Lembranças Perdidas escrita por Day Marques


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E aqui estamos, em mais uma sexta-feira. A semana foi tensa, viu! Bom, quero agradecer a todos que comentaram e nooossa senhora, nem acredito que tenho 31 pessoas acompanhando a fic. Isso é maravilhoso, porque nunca cheguei tão longe kkkkkkkk. Pessoas lindas, comentem e recomendem. Vou contar um segredo, o dedo nem a mão cai se fizerem isso kkkkkkkk. Ok, vamos lá, divirtam-se. Beijão



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Hoje é o dia em que meus sogros chegam. Uma semana se passou, mas eu resolvi passar mais uma aqui. Não que as coisas estejam fáceis, complicadas digamos assim, mas dá para levar, por enquanto. Não tive mais nenhum fleche sequer, e o Edward voltou a se fechar depois daquele dia, é como se nada tivesse acontecido. Eu tento sempre me aproximar, mas é difícil quando a pessoa não dá abertura. Estou tentando também com a Nessie. Pois é, eu também passei a chamá-la assim.

– Oi, posso entrar? - Perguntei de sua porta.

– Claro mãe, senta aqui do meu ladinho – Deu espaço na sua cama de solteiro. A sentei em meu colo e ela cercou meu pescoço com seus braços. Eu nunca lhe dei com uma criança, sou filha única e todas minhas primas e primos são da minha idade. E não lembro de como era com ela, se bem que nem prefiro. Eu devia ser uma péssima mãe. Deve ser por isso que ela sempre recua um pouco quando tento aproximação. Já fiz perguntas ao Edward, mas ele prefere não falar. Bom, não deve ser tão difícil cuidar de uma criança, ela já é grandinha e deve ser quietinha. Nunca a vejo bagunçando ou tocando terror pela casa. Vamos lá, não deve ser uma terceira guerra mundial.

– Você se sente bem, hoje? - Que droga de pergunta é essa, ela é só uma criança – Quer dizer, dormiu bem? - Sorriu com meu embaralhamento.

– Dormi bem, sim. O papai leu uma história super bonita para mim – Bateu palminhas.

– Que legal. Você gosta quem leiam para você?

– Unrum, gosto muito. Você costumava ler para mim – Disse.

– É mesmo? E não leio mais? - Negou várias vezes, o que foi engraçado até.

– Não. Eu até pedia, mas você dizia que não tinha tempo para essas besteiras. Tinha muito trabalho a fazer – Meu instinto falou mais alto, automaticamente a abracei.

– Desculpe, eu realmente não queria dizer aquilo. Aquela não era eu – Acarinhei seu rosto.

– Não era? Que engraçado, porque ela parece muito com você – Ri da sua inocência.

– Não querida, era eu. Só não estava no meu normal – Olhou-me mais confusa – Esqueça, é coisa de adulto.

– Por que vocês sempre dizem isso? - Ficou emburrada, me fazendo gargalhar.

– O que você ia fazer agora? - Vi um monte de roupas jogadas em cima da sua cama.

– Vou tomar banho, a vovó fica muito brava quando vê que meu papai não me deu banho – Riu com a mão na boca – E ela puxa a orelha dele.

– Eu te ajudo, se quiser – Esperei sem jeito.

– Não né, mãezinha. Eu já sou grandinha demais pra isso – Se prostrou de pé, mostrando seu tamanho.

– Ok, então vou esperar lá embaixo – Já tinha chegado na porta, quando falou.

– Mamãezinha, você pode me ajudar a lavar bem o meu cabelo, porque a vovó sempre reclama que eles estão sujos. E eu ainda não alcanço bem, e o papai está ocupado.

– Eu adoraria. Agora você também tem que me ajudar, eu não sei fazer isso direito. Se eu fizer algo errado, você me diz, ok? – Assentiu. Ela ligou a banheiro e pediu para eu colocar o sabão, ou seja lá como isso se chama, na água – Está bom? Um pouco mais – Coloquei e um monte de espumas foi surgindo – Ai não, isso não vai dar certo – Nessie entrou na banheira e se jogou no meio das espumas, que não tô brincando não, estava se espalhando pelo banheiro todo, impedindo minha visão da banheira. O desespero foi tomando conta de mim. Meu pai, matei a menina! - Nessie – Gritei – Nessie, pelo amor de Deus, fala alguma coisa – Nenhuma resposta – Renesmee, fala comigo filha – Sai tateando tudo, passando a mão por todo lugar e nada, a espuma já se acumulava no quarto dela também. Estou completamente ferrada. Estava prestes a chamar por socorro, mas uma minúscula mão puxou meu pé, me fazendo gritar,

– Peguei você – Gritou. Retiro o que disse, essa menina é uma peste. Vai demorar cinco anos para meu coração voltar ao normal depois dessa. Correu quando viu minha cara para ela – Você não consegue me pegar – Falou rindo. Numa tentativa falha de lhe agarrar, cai no meio das espumas.

