The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 3
Capítulo II - A Rainha Do Deserto


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como prometido, voltei depois do Enem, agradeço muito pelos desejos de boa sorte de quem mandou *-* vocês são uns amores. E espero que gostem!
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*Por favor, ignorem eventuais erros ortográficos, estou caindo de sono, mas quis postar mesmo assim*
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**Se acharem algum erro, me avisem para que eu possa corrigir**
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Boa leitura!



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Meses atrás...

Ele abriu seus olhos e tudo o que viu foi uma escuridão imposta por um plástico que o cobria. O balançar e o barulho do motor indicava que ele estava em movimento dentro de um automóvel de tamanho considerável.

Atordoado, sem entender nada do que se passava consigo e com o mundo ao seu redor, ele tentou abrir o seu envoltório e não conseguindo fazer corretamente, se libertou rasgando-o por fim.

Ele estava em um compartimento pouco iluminado, provavelmente o baú traseiro de um caminhão extenso. Ao olhar o espaço a seu redor, acabou boquiaberto com o que via. Eram corpos em sacos fúnebres metálicos com a insígnia de uma águia desenhada neles. Achou o desenho familiar, como se já tivesse visto antes. Ele deu uns poucos passos e quase tropeçou ao passar por cima de um dos corpos embalados.

Milhares de dúvidas sem respostas surgiram na sua mente. Onde ele estava? O que estava se passando? Quem era ele? Ele não tinha memória. Não entendia nada naquela situação apavorante. Quem eram aquelas pessoas nos sacos? Por que ele estava dentro de um dos sacos?

Assustado, e cheio de receios. Ele repentinamente notou a pulseira de identificação em seu pulso: "Experimento XY-32 - SHIELD" e mais uma marca d'água com a forma de uma águia.

O pavor o dominou ao descobrir que ele era (ou passara) por uma experiência científica. Aquilo era horrível!

Ele não pôde evitar, um sentimento de raiva e medo dominando-o; foi realmente inexplicável. Ao mesmo tempo, XY-32 começou a sentir uma queimação dolorosa surgir em suas veias e se espalhar por todo o seu corpo.

Seu sangue corria como ácido, seus músculos começaram a se contrair involuntariamente, e a dor causada o obrigou a cair no chão do caminhão e ele gritou sem conseguir suportar. A sensação era terrível, parecia que seus órgãos internos estavam inchando, ao passo que sua epiderme parecia diminuir, causando uma agonia dolorosa e insuportável.

Mas assim como veio, passou. Passou e ele começou a se sentir mais forte, mais hábil. Mais poderoso. Isso era real, ou apenas uma sensação?

Tudo o que XY-32 sabia era que ele precisava fugir. Não podia ficar ali! O que fariam com ele? Com certeza o matariam, todos os corpos ali estavam em sacos FÚNEBRES, inclusive ele. Então seu instinto de sobrevivência juntamente com a sobrecarga da transformação que passou, o fez pegar certa distância para garantir velocidade e se lançar na direção de uma das paredes de metal do camburão de aço lacrado.

Metade surpreso, e metade não surpreso, ele atravessou o metal e foi projetado para fora do automóvel. XY-32 caiu na areia alaranjada enquanto o caminhão o deixava para trás.

Ele se ergueu rapidamente e sem dificuldade, descobrindo que estava no meio de um deserto inóspito. Era surpresa atrás de surpresa para ele.

Agora teria que decidir qual rumo tomar. Seguir pelo caminho de onde vinha o carro que o transportava era algo fora de cogitação, assim como ir atrás dele. XY-32 preferia morrer no deserto do que ser pego por quem quer que tenha feito experiências científicas nele, e com certeza dado-lhe aquela força. Acabou decidindo seguir pela esquerda.

E por estranho que pareça, o Sol e o calor não pareciam incomodar a sua nudez. XY-32 percebeu após alguns minutos caminhando entre as dunas escaldantes, que ele era capaz de correr ali sem causar efeitos negativos em seu corpo. Ele começou a correr, e mais uma vez para sua surpresa, sua habilidade física nova o assustou. Ele corria mais veloz do que o próprio caminhão que abandonara, ousou dar saltos humanamente impossíveis pulando dunas inteiras.

Entretanto, a empolgação da corrida não durou muito. XY-32 caminhou por dias e noites, bem mais resistente que uma pessoa comum, mas sua próprias novas habilidades possuíam limites. Primeiro veio a sede, depois a fome, e o cenário nunca mudava. Nunca.

Perdido em sua desidratação, quando ele achava que não suportaria mais e qualquer momento sucumbiria a falência geral, algo inusitado aconteceu. O cansaço misturado com todas as outras misérias pelas quais ele estava passando fez XY-32 alucinar com uma miragem.

A ilusão de uma mulher. Elegante, vestida com tecidos nobres, ostentava uma coroa de ouro que brilhava mais do que o sol, ofuscando os olhos dele.

