O que o futuro reserva para nós! escrita por Ana


Capítulo 11
Lembranças e Surpresas!


Notas iniciais do capítulo

Hey meus docinhos, voltei com mais um capitulo ~desviando das cadeiras.
Sei que demorei a posta, mas expliquei os motivos e graça a deus os trabalhos sessaram ~os anjos glorificam! Amém!, mas como a minha vida não é perfeita acabou q nessa semana vai começar as provas finais :/ então resumindo, eu não vou ter muito tempo para atualizar e escrever o novo capitulo da fic.
Alem do q o real motivo de eu não ter atualizado a fic também, é de porque eu estava com uma baita de uma preguiça ~eu sei não me julguem -_-, alem de que eu tive em enorme bloqueio criativo que me fez eu não conseguir continuar a escrever o capitulo que já estava na metade :/. Mas agora já passou e vocês serão bem recompensados pela demora minha.
Então sem mais de longas, desculpem os erros e Boa Leitura!



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— Xiiiu, Milene fica quieta! Porque se a Sra. Meryda nos pegar, ela vai-nos matar! – Sussurrava uma menina morena de olhos e cabelos castanhos a outra garota loira de olhos azuis, que acabara de derrubar seus sapatos no chão, fazendo assim ecoar o barulho pelos corredores do imenso orfanato.

— Relaxa Annalisy, a Sra. Meryda deve estar em algum lugar do orfanato enchendo o saco de alguma criança por ai. – Respondeu a garota tentando traquilizar a amiga.

— É verdade. – Anna sorriu tranquilizada.

Antes as duas que estavam escondidas atrás de uma grande caixa que ali tinha, agora saiam dos seus esconderijos mostrando duas crianças completamente imundas de lama e uma delas segurando um gato branco com manchas pretas, seus uniformes estavam enlambuzados de barros e o sapatos nem se fala, pareciam mais que eram marrons em vez de pretos. Elas andavam nas pontas dos pés com a intenção de fazer nem o mínimo barulho sequer. A verdade era que Anna e Milene morriam de medo da velha Sra. Meryda Sanfonely, que apesar de possuir uma aparência de uma boa senhora idosa que adorava crianças, Meryda era completamente diferente do que aparentava ser, ela odiava crianças, mesmo sendo a vice diretora do orfanato, o único motivo que a fazia ficar ali era pelo simples fato de que não havia mais nada prazeroso do que ver o olhar assustados das pobres crianças que se portavam mal ali naquele orfanato. Meryda adorava castigá-las pelos seus maus comportamentos, mesmo quando a criança não fosse culpada, ela era má e a única coisa que ela possuía medo era de gatos, sim, foi isso que você leu Meryda possuía uma fobia por gatos, morria de pavor e não permitia que nenhum animal entrasse dentro daquele orfanato, ainda mais quando se tratava de gatos.

— Anna tira o sapato não ta vendo que eles estão fazendo barulho?! – Bufou a menina loira.

— Não da, se caso eu tirar os sapatos eu não vou conseguir levar os sapatos e o Mozart na mão. – Reclamou a menina morena ainda segurando o gato com uma certa dificuldade devido o peso do mesmo.

— Não precisa segurar os dois, é só você me dar os seus sapatos que eu levo, alias, eles não pesam nada comparados a Mozart. – Riu a amiga ao ver a dificuldade de sua melhor amiga a levar Mozart que de leve não tinha nada.

— Ta bom, mas segura Mozart para eu tira os sapatos, porque se caso ele fugir daqui, é perigoso a Sra. Meryda acabar descobrindo sobre Mozart e nem quero ver o que vai acontecer com a gente se caso ela descobrir. – Estremeceu as duas só de pensar no que poderia acontecer com elas se caso Meryda descobrisse sobre o gato.

