A Bet –EXTRAS– escrita por Nick Montanari


Capítulo 1
A Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Heeey minhas booneecas!!
Olhaa sóo depois de uma eternidade eu finalmente voltei com os prometido "extras".
Peço que me perdoem pela demora, mas é que só agora que fui ter ideias para dar ao nosso grego chato, e a nossa britânica teimosa, um fim fofo, lindo, romântico e extremamente feliz, que eles merecem!
Booom, vamos ao capítulo entãoo?
Booa leitura minhas lindonaas, espero que gostem :D



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Sentindo as pálpebras pesadas a morena abre os olhos. A claridade da sala a faz fechá-los por alguns segundos, voltando a enxergar com precisão. Passa seus orbes por todo o cômodo onde se encontra.

As cores apáticas na parede, o teto de gesso, e o chão de porcelana extremamente branca, faz com que os aparelhos hospitalares se destacam.

Então as lembranças recentes retornam a sua cabeça, envolvendo a mente da Swan de uma só vez. Relembra todos os acontecimentos, como se fosse um filme.

Sobressaltada senta-se na maca, uma fisgada em seu braço a deixa ciente de estar no soro. Respira profundamente antes de retirar com exagerado nervosismo, a agulha de sua veia e puxando de uma vez os esparadrapos. Cerra os olhos sentindo o braço arder, enquanto a pele branca toma a coloração avermelhada.

Morde os lábios, nervosa se pondo de pé. O desespero aperta o coração de Bella, que prendendo a respiração, tenta evitar o choro.

As mãos trêmulas calçam os tênis velhos em seus pés, e enrolando os cabelos num coque frouxo, sai do quarto.

Olha para o corredor longo, sentindo a frustração crescer em seu interior. Não tem ideia de onde está, e sabe menos ainda onde ele está.

As pequenas mãos esfregam o rosto delicado, enquanto a Swan mentalmente pensa em que caminho seguir.

Dando dois passos para a esquerda, olha por sob o ombro para o caminho oposto ao qual escolhera.

–Bella? - a voz conhecida de Jéssica a desperta. Volta a olhar para frente sentindo um grande alívio a dominá-la.

–Jéssica, graças a Deus você apareceu. - praticamente corre até a grega. –Como Edward está? Por favor, me diga que está tudo bem com ele. - pede nervosa.

–Bella se acalme. - a amiga pede. –Fique tranquila, graças aos Deuses deu tudo certo. - um sorriso brota nos lábios da Swan, que se controla para não chorar.

–Eu quero vê-lo, por favor, me leve até ele. -

–Bella era para você estar no soro. - o sotaque da moça deixa as palavras arrastadas. –Você precisa voltar para o quarto e...-

–NÃO! - exclama alto. –Não, Jessica. Eu estou bem, maravilhosamente bem. Só quero ver ele, por favor. - praticamente implora a secretária.

–Tudo bem, tudo bem. - concorda vendo a britânica vibrar a sua frente. –Ainda acho que deveria ficar no quarto, aguardando o resultado de seus exames. -

–Exames? -

–Claro. - Jéssica concorda, a puxando para o elevador. –Você desmaiou em um hospital. Não achou que iam fazer exames em você? -

–Não. - assume passando as mãos nos cabelos. –Pouco me importo com esses exames. Só quero saber de Edward. Quero ver ele, e ter certeza que está tudo bem. - sussurra ao afirmar.

–Eu sei, vejo o quanto se preocupa com ele- a amiga a abraça pelos ombros. –Mas você tem que estar bem para poder ajuda-lo, e fora que ele nos mataria se não cuidássemos de você. -

Um risinho escapa de Bella, ao mesmo momento em que as portas do elevador se abrem. Suspirando passa os olhos pelo ambiente silencioso.

Pessoas de branco caminham por ali, não consegue verificar quem é medico, ou quem é enfermeiro, porém todos trabalham no hospital.

Sentindo seus membros se arrepiarem, conclui que todos os hospitais tem o mesmo cheiro. Um cheiro forte de agua sanitária, de medicamentos.

Chacoalha a cabeça dobrando o corredor com Jéssica, um silêncio absurdo envolvendo as duas.

Passam juntas por uma porta de vidro, logo chegando a sala de espera. Encara um a um, das cinco pessoas presente ali.

Esme. Carlisle. Alice. Emmet. Carmem. Todos a olham.

