Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 93
Epílogo - Waiting For The End




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[N/a.: PLAY]

Esse não é o fim
Esse não é o começo
Só uma voz com uma revolta
balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes
tem algo vazio nelas

5 anos depois...

Rose Weasley andava distraída pelos arredores da Toca, conversando com Lily Luna e o namorado dela, Alfie Longbotton. A festa antes do primeiro dia de aulas deste ano aconteceria na casa da senhora Weasley, marcando assim o último ano deles em Hogwarts. A ruiva passava tão distraída entre as árvores, ouvindo a prima contar sobre o fim de semana que passou viajando com a família Longbottom que nem percebeu quando alguém surgiu do nada e a agarrou pela cintura quando ela passou pela maior árvore daquele local.

Um grito escapou, assustando os dois que a acompanhavam e arrancando uma gargalhada de Scorpius Malfoy. Quando finalmente entendeu o que havia acontecido, tinha os olhos arregalados e dava alguns tapas no ombro dele.

—Idiota!

—Bom dia pra você também, Rosie. –Ele murmurou, dando a ela aquele olhar apaixonado de sempre.

—Podem ir na frente. –A ruiva disse para a prima, que puxou a mão do namorado, também rindo da cara dela. A Weasley colocou os braços sobre os ombros do namorado e, depois de olhar ao redor e ter certeza de que não havia ninguém por perto, ela ficou nas ponta dos pés e o beijou. Scorpius ainda segurava sua cintura e a trouxe para mais perto, encostando-se a árvore. –Bom dia.

—Ainda bem que achei você ou eu juro que iria enlouquecer. –O loiro murmurou, dando mais um selinho nela.

—Vovó Molly pediu que vocês mudassem a mesa de lugar sem magia outra vez? –Ela riu.

—Isso também. Albus fugiu. –Ele respondeu, sorrindo. –Segundo ela, a varinha não deixa a mesa do jeito que ela gosta. Sinto que meus braços vão cair a qualquer momento.

—Então o que foi?

—Estou um pouco nervoso sobre hoje à noite. –Confessou.

—Não precisa ficar. –Ela sorriu, dando alguns selinhos nele. –Eles são sua família também.

—Eu sei e esse é um dos motivos. –Ele riu.

Scorpius Malfoy e Rose Weasley estavam namorando escondido desde antes do Natal. Os dois ficaram muito próximos no segundo ano com todas aquelas confusões envolvendo Martin Jenkins e Lucius Malfoy. Até chegaram a confessar o que sentiam um para o outro e tiveram seu primeiro beijo um com o outro.

Aquele sentimento foi crescendo e, durante o terceiro ano, os dois até tentaram ser apenas amigos. Ambos sabiam que eram jovens demais para qualquer coisa mas, quando o quarto ano começou, eles ficavam de vez em quando. Ninguém além de Lily Luna sabia e a garota até dava cobertura quando os dois precisaram. Até que o quinto ano chegou e com ele as brigas começaram.

Os dois ainda não haviam decidido o que aquela relação seria, pois ela era muito mais intensa do que apenas uma amizade e muito mais complicada do que um namoro, principalmente porque eles eram primos. Naquele ano ambos já faziam parte do time de Quadribol de suas casas e, ao mesmo tempo que as garotas começaram a dar em cima de Scorpius, os garotos começaram a convidar Rose para sair toda vez que a viam e, como eles estavam sempre juntos, o ciúme era inevitável. As brigas se intensificaram até que eles decidiram que, pela primeira vez em muito tempo, seriam apenas primos.

Algumas semanas depois, após uma festa de comemoração da vitória da Sonserina contra a Corvinal, a notícia de que Scorpius havia ficado com uma das gêmeas Flint se espalhou por todo o castelo junto com comentários do quão lindo aquele casal era. Naquele mesmo dia, Rose aceitou o convite para sair de Metthew Yarg.

Enquanto o romance com a Flint parecia estar dando certo, Yarg se provou um verdadeiro babaca após alguns encontros e, depois de muito conversar com Lily, Rose percebeu que ela estava certa quando dizia que ela não deveria desistir e muito menos evitar sair com quem quer que fosse por medo do que Scorpius fosse pensar, afinal, ele não tinha a mesma preocupação quando desfilava com outra garota pelos corredores.

As coisas pioraram quando, no sexto ano, Richard Fay, melhor amigo de Scorpius, a convidou para sair e ela aceitou. Naquela época ele não sabia a respeito do passado do Malfoy e da Weasley e, depois de muito pensar, Rose chegou à conclusão de que queria sair com ele e disse sim. Malfoy, que já namorava Yva Flint há quase um ano, teve uma briga feia com o amigo no meio do salão comunal e rapidamente foi atrás de Rose.

—Você não tem o direito de escolher com quem eu vou ou não sair, Scorpius! –Rose gritou.

—Ele é o meu melhor amigo, Rose! –Ele rebateu.

—Você está falando como se esse fosse o único motivo pelo qual eu poderia ter aceitado o convite dele. Nunca passou pela sua cabeça que o mundo não gira em torno de você?

—Se não foi por isso, então por que foi? –O loiro cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas, esperando.

—Porque eu quis!

—Simples assim? –Ele ironizou.

—É, simples assim.

—Como se sentiria se fosse o contrário? Se eu convidasse suas amigas para sair?

—Eu não tenho que sentir nada, isso é tarefa da sua namorada.

—Deixe a Yva fora disso.

—Eu não escolhi a sua namorada, então você está muito enganado se acha que vou deixá-lo escolher o meu.

—Agora está dizendo que ele vai ser o seu futuro namorado? –Ele riu, irônico.

—Estou dizendo que essa decisão não é sua.

Os dois se encararam por alguns segundos, fuzilando um ao outro. As bochechas dela estavam vermelhas e os olhos dele tão frios como o gelo. Os dois disseram muitas coisas que não queriam e, quando Yva Flint ouviu sobre o que aconteceu, ela ficou arrasada. Ela e Scorpius terminaram e Richard não apareceu no dia do encontro. Quando, no dia seguinte, ele foi tomar o café da manhã acompanhado do primo dela como se nada tivesse acontecido, a ruiva ficou com ainda mais irritada.

Eles nunca haviam se odiado tanto e tornaram as férias n’A Toca um verdadeiro inferno para todos os primos. Ninguém além de Lily entendia o motivo de todas aquelas discussões e olhares raivosos sempre que eles estavam no mesmo cômodo, embora muitos chegassem perto de adivinhar o que havia acontecido.

Até que um dia, antes do Natal, os dois se encontraram na festa de aniversário de Michael Carter e Scorpius pediu desculpas pelo que havia acontecido. Aquele tempo longe havia servido para que ambos amadurecessem e ele finalmente havia percebido que ela estava certa. Rose pediu desculpas pelas coisas que disse a ele e os dois passaram a noite toda juntos, conversando e se divertindo como há muito tempo não faziam.

Ele se ofereceu para deixá-la em casa no fim da festa e ela lhe deu um abraço para agradecer, se despedindo. As luzes da casa dos Weasley estavam apagadas e a rua estava vazia quando os dois se soltaram, olhando fixamente nos olhos um do outro.

—Eu senti sua falta, Rosie. –Ele admitiu.

—É, eu também, Scorp.

O Malfoy não queria estragar as coisas, então sorriu mais uma vez, descendo as escadas da varanda e acenando. Ela, no entanto, não se aguentou e foi atrás dele, impedindo-o de ir embora.

—Espera. –Ela pediu e ele se virou, encarando-a. –Eu nunca vou conseguir me perdoar se eu não fizer isso.

E ali Rose o beijou. Ele rapidamente correspondeu, puxando-a para si enquanto a garota acariciava sua nuca. Há quanto tempo não faziam aquilo? Pois parecia uma eternidade. O beijo agora não era mais tão inocente como quando eram crianças, ambos perceberam isso, assim como também notaram que a mágica continuava lá, assim como a pureza de todo aquele sentimento que eles há um tempo reprimiam.