Anna tirou seus sapatos e entregou à amiga, mas ao darem mais um passo acabaram escutando um som estridente de salto alto se espalhar pelo corredor. Não precisaram nem ir olhar para saberem quem era, pois só havia uma mulher que naquele orfanato usava salto agulha para fazer um barulho tão irritante como aquele. Ao ouvirem o barulho logo entraram em desespero, saíram de lá correndo sem se importarem com o barulho que faziam, sabiam que era Meryda com seu atual sapato de salto alto, mas de uma coisa elas tinham certeza que iria acontecer, que se caso Meryda pegassem elas naquele estado que se encontravam, ainda mais com um gato nas mãos, elas com certeza estariam muito ferradas.

Ainda correndo, Anna acabou tropeçando e caindo, Milene que ainda não tinha visto a amiga que naquele momento se encontrava no chão junto a Mozart, ainda corria, mas ao se dar conta que havia algo faltando, logo se virou para trás a procura da amiga que estava a se levantar, Milene acabou voltando para ajudar à amiga, mas já era tarde mais, pois a velha senhora rigorosa que era Meryda acabou vendo as duas garotas, e pior acabou vendo o gato também.

— Senhorita Black e Senhorita Solarye, me acompanhem agora! – Esbravejou Meryda fulminando as duas com o olhar.

Milene e Annalisy apenas se entre olharam e engoliram o seco, estavam morrendo de medo de qual seria o castigo que receberiam, sabiam que Meryda devia estar espumando de raiva devido as suas roupas sujas e o gato que ainda estava no chão só que agora deitado na maior folga como se não estivesse acontecendo nada de mais.

— Black solte esse gato imundo agora! Depois eu dou um jeito de se livrar desse animal repugnante. – Rosnou Meryda a garota que havia pegado o gato naquele estante, mas logo deu um jeito de solta-lo e apenas abaixou a cabeça logo em seguida. — Venham, não tenho o dia todo!

As meninas apenas assentiram e voltaram puseram a seguir Meryda, as duas estavam com as mãos dadas, mas o que mais as preocupavam agora era Mozart, sabiam que Meryda iria fazer algo com ele, bem, não ela, mas iria pedir para alguém dar um fim nele, e isso as deixavam em pânico, não queriam perder o seu animalzinho de estimação, elas haviam conseguido cuidar escondido dele durante dois anos e agora saber que elas nunca mais iriam poder ver ele, as deixavam arrasadas. Mas logo uma luz de esperança se acendeu dentro delas ao verem Carmin, uma mulher de 31 anos que ajudava naquele orfanato de vez enquanto. Carmin era querida pelas crianças, possuía cabelos e olhos negros, era morena e era alta, e ao verem Carmin conversando com uma mulher baixinha, elas logo puseram a correr em passos silenciosos a onde ela se encontrava, que por sinal não era muito longe dali.

— Dona Carmin, Dona Carmin! – Chamou Milene já perto dali atraindo os olhares para si e para a amiga.

— O que foi Milene? Aconteceu alguma coisa? Annalisy esta tudo bem? – Perguntou Carmin olhando diretamente a garotas.

— Não da tempo pra explicar, mas tem um gato branco com manchas pretas aqui no orfanato, ele não deve estar longe daqui, ele ainda deve estar deitado no chão, você tem que pegar ele e tirar do orfanato. – Despejou Annalisy de uma vez.

— O quê? Que gato?

— Não da tempo Dona Carmin! A Sra. Meryda daqui a pouco vai percebe que não estamos mais atrás dela, apenas faça esse favor pra nós, pega Mozart e leve ele para algum lugar seguro daqui, você sabe com a Sra. Meryda odeia gatos. – Explicou Milene, mas logo foi cortado por um grito estridente.

— Solarye e Black! Já chega! Desobedeceram minhas ordens e agora tentam fugir de mim como duas marginais! – Exclamou Meryda furiosa fazendo as duas garotas se encolherem. — Andem, vamos! Mas agora estarei de olho em vocês duas e se tentarem fugir de novo, podem ter certeza que seus castigos aumentaram.

— Sim Sra. Meryda. – Falaram em uníssono as duas e voltaram a seguir Meryda.

— Meninas, podem deixar eu vou achar o gato de vocês, agora vão. – Disse Carmin bem baixinho tranquilizando às duas.