– Venha. Venha. Você está salvo. - Ele ouvia até a voz dela chamando-o a metros de distância; consequência de seus delírios de insolação.

– Já vou. Estou chegando. - XY-32 cambaleava pela areia, seus lábios rachados, e pele queimada pelo sol.

– Venha, querido. - A mulher da imaginação o chamava.

– Estou indo. Estou indo. - Ele disse seguindo-a.

A miragem se afastava cada vez que ele se aproximava mais. XY-32 passou bastante tempo seguindo a moça morena bonita. Tempo suficiente para que ele começasse a pisar num chão mais plano e compacto, deixando as dunas para trás, mas sem perceber qualquer alteração no cenário árido.

Seus olhos estavam ofuscados, sua mente estava em um colapso confuso e sua imaginação brincava com ele. Acabou tropeçando em uma pedra. Caiu no chão como um fruto podre, sua lateral esquerda do rosto foi de encontro ao chão árido e duro. Ele não tinha forças para se levantar, ele nem tentou.

E o que aconteceu em seguida para XY-32 pareceu outra miragem, mas era bastante real.

Um garotinho árabe ajoelhou-se ao lado do homem meio consciente, meio inconsciente e começou a sacudi-lo tentando reanima-lo.

XY-32 não conseguiu notar, mas ele havia invadido o quintal da casa humilde daquela criança, que ficava exatamente de frente com a borda do Deserto do Sahara. XY-32 seguiu a Princesa majestosa de sua fantasia e acabou sendo salvo da morte eminente.

[...]

Atualmente...

Steve Rogers estava na recepção de um dos hotéis Four Seasons de Washington esperando Lola. O Presidente queria que eles chegassem juntos ao jantar, daria uma boa imagem.

Rogers estava ansioso e intrigado. Não esperava que Lola aceitasse o convite do Presidente, pelo contrário; nem insistira porque não contava com a possibilidade dela sequer pensar no assunto. Quem em sã consciência conseguiria imaginar Dolores Stark jantando na Casa Branca para a comemoração do 4 de julho? Steve não conseguia entender qual era a motivação dela.

E ele nem tivera a oportunidade de perguntar diretamente ou coisa parecida, pois desde que Rogers fez o convite a ela no meio da semana eles não se viram novamente, porque ele teria que partir logo para Washington, enquanto ela só iria deixar Malibu na véspera do sexta. Então a curiosidade era grande. Lola sempre tão imprevisível aos olhos dele.

Mas foi no exato momento em que a Stark surgiu no saguão do luxuoso hotel que o Capitão pôde formar sua própria teoria de qual era o motivo dela aceitar o convite: Provocação.

Lola saiu do elevador com um sorriso sarcástico no rosto que foi destruído no exato momento em que ela colocou os olhos sobre o Rogers cheio de medalhas e fardado com o traje de gala militar. Ela perdeu até o oxigênio, ele estava tão... Lindo.

Ao passo que ela se aproximava inevitavelmente maravilhada, ele se levantava do sofá da recepção com um fio de irritação no rosto.

– Por que está vestida assim? - Ele disse indignado.

– Err... - Ela demorou um pouco para cair na real e voltar com o seu sarcasmo. - Boa tarde para você também. - Lola sorriu como se nada estivesse errado.

– Você está zombando de mim e do país inteiro?! - Ele mantinha um olhar crítico sobre toda ela.

– Estaria zombando se eu estivesse vestida de Hitler, mulher bomba ou coisa parecida. Pensei que me vestir como as suas antigas dançarinas seria adequado para o dia de hoje. - Lola mentiu terrivelmente e nem tinha intenção de fazer melhor.

Ela queria mesmo irritar ele. Sabia exatamente que Steve incorporava o vermelho, o azul e o branco como um símbolo de seu amor, como uma demonstração de seu orgulho sobre sua pátria; e vê-la daquele jeito, sabendo que ela desprezava tudo o que as cores significavam e todos os outros sentidos seria com certeza ultrajante.

O que era irônico porque por muito tempo ele quis ajudá-la a superar seus traumas, e fazê-la colocar alguma peça de vestimenta com aquelas cores, em outro contexto, seria uma vitória para ele.

Estava claro para Rogers que era uma intenção de deboche, e ela nem ligava de finalmente vestir aquelas cores para isso.

– Às vezes eu esqueço que você é uma Stark. - Steven seguiu para fora do hotel onde um carro oficial do governo os esperava.

Educado, o motorista abriu a porta para eles. Steve sentou num polo de janela e Lola no outro. Não começaram a conversar, Rogers preferia olhar as ruas enquanto tentava entender em vão os motivos dela tentar provocá-lo.

– Teremos que fingir que somos melhores amigos, ou coisa parecida? - Lola perguntou já meio arrependida pela roupa. Ela estranhamente ansiava uma discussão, o silêncio e a falta de protestos não era o que Lola queria.