—Por favor, me diz que nunca mais vamos tentar fingir ser o que não somos só porque parece complicado demais assumir o que realmente sentimos? –Scorpius pediu, baixinho, encostando sua testa na dela.

—Eu estava torcendo para que você também pensasse assim. –Rose respondeu e os dois sorriram. Ele deu um selinho nela. –Eu não quero cometer os mesmos erros de novo.

—Nem eu. –Malfoy murmurou. –Então vamos lá, está na hora de falarmos em voz alta, nós somos primos, somos melhores amigos e, se você disser sim, somos namorados.

—Nós somos primos, somos melhores amigos e... –Ela parou, notando a expectativa crescendo nos olhos dele. –A partir de hoje também somos namorados.

Agora, naquela festa de família, os dois estavam decididos a contar que estavam oficialmente juntos há sete meses. Não queriam continuar carregando aquele peso e tentando descobrir maneiras de poupar sua família daquele relacionamento que era uma das melhores coisas que já havia acontecido aqueles dois.

Lado a lado, eles voltaram para a Toca, conversando sobre o quanto Molly Weasley estava enlouquecendo todos naquela casa para fazer uma noite perfeita. Ao entrar na sala da casa, os dois logo viram a velha senhora sentada em sua poltrona favorita, mas ela não estava sozinha. Diante dela estava um jovem alto, de cabelos claros e um sorriso no rosto. Scorpius o reconheceu rapidamente.

—Raul? –Ele chamou, atraindo a atenção dele.

—Scorpius! –Raul disse indo até o garoto e o abraçando. –Quanto tempo, cara!

—Nem me fale, da última vez que eu te vi você estava indo para o seu penúltimo ano na Beauxbatons.

—Pelas barbas de Merlin, já fazem quatro anos!

—Mas me diga, você vai ficar para a festa ou está só de passagem?

—Não, eu vou ficar.

—Ótimo, assim você pode contar mais a respeito do que vem estudando.

Raul Dupont era um primo de Fleur Delacuor e grande amigo do garoto Malfoy. Eles se conheceram em um dos Natais da família Weasley. O garoto estava ansioso para estudar dragões, então a Veela achou que seria bom apresentá-lo a Carlinhos. No fim da noite, depois de passar a festa inteira tirando suas dúvidas com o filho de Molly, ele foi jogar videogames com Scorpius e os dois se tornaram amigos. Dupont sempre escrevia para Scorpius contando a respeito de suas experiências na Romênia enquanto o loiro contava para ele a respeito de Hogwarts.

—Ah, oi. –Ele disse quando finalmente colocou seus olhos em Rose.

—Oi.

—Agora que vocês chegaram vou dar uma olhada na cozinha. Scorp, querido, pode virar a mesa um pouco mais para a direita pra mim? Tenho certeza de que o Raul pode ajudá-lo, já que não encontro Albus em lugar nenhum.

—Claro. –O loiro murmurou, forçando um sorriso e fazendo a ruiva rir.

—Acho que não nos conhecemos, meu nome é Raul Dupont. Eu trabalho com o Carlinhos, na Romênia.

—Eu sei, eu sou a Rose Weasley. –Ela apertou a mão que ele estendia, com um sorriso.

—Rose Weasley? –Ele arregalou os olhos, surpreso, analisando a garota de cima a baixo. –Uau, você está diferente. Está muito bonita.

—Obrigada. –Ela estranhou dando uma rápida olhada em Scorpius, que tinha as sobrancelhas arqueadas e observava aquilo sem entender.

—E então, você também vai ficar para a festa?

—Esse é o plano.

—Excelente, assim teremos mais tempo para conversar. –Raul sorriu e as bochechas dela ficaram vermelhas rapidamente, fazendo o sorriso dele ainda maior.

—Eu vou ver se Lily e Alfie precisam de ajuda lá em cima.

A ruiva subiu as escadas e os dois a acompanharam com os olhos. Quando ela finalmente estava distante, o francês se virou para Scorpius visivelmente animado.

—Cara, por que não disse que sua prima tinha ficado gostosa desse jeito?

—E-eu... –O Malfoy começou, mas não sabia exatamente com terminar aquilo e muito menos o que dizer. –A mesa, nós precisamos mudar de lugar.

O outro balançou a cabeça e tirou seu casaco, deixando-o na sala enquanto acompanhava o amigo até o jardim. Molly Weasley demorou a fazer os dois entenderem o que ela queria exatamente e quando finalmente a mulher havia gostado do resultado, ela saiu, deixando-os sozinhos novamente.

—E então, a Weasley tem namorado?

—O quê? –Ele arregalou os olhos.

—Perguntei se a sua prima está namorando.

—Eu acho que ela é nova demais pra você, Raul.

—Só quatro anos, isso não é nada. –Dupont revirou os olhos.

—E a Joelle?

—Não era nada sério. –Ele deu de ombros e olhou para o amigo. –Espera... Você gosta dela?

—Cala a boca, Raul. –Scorpius mandou, olhando ao redor para ter certeza de que ninguém havia escutado aquilo.

—Cara, ela é sua prima. –Ele disse, rindo.

—E minha namorada. Por favor, você não pode contar pra ninguém.

—Wow... Isso é mais sério do que eu estava imaginando. –O loiro arregalou os olhos.

—Vamos contar hoje à noite, então por favor, fique de bocha fechada até lá, okay?

—Eu estava falando o quanto a sua namorada é gostosa com você.

—Pois é, se abrir o bico vai me dar mais um motivo para te prender no sótão com o vampiro.

Nós dizemos “yeah”
com os punhos para o alto
como se nos segurássemos em algo invisível
porque vivemos à mercê da dor e do medo
até morrermos
esqueça
deixe tudo desaparecer

...

—Hey, James? –Albus chamou, indo o irmão mais novo no jardim. Ele parecia pensativo e só pareceu voltar a realidade quando o irmão lhe deu um tapa na cabeça.

—Ai! O que foi?

—Finalmente. –O mais novo murmurou. –Mamãe quer falar com você, ou melhor, ela quer falar com o Sirius. Ela está te esperando no antigo quarto dela.

—Diga a ela que eu não tive nada as bombas de bosta dos gêmeos.

—Quais bombas de bosta? –Albus arqueou as sobrancelhas.

—Nenhuma. Sabe o que eu fiz agora?

—Não, mas ela parecia chocada.

James se levantou, soltando o ar e foi até o quarto encontrá-la. Ela estava sentada na cama com uma pequena caixinha branca que ele estava guardando há muito tempo. Mais tempo do que gostaria. Gina Potter a encarava tão intensamente que nem percebeu que o filho já estava lá.

—Então você encontrou. –Ele murmurou, atraindo a atenção dela. A ruiva se levantou, se virando para o filho.

—E-e-eu... Querido, este é um grande passo.

—Eu sei. –O Potter mais velho respondeu, andando até ela e pegando a caixinha. James a abriu, mostrando as lindas alianças para a mãe. Gina não sabia o que dizer, então apenas encarou os anéis ali em silêncio por um tempo. –Eu escolhi azul por causa dos olhos dela.

—São lindos. Há quanto tempo você comprou?

—Quando não conseguimos nos falar no nosso aniversário de namoro depois que ela foi embora. Eu prometi a mim mesmo que assim que as coisas se acertassem eu faria o pedido –Confessou, com um suspiro. –E então, o que Gina Potter tem a dizer sobre isso?

—Eu vou sentir sua falta. –Ela deu um sorriso com lágrimas nos olhos.

—Pai te contou a respeito da transferência. –Murmurou.

—Ele está tentando, mas você sabe o quanto Harry Potter é horrível em falar as coisas. Na maioria das vezes ele fica tentando até que eu descubra tudo sozinha. –A ruiva revirou os olhos, soltando uma risada enquanto secava algumas lágrimas de emoção. –Eu sabia que iria atrás dela assim que terminasse o curso de auror. Quando achei isso arrumando o ninho de hipogrifo que você chama de apartamento eu soube que havia chegado a hora.

