Conversão - in review escrita por Angel Carol Platt Cullen
Hoje é um dia frio de novembro, o vento uiva de forma audível na parte externa da mansão. Não que o clima nos incomode, nos é indiferente. Parece que todos saíram para caçar e eu estou sozinha em casa.
Desço as escadas para a sala, sento no sofá e ligo a televisão. Estou assistindo uma das minhas séries favoritas Sobrenatural quando percebo por meio da visão periférica Rosalie vindo da cozinha para a sala. Assustada eu me levanto rapidamente e corro em direção à porta. Ela me odeia, preciso fugir, ela vai me matar...
Antes que eu consiga abrir a porta para sair ela estende o braço na minha frente e impede que eu abra a porta. Ela olha para mim, no fundo de meus olhos. A expressão dela é inescrutável:
— Onde você pensa que vai, irmãzinha? Não fuja de mim!
— Rose, não me mate.
A expressão dela se suaviza e a surpresa é visível em seu rosto:
— Matar você? Eu? Você realmente pensa que eu a odeio a tal ponto? Você acha que eu ficaria impune se a matasse?
— Você não quer me matar...?
— Não minha irmã. Quero que me de a oportunidade de conversarmos.
Ela caminha em direção ao sofá. Confiando que eu não vou fugir:
— Sente-se, Carol – ela indica o assento ao seu lado.
Lentamente eu ando ao seu encontro.
— Não precisa ter medo de mim. Não vou fazer nada, eu prometo. Confie em mim.
— Rose, eu... – começo a falar me sentando no sofá. – Eu acho que faria o mesmo que você fez com seu ex-noivo. Quero dizer, não a julgo, acho que faria o mesmo em seu lugar.
— Eu sei disso – diz Rose. – Também sei que você acha ingratidão minha por Carlisle ter me transformado quando eu estava prestes a morrer. Você não entende como eu preferia estar morta. Como alguém poderia preferir isso? Você não entende, não é verdade, irmãzinha?
— Sim, é verdade. Eu penso isso.
— Você pensa que se você é grata por Esme tê-la transformado eu deveria ser grata a Carlisle. Mas as coisas não são tão simples assim. Você e Alice não tem vontade de ter sido mãe. Mas eu tinha. E ainda tenho.
— Realmente espero que você consiga realizar esse desejo de alguma forma. Porque você não adota, como Esme?
— Não acho certo trazer outra pessoa para essa vida. Mas eu só quero explicar que eu não detesto você, Carol. Na verdade, tinha inveja de você. No início.
— Por quê? – não sei por que alguém tão linda e perfeita quanto Rosalie teria algo para invejar em mim.
— Você aceitou tão bem ter se tornado uma vampira. Eu queria poder pensar assim.
— Eu tenho uma família agora. Quase perfeita. Era tudo o que eu sempre quis. Esme e Carlisle me deram isso.
— Exceto por minha causa.
— Sim, é verdade. Eu não tinha irmãs e por isso não confrontava você, Rose. Afinal, você já estava aqui quando eu cheguei, era minha irmã mais velha. Por mais que não a compreendesse, devia aceitar como você era.
Rose me abraça. Esme e Carlisle sorriem ao entrar em casa e ver as filhas se reconciliarem.
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