Nervosismo escrita por Poteto


Capítulo 1
Diferentes tipos de gostar


Notas iniciais do capítulo

Olá. Faz um tempo que eu não posto nada por aqui, não? A faculdade está devorando a minha alma. Entretanto, cá estou eu, quando na verdade deveria estar estudando, postando um SouMako que eu escrevi durante a madrugada. Não fiquei particularmente satisfeita com o resultado, mas não acho que conseguiria desenvolver essa ideia de outra maneira. De todo modo, eu espero que vocês possam se divertir um pouco com a minha primeira colaboração escrita para esse fandom. Aqui, Sousuke é o narrador. Boa leitura.



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Ei, Sousuke. Que tal “Estou formado agora e ainda morro de medo de falar com o cara de quem eu gosto” pra sua citação de veterano?

Eu juro por Deus que estou tentando não dar um soco nele. Estou dando o meu melhor, de verdade. Mas ele não está colaborando com o meu trabalho. Desde que Rin, meu suposto melhor amigo, conseguiu se declarar para a obsessão dele, Nanase da turma A, ele se transformou de uma garota insegura de mangá shoujo em um completo babaca que gosta de constante me lembrar de que ele tem um namorado e eu não.

O maior problema é: Rin é literalmente a criatura mais constrangedora da face da Terra. Não tenho a menor ideia de como eu acabei amigo dele, pra ser honesto. Desde que ele descobriu esse Nanase, ele simplesmente não parou de falar nele. Eu tive que aguentar horas a fio de “Ei, Sousuke, eu já te falei desse cara que eu conheci? Ele é tão estranho! Ele tem uma atitude legal e esses olhos... Os olhos dele são claros como água, sabia? O Nanase, sabe? O que? Como assim já falei dele vinte e cinco vezes só hoje?” por meses. Eu tentei aguentar, afinal eles dois são homens, não é como se o Rin pudesse sair por aí falando da sua paixão pra qualquer um e ele precisava falar.

Eu meio que entendia como ele se sentia. Bem... Não sobre a parte de falar. Eu não sentia a menor necessidade de falar sobre a minha vida amorosa com ninguém, nem mesmo Rin. Eu só... Bem, eu me sentia mais ou menos do mesmo jeito a respeito do nosso representante de sala, Tachibana. Eu também fazia comparações constrangedoras a respeito da cor dos olhos dele, mesmo que as mantivesse apenas na minha cabeça.

No fim, eu e Rin estávamos mais ou menos no mesmo barco. E, mesmo que eu não dissesse nada, ele pareceu descobrir sozinho que eu não era tão hétero quanto eu deixava os outros acreditarem. No fim, nós somos melhores amigos desde crianças. Certo, eu fiquei um pouco chocado quando, depois de um monólogo realmente longo sobre Haruka Nanase, Rin simplesmente me perguntou “Ei, Sousuke, e você e o Tachibana?” mas depois que eu refleti a respeito... Mesmo que ele não me conhecesse também, ele ainda é uma princesa de mangá shoujo. Com a obsessão embaraçante que ele tem sobre romance, não é tão surpreendente que ele note.

Só que Rin quebrou todas as leis do shoujo em que pauta sua vida e parou de esperar que seu príncipe encantado viesse buscá-lo. Ele se declarou. Para minha completa surpresa, o tal do Nanase também gostava do Rin. E eles começaram a sair. Eu juro que pensei que ia ficar tudo bem.

Só que então Rin estava namorando um garoto. E não pode sair espalhando isso por aí. E o Rin precisa se gabar a respeito do seu namorado para uma das únicas pessoas que sabe que ele tem um namorado: eu.

Não me entenda mal. Eu não sou uma pessoa completamente passiva. Eu acabei dizendo ao Rin pra calar a boca a respeito do Nanase porque, diferente dele, eu não estava nem um pouco interessado em saber sobre o Nanase. Droga, eu estava começando a odiar o cara e eu nem sequer tinha falado com ele direito. Só que mandar o Rin calar a boca também não foi uma boa ideia, pois o levou à conclusão de que eu estou com inveja porque a vida amorosa dele deu certo e a minha continua empacada.