– Renesmee, seu pai vai me matar se ver essa situação. Volta aqui – Correu para o meio da espuma de novo e se jogou na banheira. Só que a desastrada aqui acabou escorregando de novo e caí de bunda.

– Nessie, o que... - Oôu, lá vem a bronca – O que está acontecendo aqui?

– Sabão demais? - Encolhi os ombros com seu olhar.

– Cadê minha filha?

– Aqui – Apareceu pulando animadamente. Vi seu rosto ficar vermelho quando a viu coberta de espumas e correndo o risco de escorregar. Talvez ela não tenha herdado minha falta de coordenação.

– Você quer matar ela, é isso? - Esbravejou.

– Só estava dando banho nela – Falei.

– Desse jeito? Ela poderia ter se machucado – Essa frase fez um fleche de uma discussão vir em minha mente, fechei os olhos. Sempre que isso acontecia, eu sentia uma dor na cabeça – Nessie, vai terminar de tomar banho no banheiro principal. E vê se não bagunça, seus avós estão chegando.

– Vem mamãe – Sorriu.

– Sem a mamãe – Falou pra ela. Ela saiu cabisbaixa – E você, vê se cresce. Pode não estar feliz com a chegada dos meus pais, mas não tente derrubar a casa por causa disso.

– Para, eu não estou fazendo nada. Só estava ajudando a Nessie no banho e derrubei sabão demais na banheira.

– Você quer ajudar? Ajude ficando longe dela, não a iluda. Um dia sua memória vai voltar e não quero que ela se machuque. Porque diferente de você, ela te ama de verdade – Meus olhos encheram de lágrimas, mas sai batendo nele de propósito. Estou tentando, meu Deus. Mas desse jeito não tem santo que aguente. Tomei meu banho calmamente e coloquei um vestido, o mais simples que achei. Preciso fazer compras urgentemente, eu não posso usar essas coisas extravagantes em casa. A sala estava vazia, escutei a Nessie ainda no banho, mas nenhum sinal do Edward. O telefone toca e não me importei de atender.

– Alô?

– Oi, Bella. Que surpresa você atender o telefone – Não evitei o revirar dos olhos – Sou eu, a Esme – Ah, minha linda sogra – O Edward está?

– Sim, mas não sei exatamente onde. Acabei de sair do banho.

– Não tem problema. Só queria avisar que vamos chegar em meia hora.

– Tudo bem, estaremos esperando – Ela mandou um beijo e logo desligou. Andei pela casa, até ver uma porta semi aberta, ele devia estar lá. Empurrei um pouco e pus a cabeça para dentro, mas ele fez que não viu nada.

– Edward, sua mãe ligou e disse que chega em meia hora – Apenas balançou seu cabeção – Você não vai esperar na sala?

– Estou ocupado – E essa foi sua resposta. Grosso e seco. Que se dane, também não vou ficar babando ninguém. Voltei para sala e liguei a TV. Passava um filme de comédia que eu gosto muito – Meu amigo Harvey – Um dos melhores que já assisti. Nessie apareceu logo depois, com uma roupa linda e segurava uma escova de cabelo.

– Você viu o papai?

– Está no escritório.

– Se importaria de pentear meu cabelo – Perguntou relutante.

– Vem cá, eu faço isso – Sentou em meu colo – Se doer, avisa tá? Não deixe eu arrancar sua cabeça – Seus cabelos eram um liso puxando para o ondulado, da cor dos de Edward.

– Ai, meu olhinho – Gritou.

– Ai meu Deus, desculpe – Manti distância dos seus olhos.

– Ai, devagar – Choramingou.

– Talvez fosse melhor você pedir ao seu pai, mesmo – Falei.

