teve tempo para o ser do outro lado da porta perguntar que queríamos, eu logo fechei a porta novamente e as puxei para o nosso apartamento.

— Vamos embora – abri a porta do nosso apartamento e as joguei para dentro do mesmo.

— Annalisy, não é gente que fecha a porta na cara do vizinho e sim o vizinho que deveria fechar a porta na nossa cara – reclama Katy.

— Ah! Ele iria – falo sarcasticamente enquanto acabava de trancar a porta. — Será que ainda da tempo para a gente se muda de país?


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Odiaram?

Gente eu não sabia de quantas horas ou minutos ficava do Aeroporto de Portela até o Bairro da Graça, então eu arrisquei e coloquei uns 40 min, portanto se alguém souber, por favor poderia me avisar para assim eu corrigir esse detalhe!?

Vocês viram que eu coloque o local e a cidade em que elas estavam durante o capitulo, porem isso só se deve por causa de elas saírem de país e irem para o outro! Para quem quiser pesquisar os lugares de Lisboa citado no capitulo eu aconselho :)
Achei que Lisboa seria um bom lugar para elas morarem, eu queria um lugar que não fosse visto na maioria das fics, e como ate agora eu não vi nenhuma fic que cita Lisboa, então eu arrisquei.

Gente eu estou pensando em fazer alguns POV'S da Milene e de mais alguns personagens durante a fic, o que vocês acham? Acham que seriam legal ver a história por outro angulo ou é melhor que só os dois personagens de sempre narrem?

Visto que esse capitulo tem mais de 4.000 palavras eu espero que não tenha os cansados tanto ao ler tudo isso!

Agradeço desde já a quem leu até aqui ^-^

Bjss e Até :3