Quer dizer... Sim, eu estou com inveja, porra, mas isso não vem ao caso. Eu não queria que ele ficasse quieto por inveja e sim porque eu não aguentava mais ouvi-lo reclamar por horas sobre como ele tinha que competir com a piscina pela atenção do seu namorado. Eu queria dizer pra ele que o namoro dele parecia uma merda e eu não entendia o que ele via naquele cara antipático, mas ele parecia tão feliz que eu nunca tive coragem.

E pior ainda: ao concluir que eu só estava com inveja, Rin resolveu “me ajudar” com a minha paixonite mal admitida. Então ele me provoca a respeito do Tachibana sempre que pode e, quando eu ignoro ele por muito tempo, ele dá um jeito de desviar o assunto do Tachibana para o cara que nós posteriormente descobrimos ser o melhor amigo dele... Haruka Nanase.

Ou talvez você devesse usar algo mais romântico tipo “Meu amor permaneceu silencioso, mas imutável...”

Interessante, Rin. – eu finalmente retruco em tom mordaz. – E qual vai ser a sua? “Termino a escola virgem porque meu namorado era incapaz de tirar a roupa de banho”?

E aqui você vê como essa coisa de contar tudo sobre seu namorado é uma faca de dois gumes.

Ei! – Rin reclama, corando. – Aceita uma brincadeira, cara.

É, quando a brincadeira não é com você, você acha legal. Seu bosta.

Mas falando sério, Sousuke. Quando você vai se declarar pro Tachibana? Ele é bem popular, sabia? Se você não for logo, alguém vai.

Eu sei. – Resmungo e acabo soando mais magoado do que eu pretendia.

Evito olhar Rin nos olhos para que ele não note que acabou me atingindo no ponto fraco. É, eu sei que o Tachibana é popular, droga. Eu nem culpo as pessoas por gostarem dele já que eu estou nesse estado. Eu nem sequer falei com ele de verdade, exceto quando ele está responsável por entregar as impressões ou coletar nossos cadernos. Apesar de tudo, eu não consigo esquecer daquele sorriso gentil ou o tom tranquilo da voz dele. Talvez isso não seja muito saudável.

Sinto o olhar de Rin grudado no meu rosto. Eu o encaro. Ele está com uma expressão que eu classifico como perigosa, algo entre a preocupação e a determinação.

O quê? – Pergunto, outra vez acidamente.

Rin comprime os lábios com força e, num momento de pânico, eu acho que ele vai começar a chorar. Entretanto, ele só levanta de repente.

Nada. Eu tenho uma coisa pra fazer.

O que? – repito, genuinamente confuso. – Você não vai ver o Nanase, vai? Nós estamos no período de auto-estudo, mas ele 'tá na aula, você tá sabendo?

Eu não vou pra sala do Haru! Espera aí, eu já volto.

Eu fico um pouco preocupado, mas volto a minha atenção para o livro que eu estava tentando ler antes de ser interrompido pelas provocações sem sentido do Rin. Eu não consigo mais me concentrar.

Ao meu redor, ninguém deu importância ao Rin saindo da sala. Algumas pessoas estão conversando, outras tentando estudar em grupos ou sozinhas... Tachibana está num desses grupos. Ele sorri e pacientemente explica as questões para alguns dos seus amigos. Pelo canto dos olhos, eu o observo. Eu nunca consegui sequer ser amigo dele. O ano está acabando. Eu me pergunto para que Universidade ele vai. Eu provavelmente nunca mais vou vê-lo depois da formatura.

Uau, isso é bem deprimente.

Pra ser sincero, é a primeira vez que eu fico tão nervoso a respeito de alguém. Romanticamente falando. Eu já tive uma paixonite ou outra, mas... é só que o Tachibana é diferente. Ele parece estar numa espécie de patamar inalcançável pra mim, mas, mesmo assim, eu fico nervoso e com o coração acelerado só de ver ele no corredor.