– Você consegue – Respirei fundo e tentei ser mais delicada dessa vez. No final de tudo, Nessie ainda tinha cabelos e isso é muito bom, um avanço até. Abrimos o sofá-cama e ficamos deitadas assistindo ao filme. Quase cochilávamos, e uma buzina foi ouvida. Edward apareceu em seguida e nos encarou. A Nessie se aconchegou mais ao meu lado e ele pareceu não gostar e veio até nós.

– Filha, a vovó chegou – Ela simplesmente o ignorou e voltou a fechar os olhos – Vamos, sua vó está louca para te ver – A tirou dos meus braços.

– Não

– Edward – Falamos ao mesmo tempo. Mas ele foi atender a porta. Respire, apenas respire! Um lindo casal apareceu na porta e sorriram para ambos. Nessie logo se jogou em seus braços, trocaram algumas palavras até ela se virar e me ver. Sorriu carinhosamente e veio até mim.

– Oi, Bella – Pôs Nessie no chão e me abraçou. Não foi tão estranho assim, me senti bem com isso – Graças a Deus você está bem. Eu quase tive um enfarte quando soube sobre você. Nunca mais saia para pedalar, não se não souber andar – Afastou-se me olhando e riu – Você está cada vez mais linda.

– Obrigada, Esme – Sorri com sua preocupação. Nem eu sei o que eu estava fazendo andando de bike, sou péssima nisso.

– Lembra do Carlile? Meu marido e pai do Edward – Neguei vergonhosa.

– Oi querida, de novo. É bom ter você de volta – Abraçou-me cuidadoso.

– Eu realmente sinto muito não lembrar de nada. Mas se isso ameniza o clima, não foi tão estranho assim – Rimos, menos o idiota lá que nos encarava.

– Como está a sua mãe?

– Bem, eu ando falando muito com ela nesses tempos.

– Isso é ótimo. Oh sim, eu e Carl estamos pensando em fazer uma viagem. Mas viemos visitar vocês primeiro e depois pensamos nisso. Estava morrendo de saudades – Ela e minha mãe deviam ser amigas. É empolgação que não tem fim – Ah, Alice, Rose e os meninos mandaram um beijo – Deu-me quatro beijos, gargalhei por isso – Alice e Emmett são meus filhos. Rose e Jasper são seus namorados. Vocês se dão super bem, eles disseram que vão aparecer qualquer dia desses.

– Isso é ótimo – O almoço logo foi servido, no jardim desta vez, e comemos entre várias conversas. Rimos muito com as coisas que a Esme contava sobre mim, sobre o Edward e ambos. Como dispensamos os empregados, eu e Esme recolhemos tudo e na hora de lavar, Carlile praticamente me expulsou da cozinha. Voltei a sala para desligar a TV, e pela janela uma cena me chamou atenção. Cheguei mais perto da janela e fiquei olhando Edward brincando com a Nessie. Ela riu que não se aguentava, tentava se desvencilhar das coscas, mas era pequena e devagar demais para isso. Peguei-me rindo também, era contagioso sua felicidade.

– Eles ficam lindos juntos, não é? - Assustei-me com Esme – Essa menina trouxe uma felicidade enorme para a vida de vocês. Vocês já eram perfeitos juntos, e quando ela nasceu. Nossa, vocês não se desgrudavam.

– É mesmo?

– Por que não vai se juntar a eles?

– Acho melhor não.

– Vocês brigaram?

– Eu acho que sim, não foi uma briga. Só seu filho que é sério demais.

– O Edward? Ele é a pessoa mais brincalhona que conheço.

– Então ele tem algum problema comigo.

– Releve, ele deve está confuso.

– Acho que a pessoa sem memória aqui, sou eu – Sorriu.

– Eu sei, Bella. Mas você já deve saber que as coisas não estavam fáceis,você não estava fácil ultimamente.

– Mas eu estou tentando, Esme. Só que eu também não vou ficar servindo de saco de pancada para ninguém. Eu quero consertar o que fiz e o que deixei de fazer, mas ele não coopera – Virou-me para ela.

– Não desista, é só isso que lhe peço. Meu filho nunca foi tão feliz desde que te conheceu – Apenas sorri e voltei a olhar lá fora. Fui pega de surpresa quando vi que ele me encarava.


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Notas finais do capítulo

Own, esse momento da Nessie e Bella, foi tão.. tão kkkk. Beijos e espero ótimos e deliciosos comentários