Lembranças Perdidas escrita por Day Marques


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hello guys, mil perdões pelo atraso. Ontem eu tive um dia puxado e acabei esquecendo de postar. Aqui está um novo cap, obrigado por todos que comentaram. Para quem estava com saudades do nosso amado casal se amando e se provocando, se deliciem e lambuzem agora....GO!!!



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– Bella, o táxi está nos esperando – Ouvi Edward gritar.

– Só um minuto. Mãe, você tem certeza que entendeu tudo que eu te disse?

– Fica tranquila, eu sou mais velha que você Bella, eu sei como cuidar de uma criança.

– Eu sei, é que eu nunca deixei a Nessie por tanto tempo, cuida bem dela.

– Eu vou, prometo.

– Bella!

– É melhor eu ir, ou ele vai me bater – Acocorei-me perto da Nessie a abracei apertado – Eu te amo filha, mais que tudo nessa galáxia, eu prometo que é verdade.

– Te amo, mãezinha. Traz um monte de presente para mim.

– Eu trago – Lhe dei um beijo e abracei minha mãe – Mãe, se comporte e chega de bichos de estimação para ela.

– Pode deixar, agora vai – Beijei as duas de novo e corri pra fora. Edward já estava sentado no banco de trás e impaciente.

– Até que enfim – Sorri – Nos leve para o aeroporto internacional, por favor – Instruiu o motorista.

– Internacional, em? Posso saber agora para onde vamos?

– Não, e você vai ficar com os olhos vendados até chegarmos ao nosso destino.

– Isso não é meio exagerado?

– Calada, é assim que vai ser e ponto – Logo chegamos no aeroporto e quando chegou a hora de irmos fazer o check-in, ele cumpriu com a promessa de me vendar. Não tive a chance de descobrir por chamada, porque chamaram vários voos ao mesmo tempo e ai ferrou. Edward me guiou ate o nosso lugar e só ai ele me permitiu tirar a venda.

– Obrigada, eu já estava mesmo ficando cega por causa disso.

– Em poucas horas estaremos em nosso destino. Mas...

– Ah não, não gosto quando há um “mas” envolvido numa frase.

– Quando estivermos perto de pousar, serás vendada de novo e sem reclamar.

– Tá né, já vi que essa eu perdi mesmo – Encostei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos, acabei pegando no sono.

[…]

– A gente já chegou? - Perguntei pela milésima vez.

– Meu pai, chegamos! – O motorista falou com alívio em sua voz e paramos.

– Espere aqui um minuto, vou deixá-la no quarto e já volto para pegar as malas.

– Por favor – Disse o homem. Credo, ele fala assim porque não é ele que está de olhos vendados. Edward segurou meu braço e começamos a subir escadas. Pouco tempo depois paramos e escutei a porta abrir.

– Pronto, sente-se aqui e já volto. E nem pense em tirar a venda – Tudo ficou silencioso e fiquei sentada, com a maior cara de idiota e balançando os pés de um lado pro outro o esperando. Dez minutos depois, e eu estava contando, Edward entra no quarto e escuto as malas serem colocadas perto da cama.

– Até mais, senhor e senhora Cullen. Tenham uma ótima viagem.

– Obrigado, Pedro – E lá estávamos nós, sozinhos naquele quarto de lugar nenhum, até onde eu não sei onde é, e meu corpo já começa a ficar tenso – Vem aqui, seus minutos de tortura acabaram – Puxou-me até um lugar e pela brisa que entrava, percebi que estava perto de uma janela. Seus dedos alisaram minha pele e foi em direção a meus cabelos. O nó foi desfeito e quando me acostumei com a claridade, fiquei maravilhada com a linda paisagem a minha frente.

– Edward – Pus a mão na boca – Aqui é Verona, "a terra de Romeu e Julieta" – Ele riu.

– Foi aqui que passamos nossa lua de mel, e estamos no mesmo hotel que o de antes. Não é um hotel de luxo porque não eramos muito ricos como hoje e você que o escolheu da outra vez. Disse que ele chegava o mais próximo dos livros.