Pigarra baixinho, sentindo sua bochecha corar. Odeia ser o centro das atenções.

–Bella meu bem, como se sente? - a sogra a indaga vindo em sua direção. Suspira profundamente sorrindo de canto.

–Estou bem Esme, não se preocupe. - a ruiva sorri antes de puxá-la para um abraço.

–Tem que se cuidar querida, se cuidar muito bem a partir de agora. - a mão da grega pousa sob o ventre da jovem que a encara sem entender.

Os olhos expressivos da mãe de Edward a deixa constrangida. Morde a boca e concorda com a cabeça.

–Eu irei. - garante a ela, que permanece sorrindo.

–Belinha, você quase me matou de susto! - Alice profere alto, praticamente se jogando nos braços da morena. –Você está bem?-

–Sim Alie. Foi só consequência do nervoso. - responde, retribuindo a cunhada.

Carlisle e Emmet a olham sorrindo, ambos com as faces cansadas.

–Como ele está? - pergunta após um tempo.

–Estável. - Esme a responde puxando-a até o sofá branco. –Mais ele irá se recuperar. -

–Eu posso vê-lo? -

–Estão o transferindo para a ΜΕΘ, assim que concluírem Eliezer vem avisar. - Carmem profere docemente.

–ΜΕΘ? - a confusão brilha nos olhos de Bella, arrancando risos das irmãs.

–É o mesmo que UTI querida. - Carlisle diz, sentando ao lado da mulher.

–Hm. - belisca o canto interno da bochecha com os dentes. –Mas ele não corre perigo de vida, não é mesmo? - as palavras saem da Swan, sem esconder o medo que sente.

–O quadro dele é estável meu bem. - Esme volta dizer, segurando a mão da britânica entre a sua. –Mas dará tudo certo, você irá ver. - sorri lhe passando confiança.

Soltando um suspiro concorda com um aceno. Então só lhe resta esperar.

[...]

Arruma a mascara cirúrgica no rosto, soltando o ar pela boca. O nervosismo queimando em suas veias faz seu estômago gelar, assim como suas mãos.

Segue Eliezer de perto, mantendo o olhar baixo. A ansiedade para ver ser grego a corrói.

Os minutos que tivera de ficar na sala de espera, enquanto os outros Cullens o via, foram torturantes.

–É aqui Isabella. - o tio do Cullen aponta para a porta branca de aço. Suspira profundamente apertando as mãos. –Ele ainda está desacordado por causa da anestesia. - explica a moça que morde os lábios, veemente.

–Ok. - solta baixinho. –Já posso entrar? -

–Sim, querida. - sorri a ela. –Logo eu virei te chamar. - avisa a Swan.

–Tudo bem. - concorda apoiando a mão na porta fria. Com cuidado a empurra, adentrando na sala fria e clara.

Passa os olhos pelo cômodo, enquanto seus ouvidos captam os sons dos aparelhos. Um pip, irritante repete constantemente.

Soluça baixo, ao ver estirado na maca e inconsciente, ele. Seu grego.

Aproxima-se com passos lentos, observando o grande curativo cobrindo quase que todo o peito másculo de Edward.

Engole em seco, percebendo que ele fora entubado. Postando-se ao lado da maca respira aliviada por ver que o loiro respira. Fracamente, porém respira. Olha rapidamente para a máquina que mede os batimentos cardíacos.

O zig zag se mantem constante, e a frente o numero 70 a deixa mais tranquila. Estica a mão tocando de leve o rosto de Edward. Sente seu braço se arrepiar diante a pele dele, mesmo estando com a luva de plástico, sentir a quentura da pele dele novamente, depois de todo o sufoco que passara, é inexplicável.

–Hey, meu grego. - sussurra se aproximando mais dele. –Você pode me ouvir não pode? - a voz continua baixa, enquanto alisa com cuidado os cabelos loiros brilhantes. –Você me assustou muito ontem, não faz mais isso não viu. - se estica abaixando a máscara, encosta seus lábios na testa dele por segundos até se afastar novamente. –Eu estou com saudades de você. - sente os olhos marejarem enquanto pega com cuidado a mão dele. –Fui tão idiota com você. Tão estúpida. - deixa as lágrimas rolarem de seus olhos. –Eu preciso me desculpar, me explicar com você... Preciso te dizer tanta coisa. - suspira profundamente. –Bom, mas, você precisa se recuperar primeiro não é? - sorri de leve. –Por agora eu só quero dizer uma coisa. - puxa o ar com firmeza. –Eu te amo. Eu te amo, te amo muito. -o tom da britânica sai embargado. –E espero que você me perdoe, porque sinceramente eu não sei viver sem você. - soluça. –Você vai ficar bem, meu amor. Eu vou cuidar de você eu prometo. - dá um beijinho na mão dele.