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— Vocês realmente pensaram que poderiam desobedecer as regras do orfanato e ainda mais escaparem imunes de um castigo?! – Esbravejava Meryda furiosa para as duas garotas que se encontravam sentadas em um sofá com suas cabeças abaixadas. — Andem! Respondam!

— Não senhora Meryda. – Falaram as duas em uníssonos.

— Não senhora Meryda. – Imitou as garotas. — Primeiro todos vocês sabem que é senhorita e não senhora, segundo a onde vocês estavam para aparecerem imundas assim? Parece até duas porcas que acabaram de sair do chiqueiro! Por ultimo quero saber qual das duas arrumou aquele animal pesonheto? E é melhor não me tentarem enrolar!

Depois de Meryda acabar, ninguém respondeu, a sala estava em um completo e incomodante silêncio. As duas garotas que antes estavam com suas cabeças abaixadas, agora afundavam mais naquele sofá, estavam morrendo de medo, medo de dizer uma só palavra e acabarem recebendo um castigo pior do que com certeza receberiam, medo de olhar para a senhora que estava em suas frentes e ver aquele olhar assustador que a mesma tinha quando estava nervosa.

— Ahh, vocês não vão me responder? Então veremos! – Falou pegando uma colher de pau que estava pendurada na parede de sua pequena sala.

Assim que pegou a colher, logo pegou as mãos das duas garotas a força e estendeu as mesmas para frente, não demorando muito a estralar pela primeira vez a colher em suas mãos, obtendo um grito de dor vindo das duas. Bateu umas sete vezes em suas mãos com a colher de pau, as mãos das duas garotas já estavam vermelhas e doloridas e, se durasse mais um pouco aquilo, com certeza poderia se ver sangue saindo das palmas de suas mãos, pela tamanha força que Meryda batia.

— Vão falar agora? Andem não tenho dia inteiro para as duas pestes. – Gritou Meryda olhando as duas crianças que choravam em silêncio.

— Nós estávamos no bosque que tem perto daqui... Por isso das roupas sujas... E... E... O gato fui eu que achei e trouxe para cá... A Milene não tem nada a ver com ele. – Respondia Annalisy entre soluços devido ao choro.

— Annalisy! – Exclamou a amiga horrorizada com a mentira contada na ultima parte.

— Cala boca sua imunda! – Esbravejou Meryda a garota loira. — Continua Black...

— É só isso. – Respondeu a garota.

— Esta mentindo! – Exclamou a mais velha pronta para bater mais com a colher nas mãos da garota.

— É verdade! Eu juro! – Falou a garota quase em suplica.

— Ta bom, e você. – Apontou para Milene. – Você vai limpar todos os corredores do orfanato e ira ajudar na cantina, por quatro semanas, e sua comida vai ser diminuída também, sendo assim sem sobremesa e só vai receber metade da comida que recebe durante os almoços e jantares. – Falou Meryda fazendo uma suposta careta, provavelmente se lembrando da gororoba que se servia para as crianças daquele orfanato. — Escutou?!

— Sim...

— Agora você! – Rosnou Meryda agora apontando para Annalisy. — Você vira comigo, tenho um castigo especial só para você.

Acabando de fala, logo puxou Annalisy pelos braços, praticamente arrastando a garota pelos corredores do orfanato.

— Solarye pare de nos segui e vai cumprir com as suas obrigações! – Exclamou a garota que estava seguindo as duas com medo do que Meryda iria fazer com sua amiga. — Quer saber! Em vez de deixa você comer durante as refeições, você só ira comer durante os almoços, sem jantar para senhorita e só metade da comida.

— Mas senhorita Meryda... – Tentou argumentar a garota que ainda seguia a velha senhora arrastar sua amiga.

— Mas nada! – Cortou Meryda. — Juan! – Gritou o nome do velho zelador do orfanato, que ali estava um pouco afastado do lugar que se encontravam. — Leve a senhorita Solarye até o seu respectivo quarto.

— Sim senhora. – Respondeu o velho senhor.

— Não Juan... Por favor... – Milene se debatia nos braços do homem que tentava levá-la dali.

