Lembranças Perdidas escrita por Day Marques


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Que que isso produção? Mais duas recomendações? Ah mas esse meu coração de velha num aguenta tanta emoção. Muuuuuito obrigada mesmo Marina e Lucas, amei por demais. Também agradeço com todo meu carinho a todos que comentaram, aos fantasminhas e novatos que estão chegando, sejam muito bem vindos. Vamos lá para mais um, partiu....



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De manha bem cedo já estávamos todas prontos, deixamos Renesmee na escola e agora estamos a caminho do médico, aparecem milhares de borboletas no meu estômago só de pensar. Os remédios e estimulações não fizeram tanto efeito como o doutor pensava que iria, mas prefiro acreditar que ainda há esperanças.

– Hei – Edward segurou minha mão – Não precisa ficar nervosa – Sorri para ele e voltei a olhar pela janela. Respirei fundo quando paramos e ele abriu a porta para mim. Esperamos alguns minutos e escutei meu nome ser chamado. Lá vamos nós!

– Bom dia, Isabella – Ficou surpreso ao ver o Edward – Olá senhor Cullen.

– Bom dia, doutor – Sentamos a sua frente.

– Como tem passado esse mês?

– Foi difícil no começo, bem difícil confesso, mas a minha família me ajudou bastante.

– Alguma novidade?

– Ãn... Bem, eu... - Baixei a cabeça, eu não sei se queria que as pessoas soubessem dos meus fleches – Não, não teve nada.

– Bella?... - O doutor falou desconfiado.

– Tá, desculpe. Eu tive alguns fleches sim. Mas foi besteira, eu nem lembro mais sobre o que foi – Vi Edward me olhar com uma cara nada boa.

– Então não estamos no zero ainda. A sua memória vai voltar aos poucos, e já está começando.

– Mas isso já faz muito tempo que nada acontece. E se ela não voltar mais?

– Calma, tudo ao seu tempo. Essas coisas demoram muito. Tem gente que leva anos para recuperá-la e outras que infelizmente nem lembram de nada. Você teve muita sorte e isso só confirma o que eu já disse, sua amnésia é temporária. Então, continue fazendo o que estava fazendo e não se preocupe muito com o resto. Quanto mais você se estressar ou pressionar o seu cérebro, não vai ser legal.

– Doutor, eu preciso lembrar de coisas. Coisas importantes – Falei.

– Tipo o quê? O que seria tão importante para te deixar aflita desse jeito?

– Bom... É que... é que são assuntos pessoais.

– Entendo, não quer dizer. O que posso dizer Isabella, é que você pegue coisas e faça coisas relacionadas com esse assunto importante e veja o que pode acontecer. Infelizmente não há nada que eu possa fazer, sinto muito.

– Ok, obrigada – Respirei frustrada.

– E você senhor Cullen, alguma coisa para me dizer?

– Não, não tenho – Falou seco.

– Tudo bem, vou passar alguns exames de rotina para você fazer. Vou parar com os remédios porque não pode ficar em uso por muito mais tempo que isso. Daqui para frente é com você Isabella – Sorriu simpático. Entregou-me alguns papeis e nos despedimos. No caminho do consultório ao carro, o Ed não disse uma palavra. Fiquei indecisa se falava com ele ou não, tenho medo de piorar tudo.

– Ok – Falei – Eu sinto muito – Ele nada disse – Hei, eu estou me desculpando.

– Por que não me contou antes? Bella, sabe como eu estava me sentindo?

– Eu sei, eu sei, e sinto muito. Mas quando isso aconteceu foi no tempo que não estávamos nos dando muito bem ainda. Eu não quis contar, tive medo, sei lá. Mas agora você sabe, isso é o que importa.

– Pois é, imagino se eu saberia se caso eu não tivesse vindo com você hoje – Ia argumentar, mas pela primeira vez eu não sabia mesmo o que dizer. Chegamos ao seu trabalho e não me senti bem ali.

– Acho melhor eu pegar um táxi e ir pra casa – Falei já procurando por um.

