Lembranças Perdidas escrita por Day Marques


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Sem muitas palavras, perdão pois estou sem óculos e morrendo sono. Vou postar mais um ainda hoje para recompensar minha ausencia. Beijos a todos e let's go babies!!!



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Está acontecendo uma guerra dentro da minha cabeça e ela vai explodir a qualquer momento. Meu Deus, me ajuda! Aos poucos fui abrindo os olhos e eu mais parecia aqueles vampiros quando veem a luz do sol do que um ser humano.

– Bom dia, flor do dia – Segurei a cabeça.

– Caramba Edward, não grita.

– Eu estou praticamente sussurrando perto de você. E... - Senti meu estômago revirar e saltei em tempo recorde por cima do Edward e corri para o banheiro. Pus tudo o que tinha pra fora e me sentei, fraca, no chão do banheiro.

– Tudo bem ai?

– Eu te imploro, nunca mais me deixa beber, nem jogar nenhum tipo de jogo que envolva beber. Eu odeio ressaca.

– Vamos tomar café, ai você toma um analgésico e tudo vai ficar bem – Ele me ajudou a descer e mandou eu sentar na mesa. Acordamos cedo demais, então não tinha empregado algum acordado. Minutos depois, ele depositou uma caneca de café fervente em minha frente e bebi sem me importar de queimar a boca. Só o cheiro já fez eu me sentir bem melhor e isso é um alivio enorme.

– Obrigada por cuidar de mim, sei o quanto é horrível cuidar de uma pessoa bêbada.

– O prazer foi todo meu – Riu – Se sente um pouco melhor?

– Bem melhor. O que é isso aqui?

– Um desenho de bom dia, com baicon e ovos mexidos. As panquecas estão logo ali.

– Vou destruir sua obra em minutos, desculpe - Encolhi os ombros.

– Vai em frente. Senti falta de cozinhar para você.

– Fazia muito isso?

– Ás vezes, na maioria das vezes no café da manhã. Você já acordava doidinha para saber qual seria o desenho do dia.

– Isso aqui seria um rosto de vampiro? - Fez que sim com a cabeça e gargalhei – Obrigada, está maravilhoso – Falei ao dar a primeira garfada. Logo mais tarde foram chegando o pessoal e em pouco tempo a mesa tava cheia e um falatório só. Renesmee tirou o dia para ficar gritando por mim e eu fazendo de tudo para não brigar com ela, claro que ela não tem culpa de ter uma mãe descontrolada.

[…]

Encontrei minha mãe e Esme conversando na sala e me juntei a elas.

– Oi meu amor – Minha mãe me recebeu com um beijo – Tudo bem?

– Tudo bem, mãe. O que estão fazendo?

– Ah, estamos lembrando da nossa juventude – Disse Esme.

– Credo gente, vocês falam como se fossem super velhas. Estão dando mais caldo que eu – Gargalharam.

– São seus olhos, querida. Mas não estamos falando só de beleza, é de saúde, disposição, a vida sexual.

– Sério mesmo? - Fiz careta – Ok, então eu vou deixar vocês em paz.

– Não filha, fica aqui com a gente.

– Vocês não vão querer saber sobre mim, podem apostar.

– Eu digo que sim. Senta – Puxou-me para o meio delas – Estávamos falando exatamente de loucuras e presepadas que já fizemos entre quatro paredes.

– Ah mãe, eu não quero falar sobre isso. Estou fora, vamos falar sobre a despedida de vocês.

– Ok, sua chata. O que você está tramando?

– Não sei, pensei que vocês poderiam ter alguma ideia.

– Que tão darmos uma festa? Coisa pouca, só para a gente mesmo.

– Pode ser, peçam a Alice para organizar, ela ama essas coisas. Qualquer coisa é só falar comigo. Deixa eu achar o Edward agora, estou estranhando o fato dele não estar por aqui ainda.

– Por falar nele, como estão vocês dois?

– Estamos bem melhor que no começo, Esme. Já nos perdoamos e aos poucos estamos voltando a nos entender.

– Vocês já...?

– Mãe, pelo amor de Deus – Levantei-me – Isso que dá dar liberdade para a mãe – Sai resmungando. Edward estava deitado na cama, com um braço tapando o rosto e o outro na barriga.

– Edward? - Chamei. Ele apenas soltou um resmungo e continuou como estava – Tudo bem?

– Só estou com um pouco de dor de cabeça.

– Já tomou remédio?

