Lembranças Perdidas escrita por Day Marques


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou, mais uma vez, e tenho um carinho enorme por essa fanfic. Inspirei-me no livro "Remember Me?" da Shopie Kinsella. Espero de coração agradar a todas e que consigam se identificar com a história. Bom, não sei o que falar por agora, 1então fiquem com o primeiro capítulo. Deixem-me saber o que acharam. Beijos!



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Mas um dia exaustivo chega ao fim, sento na cama tirando meus sapatos e não posso evitar um gemido de alivio. Esses sapatos são lindos, e caros, mas acabam com o meus pés. Escutei a porta bater lá embaixo e apertei minhas têmporas. Contei até dez e um furacão passou correndo e pulou em cima da minha cama.

- Renesmee, desce da cama já – Gritei. Ela pulava na cama com seus sapatos cheios de lama. E lá se vai meu lençol de tecido importado. Ela continuou e ainda ria se divertindo – Menina má, vem aqui – Tentei pegá-la pelo braço, mas foi para o outro lado – Vem aqui já, sua peste – A puxei pelo pé e ela acabou caindo. Levantou-se me olhando assustada e desatou em chorar. A olhei com tédio esperando seu showzinho acabar, mas mais uma vez o mundo estava conspirando contra mim.

- Por que minha princesa está chorando? - Perguntou seu pai. Pois é, eu sou casada. Edward é lindo, eu não nego, foi amor á primeira vista e nos casamos dois anos depois. Só que nem tudo é o que parece ser. Hoje, se eu pudesse voltar no tempo, pensaria duas vezes antes de fazer isso. Somos casados a dez anos, não sei como durou tanto, e temos uma filha de sete anos. Outro caso que eu pensaria bem antes de fazer. Bufei estressada, já prevendo o drama que iria se seguir. Renesmee olhou para mim e ele já foi lhe perguntando o que eu fiz desta vez, e claro, ela fez a minha cova. Ele me olhou irritado a pegando no colo e se aproximou.

- Você poderia ter a machucado – Praguejou.

- Poderia, meu bem. Mas veja com seus próprios olhos que não há nenhum dano. Então, sem crime – Debochei e sai andando.

- Estou falando com você – Pediu a Renesmee que fosse brincar com a sua babá – Olha, ela é sua filha. Você poderia ter mais amor a ela.

- Edward, não comece de novo com essa merda toda. Que saco, quanto drama. Eu não fiz nada, eu só pedi que ela parasse de pular na cama. Estava imunda, olha só o estrago que ela fez – Apontei para a cama – Você acha isso certo?

- Não precisava derrubá-la, também. Ela poderia ter quebrado a perna – Revirei os olhos.

- Eu tentei a pegar pelo braço, mas ela se desviou e peguei a perna. Não quebrou nada e já deve estar tocando o terror lá embaixo. Fim de papo – Segui para o banheiro tirando a roupa.

- Qual o seu problema? Por que você é assim, tão fria? Ela é sua filha, Bella. Não desconte seus problemas nela, ela é só uma criança – O ignorei – Ela faz tudo isso para chamar sua atenção, só quer uma mãe para brincar com ela. Que a ame.

- Não tenho tempo para isso não, meu filho. Tenho muito o que fazer na empresa.

- Todos sabem que não precisas trabalhar, eu posso sustentar essa casa sozinho e ainda podemos comprar o mundo com o dinheiro que sobra – Ri.

- Olha bem para minha cara. Eu lá tenho cara de quem quer ser dona de casa? Quer uma vida de contos de fada, Edward? Quer aquela merda de vida clichê de chegar em casa e encontrar sua mulher cuidando dos fedelhos? - Gargalhei – Ah, faça-me o favor – Olhou-me incrédulo – O que foi? Eu sempre fui assim, você sabia disso, casou porque quis – Terminei de me enxugar e coloquei minha roupa de pedalada.

- Você não era assim, o dinheiro a transformou nisso – Sussurrou. Desci as escadas e me seguiu. A babá logo apareceu com Renesmee nos braços, estava toda suja de chocolate.

- Senhora Cullen, deseja alguma coisa? - Perguntou.

- Não, já estou de saída – Renesmee tentou me abraçar, mas desvincilhei. Segui para a garagem, afim de pegar minha bicicleta e sumir daqui.

- Onde você vai?

- Não te interessa, Edward. Vai lá ficar com sua amante barata – Levantou uma sobrancelha.

- Eu não escutei isso – Passou a mão nos cabelos – Quer saber? Talvez eu devesse fazer isso mesmo, já que eu tenho uma esposa que de nada me serve. Ela pelo menos valoriza o que não é nem dela. Talvez, só talvez, eu poderia dar uma chance a ela – Debochou. Bufei irritada e bati a porta quando passei. Subi na bicicleta e sai pedalando, sem rumo como sempre. Simplesmente pedalava até que cansava e voltava para casa. Quem esse imprestável pensa que é para falar assim comigo? Sinceramente, até hoje me perguntou porque casei com ele. Como o amor é idiota, uma droga na verdade. Ele que fique com aquela sinhazinha lá, estou pouco me lixando. Eu posso ter o homem que eu bem quiser, também. Meus olhos enxeram de lágrimas e isso só me deixou com mais ódio dele. Pedalei com mais força, queria sentir o vento no rosto e jamais deixar aquelas malditas lágrimas descerem. Eu não choro. Isabella Cullen jamais chora! Passei por um cruzamento sem olhar para os lados e a única coisa que senti foi meu corpo sendo lançado longe e depois só a escuridão a me engolir...

[…]

Minha cabeça pesava e um “bip” irritante era escutado ao longe. Tentei abrir meus olhos, mas estavam pesados demais para isso.

- Ela vai acordar logo, doutor? - Escutei uma voz, mas não consegui identificar quem era.

- Ela logo, logo estará acordando. Só a dê um tempo – Disse. Mas como assim? Onde estou? Forcei novamente os olhos, mas a escuridão voltou a me consumir.

[…]

Abri os olhos, mas voltei a fechá-los por conta da claridade. Fui me acostumando e olhei ao meu redor. Que droga de quarto é esse? E por que esse “bip” não para? Ainda atordoada, procurei por alguém, mas nada. Tentei me levantar, mas não consegui. Olhei para baixo e vi minha perna engessada. Ótimo, isso é realmente ótimo. Já ia arrancar os fios que estavam ligados a mim, mas a porta foi aberta, impedindo-me de consumir o ato.

- Oh, graças a Deus você acordou – Minha mãe largou tudo em cima da mesa e correu para me abraçar – Já estava surtando, você parecia que nunca mais ia acordar – Riu simpática – Como se sente? Está sentindo alguma dor? - Afastou-se e me encarou.

- Eu... - Não consegui falar, porque ela não calava a boca.

- Que cara é essa? Está enjoada? Fala alguma coisa, Bella – Sacudiu-me. Mas uma vez fui impedida quando a porta foi aberta e por ela passou um homem alto, loiro e digamos que muito lindo, com uma garotinha nos braços. Pararam a alguns metros e ficaram me encarando. Os encarei de volta e o clima parecia tenso.

- Oi – Saudou-me o homem.

- Filha, perdeu a língua? - Debochou a mulher.

- É que... - Pigarreei – Mãe, quem são eles?


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Notas finais do capítulo

Nossa, a Bellinha tá desmemoriada da vida. Onde será que isso vai dar? Reviews e quem sabe uma recomendação, são sempre bem- vindas. Ficarei postando praticamente todas as quintas ou sextas. Até lá, pessoal!