The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 10
Capítulo IX - Ultimate Fighting Championship


Notas iniciais do capítulo

U.F.C. pros íntimos huasushahuasashu
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Okay, quando se trata de aniversários, sou meio bipolar. Um ano fico depressiva por estar envelhecendo e em outro eu fico super feliz, e quero que todos ao meu redor também fiquem. Esse ano é dos bons, por isso decide postar no meio da semana do meu aniversário dois capítulos para alegrar vocês :D
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Espero que gostem.
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** Contém link de música camuflado **



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[Alguns Meses Atrás...]

O Doutor Volkman observava com certa ansiedade o paciente intruso e inconsciente na sua tenda médico-militar. Ele aguardava o despertar do peregrino com duas seringas em sua mão; uma delas possuía uma substância letal e a outra analgésicos. O Dr. recebeu ordens para se livrar do hóspede caso fosse necessário, qual das seringas seria injetada em XY-32 dependeria exclusivamente de como ele se comportaria ao acordar e, se finalmente, após décadas, aceitaria a proposta nova da Eukharya.

A ordem primária era elimina-lo, mas Volkman tinha grandes esperanças de que ele aceitasse a proposta. Isso faria o Grande-Chefe olha-lo com olhos mais amenos após o pequeno "errinho" cometido pelo próprio há alguns anos atrás. O Dr. não aguentava mais ter sido banido para àquelas localidades. Não aguentava mais ficar naquele deserto fingindo ser um simples médico dos Médicos Sem Fronteiras enquanto fazia experiências científicas proibidas na população local. Já estava ali há alguns anos e ninguém desconfiava dele, uma vez que os óbitos da população estavam controlados e nem mesmo eles suspeitavam que havia algo de errado com as injeções "milagrosas" do "bondoso" doutor que os ajudava sem receber quase nada em troca.

O despertar aconteceu de forma tranquila, o forasteiro vindo do deserto estava muito debilitado, mas para o Doutor, ver o homem começar a bater suas pálpebras apenas aumentou sua tensão; ele era sua apólice de seguro para sair daquele buraco seco, quente e esquecido por todos os deuses.

O rapaz desacordado abria e fechava os olhos sem parar enquanto começava a ficar consciente após ter sido cuidado e hidratado, ainda desmaiado, pelo Doutor.

Quando finalmente arregalou os olhos, obviamente se sentiu assustado - por não compreender o que acontecia ao seu redor, onde estava, como havia chegado ali, e principalmente por ainda não se lembrar quem ele mesmo era -, tentou se levantar depressa, mas não conseguiu, estava propositalmente fraco. Deveria permanecer à mercê de Volkman.

– Opa! Calminha aí camarada... Você está muito debilitado, não pode sair andando por aí, deite-se! - Volkman largou ambas as seringas e tentou obrigar com as mãos seu novo paciente a se deitar novamente.

– Onde eu estou? Quem é você? - Ele disse as primeiras palavras ainda atordoado.

– Amigo, você é quem deve explicações aqui. Confesso que estou curioso como não envelheceu nada esses anos todos. Sua fórmula milagrosa realmente funcionou? - Volkman disse.

– Fórmula? Que fórmula? - Ele rebateu confuso.

– Ah, não se faça de desentendido, parceiro. Olhe para mim! Estou uma uva passa, velho quase idoso. E você? Parece ter congelado no tempo. - Volkman brincou sem ter noção de que literalmente havia acontecido aquilo.

– Você... Me conhece? - Ele perguntou.

– Claro que sim! Sou o Doutor Volkman da Eukharya. Não se lembra? Tínhamos negócios juntos. A radiação Vita, o laboratório... - O velho disse meio nostálgico.

– Eu não sei quem eu sou. - O forasteiro confessou finalmente.

Um sorriso surgiu na face enrugada do médico ao saber daquela notícia.

– Sorte sua ter se parado entre amigos e eu saber, Simmon. - Doutor Volkman definitivamente jogaria a seringa com veneno fora; ele havia ganhado na loteria.

– Simmon? Este é o meu nome? - Ele perguntou.