– Não consegui sair da cama – Fui até o banheiro, peguei analgésico e um pouco d'água.

– Aqui, toma que logo passa – Ele se levantou relutante e fez o que eu disse – Agora deita a cabeça no meu colo que vou te fazer uma massagem – Com a ponta dos dedos, comecei a fazer movimentos circulares em sua testa, fonte e cabelo. Não sei se isso dá muito certo, mas já pessoas que fazem massagens fazendo isso.

– Bella, eu estava pensando numa coisa.

– Estou ouvindo.

– Você gostaria de fazer uma viagem?

– Não seria uma má ideia – Sorri – Para onde iríamos?

– Eu pensei que podíamos ir para o mesmo lugar que fomos na nossa lua de mel.

– Ótimo, mal posso esperar por isso. Vou conversar com a Nessie e...

– Na verdade, eu estava pensando só em ir nós dois.

– Ah sim, claro. Que cabeça a minha! Tudo bem, ela pode ficar com a mamãe ou com a sua, gente é o que não falta para confiarmos. Então, levanta. Precisamos organizar tudo, quero viajar o mais rápido possível.

– Então... Eu meio que já fiz tudo – Encolheu os ombros – Partimos na semana que vem a outra.

– Ok... e posso saber para onde vamos?

– Segredo e surpresa – Sorriu – Agora continua com a massagem que já estou ficando bem melhor.

– Folgado – Mas continuei fazendo cafuné nele – As meninas estão planejando uma festa de despedida para sua família.

– Festa, sério?

– Eu sei, não estou muito animada com isso também. Deixei bem claro que não quero muita gente, e até elas mesmo disseram que iria ser uma coisa mais intima.

– Se for a Alice que estiver organizando, pode esquecer – Como um canhão, vimos Nessie entrar no quarto, afobada.

– Papai, tem um moço querendo falar com o senhor no telefone lá do escritório.

– Disse quem é?

– Disse, mas eu não lembro – Sorriu. Edward se levantou e tombou um pouco pro lado, mas conseguiu o equilíbrio de volta.

– Nossa, tudo bem? - Perguntei.

– Tudo, é só que minha enxaqueca é forte demais – Descemos e ele foi direto para o escritório.

– Mamãe, estou com fome – Disse alisando a barriga.

– Filha, você acabou de comer três fatias de pizza.

– Já faz tempo. Posso pegar mais pizza?

– Não venha me culpar se na sua adolescência você for uma menina gorda e cheia de espinhas.

– Não vou, só quero matar minha fome – Sorri e fui até a cozinha. Esquentei dois pedaços de pizza, cortei em pedaços e coloquei na mesa para ela.

– Achei vocês, pensei que tinham saído.

– Quem era no telefone?

– Ah, era só o Felipe. Disse que tem um papel esperando por mim, para eu assinar. Não irei hoje, minha cabeça está me matando.

– Posso pegar se você quiser.

– E colocar você de frente com o Frederico de novo?

– Rá, muito engraçado. Eu vou e não discutimos mais, com quem ele deixou?

– Está com ele, mesmo. É só pedir a Carmem que te leve até ele.

– Ok, olha a Nessie que eu vou lá rapidinho – Subi e pus uma roupa mais apresentável, busquei as chaves do carro e sai. Ignorando o fato de que quase atropelei um cara no caminho, juro que ele que entrou no meu caminho, cheguei sã e salva na empresa. Carmem já me esperava quando apareci na porta das escadas.

– Oi Bella, como vai?

– Bem Carmem, como você sabia que eu estava vindo pelas escadas?

– Eu te conheço. Vem, vou te levar até a sala do Frederico.

– Mas espera, o Edward disse que os papeis estavam com o Felipe.

– Eu sei, mas ele teve que sair. Reunião de última hora, daí ele deixou com o Freddie – Respirei fundo e tentei acalmar meu coração.

– Certo, é só para pegar uns papeis mesmo – Ela segurou no me braço e fomos andando por um longo corredor. Viramos a esquerda duas vezes e a última sala era a dele. Bateu na porta e escutamos um “entre”.

– Bella, que surpresa maravilhosa. Obrigada Carmem, já pode ir – Sorriu. Por que ele tem sempre esse maldito sorriso no rosto?

– Você está em boas mãos, agora Bella. Até mais! - E ficou apenas eu e Frederico na sala. O encarei por uns minutos, até que ele levantou e veio na minha direção. Seu rosto não demonstrava nenhuma emoção, é como se ele estivesse vindo na direção da sua presa, apenas a estudando e tentando ver algo além. Quando estava próximo o suficiente, saltei de susto quando ele estendeu seu braço para mim e sorriu.