– É perfeito, eu amei demais. Obrigada!

– Sua felicidade é a minha, fico honrado de te ver assim.

– O que vamos fazer agora?

– Eu pensei que seria bom de seguirmos os mesmos passos das coisas que fizemos antes. Você pode conhecer tudo o que quiser.

– E o que estamos esperando?

– Primeiro vamos almoçar, estou faminto. Depois, podemos ir na Casa da Julieta.

– Vem logo – Sai o puxando e ele gargalhou. Um carro alugado já nos esperava quando chegamos lá embaixo e Edward que dirigiu. Almoçamos em um restaurante normal, onde tinha todos os tipos de massa. Comemos pizza, macarronada, lasanha e por ai foi. Com os chocolates que o Frederico me deu em meu colo, Edward seguiu rumo a Casa da Julieta. Cada vez que chegávamos perto, um frio na barriga aparecia. Eu estava muito ansiosa e nem sei como vai meu italiano. Sempre fui louca para visitar Verona, fiz curso de italiano só para um dia vir aqui, mas isso já faz bastante tempo. Duas histórias as quais sou viciada e obcecada: Beatrice e Dante e Romeu e Julieta. Claro, tem muitas histórias que eu sou muito apegada, mas essas foram as que mais me prenderam. E nem acredito, que nesse exato momento, estou parando em frente a casa mais famosa da Itália.

– Vai descer ou ficar só olhando? - Engoli o último bombom, limpei a mão na calça e abri a porta. Fui na frente e adentrei pelos portões enormes e de ferro pesado. Os muros parecidos com barro, de tijolos antigos e gastos, entre eles haviam inúmeras cartas, escritas por mulheres desesperadas de amor, que acreditavam que a Julieta podia lhes ajudar. Em alguns cantos podia ver mulheres chorando enquanto escreviam suas cartas, creio que existiam pessoas de todos os lugares ali. Me senti emocionada de repente, é uma realização de sonho estar aqui e me sinto tão realizada.

– Não vai escrever uma carta também? - Edward me deu um pequeno caderno e uma caneta. Sorri agradecida e achei um lugarzinho no banco e me sentei. Escrevi tudo o que me veio em mente e assinei com meu nome, do Edward e Nessie no final. Mas diferente de muitas cartas ali encontrada, a minha era de agradecimento e muita felicidade. Segui até o muro e enfiei minha carta nele, respirei alegremente.

– O que pediu? Um Romeu?

– Tudo o que eu fiz foi agradecer á ela. Pelo meu Romeu e minha pequena Julieta, eu já tenho tudo do que preciso – Meus braços arrodearam seu pescoço e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo – Obrigada.

– Eu te amo, Bella – O encarei e sorri.

– Eu te amo, Edward.

– Temos mais um lugar para ir, vamos - Com os dedos entrelaçados, saímos rumo a uma casa de primeiro andar. Entramos no estabelecimento e era um restaurante, uma senhora veio em nossa direção e pediu que sentássemos.

– Não, não viemos para isso ainda. Gostaria de conhecer o escritório das secretárias da Julieta – Falei para ela em italiano – Será que posso?

– Espere um pouco, eu acho que lembro de vocês. Mas é claro, nunca vou esquecer de um casal apaixonado que entrou aqui e esbanjou simpatia. Não mudou muito, pelo o que vejo, e já se passaram anos. Pensei que nunca mais fosse ver vocês – Sorri sem graça para ela e Ed me puxou mais para perto, uma forma de dizer que estava feliz - Esperem aqui que já volto - Nos deixou a sós e sumiu de nosso campo de vista.

– Pare quieta, Bella. Vai ter um ataque desse jeito.

– Não consigo, estou muito animada com tudo isso.

– Hei, vocês dois, por aqui – Segurei a mão do Edward e praticamente corri com ele escada a cima – Aqui estamos, essas são as secretárias de Julieta – Com a mão na boca, observei tudo ao meu redor. Exatamente como imaginei, tudo a moda antiga, sem tecnologia, apenas cestas e mais cestas de cartas para serem respondidas por essas bondosas mulheres.