– Sim. Seu nome é Simmon Fitzgerald, e você passou sua vida inteira na Áustria, sua terra natal, até a SHIELD chegar até você. Mas não é isso o que importa, me diga como me achou que eu te ajudo a recuperar a memória, camarada. - Volkman impôs a condição pegando a injeção de analgésico para aliviar possíveis dores em seu paciente.

[Atualmente...]

Lola cruzou a porta da sala de treinamento, o mundo todo parecia se mover em câmera lenta para ela. Uma lentidão que só ampliava o desgosto que a banhara. Era doloroso e irritante, como uma farpa intrusa na parte inferior de um pé. Quanto mais os minutos passavam, mais seu incômodo interno crescia sem controle.

Ao caminhar para o interior do aposento ela observava as costas de Rogers se moverem enquanto este socava distraído um dos sacos de areia.

– Boa tarde. - Lola disse séria chamando a atenção, tentou soar de forma mais imparcial possível, não queria transparecer quão bagunçados estavam seus sentimentos.

Steve parou de socar ao ser surpreendido pela visitante que se aproximava.

– Oi, Lola! - Ele sorriu para ela de forma simpática.

Aquilo teria derretido a garota há alguns minutos atrás, quando ela ainda não sabia que ele agora tinha uma namorada, mas a verdade era que ela estava sentindo uma vontade imensa de assassina-lo a sangue frio. Se ao menos ela soubesse como se mata um super soldado centenário...

– Oi. - Disse de forma seca. - Começou sem mim? - Lola tentava disfarçar a amargura que não descia por sua garganta, mas sorrir? Isso ela não conseguia fingir.

– Claro que não, só estava me aquecendo um pouco. - Steve explicou sem notar quase nada de diferente nela.

– Então... Vou continuar batendo em sacos? Esse vai ser meu novo e "diferenciado" tipo de treinamento? - Lola disse entediada.

– Com certeza não. Você quer aprender como se vence um grande vilão, isso é mesmo sério, Lola. Antes era apenas "brincadeira", testes para saber até onde suas habilidades iriam, mas agora? É conversa de gente grande. - Rogers explicava.

– Você ficará surpresa com quão séria eu posso ser. - Lola dizia coisas pensando em outros assuntos.

– Você terá que ser. Lutar contra os crimes não pode ser um capricho... - Steve dizia inocentemente, mas Lola só sentiu um calafrio a mais de ódio em seu estômago por escutar aquela última palavra. "Capricho", foi exatamente aquilo que a loira azeda, que agora namorava o Capitão América, tinha insinuado se tratar do motivo da Stark querer estar ali. Ouvir sair os mesmos fonemas dos lábios dele apenas a irritava mais. Ele e a azeda pensavam de forma igual? Como casal, eles dois eram agora como um só? -... é uma responsabilidade imensa, você será responsável por vidas de muitos inocentes e de sua própria. Terá que aprender a lidar com situações desfavoráveis sem ter nenhum apoio para contar. Por isso de agora em diante você só lutará fisicamente comigo, já que sou o único com força física aproximada da sua. - Steve terminou de anunciar.

"Ótimo!" - Lola pensou ironicamente, tê-lo por mais tempo do que já imaginava a teria agradado bastante hoje pela manhã, mas pensar em Steve como seu mais novo personal-trainer parecia piada de mau gosto do destino.

– Natasha não vai ficar com saudades de mim? - Lola falou sem muita vontade de fazer graça, mas ela estava tentando disfarçar bem.

Steve riu brevemente, não notou ainda a mudança na garota, mesmo ela não atuando tão bem assim.

– Provavelmente não. Não era justo para ela lutar contra alguém muito mais forte. Devia ser fácil para você acabar com ela de vez em quando, mas comigo a conversa será outra, eu ainda sou o mais forte por aqui. - Steve parava de rir.

– Oh! Será um prazer aprender a acabar com o Capitão América. - Lola não falou brincando, mas ele entendeu assim.

– Aposto que era um sonho de infância seu. - Ele riu mais uma vez, o que só aumentava a vontade da garota voar no pescoço dele até Rogers dar seu último suspiro.

