I never meant to fall for you but I

Was buried underneath and

All that I could see was white

My salvation My, my

–Gabrielle Aplin, Salvation

Dor de cabeça. Primeira coisa que eu sinto quando acordo, depois dores nas minhas costas e então olho ao meu redor e vejo que não é o quarto que eu fiquei para me recuperar, percebo q estou deitada no sofá, mas pera ai, que quarto é esse? E como é que eu vim parar aqui?

–Bom dia dorminhoca- diz alguém com uma voz familiar, não, não pode ser, eu devo estar sonhando isso não é possível.

–O que eu estou fazendo aqui? Melhor como é que eu vim para aqui?-pergunto olhando pro Thomas que estava sorrindo radiante.

–Primeiro foi você que veio ate mim, e a propósito você esta muito linda com esse vestido.-ele mostra seu sorriso lindo,- e então continuando você entrou aqui ontem a noite e me deu um beijo, mas infelizmente não foi um beijo de verdade porque pelo seu estado eu diria que você encheu a cara ontem, então esse beijo não conta,-ele olha pra mim e percebe q ainda continuo sem entender nada.

–Pera ai.-eu digo olhando pro chão- isso é mentira eu não te daria um beijo e na verdade acho que você esta mentindo.-digo tentando lembrar de alguma coisa mas a dor de cabeça é insuportável.

–Olha Annie eu sei que você veio aqui ontem à noite e me deu um selinho e foi assim que eu acordei, eu ate pensei que era um sonho, mas ai você falou boa noite e deitou no sofá então eu voltei a dormir e acordei uns 10 minutos antes de você e percebi que eu não estava sonhando e que foi real, ate mesmo o selinho- ele sorri.

–Ta um selinho? Bom um selinho não significa nada mesmo, eu posso me contentar que eu fiz isso, mas ainda não entendo porque eu vim parar aqui.- digo olhando nos olhos deles pra ver se vejo alguma mentira neles, mas pelo jeito ele esta falando a verdade.- Eu tenho que ir, até mais Thomas.

–Não vai me dar outro selinho?-ele pergunta

– Não, e se depender de mim meus lábios não irão tocar os seus nunca mais- dizendo isso saio do quarto indo em direção a enfermaria onde eu deveria ter ficado, encontro Sarah deitada na cama dormindo.

–Sarah, acorda-digo cutucando ela.

–Não mãe só mais 5 minutinhos.- ela diz com os olhos fechados.-Anda praga sou eu Annie não a sua mãe- ela me olha espantada.-Annie ? Onde você tava?-ela pergunta.

– Eu tava no quarto do Thomas, não me olha assim que eu nem sei como fui parar lá, e a propósito boa amiga você é, nem pra me segurar ou fazer qualquer coisa pra mim não sair.-peguei meu bipe e chamei a Marih- Agora vai lá em baixo e busque um café forte pra mim, por favor.

–Ta bom, mas não fique brava comigo, você que é a culpada por ser sonâmbula.-ela disse rindo-Ta agora vai, Marih preciso de um remédio e se você quiser verificar se eu estou bem pra mim poder trabalhar- pude ver pela cara da Marih que ela não descansou um minuto se quer.

–Bom Annie voce pode se trocar e ir direto la pra sala de emergência por que tá um caos, ta todo mundo gritando não conseguimos nem controlar direito os familiares, enfim se você puder ir o mais rápido possível, eu agradeço- Marih disse assim que me verificou.Depois que ela saiu encontrei a Sarah com meu café, pedi pra ela ir pra casa que depois ligava pra ela, e fui direto pro meu armário me trocar, coloquei o meu uniforme azul, meu jaleco, peguei meu estetoscópio e fui pra sala de emergência. Assim que avistei a Dra. Robbins fui até ela.

–Dra. Spinelli, vejo que a Srta esta melhor-ela diz empurrando uma maca com uma adolescente deitada.

–Sim o soro me fez bem, tirou o efeito do álcool.-disse a ela.

–Ótimo então você cuida dela que vou pegar o próximo que esta chegando- diz ela já se afastando

– Oi, eu sou a Dra. Spinelli, qual o seu nome?- pergunto verificando seu estado.