—Eu a amo, mãe. –James disse ignorando o que ela havia dito sobre sua casa. –Eu simplesmente não consigo mais aguentar essa distância, vou enlouquecer. E eu sei que ela está bem, mas nós mal nos falamos. Eu fico cada vez mais enrolado com o trabalho e ela começou a trabalhar em um hospital trouxa na França, o horário dela é instável.

—Alison é uma garota incrível e eu estarei torcendo muito pela felicidade de vocês. –Gina o abraçou apertado. -Se não quiser que eu apareça na França aos gritos é bom que me escreva sempre que puder, além de me visitar porque eu vou aparecer, está me ouvindo, Sirius?

—Pode deixar, senhora Potter. –Ele riu.

—Ah, e o apartamento que está olhando é adorável.

—Como sabe sobre...? Nem Albus sabe a respeito disso! –James arregalou os olhos, surpreso.

—Por favor, querido, seu pai espera que eu descubra as coisas sozinha porque eu realmente sou boa nisso. –Gina disse como se fosse óbvio. –Já consigo até imaginar meus netinhos correndo por aí.

—Mãe!

—Tudo bem, tudo bem, vou guardar minhas expectativas para mim mesma. –Ela soltou o ar. –Ela virá hoje?

—Nós tivemos uma briga ontem à noite. –Contou. –Como eu disse, a distância está nos matando.

—E o que está esperando para ir até lá e dizer que isso não será mais um problema?

—Não é tão simples assim. –Ela cruzou os braços, revirando os olhos.

—Por Merlin, você se parece tanto com o seu pai. –Gina soltou o ar e ele não conseguiu segurar a risada. –Pegue um portal e fale com ela, acredite em mim, é tudo o que você precisa fazer. É bom que voltem para a festa à noite com a resposta ou eu juro que vou aparecer lá.

—Obrigado, mãe. –James murmurou, guardando a caixinha no bolso e beijando o rosto dela antes de sair.

Esperando o fim chegar
desejando ter força para aguentar
não foi isso que eu planejei
está fora do meu controle

...

Hermione respirou fundo, se esforçando para manter-se quieta e não fazer nenhum barulho. Ela parou, dando uma rápida olhada em Draco, que fazia o mesmo. O som da corrida eufórica e das risadas logo foi ouvido e naquele momento eles estavam certos de que a armadilha havia funcionado.

O loiro balançou a cabeça, dando o sinal que haviam combinado. Rapidamente os dois pularam, conseguindo finalmente pegar os pestinhas que corriam pela Toca cobertos de lama. Os gêmeos gritaram com o susto e caíram na gargalhada logo em seguida, se deixando ser carregados. Hermione tinha Ben nos braços enquanto Draco segurava Lauren.

—Acharam que iriam fugir, não é? –O Malfoy disse e as risadas ficaram ainda mais altas quando as crianças se deram conta de que estavam sujando os pais também.

—Vocês dois precisam de um banho urgentemente ou vão acabar sujando a casa toda. –Ela disse enquanto eles caminhavam de volta para a casa.

—Mamãe e papai também. –Lauren murmurou, passando as mãozinhas sujas nas bochechas de Draco. Os dois gargalharam com o resultado.

—E de quem é a culpa?

—Do tio Potter. –Ben respondeu, mirando aqueles olhinhos para a mãe e sujando o rosto dela também. Embora Lauren o chamasse de tio Harry, Ben havia começado a chamá-lo de tio Potter ao perceber que aquele era o nome que o pai usava para se referir ao Eleito.

—Claro. –Hermione riu, revirando os olhos.

Cuidar daqueles dois estava sendo uma tarefa um tanto desafiadora e os dois precisavam ficar de olho sempre. Os gêmeos adoravam se divertir e por isso estavam sempre se metendo em confusão, mas os pais amavam, principalmente porque eles finalmente poderiam ter uma infância em paz, aonde a maior preocupação daquela família seria sempre “O que eles vão quebrar desta vez?”.

Quando Hermione contou a Draco que Ben estava vivo e o marido colocou os olhos no garoto foi como se todo o peso que ele achou que nunca fosse sair dos seus ombros simplesmente parasse de existir. Foi quando ele finalmente se libertou do pesadelo que tinha todas as noites, onde ele segurava seu bebê sem vida e não havia nada que pudesse fazer para trazê-lo de volta.

—Eu vou proteger você. –Ele murmurava em meio as lágrimas enquanto o segurava em seus braços. –Ninguém nunca mais vai tirá-lo de nós, Ben. Papai ama você.

Daquele dia em diante, Draco sempre se levantava no meio de noite para ver como as crianças dormiam no quarto. Não só os gêmeos, todos os seus filhos, e quando via que sim, todos estavam bem e dormiam tranquilos, ele se deitava na cama com um sorriso no rosto.

Depois que o banho se transformou em uma verdadeira guerra de água aonde todos saíram molhados, as crianças finalmente se cansaram e caíram no sono. Eles os colocaram no antigo quarto de Rony, o mais perto do banheiro aonde também entraram juntos para um banho rápido na banheira trouxa que Arthur havia comprado, a mesma que as crianças haviam usado para deixar os pais completamente encharcados.

—Eu estou exausta. –Hermione murmurou, entrando nela depois de Draco, ficando ao lado dele. O Malfoy passou um dos braços em torno da esposa.

—Eu também. –Respondeu, beijando a testa da esposa e sorrindo. –Acha que vão acordar antes da festa?

—Não, eles já aprontaram o suficiente por uma vida. Só devem acordar quando todos chegarem. –Ela murmurou, encostando a cabeça no marido e fechando os olhos enquanto se concentrava na mão dele descendo e subindo por suas costas. Era uma sensação tão boa. –Eu acho que nunca estive tão feliz em minha vida.

—E eu tenho certeza disso.

Draco sorriu e segurou o rosto dela. Hermione retribuiu, sorrindo também e olhando nos olhos dele. O loiro limpou qualquer traço de lama que ainda havia nas bochechas dela e ela fez o mesmo com ele. Os dois riram e então finalmente se beijaram.

Voando na velocidade da luz
Pensamentos giram em minha cabeça
tantas coisas que não foram ditas
é difícil deixar você ir

...

—E então, querido, como foi no Brasil? –Luna perguntou para o filho.

—Foi maravilhoso! Depois vou mostrar todas as fotos, você vai adorar. –O Zabini contou. –Quer que eu pegue alguma coisa pra você, meu amor?

—Não, eu estou bem. –Annia sorriu, dando um selinho no namorado.

Zabini havia conseguido um intercâmbio para o Brasil para estudar Magizoologia na Escola de Magia e Bruxaria Castelobruxo, especialista em estudos de diferentes criaturas e plantas. Embora ele sempre tenha sido péssimo em herbologia, criaturas mágicas eram sua paixão, então ele não pensou duas vezes antes de ir. Ronan havia chegado há apenas três dias e aquela viagem sempre estaria entre suas lembranças mais preciosas, principalmente o dia em que Annia o havia visitado. A garota havia terminado os estudos e agora estava trabalhando no St. Mungus, ajudando muitos pacientes a superar seus medos e traumas.

—Meu amor, pode me ajudar com as caixas na garagem? Eu ainda não achei aquela caixa que eu pedi que vovó Molly guardasse pra mim.

—Claro. –Ele sorriu, acompanhando-a até o local onde havia pedido aquela mulher em namoro.

Assim que entraram, ela o beijou do jeito que estava querendo fazer desde que haviam saído de casa. Ele havia voltado de viagem e eles ainda não haviam tido tempo o suficiente para curtir um ao outro, mesmo que estivessem morando na mesma casa há dois anos. O apartamento ficava no mesmo prédio que o de James e por isso eles estavam sempre juntos.

