POV. THOMAS

I wanna sing
I wanna shout
I wanna scream til the words dry out
So put it in all of the papers, I'm not afraid
They can read all about it
Read all about it

–Emeli Sandé- Read all about it (partIII)

Fiquei andando de um lado pro outro olhando pro Douglas e pra Beatriz enquanto eles riam da minha cara.

–Voce mandou a mensagem?-perguntei pra ela.

–Sim eu mandei, agora da pra você parar de ficar assim tão nervoso-diz ela rindo.

–É cara relaxa –diz Douglas

–Não dá meu- digo- e se ela não gostar, e se ela achar que sou um cara idiota?-digo sentando na cama

–Ei se acalma ta, ela nem sabe que é você, por isso que usamos meu celular, ela nunca pensara que foi você-diz beatriz.

– e se ela saber que fui eu ? o que eu vou fazer?- digo me levantando de novo.

–Ela não vai descobrir porque ela nem imagina que nós conseguimos o numero dela.-diz Douglas rindo.

–Voce tem razão- digo lembrando que nós três tivemos que dar um jeito pra pegar com uma das enfermeiras, eu tive que mentir que precisava tratar de algo importante com ela, então a Marih pra minha salvação passou o numero dela.

–Nossa amor tenho que ir-diz bia dando um beijo no Douglas-E você Tommy não pertube ele ta, eu te aviso se ela mandar alguma mensagem, tchau-diz ela saindo.

–Ai cara vou falar a verdade pra ela, essa coisa de anonimato não é comigo - digo passando a mao na minha cabeça que antes tinha cabelo, mas por causa da cirurgia tiveram que raspar.

–Voce não sabe nada de romantismo mesmo ne-diz Douglas rindo- a pergunta é qual mulher que não gosta de romance?

–Mas ela não tem cara que gosta disso, só sei que eu preciso sair dessa merda já to enjoado de ficar aqui-digo olhando na janela.

–cara mas se você sair você não verá mais ela-diz ele.

–Não meu amigo ai é que tá, ela não quer sair comigo porque sou seu paciente, bom pelo menos foi essa a sua desculpa, assim que eu sair daqui vou usar todos os meus meios de conquistar ela.-digo

–É disso que estou falando amigo-diz ele feliz-Sabe, pensava que você era chato e tals mais vejo que você é um cara bacana, e queria pedir desculpas pelos meus primeiros dias, sei que você não gostou da minha pegação com a Bia.

–Não tudo bem, te entendo agora-rio- e cara como é que você não percebeu que ela te amava? Porque serio ta estampado na cara dela-digo.

–Acho que a minha safadeza de querer pegar todas que me cegou de ver a pessoa que realmente esteve do meu lado.-diz ele- Eu gostava dela desde que eu tinha 16 anos eu tinha medo de não ser correspondido, então deixei ela pensar que eu só a queria como amigo-ele ri- era engraçado porque vivíamos brigando quando eu via ela com algum garoto e ela quando me via com alguma garota não falava nada. Por isso que eu digo que tenho que recuperar o tempo perdido.

– Ah sim, e recuperar o tempo perdido é ser pegos no hospital?-digo rindo-

–Cara serio aquele dia vocês pareciam que tavam no cio-digo rindo.

–Tá bom aquele dia nós extraploramos, por isso estou pedindo desculpas.diz ele cabisbaixo.

–Não tranqüilo aquele dia eu não estava no meu melhor dia.

–Mas com certeza teve o melhor final de dia-diz ele rindo

–Sim e não-ele me olha confuso- sim porque passei com a Annie, mas não muito porque eu gostava do Walter ele era divertido e não gostei do fato de passar o restante do dia ao lado da Annie por causa da morte dele, me sinto como se eu tivesse aproveitado o sofrimento dela-digo.

–Cara nem pensei nisso sinto muito, eu nem conheci ele e pelo jeito ele era gente fina-diz ele

–Ele era um doido-rio- uma vez ele saiu correndo pelado pelo hospital atrás da Annie e vivia falando pra todo mundo que ele era noivo dela.

–Correu pelado? Tipo nu?- Douglas pergunta espantado.

–Sim, eu não vi a cena mais todos comentavam-digo.

–Cara queria ter visto isso-diz rindo.

–Cara acho que vou andar um pouco, me enjoei de ficar aqui-digo me levantando- já que eu volto.

–ta bom, qualquer coisa eu te cubro- diz ele se ajeitando pra dormir.

–Ah não precisa o Rick falou pra mim que é bom eu andar um pouco, que assim posso receber minha alta em breve- digo.

–Ah legal, enquanto tu vai andar eu vou dormir-diz ele

Saio do quarto andando pelos corredores, quando paro em frente a uma janela enorme com vários bebes dormindo, lembro do dia em que Sofia nasceu.

~Flashback on~

6 anos atrás

Finalmente terei a minha vingança por tudo o que ela me fez passar, colocarei ela no lugar assim ela nunca mais poderá quebrar o coração de outro garoto. Me despedi da minha mãe que estava deitada na cama, ela estava no 8 mês de gestação era uma gravidez de risco e como ela decidiu ter a criança o medico mandou ela viver repousando.

