Light of The Moon escrita por Nightshade


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Arco Prateado


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a Nina, que deixa sempre lindos comentários!!!!



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Connor e Travis Stoll se mostraram uma boa companhia. Apesar de arteiros, me faziam rir e me apresentaram aos seus companheiros de chalé que também eram seus irmãos. Apesar de todos no chalé 11 parecerem que vão roubar sua carteira ou apronta com você, eram bastante acolhedores. Uma filha de Hermes me emprestou jeans novos e uma camiseta laranja do acampamento, já que as minhas roupas estavam com alguns rasgos - muito provavelmente da minha fuga descontrolada das garras de um Manticore.

Me troque e tirei as faixas de meu braço; já estava melhor depois daquela bebida que parecia suco com gosto de chocolate. Já era hora do almoço e os dois irmãos me levaram para o refeitório no grande pavilhão aberto. Me sentei na mesa de Hermes já que ainda não sabiam quem era minha mãe. Connor me explicou que precisava falar com o copo para escolher o que queria. Foi bastante divertido, até a parte da oferenda em que queimávamos algumas partes da comida.

Olhei ao redor enquanto os filhos de Hermes se esqueciam um pouco de mim. Cada chalé tinha sua mesa. Na mesa de Ares, Cassandra discutia de modo sarcástico com uma de suas irmãs, uma garota duas vezes mais alta do que ela e tinha os cabelos castanhos esticados mal cortados. As duas não me pareceram se dar muito bem.

Em outra mesa, que era a mais disciplinada, sentavam campistas de aparência séria e atlética. Todos tinham os olhos cinzentos. Em outra, se sentava apenas um rapaz que conversava animadamente com um sátiro. Os olhos do garoto eram exatamente da mesma cor do mar. Foi fácil deduzir que ele era Percy Jackson, o filho de Poseidon.

O menino que se sentava na última mesa, entretanto, foi o que mais me chamou a atenção. Ele estava sozinho e não parecia querer conversar nem com os campistas das mesas próximas da sua. Ele vestia uma jaqueta estilo aviador e tinha os cabelos escuros um pouco longos, mas não chegavam ao seu ombro, bagunçados. Pelo que eu podia ver da distância em que estava, ele usava um anel que parecia de caveira e uma camisa preta e jeans também pretos. Estava com a cabeça abaixada então não pude ver seu rosto.

– Connor ? - chamei o irmão que estava mais perto de mim - Quem é aquele?

Connor Stoll olhou para a direção que eu indicava mas logo desviou o olhar.

– Aquele é Nico di Ângelo, filho de Hades. Não fica sempre no acampamento.

Enquanto Connor retomava o assunto com seu irmão, eu fiquei observando o tal Nico. Como se sentisse meu olhar ele ergueu a cabeça e nossos olhos se encontraram. Ele parecia ter a minha idade, dezesseis anos, e era bonito. Tinha a pele muito branca e os olhos eram escuros, de longe eu não sabia dizer se eram castanhos ou totalmente negros. Ele não desviou o olhar tampouco eu. Ficamos assim durante alguns segundos até Connor me chamar.

– Esqueci de lhe avisar da captura da bandeira! -rapidamente ele me explicou no que se consistia o jogo, que em tese era muito simples: pegamos a bandeira do time adversário e não deixamos ele pegar a nossa. Seria hoje antes do jantar. Estávamos no time azul, juntos com os chalés de Atena, Apolo, Hefésto e Poseidon. O time vermelho era liderado pelo chalé de Ares, que havia se aliado com todos os restantes. Mas por algum motivo, Nico di Ângelo, o único no chalé de Hades, não iria participar. E por algum motivo eu prestei atenção quando Connor contou isso.

Travis falou que eu ainda não tinha uma arma, e os dois irmãos se ofereceram para ir comigo ao arsenal para me ajudar a escolher uma. Comecei a pensar que poderia ser um arco e flecha, já que eu tinha uma boa mira.

Quando entramos no arsenal, eu fiquei impressionada com a quantidade de armas. Machados, facas, adagas, espadas... E outras que eu não sabia nomear. Duas facas gêmeas estavam guardadas uma ao lado da outra. Eram menores que meu braço e leves, fáceis de manusear.

– Que tal essas? - perguntei, as desembainhando e girando em minha mão. Eu realmente nunca havia usado esse tipo de facas, mas os movimentos que eu fazia eram tão leves que eu quase não conseguia acreditar que eu mesma estava os fazendo.

Os irmão me olharam impressionados.

– Você tem talento. - eles elogiaram, e pela primeira vez não estavam com aquele sorriso sarcástico.

Quando estávamos saindo do arsenal, percebi um leve brilho vindo da minha esquerda. Os dois não pareceram ter notado, mas eu os chamei para ver o que era.

Um arco com uma aljava cheia de flechas prateadas estava em cima de um balcão. Eu tinha quase certeza de que o belo arco prateado não estava ali alguns minutos antes, mas mesmo assim resolvi pega-lo. Iria o usar dali para frente. Junto com as facas, seriam minhas armas.


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Notas finais do capítulo

Alguém tem algum palpite sobre quem é a mãe de Alexandra?
Por favor comentem e digam o que acham da história!!!