Conversão - in review escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 14
Capítulo XIV




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...

Hoje era um dia fresco de junho. O sol lutava para romper a neblina e o ar estava frio e úmido. O vento soprava do oeste, trazendo consigo o toque salgado do oceano. Inspirei profundamente apreciando o aroma invernal.

Comecei a estudar o que era para mim um tormento. Eu estava no 1º ano do ensino médio já que tenho a aparência de uma jovem de 15 anos. Minhas irmãs Alice e Bella cursavam o 2º ano, Edward e Renesmee estavam no 3º, os outros foram para a ‘faculdade’. Moramos em uma cidade perto de Seattle.

O ano estava quase terminando, mas a cantina parecia pequena para mim, e as vozes rebatiam nas paredes como bolas de pingue-pongue, agredindo meus ouvidos. Eu sentia como se todos estivessem gritando comigo ao mesmo tempo. Meus irmãos tentavam conversar comigo, mas eu não conseguia me concentrar, com a temperatura do ambiente parecendo elevar-se a cada instante.

Não conseguia entender por que ninguém mais parecia notar. Ou eles haviam desenvolvido a habilidade de tolerar esses ruídos, pois tenho certeza que para Edward era difícil ouvir todos os pensamentos e ainda as conversas das pessoas. Foi ele quem notou minha agonia:

— Está tudo bem com você, Carol?

— Não consigo pensar com todo esse barulho... parece que está me sufocando.

— Eu entendo como se sente oprimida. Talvez é devido a você ser diferente dos vampiros ‘normais’. – ele cuidou para ninguém mais ouvir nossa conversa. Todos estão entretidos com seus amigos, ninguém está prestando atenção em nós. – Mas com o tempo você aprende a lidar melhor com os ruídos.

Nenhuma pessoa conseguia ver minhas asas, apenas meus familiares e os outros vampiros. Os Quileutes também enxergavam.

Sábado seria o baile de formatura do 3º ano e todos nós fomos convidados por sermos a família de Edward e Renesmee (minha irmã-sobrinha). Mamãe e papai tentariam vir à festa.

...XXX...

O final de semana chegou, e eu, mesmo sem companhia fui ao baile. Aliás Esme estava comigo, pois Carlisle não poderia vir.

Nunca acreditei no fascínio que li que bailes de escola tinham sobre nós garotas. Mas fiquei encantada com a decoração – mamãe fez algo, com certeza. Eu estava sob uma espécie de feitiço, totalmente embasbacada, admirada.

Estávamos dançando – eu e minha mãe; quando humana eu era muito desengonçada e evitava dançar, mas agora não tenho problema com isso – quando um menino que estava ao meu lado tentou fazer uma pirueta, e caiu. Ao cair ele se machucou ralando o ombro escorria muito sangue de seu ferimento e eu comecei a me sentir mal. Sempre foi assim ao ver sangue, mas agora eu via e sentia o cheiro – de ferro salgado. Minha cabeça começou a ficar pesada. Tudo apenas foi ficando escuro e desmaiei. Antes de perder completamente a consciência ouvi minha mãe:

— Carol – ela me segura.

Quando eu acordei já estava na enfermaria com mamãe e papai me assistindo com preocupação e expectativa.

— Ainda bem que você acordou querida – diz Esme.

— O que aconteceu, criança? – pergunta Carlisle.

— Sempre me senti mal ao ver sangue...

— Hum – ele diz pensando, cofiando o queixo. – Estou orgulhoso de você, filha, e creio que sua mãe também. Você não atacou uma pessoa, o que seria uma tragédia enorme ainda mais com um público. Mas o que me deixa curioso e perplexo é você ter desmaiado ao invés de fugir. Talvez seja alguma evolução... O cheiro de sangue humano também não me é agradável, mas não me faz perder a consciência...

— Ainda bem que é assim. Eu não quero atacar uma pessoa. Não quero machucar ninguém. Antes eu me machucar do que um humano, pois eu posso me recuperar.

Esme faz uma expressão de chocada com o que eu disse, mas entendendo meu pensamento. A vida humana é preciosa para nós Cullen.

— Exato. Vamos para casa, filha – Carlisle me estende a mão.

Levanto da maca e após falarmos com a enfermeira saio da escola acompanhada por meus pais. Eles são mais do que pais adotivos eles verdadeiramente cuidam e se preocupam comigo.

Voltando para nossa residência passamos por um bosque o que me revigora. Sempre me sentia melhor quando ficava próxima da natureza, agora que eu sou uma vampira entendo por que. Recarrega minhas energias.

 


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Notas finais do capítulo

 Trilha sonora: Mother Earth, Within Temptation.



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