—Como acham que eles vão reagir? –Ela perguntou, com um sorriso. Estava um pouco nervosa, mas de um jeito bom.

—Fica calma, meu amor, eles vão amar a novidade, tenho certeza. –Ronan sorriu, beijando-a mais uma vez. –Mal posso esperar para ver você enorme. Tenho certeza de que vai ficar ainda mais linda.

—Zabini! –Ela arqueou as sobrancelhas, dando um tapa no ombro dele. Ele gargalhou, distribuindo beijos por todo o rosto dela. –Eu não vou ficar enorme. –Foi a vez dele arquear as sobrancelhas, fazendo ela revirar os olhos. –Tá, eu vou ficar enorme, mas pelo menos poderei comer sem culpa.

—Você é maravilhosa, sabia?

—Sabia. –Annia disse, lhe dando um selinho. –E você ficou muito gostoso com essa barba.

—Fico feliz em saber que você gostou. –Ronan respondeu, rindo.

—Pode ter certeza que sim. –Ela falou. –Nossa, por Merlin, eu gostei muito.

Zabini a puxou para mais perto e a beijou delicada e cuidadosamente. Ela gostava de todo o carinho e proteção em dobro que estava recebendo, o que ele fazia sem perceber. Aquela era a mulher com quem ele passaria o resto de seus dias e ali, dentro dela, estava o seu filho. Diante dele estava o verdadeiro significado de amor e o que aquele grande sentimento era capaz de fazer.

Annia estava ficando enjoada no período da manhã com frequência e ele também havia notado algumas alterações no humor dela. Ela também agora comia tanto quanto seu tio Rony. Ele estava amando observar todas aquelas mudanças e também estava amando estar ali para ajudá-la com qualquer coisa que ela precisasse.

—Eu amo vocês.

—Nós amamos você também.

Eles ficaram ali mais um tempo, se lembrando de quando eram mais novos e também pensando no futuro. Quando finalmente saíram, encontraram Chris e Nina no jardim. Annia apressou o passo em direção a amiga ruiva, ignorando os protestos de Ronan de que ela deveria tomar cuidado pois poderia acabar tropeçando em alguma coisa e caindo.

—Pensei que vocês não viessem, eu estava morrendo de saudades! –A castanha disse abraçando a ruiva.

—Tá brincando, não perderíamos por nada. –Nina respondeu. –Também estava com saudades.

As duas se separaram e Annia cumprimentou Chris com um abraço também depois que Ronan soltou o amigo e foi até sua namorada. Os dois estavam indo muito bem. Chris havia conseguido a vaga de artilheiro dos Appleby Arrows e agora havia sido convocado para jogar na Copa Mundial de Quadribol que aconteceria naquele ano, enquanto Nina havia se tornado uma jornalista de sucesso na área esportiva. Eles iriam juntos para a Copa e ela até faria a narração de alguns jogos. Seria a primeira mulher a narrar jogos na Copa.

—Podem contar tudo, estou ansiosa para saber a respeito da Copa. –Zabini mandou e os dois sorriram.

Eu sei o que é preciso para seguir em frente
Eu conheço a sensação de mentir
Tudo o que eu quero fazer é trocar essa vida por uma nova
Me prender ao que eu não tive

...

Alison saía do hospital ao lado de Laurent Kalman, seu melhor amigo naqueles últimos anos. Ela o conheceu quando era criança, mas perderam o contato porque ele havia se mudado para outra cidade. Se reencontraram quando ela voltou a França, na escola de Medibruxaria e não se separaram desde então.

—E então, como está o pequeno Elliot? Apresentou alguma melhora? –Ele perguntou e ela balançou a cabeça, negando.

—Infelizmente ninguém além de mim sabe o verdadeiro motivo pelo qual ela está assim. –A loira murmurou, pensando no garotinho. –O que eu devo fazer Laurent? Não posso simplesmente deixá-lo morrer, ele é uma criança!

—Eu sei, eu sei querida. –Ele disse, passando os braços ao redor dela.

A loira tirou do bolso a poção que Tucker havia lhe dando antes de se despedir, a poção que poderia fazer o lado Veela deixar de existir. Ela olhou bem para aquele líquido azul, pensando se aquilo seria mesmo a coisa certa a fazer. Elliot não merecia morrer porque se apaixonou cedo demais, ele tinha apenas oito anos!

—Ally... –O amigo murmurou.

Os olhos dela se encheram de lágrimas. Precisava fazer aquilo, não podia vê-lo morrer porque o seu coração doía tanto que era difícil suportar. Havia estudado aquela poção de todas as formas possíveis e até mesmo pesquisado com outras Veelas que a tomaram, tinha certeza de que não havia nenhum efeito colateral.

—Alison? –Aquela voz com a qual ela sonhava todas as noites a chamou e ela levantou os olhos.

—James? –Estranhou, dando alguns passos na direção dele para ter certeza se aquilo era real.

—James? Então esse é o James? Querida, eu juro que se ele não fosse seu namorado eu já teria roubado. –Laurent comentou, analisando-o de cima a baixo. Ela revirou os olhos. –É tão bom que ele não fala francês, assim posso dizer o que eu quiser. Garota, ele é irresistível.

—O que está fazendo com isso? –O Potter questionou, preocupado.

—Estou com um paciente que pode morrer se eu não der isto a ele. –Ela explicou, secando uma lágrima teimosa. –Ele não faz ideia do que está acontecendo, assim como os pais dele também não. Eles são trouxas, o garoto foi adotado. Eu sei o que fazer, James, ele tem só oito anos!

—Ei, fica calma, vem cá. –James disse indo até ela e a abraçando. Naquele momento eles esqueceram totalmente da briga que tiveram antes.

—Eu acho melhor eu ir. Até mais, Ally e foi um prazer conhecê-lo sonho de qualquer um. –Ele disse, falando apenas a última parte em francês e deixando os dois sozinhos nas ruas movimentadas de Paris.

—Agora me fala, o que aconteceu?

—Ele chegou há alguns dias e está cada vez pior. A mãe dele morreu quando ele nasceu e ele foi adotado por uma família trouxa, ninguém sabe nada sobre o pai. Eu testei o cabelo dele e brilhou da mesma forma que o meu.

—Você vai dar a poção a ele?

—James, eu finalmente comecei a me aceitar quando conheci você, entendi que sim, eu era uma Veela e isso não devia ser visto como algo ruim. Eu não posso ir até lá e fazer essa parte tão especial dele simplesmente sumir, mas também não posso deixá-lo morrer assim.

—Por que não vai até lá e conversa com ele? Sei que ele é uma criança, mas acho que isso pode ajudar. –Ele disse, pegando a mão dela. –Eu vou com você.

Ela balançou a cabeça assentindo e os dois foram juntos até o hospital. A garota foi cumprimentada algumas vezes ao entrar no local e rapidamente os dois chegaram até o quarto onde o garoto estava ficando. Os pais dele haviam ido até a lanchonete do hospital, então eles não teriam muito tempo.

—Oi. –Alison murmurou após abrir a porta, colocando um sorriso no rosto.

—Oi Ally. –O garotinho disse baixo. Era visível o quanto ele estava fraco.

—Eu trouxe alguém que eu gostaria que conhecesse, Elliot, este é o meu namorado, James Potter.

—Potter? Como Harry Potter? –O menino arregalou os olhos.

—Exatamente. –James respondeu em francês. –Harry Potter é o meu pai.

—Incrível. –Eliot sorriu.

—Infelizmente diga ao seu amigo que aprendi francês nos últimos anos, então eu entendi o que ele disse. –Ele murmurou, rindo da expressão surpresa no rosto dela. -Como está se sentindo?

—Ainda está doendo, mas eu não quero falar mais disso. Todo mundo que aparece só faz as mesmas perguntas. –O garotinho disse, cruzando os braços e fazendo um bico que arrancou um sorriso dos dois.