– Nem precisaremos, já pensam que somos um casal, não é mesmo? E acho que a insistência do Presidente em nos fazer chegarmos juntos, e pedir para não respondermos questões sobre nosso tipo de relacionamento é apenas uma tentativa de fomentar essa ideia na cabeça das pessoas em todo o mundo. - Ele respondeu ainda olhando a paisagem.

– Você se importa? - Lola virou a cabeça para olha-lo observar a janela.

Rogers voltou-se para ela:

– Com o quê? -.

– Você acha ruim ter o nome associado a mim? Liga de pensarem ISSO da gente? - Ela questionou temerosa.

– Não. - Ele disse e ela quase sorriu. - Assim como não ligaria se me associassem a Romanoff, ou a Hill. Não me importo com especulações sobre minha vida pessoal. Elas não significam ou alteram nada. -.

– Hum. - Lola resolveu encarar sua janela e parar de olha-lo, um pouco decepcionada. Mas o quê ela esperava?

– Você se importa? - Ele retrucou.

– Não sei dizer ainda. Os holofotes continuam sendo uma novidade pra mim. - Lola foi evasiva com a visão direcionada às pessoas da rua.

– Entendo. - Ele se virou para seu lado e o silêncio predominou mais uma vez.

(...)

O carro que os transportava estacionou em frente a porta da entrada principal da Casa Branca, paparazzis não credenciados tentavam tirar fotos exclusivas do lado de fora das grades, enquanto agentes os impediam de se aproximar demais.

Já era quase o fim da tarde, Lola e Steve passaram alguns poucos segundos dentro do automóvel, por trás dos vidros enegrecidos, protegidos do assédio dos repórteres credenciados do lado de dentro das grades, quando Lola iniciou outra conversa antes que eles voltassem a não ficar a sós.

– Eu não vou aprontar nada. Vou me comportar. Pode ficar tranquilo. - A Stark a essa altura já estava um tanto arrependida por seu modelito.

Talvez tenha sido um exagero, ela nem entendia o porquê de ter desejado irritar Rogers, pois ali, na presença daquele soldado caladão e sentido, ela se sentia estranhamente mal. Ela pretendia obter uma reação mais passional, a indiferença a fazia se sentir mais idiota do que se sentia normalmente. Se sentia muito mais infantil.

– Você faria alguma coisa? - Ele perguntou encarando-a incrédulo.

– Ah, faria alguma besteirinha boba. Tipo... Insultaria algum representante da Rússia, ou do Irã em nome do país, só para causar algum incidente internacional e uma possível guerra. - Lola explicou dando de ombros com tédio observando o queixo de Rogers quase caindo. - Steve... Foi uma... Piada - Ela explicou pausadamente sem acreditar que ele estava "acreditando" no que havia falado.

Steve tentou se controlar, mas acabou soltando um sorriso ao balançar a cabeça tentando não rir.

– Não acredito que você pensou por um segundo que eu faria mesmo isso. - Ela semicerrou as pálpebras avaliando-o com uma reprovação em tom de brincadeira.

– Vai saber... Você parece que vive para me surpreender. - Ele explicou ainda tentando parar de sorrir.

– Eu até que entenderia isso como um elogio se há segundos atrás você não estivesse achando que eu seria capaz de causar a Terceira Guerra Mundial causando dor e sofrimento a milhares de pessoas inocentes, assim como causaram a mim durante a Revolução Cubana. - Lola não tinha mais um tom de brincadeira.

Era aquilo mesmo?! Loki a via como a humana de coração mais puro que ele conheceu, enquanto Steve achava justamente o contrário?

– Me desculpe. - Rogers se arrependeu mesmo. Onde ele estava com a cabeça em achar algo assim? Mas se bem que... Se ela era capaz de ser apaixonada por um monstro que massacrou dezenas de inocentes, acreditar que era possível ela mesma tentar se tornar a causa de massacres não era tão incoerente.

– Está tudo bem. Esqueça. - Ela disse ressentida abrindo a porta do carro e saindo sem esperar pelo cavalheirismo do motorista. Rogers apressou-se para fazer o mesmo.

Ele a ofereceu seu braço para Lola assim que havia ficado ao lado dela. A garota, por sua vez, ficou um pouco surpresa, mas aceitou logo. Fazia parte da farsa. Era isso o que tudo aquilo era afinal. Uma grande farsa.

– Vamos acabar logo com isso. - Lola disse sorrindo para os flashes que começaram a banhá-los.


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Notas finais do capítulo

- ROUPITCHA da LOLA: https://scontent-b-gru.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/1383157_636399356477364_1874291684124890303_n.jpg?oh=587a1baee1601d154409885d1e7293d0&oe=54E5C9AE
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— Quem aqui já odeio o XY-32 e gostaria que ele tivesse morrido no deserto para não poder machucar o Steve? o/
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— Bom, quanto ao novo dia de postagem, pretendo postar no sábado da semana que vem (dia 22/11), mas se tiverem tempo para ler e comentar, posso acabar postando antes.
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Beijinhos, e me deixem saber o que acharam do capítulo!