Fecha os olhos sentindo seu coração se apertar, quando ouve a porta se abrir.

–Isabella? - limpando os olhos com as mãos, observa sob o ombro Eliezer parado perto da entrada.

–Sim? -

–É melhor sair querida, não é bom para ele que fiquemos aqui. - diz calmamente a ela.

–Ok. - concorda num fio de voz. –Acorde logo meu amor, eu vou estar esperando por você. - alisa a cabeça dele novamente, deixando com cuidado a mão grande sobre a maca. –Eu te amo minha vida. - murmura pela ultima vez.

Com relutância se afasta, prendendo as lágrimas. Mantém o olhar baixo até sair da sala de UTI.

–Ele vai se recuperar. - Eliezer a tranquiliza apertando de leve seu ombro.

–Tomara. - sorri esperançosa. –Não gosto de vê-lo assim. - confessa. –Me sinto tão culpada e impotente. -

Os olhos expressivos do pai de Tanya se mantem fixos nela.

–É como se eu o sentisse escorregar das minhas mãos, e simplesmente não pudesse fazer nada. -

–Sei bem oque está sentindo. - a voz grossa dele sai calma. –Mas eu te garanto, Edward vai se recuperar. -

–Acha que ele vai demorar a acordar? - questiona parando na porta da sala onde trocara de roupa. Tivera de colocar um macacão, botas, luvas, touca e máscara para poder ver seu grego.

–Nós não o induzimos ao coma. - murmura retirando as luvas plásticas. –Porém, iremos mantê-lo sedado, por pelo menos uma semana. -

–Por que tanto tempo? - a voz de Isabella sai baixa, enquanto uma frustração enorme lhe toma por completo. Uma semana. Suspira pesarosamente.

–Para a recuperação dele. Mas fique tranquila, querida, Edward já passou pelo perigo, de agora em diante é questão de tempo. -

–Ok. - entorta a boca num biquinho, com pensamentos rodando por sua mente. –Vou tirar essas coisas aqui. - informa a ele que com um sorriso na boca, concorda com a cabeça.

[...]

–E como ele está Bella? - a voz de Sue sai extremamente rouca pelo telefone.

–Estável. - responde se arrumando na poltrona macia. –Eu o vi a poucos minutos, fiquei destroçada. - assume para a madrasta com a voz embargada. –Se eu pudesse trocaria de lugar com ele. -

–Awn, querida. - o tom dela sai compadecido. –Tudo irá ficar bem, tem que ter fé. - a moça suspira passando as mãos no cabelo.

–Eu tenho. Mas não gosto de vê-lo sofrer. - fecha os olhos por alguns segundos, quando um nó prende sua garganta.

–Edward vai sair dessa, tenho certeza. -

–Sim ele vai. - concorda. Com os olhos parado na porta de vidro a morena vê Tanya se aproximar, não consegue detectar sua expressão facial, contudo não acredita que a loira esteja feliz. –Sue.. - pigarra sem jeito. –Tenho que desligar agora, depois nos falamos, ok? -

–Tudo bem, querida. - as palavras da madrasta são doces. –Se cuide direitinho, e não deixe de nos manter informados, certo? -

Engole a seco enquanto a Denali conversa ao canto com Esme, ambas mandando olhares sugestivos para a Swan.

–Certo. Até mais. - sem esperar pela despedida de Sue, a jovem interrompe a ligação. Morde o lábio, nervosa quando as duas gregas se aproximam dela.

–Isabella, pode explicar o porquê de a senhorita ter praticamente fugido do quarto onde estava? - a voz de Esme mostra a Bella toda a repreensão. Por segundos se sente como uma criança que fizera arte.

–Eu... Bom... - gagueja nervosa. –Acordei assustada. Precisava saber de Edward. - assume por fim, baixando o olhar.