—Então porque não me fala sobre ela?

—Sobre ela quem?

—Você sabe, a Mia. –Alison pediu.

—Ela está indo embora. –Murmurou, triste. –Ela vai morar em outra cidade. Será que ela vai sentir minha falta? Quem vai sentar com ela na hora do recreio? Ela sempre senta comigo.

—Elliot, eu preciso te contar uma coisa. –Alison falou, se aproximando dele e pegando sua mão. –Você é diferente.

—Diferente? Por quê? Isso é ruim? É por isso que eu estou doente?

—Não, isso não é ruim. –James disse. –Isso é incrível.

—Você gosta de super-heróis?

—É claro que eu gosto, Ally. –Ele disse, como se fosse óbvio.

—Nós temos poderes como eles.

—Você também consegue esquentar os bolinhos quando eles esfriam? –Ele arregalou os olhos e ela sorriu.

—É, eu também consigo. –Alison disse, parando a mão no ar e mostrando a ele uma bola de fogo. Ela havia praticado e agora tinha grande domínio sobre seus poderes.

—Uau. –Elliot falou.

—Espera, como sabe sobre Harry Potter? –James questionou.

—Minha tia me contou algumas histórias sobre ele. Ela me disse uma vez que eu era um bruxo.

—E ela está certa. –Alison falou, aliviada por saber que ele não estava sozinho, então. –Mas você não é apenas um bruxo. Uma parte de você, a parte que é muito poderosa e pode esquentar os bolinhos quando eles esfriam, está te deixando doente.

—Por quê?

—Quando você e Mia se conheceram, vocês tiveram uma ligação muito forte e agora que ela está indo embora, isso está te fazendo muito mal.

—E como eu faço para melhorar?

—Com isso aqui. –Potter indicou o frasco na mão da namorada. –Isso pode fazer você melhorar, mas infelizmente a parte que esquenta bolinhos vai ter que ir embora.

—E a ligação que eu e Mia temos também? –Perguntou e a loira balançou a cabeça. –Mas eu não quero perder isso.

—Eu sei que não, mas você precisa ou pode piorar. –James disse e ele balançou a cabeça assentindo.

A porta se abriu e uma senhora entrou no quarto, atraindo a atenção dos dois. Eles esconderam a poção e uma garotinha entrou correndo, indo até a beirada da cama aonde ele estava deitado.

—Me desculpe, eu não sabia que ele estava com visitas. Mia, nós voltamos depois.

—Não, tudo bem, nós já estamos de saída.

—Mia? O que você está fazendo aqui? Você disse que ia embora hoje.

—Eu falei com a minha mamãe e nós não vamos mais. Eu não quero ir embora se o meu melhor amigo ficar aqui.

—Vocês vão ficar? –James perguntou e a mulher sorriu.

—Ela insistiu muito e quando soubemos que ele não estava bem... –Ela contou. –Meu marido conseguiu uma transferência para mais perto então não precisaremos nos mudar.

Com um suspiro de alívio, Alison guardou aquela poção no bolso e James observou o sorriso dela crescer, conforme Elliot ganhava mais vida. Os dois ficaram ali mais um tempo e depois saíram, andando lado a lado em silêncio, sem saber ao certo o que falar.

—Quer tomar um café? –Ele perguntou.

—Claro. –Ela respondeu, soltando o ar que não sabia que estava prendendo.

Os dois foram até o lugar favorito dela e, após pedirem, se sentaram em uma das mesas. James não pode deixar de reparar que alguns dos enfeites usados para decorar as mesas, como a miniatura do ônibus de dois andares de Londres, eram os mesmos que haviam no quarto dele em Hogwarts.

—Então, como você está?

—Bem, eu... –Potter parou por um momento, a admirando. Notou que o cabelo dela havia crescido bastante desde a última vez que a viu e também que ela parecia muito mais brilhante do que quando a acompanhava com os olhos. –Algumas novidades no trabalho, te conto tudo depois. Mas e você? Como está indo?

—Muito bem. –Ela sorriu. –Estou gostando muito de trabalhar no hospital.

—Fico feliz por você.

—James, eu não que entenda errado, eu realmente estou muito feliz que tenha vindo, mas... Quero dizer, as coisas não estavam muito boas da última vez que conversamos. –Ela falou o que a incomodava desde que ele havia chegado. Ele esticou o braço sobre a pequena mesa e segurou a mão dela.

—Eu sei. –Murmurou, olhando bem no fundo daqueles lindos olhos azuis. –Eu só estava cansado de brigar com você. Sinto sua falta, Ally.

—Eu também sinto a sua falta. –Ela respondeu.

—Quero te mostrar uma coisa. Você vem comigo? –Ela balançou a cabeça, assentindo.

Alison pegou a mão dele quando saíram do café e ele não pode evitar sorrir. De mãos dadas eles andaram até um prédio que havia no fim daquela rua. Ela não estava entendendo do que aquilo se tratava, mas não se importou nem um pouco de continuar com ele por mais um tempo, principalmente porque não sabia por quanto tempo aquela paz iria durar.

Os dois entraram no elevador e ele apertou o botão do terceiro andar e naquele momento ela decidiu que não esperaria até que ele estivesse longe para perceber que deveria ter aproveitado os momentos em que ele estava bem na sua frente. Alison se aproximou devagar para ver qual seria a reação dele e, quando ele não se opôs, a garota levou uma das mãos ao rosto dele, acariciando-o e o beijou.

Era um beijo carregado de saudade, aquele sentimento que ambos sustentavam a tempo demais. Ele segurou sua cintura, puxando-a para mais perto enquanto aquele beijo continuava. Alison não sabia por quanto tempo ele ficaria daquela vez, mas sabia que naquele mesmo dia acontecia o jantar que a família dele sempre fazia antes do primeiro dia de aulas em Hogwarts. Dessa vez ela não passaria todo o tempo pensando no adeus que eventualmente aconteceria, não sofreria antecipadamente.

—Eu amo você. –Ela disse baixinho para que apenas ele ouvisse.

—Eu também te amo. –Ele respondeu, sorrindo.

O elevador se abriu e ele pegou a mão dela, puxando-a até a primeira porta daquele corredor. Por algum motivo, ele tinha a chave do local, mas ela não fez perguntas. O Potter a puxou para dentro daquele grande apartamento vazio.

—Ally, há dois meses em uma reunião no trabalho meu pai e tio Rony conversavam a respeito do departamento dos aurores da França. Os números de aurores caíram e eles estão precisando de pessoal aqui, então eu falei com o meu pai e me inscrevi para o cargo.

—James... –Ela começou, surpresa.

—Não é um cargo permanente, pelo menos não ainda, eu ainda teria que voltar para a Inglaterra daqui a três anos, mas... Eu consegui, Ally, consegui a vaga, vou me mudar para a França no próximo mês.

—Você fez isso por mim? –A loira perguntou. Sabia o quanto ele amava aonde morava e não fazia ideia do que dizer.

—Por nós. –Respondeu, com um sorriso. –Alison, eu não consigo viver em um lugar aonde você não está. Naquele primeiro dia que nos encontramos, no fundo eu sabia que eu nunca mais seria o mesmo. Eu mudei, você mudou e eu percebi que as coisas nunca vão voltar a ser como eram antes porque nós não somos mais aquelas pessoas e tudo bem. Mas eu quero estar aqui para ver você mudar e também pra mudar com você. E é por isso que eu estou aqui para pedir que você, Alison Roberts – James começou, tirando a caixinha do bolso e ajoelhando-se diante da loira. As mãos dele estavam tremulas, ela pôde perceber isso, enquanto o coração dela batia descompensado dentro do peito. – aceita ser minha senhora Potter para todo o sempre?

Sentado em um quarto vazio
tentando esquecer o passado
isso nunca deveria ter durado
eu queria que não fosse assim

...