Quão patético eu sou?

Eu bolo um plano bobo. Talvez... só talvez... se eu levantar e pedir a ele pra me explicar uma questão... eu tenho certeza de que ele não negaria. Ele é muito gentil, eu sei disso. Mas e se eu perguntar uma questão que ele não sabe a resposta? Isso o deixaria constrangido... Eu poderia escolher uma questão fácil... Só que ele poderia então começar a achar que eu não passo de um idiota. Mesmo que eu ache uma questão mediana, eu ainda corro o risco de soar como se estivesse dando uma ordem – eu tenho esse mau hábito quando fico nervoso – e assustá-lo.

Enfio a cara no tampo da carteira e resolvo fingir que estou dormindo, assim eu evito olhar pra ele. Eu desejo que o dia passe mais rápido, então, é claro, tudo fica mais lento.

Rin volta para a classe depois do que parecem séculos, mas não mexe comigo. Ele só senta em seu lugar cantarolando alguma coisa realmente feliz, o que me faz pensar que ele realmente foi tirar o Nanase da aula enquanto esteve fora. A próxima aula vem e termina e, quando Rin me informa que está indo pra casa do seu namorado depois das aulas, eu me levanto sem dizer nada, aceno pra ele e arrumo as minhas coisas pra ir embora sozinho.

Acho que vou continuar de mau humor por um bom tempo.

Quando vou pegar os meus sapatos, noto que há uma carta guardada junto deles. No envelope, vejo o meu nome escrito numa caligrafia familiar. Parece ligeiramente diferente, como se ele tivesse escrito com cuidado, mas eu reconheço imediatamente a letra do Rin. Sem saber que idiotice é agora, eu dou uma olhada no conteúdo do envelope.

Yamazaki-kun,” diz a carta “se possível, por favor, me encontre nos fundos da escola depois da aula, pois há algo que eu gostaria de confessar a você. Sinceramente, Makoto Tachibana”

Eu automaticamente amasso a carta e a atiro no chão sem pensar duas vezes. Aquele babaca...! Eu fico com vontade de ir atrás dele e atrapalhar seu encontro. Talvez dizer ao Nanase que ele guarda pornô embaixo da cama. Ou comprar pornô de verdade, enfiar embaixo da cama dele e mostrar pra todo mundo. Eu não acredito que o cretino do Rin tentou fazer uma pegadinha desse nível.

Fumaçando, eu vou embora enquanto bato os pés com força. E, conforme a minha onda de fúria abranda, eu me sinto pior. Não bastasse essa paixão platônica patética... Bem, droga, Rin é meu melhor amigo. Ninguém pode me culpar por me sentir magoado por ele jogar sal nas minhas feridas desse jeito.

Aborrecido, eu tento focar a mente em outras coisas, sem muito sucesso.



Acabo decidindo dar um gelo no Rin. Não é nada maduro, mas a última coisa que eu quero é falar com ele. Eu ignorei a mensagem que ele me enviou, mas ele não parece ter notado. No dia seguinte à brincadeira de mau gosto, ele está tão descaradamente feliz que eu me sinto tentado a atirá-lo pela janela. Enquanto isso, Tachibana está estranho. Eu não o vi manter conversa com nenhum de seus amigos. Ele esteve anormalmente quieto, como se estivesse tentando não chamar atenção. Minha parte paranoica tem a impressão de que ele está evitando olhar na minha direção. Quando chega a hora do almoço, ele pega sua marmita e sai apressado da sala sem falar com ninguém. Ele definitivamente não está se comportando normalmente.

Ei, Sousuke. – chama Rin, me trazendo de volta para a realidade – Você esteve bem calado hoje. Aconteceu alguma coisa?

Vai pra merda, Rin.

Uau! – ele ergue as duas mãos como quem se rende – O que aconteceu?

O que aconteceu – eu sibilo, lutando para manter a voz baixa o suficiente para que as garotas barulhentas almoçando ao nosso lado não nos ouçam – foi que você passou dos limites. Droga, Rin, não teve graça!