–meu filho tem certeza disso?-ela pergunta, minha mãe sabia de tudo nunca escondi nada dela, ela nunca gostou do jeito que eu tratava as meninas.

–Sim mãe é o único jeito de ela aprender-digo a ela

–Ta bom meu filho, só espero que você saiba o que você esta fazendo eu te amo muito e não quero que você sofra por essa garota de novo.-ela diz me beijando

–Tambem te amo mãe-digo beijando ela – eu não gosto dela já faz um tempo.

Sai de casa e fui ao local de encontro onde encontraria a Gabriela, hoje ela iria ver como é se sentir humilhado.

–Oi lindo-diz ela me beijando, nem acredito que um dia cheguei a gostar dessa garota.

–oi-digo seco.

–Nossa o que houve-pergunta ela me encarando

–Nada, vamos?-pergunto indicando o carro-sabia que ela tinha medo de carro, principalmente quando corria. Hoje eu faria questão de entrar numa corrida no meio da rua com um grupo de amigos que eu já tinha combinado, assim que entramos na rua combinada os carros começaram a chegar próximos como se fossem bater.

–Tommy-ele diz preocupada- Tommy para o carro por favor.

–Não da querida, estamos cercados-digo com desdém, entã quando eu ia acelerar meu celular começa a tocar, droga justo agora peguei o celular e atendi sem mesmo olhar a tela.

–alô-digo olhando o semáforo que estava vermelho, e os carros dos meus amigos acelerando.

–Filho é sua mãe...-escuto a voz do meu pai e pelo jeito ele tinha chorado- Ela entrou em trabalho de parto, acho melhor você vir pra cá.-diz ele.

–ta bom.- encosto o carro num lugar qualquer-Desce-digo.

–Tommy...-ela diz

–Desca logo não tenho tempo-digo bravo

–Voce ta de brincadeira né essa rua é deserta pode haver ladrões...-eu a interrompo rindo.

–Foda-se, to pouco me lixando pra você, só quero que você saia do meu carro agora-digo a encarando bravo.

–O que?-ele me olha espantada.

–Uma vez uma garota disse que você precisa enfrentar os seus medos.-disse olhando pra ela.-agora estou dizendo as mesmas palavras pra mesma garota.

Não impossível, eu nunca disse isso-ela diz fingindo horrorizada.

–Não você não disse pra alguém como eu, você disse pro pirralho que eu era 3 anos atrás, um nerd que estava gritando de pavor no alto de uma roda-gigante-digo a olhando

–Impossivel-ela diz

–SAI DA PORRA DO MEU CARRO GABRIELA-grito e ela se assusta saindo as pressa. Saio em disparada pro hospital pra ver a única mulher na minha vida que é importante.

–Filho...-meu pai chega até mim chorando- a bebe nasceu...-ele diz-mas sua mãe tem poucas horas ela esta te esperando para se despedir.

Nem escuto ele direito pois já estou correndo pro quarto dela. Ver a única pessoa que você amava incondicionalmente estar prestes a morrer nunca é fácil.

–Mãe me perdoa,-digo pegando na mao dela chorando- me perdoa por não ter estado aqui com a senhora-digo beijando ela- Por favor me perdoa.-digo desesperado.

–Meu filho...-ela diz com uma voz cansada- não precisa me pedir perdão, mas se isso ira aliviar o seu coração eu te perdôo-diz ela bagunçando meus cabelos- te peço que esqueça essa sua vingança, sei que era importante pra você a fazer sofrer como você sofreu, mas não seja como ela, mostre que você é melhor que ela, prometa pra mim que ira entregar essa carta a sua noiva no dia do casamento.-diz ela me entregando um envelope- e esse aqui eu quero que você entregue a pequena Sofia quando ela fizer 15 anos,-ela me entrega outro envelope- eu posso estar partindo, mas saiba que meu coração esta aqui com vocês, onde ele sempre esteve.

–Mãe como vou saber a garota certa que poderei entregar essa carta-digo mostrando o envelope.

–Voce saberá , porque ela será a que mais ira te dar trabalho, ela pode ate gostar de você no primeiro momento, mas você terá que fazer um grande esforço pra ficar com ela-ela diz sorrindo, mas pude notar sua expressão de dor.

–Filho esta na hora-meu pai diz entrando no quarto com o medico.

–Te amo mãe eternamente, você nunca morrera em meus pensamentos e muito menos em meu coração-digo beijando sua testa chorando.

–Eu também te amo filho, por favor diga a Sofi que eu a amo também-diz ela chorando.

Sai do quarto da minha mãe e fui direto pro berçário onde ficava as crianças que nasciam prematuras, perguntei a uma enfermeira qual era a minha irmã, ela me apontou para uma bebe pequena dentro da incubadora, me aproximei, atravez das luvas que tinham no berço pude passar a mao no rostinho delicado dela, daquele momento em diante descobri que aquela neném indefesa eu a protegeria de tudo e de todos, ninguém faria nenhum mal a ela.

~Flashback off~