—Ei, Luninha, eu estava pensando no dia em que começamos a namorar. –Blásio Zabini disse, abraçando-a e tirando-a da cozinha quando a velha senhora Weasley se distraiu, chamando a atenção de Jorge por algumas bombinhas que ele deixou na sala ao alcance dos gêmeos. –Eu estava pensando no país das maravilhas.

—Aquele lugar aonde o entendimento e o desentendimento se misturam. Parece fascinante, não acha? –Luna falou, empolgada. –Aonde podemos facilmente nos encher dos nossos melhores sonhos ou enlouquecer por não acreditar que tamanha felicidade em um mundo tão cruel seja real.

—Acha que enlouqueceríamos?

—Não. Eu saberia que é real desde que eu tivesse nossa família e flores pudim.

—Como essas?

Blásio falou e, com um aceno de varinha um buquê apareceu em suas mãos, mas aquele não era um buquê qualquer. Eram lindas flores de todas as cores, tamanhos e tipos, uma verdadeira confusão. A confusão mais linda que ela já havia visto, porém, dentro delas haviam mini pudins. O maravilhoso aroma daquelas plantas se misturava com o cheiro do doce, fazendo um perfume totalmente novo.

—Blás, é...

—Deixe-me contar a melhor parte. –Ele sorriu, observando a expressão de surpresa e felicidade no rosto dela. –O pudim continua a aparecer conforme a planta ainda vive, mesmo que você o coma.

—Eu sabia que estava certa desde aquele dia. –A senhora Zabini sorriu, olhando nos olhos dele antes de lhe dar um beijo apaixonado. –Nunca tive dúvidas de que estava vivendo meus dias no país das maravilhas desde que nos aproximamos. Eu sabia que esse sentimento era a chave que precisávamos para passar pelos portões.

—E quanto as flores pudim?

—Você me prometeu naquele dia que encontraríamos. –Ela acariciou o rosto dele. -Eu sabia que no momento certo elas apareceriam.

[N/a.: Pra quem ainda não leu a história de como Blásio e Luna começaram a namorar, aqui vai o link da one shot: WONDERLAND]

A noite chegou e todos se sentaram à mesa. A comida estava maravilhosa, como sempre e o lugar estava lindo. A família conversava a respeito de Hogwarts e o quanto sentiam falta daquele lugar, quando um barulho estalado foi ouvido, atraindo a atenção de todos naquela festa.

Chegando de mãos dadas e com enormes sorrisos. James e Alison caminhavam em direção aos familiares e ninguém deixou de notar o quanto Alison estava brilhando, como se uma luz dourada saísse de dentro dela e iluminasse todo aquele lugar. Gina sorriu, feliz pelo filho sabendo exatamente o que havia acontecido.

—Já estava mais do que na hora, Sirius. –Annia implicou e ele revirou os olhos, rindo.

Assim como ela, Nina também se levantou e se dirigiu rapidamente até a amiga, abraçando-a apertado. Aquele trio não se reunia a algum tempo, todas ocupadas com trabalho e estudos, mas sempre que se encontravam pareciam ainda mais conectadas.

—Nós temos que contar uma coisa. –James falou, sorrindo quando as três se separaram. Ele pegou a mão dela e a puxou para perto. –Você quer contar a eles?

A loira balançou a cabeça, mas aquilo ainda parecia surreal demais para ser dito em voz alta. Alison então mostrou a eles o anel em sua mão e todos rapidamente entenderam.

—Je n'arrive toujours pas à croire que ça arrive! –Alison disse empolgada e ele riu ao ver a expressão de todos. uma mistura de surpresa e confusão.

—Ela disse que ainda não acredita que está acontecendo. Ally está misturando inglês e francês desde que fiz o pedido. –James deu de ombros.

—Pelas barbas de Merlin, parabéns! –Chris falou, animado.

Todos se levantaram para parabenizar os noivos, felizes pelo amor dos dois e tudo o que eles haviam conseguido aguentar para continuarem juntos. Sabiam que a distância era ruim e as brigas eram inevitáveis, mas aquele sentimento era forte o suficiente para suportar qualquer coisa.

—Scorpius e eu também temos algo para contar. –Rose disse, puxando-o para perto e todos se viraram atentos. Os dois se entreolharam. Não sabiam exatamente como dar aquela notícia, mas o sorriso foi inevitável, como sempre acontecia quando eles se encaravam.

—Rose e eu estamos namorando.

—O quê? –Rony arregalou os olhos.

—Sabemos que somos primos e que talvez por isso vocês não gostem tanto da ideia, mas esse laço não nos impediu de sentir o que sentimos.

—Tio Rony, eu entendo que esteja preocupado, mas eu nunca faria nada para magoar a sua filha. Eu nunca conheci alguém tão maravilhosa quanto ela e vou fazer de tudo para fazê-la feliz.

—Não vão dizer nada? –A ruiva perguntou.

—Todo este tempo eu estive preocupado que você e aquele Kevin Bautorn estivessem juntos e você estava com o Scorp? –Ronald questionou.

—Pai, o Kevin tem namorado.

—E vocês? Não tem nada a dizer? –Scorp questionou, olhando para os primos.

—Finalmente vocês assumiram, eu não aguentava mais fingir que não sabia o que estava acontecendo. –Molly Weasley disse, soltando o ar.

—O quê? –O casal disse ao mesmo tempo.

—Todo mundo menos o tio Rony sabia. Vocês são péssimos em se esconder. –Albus falou e eles arregalaram os olhos.

—Ei!

—Infelizmente é verdade, querido, você era o único que não sabia. –Meg disse para o marido. –Nós queremos que sejam muito felizes, queridos.

—E então, mais alguma notícia bombástica para a noite de hoje? –Blásio perguntou, rindo. –Por favor, uma novidade desta vez.

—Annia está grávida. –Ronan contou e todos atraíram a atenção para o casal.

—Eu já disse o quanto eu amo os jantares da família do Ronan? –Chris falou para Nina, sorrindo.

—Descobrimos há algumas semanas, mas como todo mundo achamos que esse jantar seria o melhor momento de soltar bombas em cima da família. –Annia falou, dando de ombros.

—Pelas barbas de Merlin! –Nina exclamou se levantando para abraçar a amiga.

—Nós vamos ser avós! –Hermione e Luna choravam abraçadas enquanto Draco e Blásio permaneciam sem dizer nada, embora lágrimas de emoção também caíssem de seus olhos.

Eu sei o que é preciso para seguir em frente
Eu conheço a sensação de mentir
Tudo o que eu quero fazer é trocar essa vida por uma nova
Me prender ao que eu não tive

...

No fim da noite, a música estava tocando e toda a família dançava feliz, comemorando todas as notícias daquela noite. Rony se aproximou de sua esposa e sentou-se ao seu lado. Ela olhava para as marcas em seus pulsos fixamente e nem ao menos o percebeu se aproximando até que ele beijou-lhe o rosto. Meg sorriu para ele, deitando sua cabeça em seu ombro.

—O que foi?

—Quando eu era mais nova eu achava que seria impossível deixar toda a dor para trás. –Ela confessou. –Todos me diziam que eu ficaria melhor e que algum dia deixaria de doer. Eu concordava porque eu não queria machucar aquelas pessoas dizendo o que eu realmente pensava, que seria impossível e por mais que eu os amasse eu não acreditava que seria possível. Quando eu perdi o Liam...

—Você se lembra dele? –Ronald arregalou os olhos.

Draco havia lhe contado sobre o namorado de Meg que havia morrido, mas também havia dito que o apagou da memória dela porque não queria que ela sofresse mais. Naquela noite, o Weasley e o Malfoy brigaram mesmo que há muito tempo não o fizessem porque o ruivo não achava que tirar dela a lembrança de alguém que ela amou fosse a solução, por mais doloroso que fosse, embora entendesse o motivo que o loiro havia feito aquilo.