– Beatriz- ela diz rouca.

–Certo Beatriz, você era paciente ou visitante no Hospital?

– Visitante, estava visitando meu namorado Brayan e então aconteceu a explosão então eu não sabia o que fazer.

– Certo você esta com uma fratura na sua perna direita e seu braço esta quebrado, vou lhe aplicar um sedativo para que eu posso engessar as fraturas okay?-digo a ela já aplicando o remédio.

Assim que eu termino volto pra sala de emergência, chega uma ambulância vou correndo atender.

– O que temos aqui?- pergunto ao paramédico.

– O rapaz tem 25 anos, teve duas paradas cardíacas a caminho do hospital, ele estava internado para uma consulta de verificação do transplante.-o paramédico disse.

–Dra. Annie que bom revela novamente – Adam disse assim que ele entrou na ala do meu paciente.

– Dr. esse éDouglas ele fez um transplante de coração a 3 semanas e estava internado no Hospital Estadual Mercy West para a verificação, com a explosão todos os pacientes foram transferidos para cá , a caminho ele teve duas paradas cardíacas.-expliquei o caso para o dr. enquanto ele analisava.

–Certo, peça a uma das enfermeiras para preparar uma das salas de cirurgia, ele precisa de uma cirurgia agora ou o transplante terá sido em vão.- ele disse.

Encontrei um dos enfermeiros pedi para que preparasse uma sala de cirurgia para o dr. Adam urgente, depois disso voltei para a ala de emergência onde fui atender uma paciente grávida.

–Dra. se acontecer alguma coisa comigo por favor salve minha filha.-a moça disse.

– Nada de mal ira acontecer com a senhora- disse já pegando os aparelhos para fazer uma tomografia.-essa não, Marih por favor chame a Dra. Robbins urgente.

–O que houve Dra? é minha filha ela esta bem?- pergunta a moça já preocupada

– Senhora peço para que se acalme, nada acontecera com sua filha- disse assim que vi que a bebe estava pra nascer prematuramente, disse já avisando para preparar uma sala.-Dra. precisamos fazer uma cesárea urgente, ela esta com sangramento, e o bebe esta se enforcando no cordão.-disse explicando baixinho pra Julia assim que ela entrou no quarto.

– Annie vá se preparar precisarei da sua ajuda.- ela disse e então se virou pra moça- Sra.Bauer teremos que fazer uma cesárea de extrema urgência...- ela continuou explicando enquanto eu saia pra me preparar.

Entrei na sala de cirurgia e a Julia ja me aguardava.

–Certo pessoal hoje é um ótimo dia para salvar vidas-ela disse assim que entrei.

Assim que ela conseguiu retirar o bebê, ele foi posto rapidamente na encubadora, enquanto isso a pressão da sra. Bauer caia, os batimentos dela ja estava caindo.

– rápido ela esta tendo uma parada cardíaca. - Julia falava enquanto fazia pressão.- 1.. 2... AFASTEM SE- ela usava o desfibrilador automático- vamos, CARREGUEM EM 300,1... 2.... AFASTEM SE.- depois do segundo choque o monitor voltou a vida. - Annie você fecha ela, que eu vou ver o bebe.- dizendo isso ela saiu.

Depois que eu terminei voltei pra emergência mas deu pra perceber que o caos ja estava tranquilo resolvi ir verificar meus pacientes.

–Olá senhor Malcon, como está hoje?- pergunto entrando no quarto.

– Eu me sinto péssimo, você me abandonou. - diz ele emburrado.

– Ah me desculpe, mas prometo que virei te visitar mais vezes ta bom- dizia isso enquanto verificava.

– posso te pedir uma coisa?- ele falou.

–Claro.- respondo olhando pra ele.

– Casa comigo? - ele disse.

–Não posso. - digo rindo

– Porque?- ele pergunta

– Porque...- sou interrompida.

–Annie o Dr. Mark precisa de você no quarto 504 urgente.-disse uma enfermeira que ainda não conhecia.

– Bom Sr. Malcon eu preciso ir.- disse já saindo e correndo em direção ao quarto 504, torcendo para que não seja o que eu estava pensando.