– Não só de infância, continua um sonho bastante atual. - A Stark corrigiu, o que fez Steve quase gargalhar. Ela o olhava irritada queria quebrar todos os dentes dele. - Vamos começar logo isso. -.

A garota dirigiu-se à bancada das faixas protetoras para as mãos, e começou a enrola-las. Definitivamente aquele "recomeço" não se assemelhava nada com a primeira vez.

Esse era uma segundo "primeiro dia de treino com Rogers" e a única coisa igual com o antecessor era o motivo estar relacionado com o Projeto Fênix. No outro primeiro dia era uma XX-23 que estava sendo testada, dessa vez, era um XY-32 que obrigava inimigos e até concorrentes inusitados à juntarem forças, à exemplo: S.H.I.E.L.D. e C.I.A. trabalhando em equipe.

Nesse novo primeiro dia de treino era uma Lola Stark irritada, ciumenta e decepcionada que encarava um Capitão América cujo status civil de um possível facebook não se encaixaria mais como "solteiro". Muito diferente de quando era uma garota sem nome e sobrenome que tinha apenas curiosidade em conhecer aquele homenzarrão bonito que a havia recebido de volta à vida.

Oh! E hoje cedo? Nada ocorria como o planejado! Ela pensava que esse novo primeiro dia de volta à Base da agência traria não só a chance e esperança de prender um vilão psicopata, mas também a daria espaço para conseguir conquistar o primeiro homem que abalou de verdade os seus sentidos. Ela tinha tanta certeza de que conquistaria ele, estava pronta para fazer o que estivesse em seu alcance para que ELA se tornasse a namorada dele, mas ELE estragou tudo!

Lola sentia-se no chão; despedaçada. Sua autoestima? No subsolo. Raiva? Ela não tinha da Agente "Aguada" 13. Raiva ela tinha de Steve! Raiva porque ele parecia ter dado a ela todos os sinais de que também gostava dela.

Oh! E como ele se comportou no momento do incidente na Casa Branca? Ele se preocupou com ELA! Só com ela! Foi tão dócil, meigo e atencioso. Lola o achava especial, mas agora? Pensava que ele era único entre os homens, só que não! Ele não é! Rogers é tão cafajeste quanto qualquer outro homem! Porque ela tem certeza que todos os sinais que recebeu dele não eram frutos de sua imaginação. E a opinião te TODO o resto do mundo também era a mesma. Ela entendia tudo agora! Steve era um jogador, só podia ser! Se fingindo tanto de bonzinho, conquistando-a aos poucos. Como uma burra ela caiu como patinho! Ele quer todas! De quê adiantava ela ter um Q.I. maior que o de Albert Einstein e no campo amoroso acabar caindo nos mesmos jogos masculinos sujos como uma mulher normal? Ela se sentia tão burra!

E o pior de tudo é que a mãe dela, em um dos poucos momentos da vida que a forneceu conselhos úteis, disse que ela deveria ter cuidado maior com os homens "bonzinhos", mais até do que com os considerados "bad boys" e Lola não se atentou a isso. Porque quando um "bad boy" te machuca, provavelmente você já estava esperando, mas quando é um "bonzinho"?! A queda vem de muito mais alto.

De Steve? Lola nunca esperaria estar lidando com um conquistador.

– Estou pronta. - Ela anunciou.

– Vamos para o ringue. - Steve fez as honras abrindo caminho para Lola passar primeiro, como um cavalheiro, o que só fez a garota o olhar atravessado por cima dos ombros enquanto adentrava pelos elásticos.

Assim que estava sobre o tatame, Rogers não fez cerimônia e logo lançou um golpe na garota, surpreendendo-a e imobilizando-a pelas costas.

– Hey! Não sabia que já estava valendo! - Ela resmungou.

– Você acha que se o XY-32 fosse te atacar, ele iria te avisar? Isso não é mais brincadeira, já te avisei, Lola. - Steve disse imprensando-a contra si. Em outra situação, as pernas dela teriam tremido só pelo fato do peito dele estar colado em suas costas e sua boca perto do seu ouvido.