Annalisy apenas observava a cena ainda chorando, sabia que seria melhor assim, pelo menos Milene teria comida, apesar de ser só durante os almoços e só apenas a metade da refeição, mas ainda assim teria o que comer e teria as outras crianças para ajudá-la quando precisasse, mas ela, ela não teria a mesma sorte da amiga, com certeza não teria.

— Chegamos! – Exclamou Meryda sorridente.

As duas estavam paradas em frente de uma porta velha de madeira, o lugar que se encontravam estava deserto, tudo dali era velho e cheirava mofo.

— Bom você e sua amiguinha já devem conhecer esse lugar, pois as duas já vieram parar um monte de vezes aqui. – Falava Meryda enquanto pegava uma velha chave para abrir a porta. — Então você já sabe como funciona esse lugar neh?...

Annalisy apenas assentiu com a cabeça que ainda estava abaixada, ela sabia como funcionava aquele local, odiava ir parar ali.

— Sabe se fosse por mim eu deixaria sua amiguinha sem refeição pelas quatro semanas, mas como isso não depende só de mim eu fui muito caridosa de deixá-la comer pelo menos durante os almoços... Já você, creio que deve saber que não terá muita sorte como ela... Bom já que você já sabe como funciona... – Tagarelava Meryda abrindo a velha porta de madeira.

Ao abrir a porta, Meryda imediatamente puxou novamente o braço da garota, que já começava a sentir um breve desespero enquanto adentrava dentro da pequena sala feita de tijolos, que mais parecia com pedras. A sala, que parecia mais um quartinho de tão pequeno que era, estava vazia, era fechada e só havia uma pequena janela com grades que lhe proporcionava uma vista direto ao bosque que ali tinha perto do orfanato.

“Pelo menos eu tenho uma vista agradável”, pensou a garota.

— Tenha um bom dia senhorita Black. – Disse Meryda empurrando a garota para longe de si e logo em seguida fechando a velha porta de madeira.

— Por quanto tempo eu vou ter que fica aqui? – Gritou a garota já escutando Meryda se afastar da porta.

— Não sei... Quem sabe por duas semanas... Quatro semanas... Ou até mesmo um mês. – Gritou Meryda em resposta. — Isso vai depender de como você vai se comportar senhorita Black. – Riu em escárnio.

— Por favor, me tira da daqui. – Chorava a garota enquanto se agarrava no ultimo fio de esperança de sair dali, mas não obteve nenhuma resposta.

Tudo estava silencioso depois de Meryda ter saído do local, Annalisy ainda chorando apenas caminhou até a pequena janela dali. Enquanto observava tudo lá fora, acabou se deparando com uma imagem assustadora, não sabia ao certo se aquilo era apenas sua imaginação ou se aquilo era realmente real, mas sabia que o que ela tinha visto possuía serpentes no lugar dos cabelos, seu corpo era coberto por escamas, seus braços pareciam ser de metal, em vez de ser em carne e osso, os dentes do mesmo eram ponte agudos, parecia uma mulher, mas expressivamente um monstro, metade mulher e metade cobra, da cintura para cima se parecia com uma mulher, mas da cintura para baixo parecia uma cobra, com uma longa calda de serpente no lugar de suas pernas.

— O que é aquilo? – Sussurro a garota a si mesma enquanto piscava e tentava força a vista para ver se aquilo mesmo era real. — Ai meu deus! – Exclamou a garota tampando a boca assustada quando viu que o monstro se aproximava do local que a menina estava.

Ao ver que o mostro estava vindo na mesma direção que se encontrava a pequena janela, Annalisy ainda tampando a boca para não fazer nenhum barulho, apenas se agachou encostada na parede, se esconde na parede que ficava em baixo da pequena janela, sabia que ali ninguém conseguiria a ver dentro daquela pequena sala, que estava mais para um quartinho ou até mesmo um porão, ela não tinha para onde fugir já que a porta estava trancada e a mesma não tinha força o suficiente para arrombar a velha porta de madeira, então acabou apenas restando a ela se tentar se esconde na esperança de que aquilo não a visse ou percebesse que ela estava dentro daquele pequeno quartinho.