—Eu encontrei algumas cartas que ele me escreveu enquanto eu estava internada. Minha memória voltou assim que eu as li. –A mulher, que agora tinha os cabelos castanhos com uma mecha rosa, sorriu. –Quando me contaram que ele havia morrido eu pensei que seria apenas uma questão de tempo até eu desistir e nós nos encontrarmos novamente, mas agora eu percebo que, por mais que eu sentisse que não, haviam pessoas que estariam sempre ao meu lado.

—E elas sempre vão estar.

—Eu tenho orgulho da pessoa que eu sou hoje, Rony. –Meg sorriu, segurando a mão dele. –E eu fico feliz em saber que eu escolhi a pessoa certa para passar a vida ao meu lado. Eu amo você, amo a família que construímos e por mais difícil que tenha sido, eu amo cada momento da minha vida porque eles me fizeram valorizar ainda mais tudo o que nós temos hoje.

—Você é a mulher mais linda e incrível que eu tive o prazer de conhecer, Meg Weasley. Às vezes eu tenho dúvidas se tudo isso é realmente verdade ou apenas um sonho, tão maravilhoso que eu poderia ficar aqui para sempre.

—Eu te amo.

—Eu também te amo, meu amor. –Ronald disse, beijando a esposa.

[N/a: Para os que não leram a história sobre o passado da Meg e quiserem conhecer o Liam (ele é muito maravilhoso, viu gente hahaha) aqui vai o link da história: THE CLIMB]

O que restou quando o fogo acabou?
Pensei que fosse o certo, mas o certo era errado
Tudo foi pego no meio da tempestade
E tentando entender como era seguir em frente
E eu nem sei que coisas eu disse
Minha boca ficou se movendo e minha mente morreu
Então, catando os cacos agora onde eu começo?
O mais difícil de terminar é recomeçar

Dançando apaixonados no meio daquela pista de dança improvisada, estavam Harry e Gina Potter. Ele a segurava perto e as vezes dirigia alguns olhares para os pés, para ter certeza de que não estava pisando nos pés da esposa. Enquanto isso ela admirava o rosto dele e se lembrava da primeira vez que o viu, quando ele tinha apenas onze anos e ela tinha dez. Nunca se esqueceu daquele dia, quando teve a certeza de que eles se encontrariam de novo mesmo que ela tivesse que procurá-lo por toda Hogwarts quando entrasse para a escola.

E então ele apareceu em sua cozinha, tomando café ao lado de seu irmão. Harry Potter continuava lindo como quando o conheceu e ela amava cada traço da idade que aparecia em seu rosto, principalmente o fato de que ela estava ali, ao seu lado, envelhecendo junto com ele.

—O que foi? –Harry perguntou, levantando os olhos para Gina com um sorriso.

—Estava pensando em quando nos conhecemos. –Ela riu. –Eu nunca havia visto alguém com o cabelo tão bagunçado quanto o seu.

—Meiga como um cavalo, como sempre. –Ele a acompanhou, rindo também.

—Você sabe que é verdade, Potter. –Gina revirou os olhos.

—Me desculpe. Eu devia ter contado sobre a transferência do James, mas eu...

—Não se preocupe, eu descobri tudo. Você é péssimo com assuntos sérios.

—Molly sabe que você me maltrata dessa forma? –Harry arqueou as sobrancelhas e ela gargalhou alto. –Eu sou sensível.

—Eu estou com tanta pena. –Ironizou, puxando-o para um beijo.

—A cada ofensa um beijo, o que me diz?

—Está negociando ofensas? –Ela arqueou as sobrancelhas, rindo.

—Quem liga para as ofensas, te deixam ainda mais sexy.

—Eu sei, mas o que aconteceu com o homem sensível?

—Você é insuportável, Ginevra.

—Gina. –Corrigiu, fazendo-o rir. –E eu acho o seu plano ótimo. Temos um trato, senhor Potter.

Tudo o que eu quero fazer é trocar essa vida por uma nova
Me prender ao que eu não tive

...

—Sozinho durante a festa? –Annia perguntou, sentando-se ao lado do pai. Ele estava no jardim olhando para as estrelas, mas logo olhou para a filha, que se sentou ao seu lado.

—Eu estava pensando. –Draco sorriu, pegando o copo na mão dela e cheirando. –Nada de bebida para você.

—É pra você. –Ela riu. –Achei que estivesse precisando.

—Então meu neto vai ser um Zabini e está prestes a chegar. –Ele falou, bebendo um pouco.

—Quando eu penso assim, fico ainda mais nervosa.

—Você vai se sair bem, moreninha. –Draco riu, puxando-a para perto e lhe dando um beijo no topo da cabeça. –Sua mãe e eu também piramos um pouco quando descobrimos que você estava chegando. Na verdade, nós também piramos com Scorp e os gêmeos.

—Saber que vocês, tio Blás e tia Luna estão conosco me acalma. –Ela sorriu. –Mas eu estou feliz. Ronan e eu estamos bem, Scorp e Rose estão felizes, Ally e James vão se casar, esse bebê chegou na hora certa para fazer parte de tudo isso.

—Finalmente achei vocês. –Hermione disse, sentando-se ao lado do marido. –O que foi? Está se sentindo bem, querida?

—É, mãe, eu estou ótima. –Annia sorriu. –Eu acho que nunca agradeci vocês o suficiente por tudo o que fizeram por essa família. Nós temos muita sorte de ter vocês.

—E nós nunca agradecemos o suficiente por termos você. –A senhora Malfoy sorriu para a filha, segurando a mão dela.

—Oh, mamãe... –Ela falou, já chorando. Draco riu e puxou sua garotinha para mais perto. Hermione fazia a mesma coisa quando estava grávida e alguém a elogiava. –Ella vai ter muita sorte de ter vocês.

—Ella? –Hermione arqueou as sobrancelhas, empolgada.

—Eu não sei ainda, Ronan e eu ainda estamos pensando em nomes. –Ela riu, secando as lágrimas.

—Annia! Annia! Annia! –Os gêmeos vinham correndo e gritando juntos até a irmã.

—O que foi, meus amores? –A irmã perguntou, abraçando os dois ao mesmo tempo, parando a corrida.

—Eu posso pegar o seu neném no colo? –Lauren disse, visivelmente animada.

—Não seja boba, Lau, o neném da Annia tá no correio. –Ben disse como se fosse óbvio.

—Quem colocou ele lá? –A menininha perguntou de olhos arregalados, enquanto os outros três não conseguiam conter sua risada.

—Você comprou um menino, não é? Diz que sim, diz que sim!

—Okay, Ben, quem disse isso? –Annia questionou quando finalmente conseguiu parar de rir.

—Scorp. –A garota de cabelos loiros falou. –Você tem que comprar uma menina, eu posso emprestar meus brinquedos e nós vamos poder jogar quadribol!

—Um menino também pode jogar quadribol! –O menino retrucou, cruzando os bracinhos.

—Meninos são chatos, ficam brigando para saber qual é o melhor em vez de jogar direito.

—Eu não sei o que eu comprei, é uma surpresa. –Ela respondeu.

—Isso me lembra da... –Hermione começou.

—História da semente. –Draco completou e eles gargalharam ainda mais.

—Vocês nunca vão esquecer isso, não é? –A mais velha questionou.

—Não mesmo. Somos seus pais e estamos aqui para te envergonhar sempre que possível. –O loiro falou.

—Conte conosco sempre, querida.

—Ei, qual é a da reunião de família? –Scorpius disse se aproximando e sentando-se ao lado da mãe.

—Nós estamos falando mal de você. –Annia falou e ele revirou os olhos.

—Também amo vocês. –Ele rebateu.

—Convencido.

—Scorp, você quer que a Annia compre um menino ou uma menina? –Ben perguntou e ele parou um pouco, pensando.

—Se for um menino eu posso ensiná-lo a jogar quadribol e se for uma menina...