– Olá, sejam bem-vindos, que surpresa receber visitas.

– Obrigada, estou tão animada de estar aqui. Sempre tive a curiosidade, obrigada por nos receber.

– É um prazer, não é muitas pessoas que dão valor e respeitam o que fazemos. Acredita que uma vez recebemos a visita de um pai enfurecido só porque respondemos a carta da filha dele. Ele disse que eramos uma ilusão de vida e que iríamos acabar com todas as pessoas que acreditavam em nós.

– Que babaca, não? - Sorrimos – Mas eu respeito o trabalho de vocês e admiro, é lindo o que vocês fazem para tentar ajudar a essas mulheres que estão tão abaladas.

– Que fofa, adorei você. Esse é seu namorado?

– Esposo – Fiz sinal para que ele se aproximasse e o abracei pela cintura – Edward Cullen, e aliás, eu me chamo Isabella Cullen.

– Oi Edward, como vai?

– Feliz e bem, obrigado.

– Essas são minhas ajudantes Maria, Julia, Claudete e Julieta.

– Oi meninas – Acenei com a mão. Ficamos conversando por um longo tempo, mas ficou tarde e tivemos que ir.

[…]

Ao longo da semana, eu e Edward fizemos muitas coisas, muitos programas. Visitamos outros lugares, conhecemos aquele lugar que fazem e guardam os vinhos, mas eu esqueci o nome agora. Provamos muitos e descobri que até que uns vinhos são gostosos. Conheci uma lojinha com especialidades em chocolate, provamos de tudo um pouco. Fizemos novas amizades, um casal super louco que nos guiou por lugares lindos que guia turístico nenhum nos levou. Uma lagoa maravilhosa que dava para ver tudo que nela tinha, não nadei, claro, porque eu morro de medo. Mas pude tirar várias fotos e isso já me satisfez. Comprei uma pulseira que vinha com cada símbolo turístico da Itália, uma pra mim e outra para a Nessie, sei que ela vai amar. Tirei muitas fotos também, posso odiar tirar foto, mas eu amo tirar foto das coisas. O que posso dizer é que aproveitei bastante e diversão foi mais que presente durante esses dias. Só que hoje, tudo acaba e temos que voltar para nossa realidade.

– Hoje é a nossa última noite aqui, então eu fiz uma reserva no melhor lugar para se olhar as estrelas – Disse Edward, me tirando a câmera da mão.

– Sério? E por acaso vai ser mais uma surpresa?

– Vista-se e eu te espero perto da escada em meia hora. Não se atrase – Ferrou agora, só tenho meia hora para ficar bonita para o Edward. Faz um certo tempo que não fazemos nada mais intimo do que beijos e isso está me enlouquecendo. Tenho que tomar uma atitude, de hoje não passa. Peguei o vestido mais provocante que eu tinha na mala, era marrom claro e tinha um decote razoável. Pus uma meia calça preta e graças a Deus que trouxe esse sapato que as meninas me deram. A lingerie deixarei para outra hora. Soltei os cabelos e não passei muita maquiagem, perfume é a prioridade da vez. Será que estou bem depilada? Verificado, tudo certo. Respirei fundo e com muito cuidado para não tropeçar, sai e fechei a porta. Como combinado, Edward me esperava no pé da escada e vestia jeans e um blazer. Estava lindo, obviamente, esse homem não fica feio nem no seu pior dia de vida.

– Madame, que bom que foi pontual.

– Onde vamos? - Estendeu-me sua mão e fiz menção em descer, mas ele me puxou e tomamos o caminho da subida.

– Jantaremos em um lugar bem diferente, acho que você vai gostar – Subimos todos os andares e Edward abriu a porta de saída para o telhado do prédio.

– Bem-vinda ao nosso restaurante exclusivo – Apontou para uma solitária mesa no centro do telhado, haviam duas velas acesas nela, duas bandejas cobertas e pratos e talheres. Fora isso, existiam flores para todo o lado, era uma espécie de estufa, tinha flores de todos os tipos.

– Que lindo, você faz cada coisa, Edward.

– As flores já tinham, o resto eu pedi ajuda. O gerente me disse que hoje é a noite perfeita para se admirar o céu, é umas das noites mais estreladas do ano. Tivemos a sorte de estarmos aqui e então eu aproveitei.

– Supimpa – Falei e ele gargalhou.

– Essa palavra ainda existe?

– Esquece! Estou morta de fome – Puxou a cadeira para que eu sentasse e tomou seu lugar.

– Bom apetite, meu amor – Brindamos e comemos.

– Edward, eu quero te agradecer.

– De nada, meu bem. Mas devia agradecer mesmo a senhora Rute e o senhor Ferdinando.

– Você não entendeu, eu te agradeço por tudo. Por você ter me amado todos esses dez anos, continuado me amando e tendo esperanças quando a única coisa que eu te dei foi desprezo. Obrigada mais uma vez pela filha maravilhosa que temos, e obrigada por não ser o marido perfeito, porque a perfeição não existe e se existe, acabaria. Obrigado por ser exatamente como é e por me amar e me aceitar nas minhas melhores e nas piores condições que já estive. Eu sempre te amei, mas se um dia esse sentimento se foi junto com o que perdi, então me apaixonei, amor a primeira vista, quando você entrou naquele quarto. Não vou mentir, eu fiquei bastante assustada, tive medo de estar vivendo uma vida que não me pertencia, que você pudesse estar me confundindo com alguém. Tive medo da nova vida que eu teria que enfrentar, com pessoas ao meu redor que eu não conhecia nem um pouco. Porém, quando fui recebida naquela casa pela Nessie e percebi o jeito como ela me olhava, o quanto ela precisava de mim, eu desejei aquela vida para todo o sempre. Eu quis ficar e fazer vocês dois felizes, foi difícil, mas eu acho que consegui agora. Não consegui? - Sorri em meio as lágrimas.

– Ah Bella, minha Bella. Você sempre me teve, é claro que conseguiu. Eu quero viver com você toda a minha vida e se nos encontrarmos no céu, também serei seu e viveremos sempre juntos. Nada nem ninguém nos separa, eu prometo – Alisou meu rosto ternamente e me beijou. Ficamos um tempo em silêncio, um encarando o outro, e nos amando apenas com o olhar.

– Bom – Respirei fundo e sorri, limpei o rosto e ergui a taça – Vamos beber e aproveitar. Á nós

– Á nós, baby – Bebi tudo de uma vez só e enchi de novo – Hei, vai com calma.

– De repente me bateu um calor.

– De fato, está quente hoje – Levantei e olhando bem para ele, lentamente, fui tirando o sapato. Andei um pouco até perto das flores e o fitei.

– O que você está fazendo? - Perguntou confuso, mas existia sinal de sorriso em seus lábios.

– Você não acha que se ficarmos mais á vontade, seria melhor? - Edward foi até onde eu estava e me encarou.

– Eu acho que você bebeu demais.

– Pode me ajudar com o zíper do vestido? Eu não alcanço – Ficou sem reação por um minuto, mas fez o que pedi. Baixou o zíper e me virei de frente para ele. Fui baixando o vestido vagarosamente e ele acompanhava meus movimentos sem quase nunca piscar. Logo depois, eu me encontrava só com calcinha e sutiã na sua frente. Como num passe de mágica, ele finalmente entendeu o que eu estava fazendo, tentou me segurar, mas desviei a tempo.

– Essas tulipas são lindas, não acha?

– Muito linda – Rondei seu corpo e sussurrei em seu ouvido:

– Você está muito vestido, Edward. Isso pode ofender as flores – Assim como fiz para ele, o mesmo também tirou sua roupa. Começou pelo blazer, assim foi com a camisa e por fim a calça.

– Elas estão felizes agora?

– Bem melhor – Peguei sua mão e passei sobre minha barriga – Uma tatuagem ficaria bonita, bem aqui? - Parei sua mão bem perto da minha parte íntima.

– A mais bela de todas – Sua respiração ficou pesada. Mais uma vez me afastei dele e fui para o outro lado. Respirei o perfume da orquídea e com o dedo indicador o chamei.

– Essa ficaria boa nesta região? - Depositei sua mão sobre meu peito. Sua mão fez menção de se firmar, mas me afastei de novo. Quer dizer, tentei, ele me puxou e fui imprensada entre seu corpo e a mesa.

– Sua provocadorazinha do mal, vou te mostrar que você não pode fazer isso comigo – Virou de costas para ele e me fez empinar a bunda em sua direção. Arqueei a cabeça ao sentir sua língua deslizar sobre minhas costas. Foi descendo e com a mão forçou minhas pernas para serem abertas mais um pouco. Meu coração foi a mil quando senti sua boca sobre minha calcinha e com os dentes ele a puxou para baixo. Já totalmente nua, ele me virou de frente e jogou os vasos que tinha sobre a mesa no chão e me pôs encima dela.

– Droga – Gemi de frustração.

– Você – Beijou um lado do meu pescoço – É – Agora o outro lado – Toda minha – Atacou minha boca e seu beijo era voraz, faminto e ansioso por mais contato. E eu sei que isso é apenas o começo do começo

[…]

– É mesmo uma pena que tenhamos que voltar.

– Ainda tenho uma empresa para cuidar, Bella.

– Não podia pedir a alguém que cuidasse de tudo por mais dois dias?

– Não e caso tenha esquecido, temos uma filha para cuidar.

– Ai, fez eu me sentir uma péssima mãe, agora.

– Não foi por mal, mas precisamos mesmo voltar. Só que tem mais uma coisa.

– O quê? - Levantei a cabeça de seu ombro.

– Nossa próxima viagem vai ser para Paris.

– Não brinca!

– Seríssimo, e você vai poder conhecer aquele museu que tem os quadros e histórias sobre Beatrice e Dante.

– Já disse que te amo hoje?

– Não – Sorriu. Lhe beijei ternamente e voltei a deitar.

– Senhores passageiros, voltem a seus lugares e coloquem os cintos que já vamos pousar. Obrigada por...

– Poxa, não tive tempo nem de tirar um cochilo – Edward resmungou – Culpa sua, Bella.

– Não reclama que você não é o único que está cansado – A luz do cinto foi desligada e nos levantamos. Passamos naquele imensa esteira e meia hora depois pegamos a nossa mala. Esses aeroportos precisam de uma coisa mais eficiente que isso, já perdi até a mala uma vez e levou dias para que eu a recebesse de volta. Na saída, quem nos esperava não era meus pais, mas sim o César, o que foi estranho para mim.

– Olá César, que surpresa você aqui.

– Bem-vinda de volta, senhora e senhor Cullen. O carro está logo ali, deixe-me ajudar com as malas – Entrei as minhas a ele e Edward levou as dele. Aqui já estava noite, mas não tão tarde, dava tempo de eu ir pegar minha Nessie.

– César, onde estão os meus pais?

– Bom, é que...

– Meu Deus, o que aconteceu com eles? - Alterei-me.

– Fique tranquila, eles estão bem. Foi só que a Nessie teve uma pequena intoxicação alimentar e teve que ficar em observação no hospital.

– Que horror – Meus olhos encheram de lágrima – Minha filha passando por isso e eu me divertindo sem saber de nada.

– Nos leve para o hospital, César – Disse Edward.

– Não será preciso, a menina Nessie já está na casa da sua mãe. Por isso ela não veio – Encostei a cabeça no banco e fechei os olhos para controlar o bule de vômito que queria vir. Sempre que fico nervosa ou ansiosa isso tende a acontecer. Assim que o carro parou, praticamente pulei fora e sai correndo para dentro de casa.

– Mãe, mãe cadê você? - Gritei subindo as escadas.

– No seu quarto, querida – Corri até lá e parei ao ver a Nessie um pouco pálida, porém sorridente por estar rodeada pelos seus bichinhos e sorrio ainda mais ao me ver.

– Ah meu amor, me perdoe – A pus eu meus braços e a apertei, já chorando – Eu sou uma péssima mãe, me perdoe por não estar aqui com você.

– Mamãe, eu estou bem. A vó cuidou bem de mim, e o Coco, Coquinho e Cocão também. Eu não fiquei sozinha um minuto.

– Eu sei, mas era pra eu estar aqui. Senti tanto a sua falta, sabia?

– Eu também, muitão mesmo – Beijou-me – Trouxe meu presente? - Acabei rindo em meio as lágrimas.

– Pois é, você está bem mesmo.

– Papai! - Pulou da cama e correu para os braços dele. Preciso dizer que os filhotes também fizeram o mesmo?

– O que você andou aprontando que comeu besteira?

– Comportei-me como um anjo, juro.

– Mãe, posso falar com você um minuto? - Nos direcionamos para fora do quarto e escorei a porta – O que realmente aconteceu?

– Não pira, ok? - Acenei – O Frederico ligou para mim e disse que sua família estava de volta e que sairiam para fazer um piqui nique e pediu que a Nessie fosse com ele para fazer companhia a sua filha.

– Sim...?

– Então eu deixei, não vi problema nisso e ela estava começando a sentir sua falta, isso a distrairia um pouco. Por volta das quatro da tarde, recebi uma ligação do hospital dizendo que a Nessie tinha dado entrada lá. Corri imediatamente para o hospital e a Nessie estava respirando por aparelho, mas não era nada de grave. O médico me explicou que foi encontrado uma pequena quantidade de veneno em seu organismo – Minha mão foi a boca, que horror. Minha visão ficou turva e me encostei na parede.

– Mãe, quem fez isso com minha filha?

– A polícia está investigando, mas ainda não temos nada. Enfim, o médico disse que não foi uma dosagem mortal, acho que só para assustar mesmo.

– Só para assustar? - Subi o tom de voz – Que tipo de doente mental faz isso só para assustar, ainda mais com uma criança de sete anos?

– Hei, que gritaria é essa? - Edward veio até mim.

– Envenenaram a nossa filha, Edward. E o médico disse que foi só para dar um susto. Mas que droga é essa?

– Filha, o que importa é que a Nessie está salva.

– O desgraçado que fez isso está lá fora, isso não é justo pra mim. Eu quero saber quem fez isso.

– Comida de rua é sempre arriscada, isso acontece. Temos que ter mais cuidado, ninguém está tentando matar a nossa filha, Bella.

– Não ferra, Edward. Para de querer ver o lado bom das coisas sempre que algo ruim acontece. É claro que isso não é uma merda de coincidência.

– Bella...

– Não me toca! Se você não acredita em mim, é problema seu. Mas eu sei que tem alguma coisa errada, a página do meu diário não sumiu por coincidência também.

– Do que você está falando, meu bem? - Respirei fundo e virei para minha mãe.

– Não importa, vou pegar minha filha e ir para casa. Obrigada por ter cuidado dela, mãe.

– Sempre que precisar – Entrei mais uma vez no quarto e peguei a Renesmee no braço. Vi de relance Edward pegar as coisas dela e descer comigo até o carro. Sentei-a no banco e voltei para me despedir.

– Bella, eu sei que foi um baque para você descobrir isso. Mas, por favor, deixe que a polícia resolva isso, não se meta em encrenca – Alisou meu rosto – Pela Nessie, por mim?

– Ok, mãe. Confesso, eu estou exagerando um pouco, desculpe. Vou me comportar, até mais – Beijei seu rosto e fui para o carro. Edward e eu não trocamos mais uma palavra, e foi assim até deitarmos para dormir. Se tem uma coisa que eu odeio é quando as pessoas não acreditam em mim e tentam me fazer de idiota.


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Notas finais do capítulo

Ui, foi gostoso mas já ficou tenso, não é mesmo? Essa vida da Bells não ta fácil. E ai, será que foi a culpa da comida da rua mesmo ou alguém realmente tentou "assustar" a Bells? Veremos. Espero que estejam amando, beijão e enjoy guys!!!