— Semi... Deusa... – Silibou o monstro igual a uma serpente

O mostro repetia sempre a mesma palavra enquanto tentava a vista alguma alma viva dentro daquele lugar, alem de que aquilo já estava parado na frente da janela da onde a garota estava.

Annalisy estava em pânico fazia de tudo para não gritar ou fazer algum barulho, tentava não se move e de vez enquanto olhava de relance para cima, a onde estava a janela, mas ao olhar pela terceira vez para cima, logo se deparou com um dos braços do monstro bem em cima de sua cabeça, não chegava a relar mais estava bem próximo de sua cabeça, e ao sentir a mão escamosa do monstro relar em seus cabelos, não se conteve e acabou gritando. Tentou escapar dali, mas quando estava pronta para ir até a porta acabou sentindo aquela mão agarrando seus cabelos enquanto tentava puxar a garota para perto da janela.

A garota ainda gritava, gritava de dor e desespero, e quando sua cabeça estava próxima da janela acabou escutando um barulho estrondoso e algo passando em uma velocidade grande perto de sua cabeça, a fazendo assim logo depois escutar o monstro grunhir de dor, não deu tempo para processar o que aconteceu, pois logo sentiu uma dor imensa em sua cabeça que acabara de se chocar com tudo na parede, se sentia fraca e lutava para que seus olhos continuassem abertos, mas não conseguiu, a exaustão e a dor foram mais forte do que ela, e antes de cair em um sono profundo acabou conseguindo escutar apenas uma coisa:

— Vai embora Esteno! Deixa-a em paz antes que eu acabe com você! – Esbravejou uma voz masculina.

Pov Anna

— ACORDA GAROTA! – Berrou Jack em meu ouvido.

— Fala sério Jack, isso doeu, quase que você me deixou surda! – Exclamei irritada com o que ele tinha acabado de fazer.

— Você deveria me agradecer em vez de ser uma má agradecida, você parecia estar em coma mesmo estando acordada, parecia uma estatua viva enquanto olhava para aquele gato. – Falou apontando ao um gato que estava parado bem na entrada do acampamento.

Já estava de manhã e como tinha dito a Jack no dia anterior, havíamos acordado antes das setes, sendo assim ainda era seis da manhã, e isso resultava em nenhum campista acordado, a não ser dois idiotas que tentavam se esconder a cada passo que davam com medo de avistar qualquer movimento de fúrias, mas quando estávamos na metade do caminho eu acabei vendo um gato, e sim, era um gato mesmo, não o rabo ou a orelha que agora estavam grudados em mim e, como toda curiosa, acabei tentando chegar perto dele, mas o mesmo acabou correndo para longe, e claro que eu fui atrás com o Jack me seguindo, logo que o gato parou, ele acabou parando bem na entrada do acampamento e foi ai que quando olhei bem para ele, acabei me desligando no mundo e entrando diretamente nas lembranças do meu passado, então a parti dissoque tudo aconteceu, Jack berrou com tudo no meu ouvido e eu lógico que não gostei.

— Ta bom Jack, fica quieto ai e tenta não fazer barulho, já já eu volto. – Falei para ele enquanto caminhava com cuidado para não assustar o gato.

Aquele gato se parecia exatamente com o Mozart, o meu antigo gato, meu e da Milene que criávamos juntas no orfanato, mas havia muito tempo que não via ele, desde os meus sete anos, desde quando tudo aquilo aconteceu, nem sei se ele esta vivo ou morto, a onde o mesmo estava, se ele estava sendo bem tratado em uma casa ou esta morando na rua.

— Hey gatinho, vem aqui vem! – Me agachei tentando se aproximar dele sem ao menos o assustar. — Mozart? ...

Não sei por que diabos eu havia o chamado de Mozart, talvez pela semelhança do mesmo ao meu antigo gato, mas o que mais me surpreendeu foi de que ele à escuta esse nome veio até mim.

Com o gato em minhas mãos, caminhei tranquilamente até Jack que me olhava com uma cara interrogativa.

— Mozart? – Perguntou ele a mim.

— É que... É que ele se parece muito com um gato que eu a Milene cuidávamos quando tínhamos 7 anos...