Mas do que você está falando? – Rin parece verdadeiramente abismado.

Daquela carta estúpida que você pôs no meu armário! Você realmente acharia engraçado se eu fosse pros fundos da escola e ficasse lá esperando o Tachibana, feito um babaca?

A expressão dele fica mais confusa. Ele arregala os olhos.

Que quer dizer com “se tivesse ido esperar o Tachibana”? Você... Você não foi?

Claro que não! Eu notei que você tinha escrito aquilo. Você acha que eu sou idiota?

Ah, meu Deus... Ah, Deus, ah, Deus... – A expressão dele fica mais preocupada. – Mas o Makoto 'tava lá... Se você não foi...

Espera. O quê.

Como assim o Tachibana tava lá?

Não era uma brincadeira! Eu nunca faria isso! Quer dizer, eu pus a carta lá, mas... Eu também pus uma no armário do Makoto... Eu achei que se vocês se encontrassem... Quando eu saí com o Haru, eu vi que ele tava esperando lá por você, então eu achei que... Ah, meu Deus.

Eu paro de entender o que as palavras dele querem dizer. Porque o que ele está dizendo é inadmissível. O meu Tachibana – nos meus sonhos, ao menos – estava esperando por mim? Ele acreditou que eu tinha deixado uma carta daquelas no armário dele e tinha ido... Isso significava que ele talvez me aceitasse se eu...

Levanto bruscamente sobressaltando as pessoas ao meu redor. Rin para de tagarelar quando eu agarro o seu pulso e saio puxando-o para fora da sala.

Ei, Sousuke! – ele exclama, mas acaba vindo comigo.

Algumas garotas dão gritinhos de surpresa, mas eu não me importo. Eu só preciso tirar o Rin da sala. Muitas testemunhas. Eu não posso deixar ninguém ver enquanto eu o mato. Continuo andando e arrastando-o comigo. Subimos escadas, mas todos os lugares por onde passamos tem pessoas. Meus pés, sem que eu pense a respeito, me levam para o terraço. Abro a porta de acesso com violência e, assim que estamos ao ar livre, eu largo o pulso de Rin bruscamente e o encaro.

Você. Mandou uma carta de amor pro Tachibana. Em meu nome. – começo em tom frio e claro.

Ahr... Veja bem... Não era uma carta de amor. Era só uma carta dizendo pra ele te encontrar. Eu achei que se vocês se encontrassem, você ia entrar no clima e....

Você tem bosta no lugar do cérebro?! – Eu sibilo, completamente fora de mim – Você fez o Tachibana esperar pra nada nos fundos da escola? Sua mula!

A culpa não é minha! – Rin exclama de volta – Eu escrevi como o Makoto, eu não esperava que você fosse ignorar uma carta do seu adorado Tachibana!

A CARTA ERA OBVIAMENTE SUA, EU SOU SEU COLEGA DE CLASSE DESDE A PRIMEIRA SÉRIE, RIN, EU RECONHEÇO A SUA LETRA!

DESCULPA POR TENTAR TE AJUDAR A FICAR COM O CARA DE QUEM VOCÊ GOSTA HÁ MESES, SEU PORCO INGRATO!

EU NUNCA MAIS VOU CONSEGUIR OLHAR PARA O BELO ROSTO DO TACHIBANA SEM MORRER DE VERGONHA, ENTÃO NÃO ESTOU ME SENTINDO MUITO GRATO MESMO!

Do que diabos vocês dois estão falando? – pergunta uma terceira voz, completamente calma, ao fundo.

Rin e eu paramos de discutir e olhamos em volta. Meus olhos param na figura de Haruka Nanase, que está parado olhando para nós com uma marmita meio vazia na mão. Aparentemente, ele estava aproveitando seu almoço no terraço antes que Rin e eu aparecêssemos, furiosos demais para notar a sua presença ali. Apesar de tudo, Nanase não parece sequer confuso com a nossa discussão. Seus olhos apenas demonstram uma leve irritação por ter seu almoço interrompido. Então, atrás dele, com uma expressão ligeiramente aterrorizada, está Makoto Tachibana.