– Sente-se aqui, por favor – Recompus-me e aceitei seu braço, ele me guiou até perto de sua mesa e puxou a cadeira para que eu pudesse sentar. Logo depois tomou seu assento e cruzou as mãos.

– Eu só vim pegar o que o Edward preciso e vou embora.

– Não tenha pressa, Bella. Conte-me, como está indo sua vida.

– Bem, eu acredito que bem. Então, onde está os papeis?

– Desculpe, mas por acaso minha pessoa te incomoda?

– Não, quer dizer, claro que não – Esforcei-me para não gaguejar – É que estou com pressa, só isso.

– Sabe Bella, costumávamos sermos muito amigos. Você vinha aqui no escritório e passávamos horas e horas conversando. Você sempre foi uma ótima amiga e agora age como se eu fosse um louco psicopata.

– Não é isso...

– Mas tudo bem, eu entendo que as coisas tenham ficado confusas agora – Apenas acenei com a cabeça – Fico curioso, você realmente não lembra de nada do que aconteceu antes do acidente?

– Nadinha de nada – Sorri fraco.

– Nada mesmo?

– Não. Por que, tem algo que eu deveria lembrar?

– Não que eu saiba, mas se tiver, você lembrará.

– Pois é – Remexi-me na cadeira, desconfortável com aquela conversa.

– De qualquer jeito, não vou mais tomar seu tempo – Abriu uma gaveta da sua mesa e puxou uma pasta – Aqui estão os papeis que o Edward precisa. Desculpe se te incomodei, é só que fico horas nesse escritório, só eu e mais papeis. Minha esposa está viajando com meus filhos e isso me deixa bem solitário – Sorriu.

– Sinto muito, mas eu preciso ir agora – Peguei a pasta e a coloquei junto ao meu peito – Obrigada pela preocupação. Adeus – Abri a porta e um pigarro me proibiu de sair.

– Talvez você não lembrar de nada, salve sua vida Bella – Falou baixo, mas alto o suficiente para que eu pudesse escutar.

– Desculpe, como?

– Só cuidado, olhe bem debaixo da cama e preste atenção em tudo ao seu redor – Dessa vez ele não estava com um maldito sorriso na cara.

– Isso é algum tipo de brincadeira?

– Até mais, Bella – Saí dali totalmente atordoada e tentando entender o que ele quis dizer com isso. Virar o corredor praticamente correndo nunca deu certo para mim e dessa vez não foi diferente. Bati em algo e voou papel para todo o lugar.

– Poxa, que desastrado que eu sou. Desculpe-me, Bella – Ao ouvir meu nome, levantei a cabeça e vi um homem de cabelos escuros e olhos azuis, com óculos maiores que seus olhos e um sorriso tímido nos lábios. Um completo cara de nerd, tirando o fato de que ele estava vestido como um chefe e não tinha espinha alguma. Era lindo, mas bobão.

– Não se preocupe, eu que deveria prestar mais atenção por onde ando – Juntamos todos os papeis e fechei a pastinha de novo – Obrigada...?

– Ah, desculpe. Meu nome é Felipe Werneck, sou um o terceiro e último sócio da empresa.

– Claro, o Felipe que estava aqui quando eu apareci.

– Você já tinha vindo aqui?

– Sim, vim com o Edward.

– E o acidente em?

– Pois é – Sorri.

– Desculpe, mas não recebi instruções para não falar sobre isso – Falava todo embaraçado – Mas deveria, só assim eu não me metia onde não sou chamado – Ajeitou a alça da bolsa no ombro.

– Não faz mal, eu não ligo para isso – Sorri e ele ficou vermelho – Tenho que ir, foi um prazer te conhecer. Que dizer, de novo – Rimos – Tchauzinho, Carmem – Segui para a porta das escadas.

– Bella, o elevador é aqui – Disse ele.

– Eu sei, é que estou me exercitando um pouco. Obrigada, até mais.


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Notas finais do capítulo

Too hot (hot damn) got call police and the fireman...Ops, me empolguei kkkkkk. Galera, ai está mais um. Desculpem os errinhos, estou morrendo de sono e sem meus óculos. Deixem suas opiniões e recomendações e super agradeço a todos que comentaram, favoritaram e os novos seguidores. Obrigada mesmo, beijão galera e bom final de semana....