Lola se soltou do aperto sem muita dificuldade, ele ainda agia no nível "iniciante" de luta. A irritação da garota só aumentava, naquele momento, até a respiração dele a irritava.

A Stark lançou um soco surpresa na direção de Steve permitindo-se tentar liberar um pouco de sua raiva, mas como um lutador atento, Rogers soube desviar do golpe mesmo não esperando por ele.

– Muito bem, Lola. - Ele parabenizou a iniciativa dela.

– Muito bem? Muito mal! - Ela estava frustrada por não ter conseguido acerta-lo.

Lola tentou agir rápido mais uma vez tentando atingi-lo. Projetou um chute com muita determinação no ventre de Steve, mas este conseguiu interceptar mais este golpe com os braços, defendendo-se.

Assim que ele largou a canela da Stark, a garota tentou dar mais um soco nele, e mais outro, e mais outro e outro...

– Lola! Não vai ser assim que vamos lutar hoje. Isso não será luta livre! - Steve se desviava dos socos empolgados dela. Talvez tenha sido nesse instante que ele finalmente notou que ela estava irritada com alguma coisa, e este algo estava influenciando seu comportamento.

– Você acha que quando o XY-32 for te atacar ele vai avisar que o golpe será de muai thai ou kung fu? - Ela retrucou áspera enquanto deu outro chute que infelizmente foi retido no ar por ele mais uma vez.

Ela queria muito bater nele, descontar toda a sua raiva no próprio objeto de seu desconforto.

– Lola, pare! O que deu em você? - Steve desviava de mais um soco.

– Você mesmo disse, não é mais uma brincadeira, e eu quero aprender! - Ela tentou chuta-lo mais outra vez.

– Não é isso. Sei que tem alguma coisa errada aqui. Eu te ofendi com algo que disse? - Ele perguntou preocupado envolvido na defesa dos golpes que estava recebendo sem descanso.

– Não, seu idiota! - Lola deixou sua raiva escapar verbalmente por acidente.

– O que?! - E foi na exata hora que Rogers foi pego de surpresa pelo insulto que acabou baixando à guarda por um milésimo de segundo e um dos socos o atingiu em cheio, e com toda a força no nariz.

Foi uma surpresa para a própria Lola, não esperava que conseguiria já que ele estava conseguindo se desviar de tudo com louvor.

Steve cambaleou dois passos para trás enquanto levava a mão para cobrir a parte do rosto que começara a doer. Mas Lola não saiu isenta, sacudiu por uns instantes a mão no ar, ela estava latejando por ter atingido uma placa de osso e cartilagem.

– O que deu em você? - Rogers perguntou irritado, e afastando a mão do nariz pôde comprovar o que já sabia. Havia sangue nela. - Estou sangrando. - Ele disse confuso. Não eram muitas pessoas que conseguiam arrancar isso dele, no momento ele só se recordava de alienígenas e do Soldado Invernal, seu amigo Bucky, mas agora Lola havia entrado para a pequena lista.

– Peça para a sua namorada vir estancar para você! - Lola bufou enquanto começava a sair pelos elásticos do ringue.

– Você está enlouquecendo? - Steve perguntou.

– Não, Rogers. Sempre fui louca, caso não tenha notado. - A Stark disse por último antes de começar a seguir pela porta da saída.

♪♫ ”Não é culpa dela ser tão irresistível
Mas todo o estrago que ela causou não tem conserto
A cada 20 segundos você repete o nome dela
E quanto a mim você nem liga
Se estou viva ou morta

Então, objeção, eu não quero ser a exceção
A ter um pouco de sua atenção
Eu te amo de graça e nem sou sua mãe
Mas você nem se importa
Objeção, eu estou cansada desse triângulo
Fiquei tonta dançando tango
Estou caindo em suas mãos de novo
Não mesmo, eu tenho que escapar” ♪♫


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Notas finais do capítulo

Uuuuuh! O que acharam? Por favor! Não passe para o próximo capítulo sem me contar o que acharam deste, vocês sabem que adoro conversar com vocês sobre cada capítulo. Não me traumatizem logo na primeira vez que decidi postar dois capítulos de vez nessa história.
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