Sousuke Yamazaki. 17 anos. Amado filho. Sempre tentou ser um cara legal. Um dia ficou amigo de um babaca que foi a causa de sua morte. Vovó, vovô, estou indo pra junto de vocês.

SOUSUKE! – Rin está me sacudindo, mas eu não tenho forças pra reagir. Eu estou morto. – Ah, meu Deus, Haru, por que você não me avisou antes que 'tava aí? Volta pra mim, Sousuke!

Eu não quero voltar. Eu quero ser mandado pra lua. Eu quero desaparecer e nunca mais ser visto. Eu sinto que meu rosto está pegando fogo, mas ainda assim não movo um dedo. Só estou esperando que o deus da morte venha me buscar.

Makoto. – ouço a voz irritantemente calma do Nanase muito, muito longe – Então este é o Yamazaki?

Parte de mim fica levemente incomodada que ele saiba meu nome. E estranha que ele esteja perguntando ao Tachibana, como se ele, não o Rin, tivesse falado de mim. A maior parte de mim está ainda aguardando a morte e não dá a mínima para o que o Nanase pode estar dizendo. Eu nem ao menos ouço o Tachibana responder.

Sousuke? – Rin insiste – Sousuke, fala alguma coisa, pelo amor de... Huh? Que é, Haru?

Vamos, Rin.

O que? Mas o Sousuke 'tá catatônico!

Não é problema meu. Nem seu. Vamos.

Hah!? Como você pode ser tão insensível? Ei, Haru...!

As mãos de Rin largam meus ombros. Eu pisco, confuso, e a próxima coisa que eu vejo é o rosto do Tachibana. Ele está corado e seus olhos parecem mais verdes do que nunca. Meu coração dá um salto e eu sinto que meu rosto está ficando muito vermelho. Isso é ruim. Eu provavelmente estou fazendo uma expressão mordaz, independente da minha vontade. Entretanto, Tachibana não parece assustado. Envergonhado, definitivamente, mas não como se estivesse com medo de mim, que é o que as pessoas normalmente sentem.

Yamazaki. – Ele começa. O jeito que ele diz meu nome faz meu estômago dar um salto-mortal. – O que... o que você e o Rin estavam dizendo agora... É verdade?

Os olhos dele parecem tão verdes...! Um verde calmo, como a cor das folhas refletidas no orvalho. Olhando nos olhos do Tachibana, eu de repente esqueço que Rin e eu gritamos a respeito dos meus sentimentos constrangedores há alguns segundos. Eu esqueço que estava nervoso e querendo desaparecer e tudo o que me importa são aqueles olhos de um verde tão tranquilo... De repente, tudo foi demais. Os sentimentos que eu mantive represados, e sobre os quais nunca falava, vazaram:

Eu gosto de você, Tachibana.

Espera. Eu disse isso?

Ele tem um pequeno sobressalto e seu rosto se colore de um rubro mais intenso. Ele olha para os próprios pés. Liberto do olhar calmante do Tachibana, eu acordo do transe em que estive. Olho em volta. Rin e Nanase não estão em lugar nenhum. Nós estamos completamente sozinhos. E eu acabei de me declarar para Makoto Tachibana.

Eu me declarei pra Makoto Tachibana.

Eu me declarei pra Makoto Tachibana.

Tenho a impressão de que estou prestes a hiperventilar, então prendo a respiração. Tachibana ergue o rosto e abre um sorriso. Meu coração para.

Nesse caso... Eu também gosto de você. Por favor, saia comigo, Yamazaki.

Eu solto a respiração num jorro. Makoto Tachibana acaba de se declarar pra mim. Makoto Tachibana quer sair comigo. Olho aqueles lábios curvados num sorriso adorável e, quando dou por mim, eu me adiantei e selei minha boca contra a dele. Ao menos uma vez na vida, meu nervosismo não estava presente.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui.