– Tudo resolvido – Alice entrou na sala saltitando – A festa será amanhã ás 19:30 da noite. Já está tudo organizado, a lista de convidados está com os seguranças. O que vocês tem que fazer é se vestirem lindamente e aparecer.

– Alice, você disse que seria apenas nós.

– Bella, olha bem para minha cara e vê se eu vou fazer uma linda festa e não chamar os outros. Até parece.

– Eu te disse – Sussurrou Edward.

– Só espero que você não exagere demais, odeio festas.

– Vai gostar dessa. Aliás, a Rose vai precisar da sua ajuda amanhã. Ela quer comprar um presente pra Esme, mas está indecisa no que dá. Vou estar ocupada, então só resta você.

– Perfeito, só era o que faltava para completar o meu dia. Eu tenho escolha?

– Não – Ela e Ed sorriram – Agora, licença que tem umas últimas coisas para acertar.

– Ela é um demônio. Tanta gente para a Nessie puxar, foi puxar logo ela. Tenho pena de mim mesma quando a Renesmee estiver grande o bastante pra andar com sua irmã.

– Vou deixar um quarto no manicômio reservado para você, não se preocupe.

– Você é um amor, Edward. Sempre tão preocupado comigo – Sorri falsamente.

– É para isso que eu sirvo pra você, meu amor – Beijou minha bochecha – Onde está a pestinha por falar nisso?

– Saiu com mamãe, foram comprar não sei o que.

– Devo ter medo? Ela sempre volta pior quando sai com sua mãe.

– Não, acho que não – Tive calafrios. Se vocês tivessem uma criança como a Nessie e misturando com bastante açúcar, vocês me entenderiam – Faz tempo que não vou na minha empresa, eu acho que vou dar uma passada lá antes de viajarmos.

– Não confia no James?

– Com todo meu coração, mas também não vou abandonar tudo né. Vou passar por lá só para ver como as coisas estão. Sem falar que as meninas vão voltar a trabalhar em poucos dias – Sorri – A Jessie deve estar pirando com isso.

– Deve mesmo.

– Por falar em empresa, eu “conheci” o Felipe. Gente boa ele.

– Gente boa, é?

– Isso, ele é legal. Nos esbarramos e ele me ajudou a apanhar todos os papeis. Conversamos brevemente e vim embora.

– Sei – Falou sem humor.

– Não vai me dizer que você está com ciúmes? Edward, pelo amor de Deus, para com isso.

– Não é ciúmes, eu só estou falando.

– Se você está dizendo, que seja.

– Desculpa, baby. Eu sou ciumento demais, mesmo.

– Não devia, não é com você que estou casada? Não é com o Felipe, Frederico, James, Jake, com ninguém. É com você.

– E agradeço todos os dias por isso – Lhe dei um beijo rápido e levantei.

– Mas que o Felipe é gatinho, ele é – Falei rindo e corri quando ele me olhou feio – Brincadeirinha – Gritei do alto da escada. Entrei no closet e peguei o diário, vou aproveitar para ler as últimas páginas que restam. Com toda essa movimentação por aqui, não tive mais tempo. Encostei-me na parede e o abri.

“10 de agosto de 2014

As coisas estão ficando mais sérias do que eu pensava, está virando caso de vida ou morte. Estou assustada, temo pela minha vida ou da minha família. Já tomei uma decisão, amanhã chego com a polícia no escritório e vou mandar prender aquele desgraçado. Desculpe, ainda não posso dizer quem é. Ainda temo que o Edward descubra você e fique sabendo de tudo. Se isso acontecer, pelo menos nome ele não vai ter. Fui ameaçada e não quero mais envolver ninguém nessa loucura. Mas se tudo for resolvido amanhã, colocarei o nome aqui e te contarei como tudo aconteceu, não se preocupe. Estou mesmo conversando com você como se fosse uma pessoa? Realmente devo estar perdendo o juízo. Enfim, amanhã é o grande dia, deseje-me sorte e que eu esteja viva para te contar”.

Todo meu corpo de arrepiou e me abracei, por que eu enrolava tanto para dizer esse bendito nome? Esse cafajeste provavelmente está por ai a solta e eu não consegui fazer nada ainda. Mas é claro, a próxima página vai ter o que eu preciso.

– Bella, vem aqui. A Nessie chegou e trouxe algo – Edward chamou da porta do quarto. Olhei para o diário e pensei em ler. Mas não, um minuto a mais ou a menos não vai me matar – Vem logo, você não vai acreditar quando ver isso.

– Estou indo – Pus o diário no lugar dele e fui ao encontro do pessoal lá embaixo – O que você trouxe, meu amor?

– Mamãe, conheça os novos membros da família Cullen/Swan – Cutucou o Emm e ele assoviou. Foi como nos filmes, eu pude ver em câmera lenta três filhos, não tão pequenos assim, de São Bernardo entrarem correndo na sala. Todos os três pularam em cima da Nessie e com seu tamanho, ela foi ao chão. Riu de se acabar quando eles dispararam em lamber seu rosto.

– Misericórdia – Falei espantada – Que invasão canina é essa na minha casa?

– Ela disse que o Edward tinha prometido a ela um cachorro, dai pediu que eu adiantasse o processo já que ele estava demorando demais.

– Ok, mas três cachorros, filha? Mãe, você enlouqueceu?

– Mãe, eles estavam juntos. São irmãos, não é maldade demais separá-los? - Falou com cara de choro.

– Eu mereço, meu Deus. Tudo bem, eles ficam. Mas se eu vir alguma sujeira de cachorro aqui dentro ou saber que eles não estão sendo bem cuidados por você, eu mesma faço questão de dar eles para outra pessoa – Mentira, eu amo cachorro, jamais faria isso.

– Prometo cuidar bem deles. Não é Coco, Coquinho e Cocão? - Falou alisando eles.

– Só uma coisa, esses são os nomes deles?

– Sim, eu e o tio Emm escolhemos – É claro que tinha dedo do Emmett nisso.

– Você quem sabe, filha. Só não se arrependa depois. Agora, coloque eles lá para fora que está na hora de almoçar.

– Eles não podem comer conosco?

– Claro que não, não vou falar de novo – A fuzilei e ela sai carregando os três, pela coleira, lá pra fora.

– Agora sim a guerra foi declarada – Disse Edward – E saiba que já perdemos. Nunca mais dormiremos direito com esses cachorros aqui.

– Obrigada, mãe. Será que a senhora não tem telefone para me ligar e perguntar o que eu achava sobre isso? - Falei emburrada.

– Eu sei que deveria, mas você devia ter visto a cara que ela fez. Eu não tenho armadura que resista a isso.

– Você a mima demais e depois quem se ferra sou eu. Se continuar assim, vou proibir de vê-la.

– Você não pode estar falando sério – Falou espantada.

– Nunca saberá – Sorri – Ou talvez sim, se continuar a tratando desse jeito – Sentei no meu lugar e os pratos já haviam sido servidos.

– Ouviu isso, Charlie? - Podia ver que ela estava prestes a chorar e me divertia com isso. Depois ela se pergunta de onde herdei meu lado vencedora de Oscar por melhor drama.

– Qual é, Renee. Ela está certa, você não pode dar tudo que a menina quer. Tudo tem um limite e se o Edward disse que ia dar o cachorro...

– E veja que ele não falou cachorro no plural – O interrompi.

– Como eu ia dizendo, se ele disse que ia dar, então ele que devia dar e na hora certa. E vamos parar de drama. A desgraça já foi feita e não tem mais volta.

– Obrigada, pai.

– E você também, Bella. Pare de reclamar porque eu não esqueci o dia que você chegou com uma caixa de papelão em casa e tinham cinco filhotes de gatos nela – Edward gargalhou e bati em seu braço.

– Culpada – Resmunguei – Não está mais aqui quem falou.

– Cheguei, estava colocando comida para eles – Renesmee estava completa e horrivelmente suja da cabeça aos pés.

– E acidentalmente você se sujou toda? - Disse eu.

– Isso mesmo – Sentou na cadeira e começou a devorar o que tinha no prato.

– Meu Deus, eu só posso estar pagando pelos meus pecados – Murmurei baixo – Cadê a Alice e Rose?

– Ainda não chegaram.

– Isso só me deixa mais assustada que o normal.

– Bella, é só uma festa – Esme riu para mim.

– Não existe “só uma festa” quando se trata da sua filha, Esme.

– É verdade – Falaram todos.

– Mamãe, sabe o que tinha lá no petshop também? - Lá vem!

– O quê?

– Tinham coelhos, porquinhos da Índia, hamesters, cobras...

– Onde você quer chegar com essa conversa, Renesmee?

– Posso ter uma Pyton? - Edward se engasgou com seu vinho, Charlie teve uma crise de risos e o resto de nós ficamos a encarando.

– Ficou maluca, menina? Nem brincando que você vai ter uma cobra de um metro. Pode ir tirando isso da sua cabeça – Ela baixou a cabeça e suas bochechas ficaram vermelhas – Renesmee, pelo amor de Deus, não me diz que você já tem essa cobra aqui? - Ela nada disse – Renesmee! - Quase gritei.

– Não mamãe, eu não tenho – Todo mundo respirou aliviado.

– E por que demorou a responder?

– Porque eu meio que já encomendei com o tio do petshop – Se encolheu na cadeira.

– Mãe, onde você estava que não viu isso? Pelo amor de Deus, eu vou ter um ataque do coração.

– Ela é bem rápida para minha idade. Juro que sou inocente.

– Me dá já o nome do site e o código da compra, vou cancelar essa loucura.

– Mas mãe...

– Sem mas, ou você está permanentemente de castigo – Jesus, me ajuda! Que menina é essa, só pode ser filha minha mesmo. Estou pensando seriamente em pedir perdão aos meus pais, porque agora eu sei o que eles passaram. Assim que terminamos, eu corri para o quarto e entrei no site. Qual não foi minha surpresa que ela não tinha encomendado uma, mas sim duas, uma branca e outra amarela e elas eram enormes. Cancelei a compra e um peso enorme saiu das minhas costas, essa foi por pouco.

– Onde está o Edward? - Perguntei quando vi todos reunidos no jardim.

– Foi dar banho na Nessie e tentar tirar umas certas sujeiras do cabelo dela. Quis dar um descanso para você – Disse Charlie.

– Cancelou as cobras? - Perguntou Esme ainda se divertindo do meu chilique.

– Graças a Deus – Sorri – Vou subir e ver se ainda tem alguém vivo naquele quarto – Cheguei bem devagar e vi os dois deitados na cama e claro que os cachorros estavam lá.

– O que significa isso? - Renesmee tomou o maior susto e quase cai da cama. Edward ficou me encarando sem saber o que fazer e confesso que foi bem engraçado.

– Mãe, não fique brava. É que a casinha deles ainda não está pronta e está muito frio lá fora. Eles não podem ficar sozinhos.

– Eles são peludos exatamente para isso, filha. Edward, uma mãozinha aqui? - Edward ria e brincava com o filhote.

– O quê? - Fechou a cara e sentou na cama – Vamos Bella, deixe os cachorros ficarem, é por enquanto.

– Eu desisto – Levantei os braços – Desisto – Dei as costas e sai.

– Mamãe – Ouvi Nessie chamar e a olhei – Você está muito brava comigo? - Vi seus olhos cheios de lágrima. Droga, ela sabe como me desarmar!

– Não estou brava com você – Sentei ao seu lado – Apenas não gosto que tome decisões sem pedir a mim. Renesmee, você só tem sete anos e não pode fazer as coisas sozinhas.

– Mas a vovó estava comigo.

– Quem é sua mãe, afinal?

– É você.

– Então, sem mais discussões. Não faça mais isso, estamos entendidas?

– Estamos, me desculpe – Pulou no meu colo e começou a me beijar – Eu te amo e não gosto quando briga comigo.

– Não me dê motivos e não o farei – Retribui os beijos. Assentiu e voltou a brincar com os cachorros – O que é isso? - Vi umas plaquinhas penduras em seus pescoços e cada uma tinha uma cor.

– Plaquinhas com o nome deles. Esse daqui é vermelho e tem o nome do Coquinho, esse é azul e tem o nome do Cocão e esse é branco e com o nome do Coco. Gostou?

– São lindos – Eles parecem que reconheceram minha voz por um momento e pularam em mim – Calma, ai meu Deus, estou sendo atacada por canibais – Gritei sorrindo e Edward e Nessie se juntaram a mim.

– Coquinho, na boca não – Edward brigou – Essa boca é minha, sai fora – Gargalhei dele, até do cachorro esse homem tem ciúmes. Mereço!

[…]

Já se passava das cinco da tarde e Rose não se resolvia do que levaria. Minhas pernas gritavam por clemência e eu procurava desesperadamente por um lugar que eu pudesse sentar, mas foi esquecido quando ela me chamou.

– Bella, o que você acha desses aqui? - Mostrou dois vestidos, um azul e outro preto – Qual você acha que a Esme gostaria mais?

– Ah, eu não sei. Talvez o azul, é mais a cara dela.

– E combina com esses sapatos?

– Claro, perfeito – Eu faria tudo para que fossemos embora logo.

– Que bom, espere aqui que vou pagar e podemos ir – Obrigada, meu Deus! Ela voltou com mais sacolas do que eu imaginava e a ajudei a chegar no carro.

– Podemos parar na doceria logo ali? Quero comprar bolo – Falei.

– Não, não podemos. Estamos atrasadas e você comerá bolo, depois.

– É que...

– Não, é não Bella.

– Ok – Levantei os braços em forma de rendimento – Vamos para casa, então. Porque eu estou morrendo de fome – Ela dirigiu do jeito dela, que quase faz você pedir para descer, mas o que importa é que sempre chegamos intactas em casa.

– Bella, vai entrando que vou colocar o carro na garagem. Não demoro – Sai e mirei a casa. Não era para estar acontecendo uma grande festa agora? Abri a porta e estava tudo escuro e havia muito silêncio. O que diabos está acontecendo aqui? Adentrei mais e ascendi a luz.

– Surpresa!!! - Ouvi um grande coro de vozes gritar e gritei mais alto ainda com o susto que tive.

– Meu Deus! - Apoiei-me na parede e pus a mão sobre o coração para me acalmar.

– Surpresa, filha? - Ouvi minha mãe falar.

– Ô se estou, vocês me pegaram direitinho – Sorri ainda bamba.

– Muitas coisas aconteceram nesses meses e acabamos esquecendo de comemorar seu aniversário – Disse Esme – Feliz aniversário, atrasado – Abraçou-me e retribui.

– Não precisava, galera. Eu nem sequer gosto de festas, não havia necessidade disso tudo.

– Você merece mais que ninguém – Carlile sorriu para mim e me abraçou – Feliz aniversário.

– Obrigada – Fui aos poucos, recebendo abraços de todo mundo e isso me incomodou bastante. Fiz de tudo para ser educada e sorrir o tempo todo, mas eu realmente precisava me deitar. Acompanhei Nessie até a cozinha, ela precisava comer os doces que tinham lá e Alice não tinha deixado. Tá certo, até eu quero comê-los. Sentamos uma do lado da outra e ficamos comendo.

– E eu não ganho meu abraço? Trouxe presente – Virei ainda com a boca cheia e Frederico me analisava de braços abertos. Levantei o dedo para que ele esperasse um minuto e engoli o que eu mastigava.

– Desculpa, é que eu estava faminta.

– Feliz aniversário, Bella – Abraçou-me e depositou um beijo em minha testa – Aqui, eu sei que são seus favoritos – Rasguei o embrulho e lá estavam, meu chocolate favorito. Chocolate suíço e ao leite, não tem coisa melhor.

– Eu poderia dizer que não precisava, mas estaria mentindo em relação a esse. Obrigada, Frederico – Sorri – Quer se juntar a nós?

– Tal mãe, tal filha. Certo? - Sorri – Mas vou recusar, passei apenas para te deixar o presente, ainda tenho que passar na empresa.

– Você nunca sai de lá?

– Pois é, é uma grande consequência. Porém, estou acostumando. Divirta-se, até breve Bella. Tchau pequena Nessie – Renesmee apenas acenou e voltou a comer.

– Eu te acompanho até a porta – Ele me estendeu o braço e o aceitei, caminhamos até a sala e as pessoas estavam bastante agitadas. A casa está lotada e com certeza existem mais de cinquenta, e mesmo assim não para de chegar mais.

– Bella... - Frederico me parou perto da escada, mas foi interrompido.

– Ai está você – Vi Felipe descendo a mesma – Desculpe, estava procurando o banheiro. A sua casa é enorme, levei um tempo.

– E conseguiu?

– Perfeitamente – Ajeitou seus óculos – Olá, Frederico.

– Felipe – Ele respondeu ríspido e seu corpo parecia tenso.

– Atrapalho algo?

– Eu já estava mesmo de saída, adeus Bella. Se cuide.

– Você também, Freddie – Mas quem respondeu foi o Felipe. Ele acenou e se foi – Que festão, em – Falou minutos depois.

– Eu sei, e nem conheço essas pessoas. E se conheço, não me lembro.

– Acredite, um dia você se acostuma.

– Não sei se percebeu, mas estou na casa dos trinta e acredite, eu não me acostumei - Rimos.

– Obrigado por me convidar, aliás.

– Não convidei – Ele pareceu ofendido e me apressei em corrigir o erro – Não me entenda mal, é que não foi eu que fiz a festa e muito menos a lista. Foi minha cunhada, Alice.

– Ah sim, entendo. Então, tenho que agradecer a ela.

– Bella, te achei – Jessie pulou na minha frente e logo atrás vi as meninas.

– Vou deixar vocês a sós, licença – Felipe se juntou a outo grupo e as meninas me olharam rindo.

– Quem é o nerdão, ai? - Perguntou Jessie.

– É o Felipe Werneck, amigo do Edward e sócio da empresa.

– Que figura! Enfim, feliz aniversário amiga – As três me deram um abraço e não paravam de pular.

– Um presente de nós três, espero que goste. Não somos tão ricas como você – Vic me entregou uma caixa média e sacudi para ouvir algo.

– É seguro abrir aqui?

– No seu quarto, é melhor – Riram.

– O que vocês estão aprontando?

– Você vai amar, eu sei que vai. Agora, vamos nos divertir que a festa é sua e está bombando – Saíram me arrastando pro meio da sala e uma música agitada deu início. Dancei muito, bebi algumas taças de champanhe e me segurei para não beber mais. Aos poucos a casa foi se esvaziando e enfim só restou os mais próximos, ou seja, as meninas e a família. A música ainda rolava solta, acabei dançando de tudo um pouco e com todo mundo. Dancei com o Carlile, meu pai, com o Edward as músicas lentas e dancei as agitadas e loucas com o resto. O Jake e a Leah não puderam vir, estavam viajando quando foram avisados. Renesmee soltou os cachorros e eles pulavam e latiam enquanto ela segura neles e corria e pulava. Ri muito e estava me divertindo a beça. Á meia noite, demos a festa por encerrada e pedi que todos dormissem lá por hoje.

– Obrigada Alice, eu não me divertia assim a muito tempo.

– Disponha, e fico grata que você não queira me esganar.

– Hoje não – Ri – De qualquer forma, não sei vocês, mas estou morta. Estou indo para meu quarto, adeus e até amanhã para todos.

– Boa madrugada – Falaram em uníssono. Renesmee já dormia nos braços de Edward e ele a pôs na cama. Os presentes se encontravam no chão do meu quarto e vi a caixa que as meninas me deram, sorri e o peguei. Com medo, puxei o laço e tirei a tampa. Tive uma crise de risos quando vi o que era, elas são loucas.

– O que foi? - Edward me perguntou já rindo.

– Veja só o que as meninas me deram – Lhe entreguei a caixa e ele riu também.

– Vejamos – Despejou o conteúdo da caixa encima da cama e foi pegando um por um – Uma lingerie com direito a cinta liga, um chicote de couro preto, sapatos de salto agulha e um livro sobre sexo e posições. Rum, interessante – Ri mais ainda.

– Sério, você gostou?

– Por que não? Não podemos renegar presente algum, não é verdade.

– Você é maluco, isso sim – Deixei para abrir o resto amanhã e fui pegar meu pijama. Puxei a blusa e o diário caiu nos meus pés. Engraçado, eu não lembro de ter o colocado aqui. Vesti minha roupa e a curiosidade foi aguçada, acho que não há hora melhor do que essa para eu ler logo essa bendita página. Virei a página com tamanha sede de curiosidade, mas fui surpreendida com uma bofetada no meio da cara quando percebi a imensa tristeza em minha frente. Não existia a próxima página, ela foi arrancada. Levantei num pulo só e abri as gavetas desesperadamente, vasculhei todas e não tinha nada. Tirei os sapatos um por um e também não vi. Joguei as roupas no chão uma por uma, subi até o teto, revirei tudo e até mesmo dentro do pequeno cofre, e não encontrei nada. Respirei várias e várias vezes profundamente e coloquei a mão na cabeça.

– Droga, como isso foi sumir daqui? Essa porcaria estava dentro do cofre.

– Bella... Nossa, o que aconteceu aqui? - Edward apareceu na porta.

– Edward, pelo amor de Deus, está faltando uma página. Você a viu? - Perguntei perturbada.

– Não, do jeito que encontrei, eu te entreguei – Deu de ombros.

– Eu tenho que encontrar, eu preciso dessa página.

– Bella, calma. É só uma página de diário, vai ver ela caiu por algum lugar. Depois a gente acha, eu te ajudo – Segurou meus ombros e me fez o encarar – Não é o fim do mundo, fica tranquila.

– Você não entende, é importante para mim.

– Do que você está falando, Bella?

– É complicado, eu não posso falar agora. Eu te conto depois.

– Eu já sei que a empresa estava falindo porque alguém estava nos roubando. Eu investiguei e não pegamos ninguém, provavelmente não era gente de dentro da empresa. Já ouvi casos de que hackers entram no site de banco e falsificam ou roubam diretamente da conta. Pode ter sido isso, eu sei que foi grave, mas já passou.

– É mais do que isso, mas eu te conto outra hora.

– Tudo certo, só pare com isso. Deus, você está tremendo toda. Vem, tem mais presentes te esperando – Passou seu braço por meu ombro e sorri fraco para ele. Eu tenho que saber onde está essa página e melhor, quem a pegou e como.