Conversão - in review escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 2
Capítulo II




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Capítulo 2

Na saída da escola, a tarde, estou cabisbaixa e refletindo no que aconteceu de madrugada. Não, não acho que foi sonho. Parecia, era real tenho certeza. Eu senti seu toque frio na minha pele. Não posso ter apenas imaginado. Foi tão intenso... Sei que enquanto for dia não tenho esperanças de encontrar Esme novamente, pois de acordo com o que sei, vampiros queimam a luz do sol.

Para minha surpresa, porém, uma voz me chama:

— Carol!

Instantaneamente levanto a cabeça em direção de onde a voz partiu e mal posso acreditar no que vejo. ELA está aqui! Começo a correr em seu encontro, abrindo caminho por entre a debandada de alunos afoitos para deixar a escola.

Ela está ao lado de um carro preto, luxuoso. Me indaga quando eu me aconchego em seu abraço:

— Como foi a aula, querida? – ela pega na minha mão, é a primeira pessoa que não diz que eu tenho as mãos geladas. Eu não me importo que Esme tenha invadido meu espaço pessoal, ela é muito bem vinda. E eu sorrio ao sentir ela me tocar.

— Bem... Que carro bonito! - olho para o veículo.

— É do meu marido, ele me emprestou.

— Estou ansiosa para conhecê-lo.

— Não se espante Carol, ele é tão lindo quanto o carro.

— Certo. – digo meio sem acreditar no aviso dela.

Vou entrar no carro, mas acabo dando de cara com o lado do motorista. A princípio não entendi porque; depois eu lembrei que na mão inglesa é diferente.

Esme dá a volta no carro e abre a porta para mim. Quando ela retorna, entra e vai dirigir, me explica, a título de desculpas:

— Meu marido é inglês.

— Ah ‘tá’ explicado. E você?

— Eu sou americana. Estadunidense.

— Oh! - levo a mão a boca.

— Er... desculpe a pergunta, mas... quantos filhos você tem?

— Seis.

— Uau! - sem querer meus olhos desviam de seu rosto para o colo dela, admirados de que tenha um corpo excelente e uma cintura fininha, que não engrossara apesar dos seis bebês que carregara.

Ela percebeu a direção de meu olhar e pigarreou para chamar minha atenção:

— São meus filhos do coração. Antes deles eu tive um filho que morreu ao nascer. Desde então eu não posso mais engravidar.

— Sinto muito, Esme- novamente um nó se forma em minha garganta, é assim sempre em momentos delicados como este. – Você passou por tanto.

— Não precisa se desculpar, querida. Está tudo bem. Obrigada. Eu não posso porque vampiros são congelados. e mesmo se eu fosse humana, nem sei se poderia... - ela faz uma pausa pensando na melhor maneira de me dizer. - ...depois que me suicidei.

Claro que fiquei chocada com o que ela disse. Eu havia pensado em me suicidar, mas nunca tive coragem suficiente. Agora compreendi que o motivo dela foi a morte de seu primeiro bebê.

Ficamos em silencio. Eu não sou do tipo falante, sou mais do tipo contemplativo. Esme também parece não se incomodar e apenas dirige. A viagem é curta, não moro muito  longe da escola. 

A observo, sua pele pálida e perfeita brilhava ao refletir a luz do sol. Admirada questiono:

— A luz do sol não te machuca?

Ela responde ao me ver olhando para seu braço preocupada.

— Não, querida. Obrigada pela preocupação.

Toca de leve meu queixo.

ela estaciona o carro e me deixa em casa:

— Prontinho, chegamos!

Eu desço do carro.

— Tchau Esme. Até mais tarde - viro as costas isso não me deixa com medo como eu penso que deveria. ela é uma vampira, sim, mas não uma vampira má. não tenho o que temer.

— Tchau sweetie. À noite vou lhe trazer uma surpresa.

— Seu marido!

Ela sorri e pisca afirmativamente. Nos despedimos e assim que vira a esquina o veículo desaparece...


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Notas finais do capítulo

Nota: Esme já considera Bella sua filha, por isso diz seis ao invés de cinco filhos.

Trilha sonora: Hold my hand, Akon ft Michael Jackson.



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