– A Carmem gostaria de te ver, não vá ainda – O olhei com cara feia – Por favor, Bella – Abriu a porta para que eu passasse e veio logo atrás. Apertou o botão do 8° andar no elevador e lá começou meu pânico. Por que meu Deus, porque eu não fui de escadas?! Fiquei encostada no cantinho e pedindo a Deus para que chegasse rápido. Apitou e as portas abriram, sai depressa e respirei fundo para me recompor. Jesus, esse elevador é pior que o do meu trabalho. Edward passou por mim com ar de riso e vi se aproximar de uma mulher bem bonita.

– Bella, vem aqui – Chamou-me. Aproximei-me da recepção e a moça sorriu para mim – Se lembra da Carmem? - Fiz que não – Bom, ela estava doida para te ver.

– Oi senhora Cullen, como tem passado?

– Bem, obrigada. E você? - Estendi a mão para ela, mas ela foi mais ousada e me deu um abraço. Não qualquer abraço, um abraço verdadeiro e de amiga.

– Muito bem. Fico feliz que esteja inteira. Ou quase – Sorriu – Bom, desejam alguma coisa?

– Eu quero um café e rosquinhas de chocolate – Disse Edward – Ficaria muito contente se fizesse isso por mim, Carmem. E você Bella?

– Eu...

– Carmem, você pode me ajudar com esses papeis? - Fui interrompida por uma voz masculina – Opa, desculpem. Eu não sabia que tinha chegado Edward – Todos nos viramos para ver quem era e minha visão ficou sem foco.

– Aquela vadia vai estragar nossos planos, temos que ficar de olho nela.

– Você acha que ela pode ser problema?

– Não sei, mas melhor ter cuidado..”

Arfei e só não cai porque Edward me segurou a tempo.

– Bella, o que foi? Não está se sentindo bem?

– Não, eu... - Me recuperei e encarei o cara que olhava tudo como se não se importasse muito – Estou bem, foi só uma tontura.

– Tem certeza? - Sorri para ele e me soltei. Carmem me entregou um copo com água e tomei tudo. Não conseguia tirar meus olhos do homem a minha frente, ele me dava arrepios.

– Oi Bella, que surpresa você por aqui – Falou o estranho.

– Frederico, vá com calma. Bella, esse é o Frederico como acabei de falar, ele é sócio da empresa e um amigo – Disse Edward sorrindo. Acenei sem jeito para ele.

– É verdade, fiquei sabendo do seu acidente. Sinto muito por isso, mas o que importa é que você está aqui – Sorriu e me estremeci toda. Ajuntei-me mais ao Edward e ele percebeu – Carmem, quando terminar ai, vá até minha sala, por favor.

– Pode deixar, senhor.

– Frederico, você está abusando da minha secretária. Ache logo a sua – Edward riu e ele se foi – Estou indo a minha sala, leve tudo para lá quando tiver – Edward saiu me empurrando com uma mão em minhas costas e me ajudou a sentar – Tem certeza que está tudo bem com você? Está tremendo.

– Não gostei desse cara – Encolhi-me no sofá.

– Desculpe, acho que estou louco. Você disse mesmo isso?

– Sim – Ele caiu na gargalhada.

– Bella, você e o Frederico eram amigos inseparáveis. Que estranho.

– Ele me dá arrepios, não sei como posso ser amiga dele.

– Estranho, muito estranho. Mas isso deve ser coisa de primeiro momento, ele é um grande amigo. Logo, logo vocês vão estar se dando bem de novo.

– Pois é – Sorri fraco para ele. Quase cai do sofá quando Carmem abriu a porta.

– Não queria te assustar, só vim trazer o pedido do Edward – Colocou o que tinha em mãos em cima da mesa e sorriu para mim – Bella, tem certeza que não vai querer nada?

– Estou bem, obrigada. Se eu sentir fome, eu mesma vou e pego.

– Se precisarem de alguma coisa é só chamar, estarei ali fora.

– Só vou pegar uma pasta que não encontro desde ontem e podemos ir. Não tenho nada para fazer aqui na empresa – Fiz que sim com a cabeça e fiquei sentada no sofá o observando. Sua sala não era muito diferente da minha, tinha quadros, pinturas de todos os gostos, sua mesa ficava próxima a grande parede de vidro e havia uma estante cheia de livros e objetos para decorar. Fui até ela e fui olhando coisa por coisa. Haviam várias fotos da Nessie, ela sorrindo, fazendo careta, chorando com um corte na sua testa. E peguei o retrato maior que era eu e Edward. Eu estava em sua corcunda e ele me olhava por cima, ambos com um grande sorriso no rosto. Acabei rindo também. Vi um desenho nada profissional, de uma família e sorri mais ainda ao ver a assinatura da Nessie.