— Tudo bem, depois você me explica isso. – Falou voltando a caminhar. — Agora vamos continuar a nossa trajetória e espera...

— O que foi? – Perguntei ao ver parar bruscamente.

— Pensei que aqui nesse acampamento não havia gatos, mas como esse gato conseguiu adentrar a barreira de proteção do pinheiro de não sei lá de quem? Ainda mais, como ele conseguiu achar o acampamento?

— Primeiro, o pinheiro de “não sei lá de quem” é o pinheiro de Thalia, então mais respeito, ela foi uma grande heroína, e continua sendo, apesar de agora ser uma caçadora de Ártemis, segundo não posso te responder uma coisa que eu também não sei, mas vou descobrir o que esta acontecendo, mas é claro, depois de eu me livrar dessas coisas que estão praticamente grudadas no meu corpo e depois que eu acabar o que eu tenho que fazer. – Falei enquanto colocava o gato dentro do moletom grande e largo do ursinho Pooh que com o seu capuz cobria minhas orelhas de gato, alem da calça larga preta que havia pegado emprestado de Liam para esconder o rabo que havia grudado em mim. — Então rumo ao Chalé de Ares!

Caminhamos mais um pouco, na verdade o chalé de Ares não ficava muito longe dali e como já estávamos perto, não demorou muito a chegar ao mesmo.

Quando finalmente chegamos, apenas bati duas vezes, mas não obtive resposta, bati quatro vezes, mas também não obtive nenhum resposta, bati seis vezes e ainda o chalé parecia estar deserto, sem nenhuma alma viva ali dentro, não tardou a me estressar e comecei a bater freneticamente na porta, até ouvir a mesma abrir com tudo.

— Qual é nem são sete da manhã, então será que você poderia dar um fora daqui? – Perguntou Benjamin ainda com os olhos fechados, um dos filhos de Ares que não estava com nenhuma cara boa por eu acorda o mesmo, mas quando me viu logo sua cara mudou. — Hey! Oi Anna! Eu sei que você me ama e me acha um tesão, mas se você quisesse-me ver dava para você espera mais um pouquinho neh?! – Falou abrindo um sorriso malicioso.

— Cala boca Benjamin, eu não vim te ver, eu vim ver a Mih. – Respondi revirando os olhos.

— Nossa assim você me mágoa, não precisa ser tímida amorzinho. – Falou se aproximando de mim. — E quantas vezes eu vou ter que repetir que é Ben e não Benjamin, você sabe que eu não gosto que me chamem assim, não sei o que a minha mãe tinha na cabeça ao escolher esse nome de mulherzinha. – Murmurou se encostando-se à parede do chalé.

— Típico pensamento machista... Ben, Benjamin não é nome de mulherzinha, e eu gosto desse nome, e por ultimo não me surpreende nada você ser filho daquele ogro.

— Você gosta do meu nome? Com certeza vai gostar ainda mais dele entre quatro paredes! – Falou dando um sorriso de lado, típico do pai ¬¬. — Mas sabe... Surpreende-me você ser filha de Hefesto, tipo você não tem aparência de uma... E você sabe que se caso Ares escuta do que você o chamou, ele pode te fulminar?!

— Eu sei o que ele pode fazer... E qual seria a aparência de um filho de Hefesto? – Perguntei arqueando umas das minhas sobrancelhas.

— Ah você sabe... Igual a do pai?! E você sabe que falam que a aparência dele não é das melhores...

— É melhor você calar essa boca antes que eu quebre o seu nariz. – O cortei já me irritando com tamanha baboseira.

“Quem ele pensa que é para falar do meu pai?”, Ta bom que ele nunca me veio visitar, ou tentou se comunicar comigo, mas ainda ele era o meu pai e sabia também muito bem que algo o impedia de fazer tudo isso, tipo a regra idiota que Zeus havia imposto a qualquer Deus seja olimpiano ou menor. Fala sério “não poder ter nenhum tipo de contado com os seus filhos semideuses”, que regra mais estúpida é essa?! Depois não sabem o motivo da tamanha revolta e ódio que alguns semideuses têm de seus pais Deuses ou Deusas.