—Você pode ensinar também. –Lauren falou, cruzando os bracinhos. –Nós duas vamos ganhar de vocês.

—Tem razão, Lau. –O loiro disse, sorrindo. –Eu acho que quero que seja uma menina. E você, Annia? Menino ou menina?

—Eu não sei, não consigo escolher. –Ela parou, pensando por um tempo. –Quero gêmeos!

—Nossa, gêmeos? –O menino de cabelos castanhos arqueou as sobrancelhas. –Gêmeos são chatos.

—É, Annia, dois é muito, eu nem vou saber com qual brincar primeiro. Não, eu quero um só. –A menina concordou.

—Vocês são inacreditáveis. –Hermione disse, olhando para os dois. Eles deram de ombros ao mesmo tempo, olhando para a mãe.

—E eu espero que ela se pareça com o Ronan, ele é muito bonito.

—Vocês realmente são duas coisinhas adoráveis. –A mais velha disse, olhando para os irmãos.

Esse não é o fim
Esse não é o começo
Só uma voz com uma revolta
balançando cada melhoria
Mas você ouve o tom e o ritmo violento
Embora as palavras pareçam firmes
tem algo vazio nelas

E aquela família passou o resto da noite assim, conversando sobre o futuro sem a preocupação que os assombrava por muito tempo. Eles finalmente haviam seguido em frente e depois de tanta escuridão, os Malfoy encontraram a luz e a mantiveram acesa por muito tempo.

Alison e James se casaram um ano depois. Eles viveram na França por três anos e, quando o Potter teve que voltar para a Inglaterra, a loira o acompanhou. Ela conseguiu um emprego no St. Mungus na ala infantil, aonde fez muitas mudanças e salvou muitas vidas. Graças a ela, foi criado um programa que ligava o hospital dos bruxos ao dos trouxas, identificando rapidamente os bruxos que dessem entrada na clínica errada e os transferindo para que tivessem o tratamento adequado. Enquanto isso, James foi treinado por Harry Potter e se tornou um auror excepcional, substituindo o pai quando o mesmo se aposentou. Os dois tiveram duas filhas, Celeste e Freya Potter.

Chris e Nina se casaram em um campo de Quadribol. A cerimônia foi maravilhosa e acompanhada de perto pela mídia. Ele havia sido o jogador a marcar mais pontos na Copa Mundial de Quadribol e ela havia se juntado a Federação Mundial de Quadribol, trabalhando na confederação da Europa na organização das competições. Um dos passatempos favoritos de Collins era assistir sua esposa se impondo para todos aqueles idiotas com o pensamento retrógado de que uma mulher não era qualificada para o trabalho. Ele se orgulhava porque ela nunca abaixava a cabeça para ninguém e lutava pelo que acreditava ser o melhor. Eles tiveram apenas uma filha, Ariel Collins, uma garotinha ruiva tão determinada e destemida quanto a mãe.

[N/a.: Link da One Shot sobre o encontro de Chris e Nina que eu fiz lá no comecinho da fic: NOT A BAD THING]

Quanto aos amigos que acompanharam aquela família em toda a sua jornada, Amélia estava muito feliz com seu bebê, Jacob. Ela e Anthony haviam tentado um relacionamento, mas eles perceberam que não daria certo se eles ficassem juntos. Ela estava bem, trabalhava organizando eventos, especialmente desfiles de moda e Anthony havia se tornado um pai maravilhoso. Marvin havia pedido Pansy em casamento no aniversário de três anos do neto dela, mas ela não aceitou. Já havia tido o suficiente de casamentos por uma vida, portanto ela apenas sugeriu que eles morassem juntos. Ren e Erisa visitavam aquela família todo mês, sempre trazendo presentes para mimar o sobrinho.

O bebê de Annia e Ronan era um menino e eles lhe deram o nome de Tristan. Ele escreveu vários livros a respeito das maravilhosas criaturas mágicas raras que sua mãe sempre fora fascinada, passando a ser material obrigatório em Hogwarts e também em outras escolas de magia e bruxaria, enquanto ela abriu um escritório que atendia bruxos e trouxas no centro de Londres. Além de Tristan, os Zabini adotaram duas meninas chamadas Holly e Sarah. Para o casamento eles escolheram uma cerimônia mais simples no jardim da mansão Malfoy. Benjamin e Lauren foram ambos para a Grifinória, criando um empate a respeito da melhor casa de Hogwarts naquela família.

—Eu espero que o nosso país das maravilhas dure para sempre. –Ronan disse acariciando os longos cabelos de Annia em sua noite de núpcias. Aquela foi a última coisa que ela ouviu antes de pegar no sono ainda sorrindo.

Nós dizemos “yeah”
com os punhos para o alto
como se nos segurássemos em algo invisível
porque vivemos à mercê da dor e do medo
até morrermos
esqueça
deixe tudo desaparecer


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Notas finais do capítulo

Pois é meus amores, depois de muito tempo (alguns anos hahaha), nós estamos dizendo adeus pra essa trilogia. Eu acho que nunca vou conseguir agradecer vocês o suficiente por todo esse tempo me aturando e me motivando cada vez mais a nunca desistir de escrever, nem mesmo quando a história foi apagada. Eu lembro que quando isso aconteceu eu só queria chorar e tinha dito pra mim mesma que eu não postaria mais nada, mas então eu comecei a receber mensagens e mais mensagens e vocês não sabem o quanto aquilo significou pra mim ❤ Vocês me mostraram que não, eu não poderia desistir tão fácil assim e agora muitos de vocês estão aqui comigo, me acompanhando desde o início de toda essa saga. Foram duas one shots, três temporadas e uma fic por fora somando mais de CEM recomendações, mais de QUINHENTOS FAVORITOS e mais de QUATRO MIL comentários! Vocês têm ideia do quanto isso é grande?? Eu não poderia estar mais agradecida! Espero que vocês tenham gostado do final e também que continuem a me acompanhar pelos outros projetos da vida, vou amar ter mais de vocês comigo! Saibam que podem contar sempre, só me chamar ❤

Obrigada, obrigada, obrigada!! Como disse uma vez a grande rainha dona da minha vida Taylor Swift, “eu tive o melhor momento da minha vida lutando contra dragões com vocês” ❤ Porque vocês me mostraram que não, eu não podia desistir só porque alguns problemas apareceram no caminho e, embora eu esteja triste com a conclusão dessa história, eu também estou muito feliz por saber que tudo isso aconteceu e que vocês estavam comigo ❤ Acho que eu estava no meu país das maravilhas todo esse tempo e não havia me dado conta até agora ❤

E como eu havia dito, NÓS TEMOS NOVIDADES!!
Em algum momento dessa terceira temporada eu entrei de cabeça no romance de James e Lily Potter hahahaha Pois é gente, o que vocês acham desse casal?? Se quiserem dar uma passadinha pela minha nova história, eu vou estar SOLTANDO FOGOS EM SILÊNCIO PARA NÃO ASSUSTAR OS DOGUINHOS ❤

https://fanfiction.com.br/historia/772468/Jily_-_Ignore_The_End/

Outra coisa que eu inventei de fazer foi um instagram com resenhas de livros, dicas de séries e mais coisas aleatórias que eu ainda estou decidindo como vai funcionar hahahahaha Eu ainda não postei nada porque as coisas estão uma loucura por causa do fim de ano, MAS POSTAREI EM BREVE ❤ Aqui vai o link, se vocês quiserem seguir, vai ter mais fogos hahahahahaha ❤

https://www.instagram.com/bellasresenhas/

Como sempre, aqui está o meu WhatsApp pra vocês! Podem chamar que eu vou simplesmente AMAR: (32) 98802-5635 e também vocês podem encontrar minhas outras redes sociais no meu perfil aqui do Nyah mesmo.

Desejo a vocês o 2019 mais feliz e lindo (tão lindo quanto o Draco) de todos ❤ Amo vocês! E mais uma vez, obrigada por tudo ❤