– Achei, ainda bem. Morreria se tivesse perdido, agora podemos ir – Despertei do meu mundo e virei sorrindo para ele.

– Vamos – Ele fechou todas as gavetas que tinha aberto, tentou organizar a bagunça que tinha feito em cima dela, mas falou um “danesse” bem grande ao não obter resultado algum. Sorri de sua situação, mas nem tentei ajudar. Passamos pela recepção e me despedi da Carmem com um abraço. Perto de entrar no elevador, esbarramos mais uma vez com o Frederico.

– Perdão, estou com a cabeça longe. Estou louco, o Felipe não veio hoje e tenho que resolver tudo.

– Boa sorte, meu amigo – Edward deu tapinhas em suas costas e ambos riram.

– Tchau Bella, foi muito bom vê-la. Espero que volte mais vezes – Sorriu. Cara, que sorriso mais arrepiante é esse?

– Até mais, Frederico. Também foi legal te ver.

– Até, se cuida em – Olhei por cima do ombro e ele me encarava sério. Não o deixei de encarar também até as portas do elevador fecharem. Quando entramos no carro, Edward alisou meu braço para que eu parasse de tremer.

– Você está segura, o malvado Frederico não pode mais te pegar.

– É uma honra que minha desgraça te divirta – Sorrimos.

[…]

– Caramba, Renesmee assim você acaba comigo – Falei pela milésima vez. Renesmee hoje estava pior que os outros dias. Não parava de correr pela casa, pular na cama e me derrubar quando eu passava por um mesmo lugar que ela.

– Desculpe mamãe, não te vi ai – Tentou me ajudar a levantar.

– Já chega por hoje ou não terei mais um corpo inteiro amanhã. Já para o banho que o seu pai vai te ajudar dessa vez.

– Mas... - Falou ele sem entender nada.

– Sem “mas”, vai logo ajudar ela – Beijei Nessie e me encaminhei para meu quarto. Em cima dela mesmo foi que eu troquei de roupa e fiquei esparramada do jeito que deu. Minutos depois entra um Edward total molhado e respirando fortemente.

– Essa...menina...acaba...com...qualquer um. Nunca mais me peça para ajudá-la com o banho – Gargalhei muito e ele trocou de roupa, deitando ao meu lado.

– Seu molenga, não é você que diz que ela é um anjinho?

– Retiro o que disse e te idolatro por aguentá-la – Rimos – Ela é fogo, estou morto.

– Então para de falar e vamos dormir que amanhã o dia é longo – Aconcheguei-me do meu jeito esquisito e quase dormia quando escuto Edward me chamar.

– Por que você tem essa mania de só me chamar quando estou quase dormindo?

– Foi mal, é que eu quero te peguntar uma coisa.

– Espero que seja importante ou eu te mato.

– Eu quero saber, Bella do que foi que você lembrou?

– Não são exatamente lembranças, está mais para borrões. Não lembro qual o foi a primeira coisa que tive, mas uma delas foi quando estava passeando no parque e parei perto de um local familiar. Então, me veio a imagem, muito desfocada por sinal, de você falando coisas para mim.

– Que coisas?

– Ah Edward, você sabe – Bufei encabulada – Coisas, ué.

– Bella, que coisas?

– É... você dizia algo sobre eu ser a sua senhora Cullen e que me amaria para sempre.

– E você gostou?

– Boa noite, Edward – Falei me virando pro outro lado. Escutei ele rindo e acabei rindo também. Mas um dia se foi, veremos o que tem reservado para amanhã.


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Notas finais do capítulo

Eitcha lêlê, quanto mais a pessoa quer se livrar, mas coisas aparecem. E esse Frederico ai em? Não deixem de acompanhar a fic, as coisas vão começar a ficar bem mais quentes que isso. Não acho que falte mais que 5 a 8 capítulos para a fic chegar a sua reta final. Comentem, recomendem e compartilhem. Obrigada a todos, beijos e bom final de semana e boas férias para quem já ta...