— Calma ai estressadinha...

— Benjamin chega de enrolação e vai logo chamar a Milene. – Cortei-o novamente.

—Ta bom dessa vez você escapa. – Resmungou entrando novamente no chalé.

Não tardou muito para que uma Milene com uma cara de bosta aparecesse na porta enquanto resmungava alguns palavrões direcionados a mim.

— O que você quer? – Perguntou sonolenta.

— Vem comigo e depois eu te explico. – Respondi puxando ela até um lugar afastado dali, longe de todos e de tudo, mas não antes de ouvir uma voz conhecida gritar de longe.

— Volte sempre Anninha!

— Idiota, infeliz, nazarento... Ele sabe que eu odeio esse apelido. – Falei entre dentes.

— Já te disse que Ben parece gosta de você! – Falou Milene sorrindo.

— Nada ver, ele é aquele típico garoto machista que só fica com a garota até enjoar e depois que enjoa apenas larga dela como se ela não teve significância nenhuma em sua vida, aff, típico do pai, desde a atitude ao jeito de falar e agir, nunca que poderia gostar de um garoto que se parece com o ogro de seu pai.

— Anna, Anna, ainda acho que esse ódio que você tem do meu pai não vai levar a nada. – Apenas me respondeu bufando enquanto rolava os olhos azuis.

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— Ta bom, já estamos a onde você queria, então começa logo e é melhor se algo muito importante para você ter me acordado há essa hora, porque se não...

— Ta bom, ta bom! Apenas fica quieta e veja o que tenho a te mostra. – Falei sorrindo.

Mas antes de dizer mais uma palavra sequer fui cortada por um Jack resmungando dentro do moletom largo que eu usava e estragando a surpresa.

— Para com isso seu bichano feio, assim você vai me faze ficar todo enferrujado.

— Ah Anna o que é isso dentro do seu moletom? É porque tem algo se movendo ai dentro? – Perguntou olhando diretamente a aonde vinha o som abafados de Jack.

— Bom é apenas... Ai! – Exclamei quando senti algo me arranhar na barriga. — O que vocês estão fazendo ai?... Ai! Isso dói! – Continue a falar só que agora abrindo o zíper do moletom fazendo assim cair o Jack e o gato que estavam ali.

— Hey! Tenha mais cuidado, sabia que você poderia ter feito alguma peça minha desmontar?! – Falava Jack se levando do chão, mas logo foi cortado com a pergunta de Milene:

— Mozart?

Assim que disse isso o gato foi correndo até ela que apenas o segurou com força enquanto o abraçava.

— Não acredito que você conseguiu achar ele Anna?! – Falava ainda abraçada ao gato.

— Bem... Milene eu não sei se realmente é ele, então...

— Mas claro que é ele Anna, olha só, ele até tem a cicatriz na patinha direita. – Apontou a cicatriz não vista antes por mim.

— Não acredito – Murmurei arregalando os olhos ao ver aquilo. — Mas como... Como... Como ele conseguiu vir até aqui? Como ele nos achou?

— Como assim “como ele conseguiu nos achar?” – Perguntou Milene me olhando.

— É que eu o encontrei na entrada do acampamento... E...

— Será que alguém pode me explicar o que ta acontecendo? – Interviu Jack.

— Para tudo! Essa coisa esta falando Annalisy! Essa coisa esta falando! Como?

— Bom lembra que eu disse qual era o meu projeto? – Perguntei e ela apenas assentiu. — Então, Vua La (sei lá se escreve assim -_-), aqui esta ele prontinho e novinho em folha, essa é minha surpresa, se bem que foram duas surpresas, mas tanto faz! – Falei sorridente enquanto pega Jack no colo mesmo sobre os protestos do mesmo.

— O QUÊ? – Perguntou Milene se apoiando em uma arvore enquanto olha do Jack para Mozart.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Ruim? Bom? Devo melhorar alguma?
Pra quem não sabe "Esteno" é uma das três Górgonas que são Esteno, Euríale e Medusa.
Bjss :3.



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