–Eu a avisei. - Jéssica se aproxima com um copo de vitamina em mãos. –Mas Bella é mais teimosa que uma mula. - estende o copo na direção da morena que gira os olhos.

–Exagerada. - lhe mostra a língua, num ato infantil. Pega o copo da mão de Jess, puxando o ar com força.

–Não deveria ter feito isso Bella. Você desmaiou, deveria estar de observação ainda. - Tanya diz num tom extremamente profissional.

Toma um gole da bebida grossa, rolando os olhos. Ótimo, agora a loira que irá cuidar dela!

–Eu estou bem. - garante, limpando os lábios com a ponta da língua.

–Bella, isso não se faz! - a sogra volta a falar com o olhar firme.

–Ok, me desculpem. Não irei fazer novamente. - sibila após bufar. Por que elas não entendem que a única pessoa que importa ali é Edward?

–Temos que conversar. - ergue o olhar até a loira, que mantem a mesma postura séria.

–Por quê? -

–Fizemos exames em você, não quer saber os resultados? -

–Exames? - cerra os olhos. –Por quanto tempo fiquei desacordada? -

–Cerca de meia hora. - Jéssica a responde, mantendo a atenção na revista que folheia no colo.

–Ual. - exclama cruzando as pernas. –A única coisa que me importa agora, é Edward. Esses exames eu vejo depois. -

–Theós mou. - Esme diz num suspiro. –Bella, vá com Tanya saber sobre seus exames. -

–Mas Esme.. -

–Nada de mais mocinha, vá com ela ande logo. - praguejando baixinho a britânica se levanta, enquanto Jéssica ri baixinho ao seu lado.

–Ok, vamos. - murmura entredentes, sem esconder seu descontentamento.

Em total silencio as duas praticamente atravessam o hospital indo até a sala de Tanya. Bella cruza os braços bufando, não entende porque fora obrigada a saber de exames bobos quando tem certeza de que está bem.

A única coisa que lhe preocupa é o seu grego. Somente ele.

–Sente-se. - faz um gesto a ela com a mão, enquanto dá a volta na mesa de vidro fumê.

A Swan se instala em uma das poltronas, enquanto analisa a decoração da sala da médica. Clean e aberta, com as prateleiras de vidro, escuros, assim como a mesa.

Objetos dourados a enfeitam por toda parte, combinando perfeitamente com o lustre pendurado no teto de pé alto.

–Então... - a voz arrastada pelo sotaque a faz desviar sua atenção da sala. –Como desmaiou mais cedo, nós fizemos vários exames em você. - informa a morena que assente tediosamente.

–Sei. -

–A maioria deu normal, no entanto... - deixa a fala no ar retirando um papel do meio das pastas. –Esse aqui deu alterado. -

O corpo de Bella fica tenso. Respira profundamente se tranquilizando mentalmente.

–O que... - pigarra. –O que deu? -

–Esse exame de sangue, aqui. - aponta com uma caneta luxuosa para a folha. –Acusou que seu hormônio beta HCG, está níveis acima do normal. - como num eco as palavras de Tanya repetem em sua cabeça. –Enquanto o normal seria de até 49mUl/mL, o seu passa de 45.000. -

Um arrepio percorre a espinha da morena, que sente seu estômago gelar, juntamente com as mãos, que passam a tremer veemente.

–E... Isso... Isso quer dizer... O que? - completa após gaguejar. Em seu intimo já tem consciência do resultado, contudo precisa ouvir dela, ouvir da médica a sua frente.

–Acho que você sabe, mas vamos lá. - a grega não esconde seu descontentamento nas palavras. –Você está gravida, Isabella. - afirma. –Grávida de seis semanas. -

Sente-se petrificar na cadeira, enquanto o ar ao seu redor fica estranhamente escasso.

Grávida. Puxa o ar com dificuldade. Oh meu Deus! Gravida!

Ainda parada feito uma estátua, tenta digerir a nova descoberta


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Notas finais do capítulo

E ai? Ficou muito ruim? kkkk
Espero ter agrado vocês depois de tanto tempo...rs
Gente é o seguinte, serão três caps Extras, postados um por semana.
Ando meio sem tempo pra postar todo dia kkkk
Espero do fundinho do meu heart que vocês tenham gostado do capitulo.
Nos vemos quinta que veem ok??
Se cuuideem meninaaas...
Beijõõõees da Nick :*